UMA
PALAVRA…
Aquele,
pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado. Tiago 4:17
Tiago
depois de chamar a atenção aos seus leitores sobre a importância de considerar
a Deus em nossos planos e não dar lugar as nossas presunções e arrogâncias,
encerra seu argumento dizendo o texto mencionado.
Existe
a conceição generalizada de que pecado são coisas que fazemos, mas também pode
ser coisas que não fazemos, por uma diversidade de motivos, negligência,
irresponsabilidade, preguiça, etc.
A
este fato chama-se omissão que significa deixar de dizer algo ou fazer alguma
coisa, não mencionar, passar em silêncio, olvidar ou esquecer. Em linguagem
simples, fazer-me o desentendido, como que não es comigo.
Não
esqueçamos de que Deus vê, conhece nosso coração, conhece nossos pensamentos e
motivações mais íntimas; por isso a necessidade da Palavra diariamente para nos
confrontar, ela penetra até o mais profundo e revela todas as intenções.
Depois
que conhecemos o evangelho, não temos mais escusas. No mundo sem Deus debaixo
do jugo do maligno que cegava nosso entendimento, podíamos omitir, ignorar
situações, em relação a nós ou outras pessoas, mas agora em Cristo não se pode.
Quando
Deus nos mostra uma situação e que está ao alcance de nossa ajuda é porque
espera que intervenhamos. Sei que não vamos poder solucionar os problemas do
mundo por mais que nos esforcemos, somos seres limitados, temos uma área
limitada de ação.
Essa
área envolve a sociedade mas próxima a nós, família, amigos, colegas, irmãos e
até desconhecidos.
O
que vai determinar e evitar um pecado de omissão vai ser nossa atitude e
disposição como vemos a vida. Normalmente o evangelho nos livra duma vida
mesquinha e egoísta onde a maioria das pessoas vive, só olhando para seu
umbigo, esperando receber em vez de dar, compartir.
Se
teu coração é generoso e não falo de dinheiro, que até as vezes é uma maneira
fácil de nos livrar de cargas de consciência. Damos dinheiro e que outros
ocupem seu tempo, amor e dedicação e ficamos com a sensação de trabalho
cumprido.
Tiago
fala de algo mais pessoal, que envolve teu ser na totalidade; as vezes não é só
dar dinheiro, é dar tua vida, tua força, teu talento ou dom para servir, ajudar
a outros, para aliviar a carga de teu próximo.
Nestes
momentos podes estar a ler este texto e estar pensando acerca dessa situação
que está pendente e que nos últimos tempos foste postergando, talvez, muitas
vezes justificando-te ou convencendo-te de que Deus usará a outra pessoa e
passado um tempo descobrimos que nada sucedeu, porque o único agente de
intervenção es tu ou eu.
Estou
a escrever, mas também já cometi pecados de omissão, não sou melhor, só estamos
a considerar aqueles textos que estão na Palavra e que vamos lendo; a ideia de
Deus é que sejam praticantes e não só meros ouvintes de seus mandamentos.
Quem
já experimentou a bênção de dar, ajudar, intervir quando é necessário, sabe a
sensação que sentimos, de que fomos instrumentos de Deus para abençoar a um ou
muitos.
A
esse ato há que acrescentar a humildade e ser discretos quando servimos,
fazemos algo, quando executamos o propósito de Deus.
Não
fiquemos só com as coisas que nos gostam ou nos fazem sentir bem ou trazem
algum benefício, senão, disponhamo-nos a não omitir nada e fazer o que nos toca
a cada.