31/12/2012

O MESTRE REVOLUCIONÁRIO



Revolucionário é aquele que protesta contra um determinado sistema e Jesus foi o maior revolucionário de todos os tempos.
Foi uma das mais intrigantes e questionadas figuras, porque para além de ter mudado toda uma era, hoje continua a ser a única figura em volta da qual os maiores historiadores, cientistas e estudiosos se debruçam fazendo milhares de pesquisas e debates.
Jesus foi manso e humilde, Jesus foi sensível, Jesus chorou, Jesus foi um homem que por amor deu sua vida. No entanto, foi também um homem que usou de autoridade e firmeza quando os homens usaram de hipocrisia, injustiça e abuso de poder. Jesus sempre tomou a atitude certa no momento certo.
A sua atitude como revolucionário, ou (para os que acham este título forte) atitude de revolta, nada teve a ver como personalidade política contra o governo Romano e suas leis civis. Jesus sempre foi um cumpridor das leis vigentes do seu tempo. Ele mesmo afirmou perante Pilatos (João:36) “O meu reino não é deste mundo”.
A sua atitude revolucionária (de revolta) se insurgiu, isso sim, contra os líderes religiosos, pessoas importantes daquela época e que aparentavam no exterior aquilo que não eram no interior. Jesus os enfrentou, não se intimidando ao dizer-lhes “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!”. (Mateus 23)
A sua hipocrisia o incomodava demais.
Ainda outra vez, Jesus se perturbou de tal forma que tomou uma atitude violenta e agitou todos aqueles que usavam o Templo de Deus, como espaço para fins comerciais, explorando e extorquindo o povo. Ele os expulsou sem condescendência e com autoridade.
Se hoje Jesus voltasse às nossas Igrejas não encontraria hipocrisia? Não encontraria pessoas religiosas, associando-se a cerimónias ou rituais dito sagrados, apenas porque é costume fazer-se ou por vaidade? Não encontraria espaços chamados Igreja, Casa de Oração ou Templo do Senhor”, a serem usados para "shows " de cantores, "shows " de pregadores famosos que pregam o agradável aos ouvidos dos mais incautos, espetáculos de danças e coreografias, cultos disto, celebrações daquilo, e festas em honra de tudo e mais qualquer coisa? Onde está a pregação genuína do Evangelho de Cristo? O que fazia Jesus, o que fizeram os seus discípulos, o que fez Paulo e o que fizeram outros tantos homens nos primeiros tempos do cristianismo? Tudo o que se faz em nome de Deus precisa ser feito conforme a Sua vontade, portanto, de acordo com o que está escrito nas Sagradas Escrituras e não conforme as leis dos homens, suas vontades e seus pareceres.
São hipócritas porque suas atitudes não estão isentas de mentiras ao mostrarem uma santidade fingida nas ditas cerimónias e rituais, mas no seu dia-a-dia se reflete o ódio, a ganância, as contendas, o orgulho, a falta de perdão, etc. Assim eram aqueles religiosos do tempo de Jesus. Situações de abuso por parte dos homens em relação às coisas de Deus, não podem ser mudadas com atitudes doces ou brandas. Infelizmente hoje há falta de homens e mulheres revolucionárias, incapazes de dizer a verdade, abstendo-se de mostrar revolta contra o errado, porque isso lhes trazem dissabores e impopularidade.
Saibamos cada um de nós ser humilde diante de Deus e arrojado perante aqueles que O ofendem.

Pastora Lurdes Pereira


40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...