Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos
amar uns aos outros. 1 João 4:11
Não sinto perdoar! Não sinto amar! Não sinto!
Muitas pessoas se justificam assim para não amar, porque aquele sentimento que
antes tinham por um familiar, amigo, colega apagou-se por algum motivo.
Acontece também no casamento, as pessoas se lembram
dos primeiros tempos de romance e o comparam com os dias atuais e chegam a
conclusão de que já não há amor, que todo se esfumou.
Se Deus se movesse por sentimentos, talvez hoje nem
estava a escrever estas palavras, porque já falhei tantas vezes e entristeci
seu coração, mas, infinitas são as suas misericórdias e Ele continua amando-nos
sempre.
A expressão de amor real de Deus e visível é Cristo
na cruz, morrendo por cada um de nós para que tivéssemos a salvação. Deus não
faz distinção entre um e outro, Cristo morreu por todos.
O amor de Deus é incondicional, não está
condicionado a nossa conduta ou as boas obras que nos façamos. Ele ama-nos tal
como somos, é pura graça e nós devemos ser gratos por isso, eternamente!
Se o amor de Deus é incondicional para connosco,
não devemos amar da mesma maneira?
Mas Deus é Deus, eu sou um mero homem! Muitos
argumentam assim, como que Deus tem uma capacidade acima da nossa e é verdade e
que nós como seres humanos não temos essa capacidade.
Lembro-te a Bíblia: Deus derramou seu amor em
nossos corações, isso faz com que a capacidade de amar, perdoar, ser muito
paciente está potencialmente dentro de nós; não há uma justificação para não
amar.
Eu sei que há dentro do corpo de Cristo indivíduos
complicados, que não apetece amar, nem ter paciência com eles, até eles
provocam muitas vezes uma tal antipatia que ninguém se quer aproximar, nem
conviver com eles.
Mas a instrução dada pelo apóstolo é de amar como
Deus nos ama a nossos irmãos, não dá para contornar, nem fugir dessa
responsabilidade.
Com a Bíblia e suas instruções claras e específicas,
não gastemos tempo e energia tratando de evitar-lhas ou desobedecer-lhas porque
isso atrapalhará nosso amadurecimento espiritual.
Se tens pessoas próximas de ti, seja da família de
sangue ou a família espiritual e sentes uma certa rejeição, precisarás pedir
uma graça especial para amar, como já disse dentro de ti potencialmente está o
amor de Deus, tens que libertar-lho, expressando-o duma ou outra maneira.
O argumento de não sentir não vai convencer a Deus.
Entendamos que aquilo que começou com um sentimento deve transformar-se em
compromisso permanente, até o dia que partimos desta vida.
Este é um princípio que deve funcionar no
casamento, especialmente dentro do povo de Deus, que tem uma grande
responsabilidade de amar incondicionalmente a seu conjugue, já que fizeram um
pacto até a morte os separar.
Se Deus me faz ser parte duma determinada comunidade
cristã, devemos apreender a amar a cada um deles, grandes e pequenos. Sempre
digo que não vamos poder andar todos dias juntos, com alguns deles haverá uma
maior interação que com outros. Pode apetecer até não querer sair juntos com
alguns nunca, porque não há pontos comuns; mas isso não me isenta de amar-lho,
de ter bons sentimentos e pensamentos para com ele ou ela.
Há coisas que ofendem, especialmente atitudes
feitas pelos irmãos; mas parece que como seres humanos, incluindo crentes,
irritamos a outros com um gesto, uma palavra, uma atitude e muitas vezes sem má
intenção.
Não podemos, nem devemos estar dentro duma
comunidade com sentimentos tipo: não gosto da cara dele, não gosto da maneira
como fala, não gosto, não gosto, etc.