UMA
PALAVRA…
No
capítulo nove de 1 Coríntios, Paulo defende seu ministério e apostolado. Ele
tinha fundado esta igreja sob direção de Deus apesar de ser um lugar difícil.
Quem
começa trabalhos de zero sabe muito bem o sofrimento e paciência que é
necessária para esperar o fruto e muitos desistem pelo caminho. Há lugares que
adquirem a fama no negativo de ser um cemitério de pastores e missionários por
não haver conseguido ver frutos e pelo contrário lhes correu mal, tendo voltado
a sua terra com um sentimento terrível de fracasso.
Paulo
não era desse género, ele sabia o que Deus queria dele e permaneceu em Corinto
todo o tempo necessário até estabelecer a igreja.
Depois
contínuo seu trabalho em outras terras, entretanto alguns falsos mestres,
chamados de apóstolos se introduziram na igreja de Corinto e para se destacar
não temeram em desacreditar a Paulo, chamando-o de débil, simplório e os
Coríntios acreditaram neles, deixando-se influenciar e ser dominados por eles.
Por
isso Paulo envia as cartas, foram quatro, dois são aquelas que conhecemos e outras
duas desapareceram, se Deus o permitiu é porque não traz nenhum acréscimo ao
nosso crescimento.
Porque
Paulo precisa de se defender? Não creio que seja por insegurança ou por temor
de ser posto de lado e talvez você possa ter alguma outra ideia. Creio que Paulo
tinha uma dor em seu coração ao ver que seus filhos espirituais pelos quais
havia dado até sua própria vida entregando-se de cheio para ver a salvação de
Cristo neles, agora se encontravam num grave perigo.
Aqui
não falo de obreiros do Senhor que Ele escolhe para que continuem a labor que
nós iniciamos. Eu já fui pastor de congregações onde hoje já não tenho
influência sobre eles, pela distância e porque o tempo nesse campo terminou.
Paulo
não tinha ciúmes ou inveja porque outro veio a substituir-lhe, estamos a falar
de falsos mestres, indivíduos sem escrúpulos que se introduziram e hoje
continuam introduzindo-se com o único objetivo de desviar da fé aos crentes,
ainda que não saiam da igreja permanecem nela, mas a sua fé e doutrina fica
contaminada.
Paulo
estava indignado ante a atitude dos Coríntios, por isso as cartas eram fortes,
inclusive aquelas desaparecidas, de como se haviam deixado iludir e enganar por
uns desconhecidos que os impressionaram com cartas de recomendação feitas por
eles mesmos e a sua oratória humanista.
A
intenção de Paulo era salvar o que tanto havia custado ganhar, a vida dos
Coríntios. Isto obrigou-o a expor sua própria vida relatando acerca de seu
ministério e apostolado que era verdadeiro e sincero.
Se
defender nosso ministério serve para salvaguardar o rebanho que o Senhor nos
confiou, então seja feito. Não será feito para autopromover nosso ministério,
senão para chamar a atenção as ovelhas sobre o que é verdadeiro e que possam
distinguir do falso.
Nos
tempos em que vivemos onde a apostasia está diante de nós e que é promovida na
televisão cristã, literatura cristã, nos púlpitos de muitas igrejas grandes e
pequenas, precisa que cada um de nós cumpra seu papel como Paulo de defender
não só a doutrina correta senão também o povo confiado.
É
chegado o momento de tornar-nos como pastores zelosos, ser o amigo do noivo que
cuida da noiva dele para que não seja violada, manuseada, roubada, magoada
pelos homens maus que trabalham para o inimigo da igreja, Satanás.
Aprendamos
como Paulo, usemos de todos os argumentos e armas que o Senhor nos deu para
defender a sua Igreja.