E,
finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos,
entranhavelmente misericordiosos e afáveis, não tornando mal por mal ou injúria
por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes
chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção. 1 Pedro 3:8-9
Sempre
digo, especialmente a aqueles irmãos que vivemos em países onde há liberdade de
culto e não somos perseguidos pela nossa fé, que o maior desafio é aprender a
viver em harmonia com os irmãos. Claro que isto também deve ser apesar da
persecução e com maior razão precisa-mos o apoio uns dos outros, si se vive num
ambiente hostil.
Desenvolver
um companheirismo de amor e afabilidade na comunidade cristã não é tarefa
fácil, vai depender da entrega que cada um de nós faça. Dentro duma congregação
vamos encontrar todo tipo de personalidades, não todos são fáceis de levar, há
pessoas que são complicadas no trato e não sabem relacionar-se com seus
semelhantes.
A
obra de salvação genuína é imediata, mas a obra de santificação e
amadurecimento leva todo o tempo de nosso peregrinar na terra. A tendência da
maioria de nós é querer aproximar-nos daqueles com os quais simpatizamos mais,
com aqueles que temos mais empatia e gostos parecidos ou contextos sociais e culturais
parecidos.
Ao
fazer isto podemos deixar de lado aqueles que custa mais conviver com eles,
marcando uma separação; alguns superam, outros sentem-se marginados ou
ignorados.
A
orientação bíblica é para esforçar-nos todos a ter comunhão uns com outros e
ainda que eu entre na igreja e seja tímido, não é para ficar assim, esperando
que me deem atenção e que me estejam animando sempre, porque ao final todos
temos o Espírito Santo que transforma e capacita-nos a amar e relacionar-nos.
Portanto,
significa que meu papel como parte do corpo de Cristo é integrar-me,
relacionar-me com os outros e desenvolver uma amor genuíno e verdadeiro com os
irmãos, tendo compaixão, misericórdia do irmão mais débil, daquele que falha,
que erra, que tem um temperamento mais difícil, crendo que Deus é poderoso para
transformar-lho como o fez contigo e comigo.
Que
o mundo critique, murmure, fale mal do governo, do chefe, do colega, da
família, isso é normal, porque o pecado reina em sua natureza e é essa
inclinação que o leva a ser assim e não estou a justificar essa conduta, pelo
contrário, quem vive assim precisa de Cristo.
Agora,
cristão dentro da comunidade xingando disto ou daquilo, pior ainda, falando mal
dos líderes, irmãos, igreja, está errado.
Maldizer
é falar mal, na tradução mais simple. Nossa maneira de falar como cristãos deve
ser diametralmente oposta ao mundo; nossa maneira de falar deve edificar,
construir, levantar as vidas que nos ouvem.
Nossos
atos de amor, carinho, misericórdia, compaixão devem ser visíveis, não fingidos,
senão sinceros, procurando abençoar a aqueles que nos rodeiam e até
estendendo-se a aqueles que não fazem parte da igreja, dando bom testemunho de
Cristo do qual declaramos vive dentro de nós; o mundo observa nosso
cristianismo.
Infelizmente
muitos cristãos vivem uma contradição dentro do âmbito da comunidade cristã e
fora dela, manchando o nome de Cristo e as pessoas não acreditam na sua
pregação.
Si
guarda-mos o amor, afeto, misericórdia, compaixão como estilo de vida cristã,
duma maneira verdadeira e pura e as pessoas não acreditam a mensagem que lhes
anunciamos, isso já é assunto delas, mas a nossa consciência permanece limpa.
Aprendamos
e continuemos a desenvolver um verdadeiro amor cristão entre nós e retiremos de
nós toda linguagem imprópria de cristão, falando palavras de bênção.