UMA
PALAVRA…
Lembrai-vos
dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai,
atentando para a sua maneira de viver.
Como
sou pastor, posso escrever a vontade e com direito, porque ninguém como um
pastor para entender a dimensão da função que lhe foi confiada de parte de
Deus.
O
autor de Hebreus chama a atenção a seus leitores de não esquecer-se de seus
pastores, aqueles que lhes ensinaram e talvez anunciaram o evangelho pela
primeira vez em suas vidas.
A
labor pastoral quando acompanha a um novo convertido é dura, são poucos os que
entendem facilmente todo o que aprendem, normalmente chegam a fé com muitos
pecados, hábitos, práticas que vai ser necessário de que Deus faça uma grande
obra.
Quem
acompanha tudo esse processo é o pastor, que precisará de muita paciência e
amor para poder cuidar dessa vida nova.
Os
pastores são pessoas públicas, sua vida está exposta diante da congregação,
seja grande ou pequena, todos tem uma opinião que vão formando do pastor.
É
impossível agradar a todos e as vezes um comentário irrefletido, emocional,
pode magoar ao pastor; as vezes atitudes toscas, também afetam, mas o pastor
deve superar tudo isso e continuar sua tarefa de cuidar das vidas.
Há
cristãos que com o tempo esquecem a atenção que receberam do pastor, agora sua
vida está melhor, já venceram muita coisa, talvez tornou-se um cooperador ou
até líder nalguma área das igreja e é fácil pôr ao pastor de lado. O autor de
Hebreus fala de lembrar-nos de três coisas:
1.A
palavra ensinada.
2.A
fé que tem.
3.O
estilo de vida.
Ao
cristão é pedido que se lembre, mas ao pastor é pedido que sua vida cristã seja
mostrada de maneira real. Praticamente o pastor deve ser um modelo a seguir, um
exemplo para cada crente que se torna parte da comunidade cristã.
Se
consideramos estas exigências neste verso, entendermos que são aspetos nos
quais devemos atentar com maior cuidado. Ao não fazer-lho seremos tropeço para
aqueles que se reúnem na congregação.
Devemos
ensinar a Palavra de Deus e não filosofias, métodos ou sistemas humanos de
pensamentos.
Devemos
ter uma fé constante ao longo da nossa vida, o justo viverá da fé, não falo de
fé para milagres, se não de fidelidade diária para com Deus e o compromisso que
assumiu ante Ele e a sua Palavra.
E terceiro deve ter uma maneira de viver que
desafie as pessoas a imitar-lho, a querer viver o cristianismo. Normalmente os
pastores não têm uma vida fácil, há muito sofrimento, incompreensão, solidão,
precisa sempre estar dois ou três passos ao frente, praticamente são diferentes
em sua maneira de estar em relação ao resto do rebanho.
Um
dia vamos a responder por aquilo que nos foi confiado, por isso a importância de
viver uma vida que reflita a função delegada. Eu já tive pastores ou mas bem
pastores patrões durante o ministério e não tenho saudades nenhuma deles, o
único que aprendi com eles foi a não fazer o que eles faziam e ainda fazem.
Quando
exercemos um ministério sério e consciente, aquilo que fazemos vai marcar na
vida dos crentes, as vezes parece que não, mas na sua privacidade vão
lembrar-se daquela palavra que compartistes com eles, da coragem e fé que
tiveste ante uma determinada circunstancia e o estilo de vida que tens, por
isso continuam contigo, porque vem que não há contradição entre o púlpito e
quando se encontram contigo em particular, segues sendo o mesmo.
As
vezes me lembram momentos em que fiz alguma coisa a favor deles e eu não me
lembro, e pergunto: Foi bom? Sim, respondem e então fico feliz.
Se
as ovelhas se lembram de teu cuidado, então Glória a Deus!
