UMA
PALAVRA…
Nada
façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os
outros superiores a si mesmo.
Não
atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é
dos outros. Filipenses 2:3-4
Há
uma palavra que sintetiza estes versos: abnegação que significa desprendimento
dos próprios interesses; desapego; renuncia à própria vontade ou a bens
materiais; altruísmo; humildade e nenhuma destas descrições humanamente
falando, não é fácil de realizar.
Por
que? Porque por natureza somos egoístas, só pensamos em nos mesmos. É certo que
a história há deixado registos de vidas que se entregaram desinteressadamente
pelos seus próximos, inclusive até alguns deram suas vidas, como o caso dos mártires
da pátria, heróis que devido a circunstâncias não duvidaram e enfrentaram a
morte, pessoas filantrópicas e muitos anónimos do dia-a-dia que servem a seus
semelhantes.
Agora,
estou a descrever alguns casos de pessoas que são assim ou tendem a ser-lho por
causa do seu carácter e personalidade, não quer dizer que são cristãos nascidos
de novo.
O
fato de ser uma pessoa desprendida não é garantia de Jesus viver dentro dela.
Paulo na carta aos Filipenses lhe escreve aos cristãos, como a Bíblia no seu
todo é um livro de revelação para o filho de Deus.
O
modelo que Paulo apresentou aos Filipenses e a nós, foi o mesmo Jesus que se
despojou de toda sua glória e se tornou tão igual como tu e eu, humanos. Era a
única maneira de poder identificar-se 100% connosco, se assim não fora seria
impossível, mantendo só sua natureza divina.
Nem
tu nem eu seremos pregados numa cruz, porque isso foi realizado por Cristo uma
única vez e para sempre, para que levasse nossos pecados e através da fé
fossemos salvos pela sua graça.
Mas
agora que somos salvos, temos que reparar de que automaticamente não vamos
diretamente para o céu, ainda permanecemos na terra, rodeados de muita gente e
entre eles crentes como nós, ao qual devemos servir com entrega e desinteressadamente,
não olhando por nos mesmos.
A
luta que muitos cristãos se debatem, é como considerar a alguém que humanamente
é menos inteligente que eu, sabe menos bíblia que eu, sua condição social,
intelectual, económica é diferente a minha e poderíamos enumerar uma serie de
situações onde talvez sem Cristo, nem pensar que investíamos tempo em nos
dirigir a tais pessoas.
Na
maioria dos países como Portugal, têm liberdade religiosa, não somos
perseguidos, nem encarcerados, o maior desafio que nos temos como igreja é
aprender a viver em harmonia, em paz, sem contendas, brigas, confusões,
altercados dentro do seio da comunidade cristã.
Qualquer
congregação vai reunir todo tipo de pessoas, de origens totalmente diferentes.
A atitude que vai tornar realidade o conselho de Paulo, vindo do coração de Deus
é servir.
Servir ao nosso próximo é estar disponível
para ajudar-lho, apoiar-lho no que for necessário; então o meu ego não terá
chance para reclamar ou exigir direitos. Noutras palavras eu não vou a
congregação para que me sirvam ou me honrem por causa da minha origem socio
cultural, porque isso não é a maneira de Deus ver as pessoas, Deus vê o
coração.
Sirvamos
desinteressadamente e indistintamente a todos, ainda aos incrédulos se for o
caso e o nosso ego não prevalecerá.