Apascentai
o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 1 Pedro 5:2-3
Não
escrevi o primeiro versículo que explica que esta parte é dirigida aos pastores
ou responsáveis de cuidar a igreja local, seja onde se encontrar, nem tampouco
o tamanho dela.
Uma
coisa que devemos manter claro como pastores, nós, lidamos com pessoas, gente,
com sentimentos, necessidades, expetativas e devemos representar muito bem a
Aquele que nos chamou.
É
interessante de que através dos anos descobri de que Deus nunca pensou na ideia
dum só homem tomando conta do rebanho. Alguém pode dizer de que Pedro refere-se
a todos os pastores em geral e que cada um tem um campo próprio.
Concordo
de que em cada igreja local deve haver um líder principal e responsável ante
Deus. As cartas em Apocalipse mostram isso; mas o estudo da Bíblia revela de
que havia sempre outros obreiros a complementar o pastorado, sejam pastores,
mestres, profetas, etc.
A
igreja fica melhor ministrada e acompanhada que dependendo dum só homem, que
tranquilamente pode cometer as atitudes erradas que o apóstolo Pedro adverte
que não deve acontecer no rebanho do Senhor; haverá mas cuidado entre uns e
outros e sobre a maneira que se leva a igreja.
Aquilo
que Pedro menciona primeiro, que deve acontecer quando se pastoreia o rebanho
do Senhor é fazer as coisas de maneira voluntaria, tanto o pastor ou pastores,
não forçando a barra como se disse, querendo que todos façam obrigatoriamente.
Uma
vez li que um verdadeiro pastor tem o desafio de envolver o rebanho na obra do
Senhor e fazer-lho de tal maneira que as pessoas o façam com gosto e grátis, e
não por obrigação ou porque lhe pagam.
Liderar
não é dar ordens, nem subjugar as pessoas a minha vontade e capricho. Um pastor
que obriga as pessoas a fazer o que ele quer, porque acha que elas devem
submeter-se a sua autoridade está errado.
Autoritarismo
não é autoridade, nem dar ordens, nem fazer ameaças a quem não obedece,
tampouco é. Jesus ficou as vezes irritado com a falta de fé e entendimento dos
seus discípulos, mas nunca os tratou como um rebanho de animais ou ignorantes,
sempre tive uma reposta e atitude correta para cada um deles.
O
pastor deve entender de que a obra é de Deus e nós só somos seus instrumentos
aos quais um dia ser-nos-á cobrado como fizemos o trabalho
Deus
observa nossa atitude e conduta; pode ser que ao principio do ministério quando
somos novos, move-nos o impulso, desejo, vontade e mais se somos jovens e ainda
não desenvolvemos a paciência, mas essa virtude deve ser desenvolvida, diria, obrigatoriamente,
para que acompanhada com o amor, possamos guiar firme, mas carinhosamente o
rebanho do Senhor e não antepor nossos interesses egoístas e muitas vezes
mesquinhos que só procura usar as pessoas para exaltação de nosso ministério,
há que ter cuidado com nossas motivações, devem ser revisadas constantemente
para ter a atitude certa.
Tampouco
deve-se cair no erro de converter o ministério em algo profissional, onde eu
estou ali por que me pagam ou os crentes se tornam numa fonte de lucro, onde
estão obrigados a dar-me dinheiro ou tem que comprar tudo aquilo que vendo ou
pagar por me ouvir. O que de graça recebeste, dai de graça.
Um
dia o grande Pastor Jesus recompensará justamente a todos os pastores,
principais ou não que aceitaram o reto de obedecer o chamado de cuidar
amorosamente Sua Igreja, pela qual deu a Sua Vida e um dia virá buscar-lha.