UMA
PALAVRA…
Mas
o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. 1
Coríntios 14:3
Quando
falamos de profetizar o primeiro que pensamos é em alguém que entra numa
espécie de transe e transmite algum mensagem, que pode ser em línguas estranhas
e posterior interpretação ou em nosso caso em português sem previamente falar
em línguas.
Todo
acerca de esta manifestação, o mesmo apóstolo Paulo se encarrega de instruir a
igreja de Corinto de como deve ser administrado ditos dons de profecia para que
todo seja feito em ordem durante as reuniões.
Se
fosse assim ficaria muito limitado, estaria sujeito somente ao culto e mesmo
assim não haveria garantia de que acontecesse.
A
instrução de Paulo vai muito mais além das reuniões, tem que ver com o dia-a-dia,
na comunhão que temos entre aqueles que já conhecemos ao Senhor, como também
aqueles que se aproximam interessados em saber mais.
Claro
que também pode ser beneficioso para aqueles que nem pensavam em Deus, mas
alguém usado por Deus começa a transmitir uma profecia.
Profecia
aqui é falar, comunicar, transmitir algo vindo de parte de Deus para aqueles
que nos ouvem, que pode ser um grupo grande ou pequeno, como também a nível
individual e pode acontecer de maneira espontânea, não planejada.
Uma
das coisas que a Palavra nos adverte é que cuidemos de não ser tropeço para
ninguém, especialmente com as palavras que saem da nossa boca, podem ser
edificantes ou podem ser destrutivas.
Muitos
cristãos mal interpretam o privilégio e responsabilidade que o Senhor nos dá e
se abusa na autoridade delegada. As vezes se disse muitas coisas as pessoas,
mas não passa de um certo controlo ou manipulação, por isso precisamos ter
cuidado com aquilo que dizemos.
Paulo
estava interessado em que se profetizasse, que se falasse a mensagem de Deus as
pessoas, mas ele queria que essa palavra abrangesse três aspetos:
1.que
fossem palavras de edificação, aqui refere-se a levantar vidas, é a figura da
construção dum edifício que pouco a pouco vai sendo levantado.
Nossas
palavras nunca devem destruir aquilo que Deus já começou a edificar, pelo
contrário devemos contribuir para que o edifício que representa uma vida
continue a ser erguido de maneira solida e firme.
2.que
fossem palavras de exortação, aqui refere-se a encorajar vidas a avançar na
vida de fé, vencendo todas aquelas coisas que talvez não estão bem e que precisasse
acertar.
Nossas
palavras não devem ser só para denunciar o mal que podem estar vivendo as
pessoas, produzindo vergonha e constrangimento. A verdadeira perícia de quem
exorta é saber levar a pessoa a suas próprias conclusões, sempre e quando
reconheça no que está a falhar.
3.que
fossem palavras de consolação, aqui refere-se a palavras de amor, companheirismo,
ânimo para aqueles que estão a passar um bocado difícil seja por circunstâncias
provocadas por eles ou totalmente alheias.
Nossas
palavras não devem ser só correção ou repreensão porque a pessoa falhou, ou
atravessa um momento de fraqueza. Devemos ter cuidado com esses mensagens
triunfalistas onde pensamos que ninguém pode estar abaixo do nível que nos
achamos; todos somos diferentes e o fato de tu estares forte e teu irmão fraco,
não nos torna superiores e em vez de ajudar-lho terminamos forçando situações e
sentimentos que nesse momento não há.
Consolação
tem que ver com compaixão, misericórdia, paciência, as coisas não se restauram
de um momento para outro por mais forte e fé que tenhas.
Ministremos
com graça e com amor para que de nossos lábios saiam palavras proféticas que
tragam edificação, exortação e consolação.