ÊXODO 2:11-15; ATOS 7:24-25
Moisés durante a fase de criança, jovem e adulto,
até os 40 anos teve conhecimento de parte de seus familiares, acerca do
nascimento e formação de seu povo. Posso imaginá-lo, visitando seus pais e
irmãos, a ouvir as histórias de Abraão, Isaque, Jacó e José em Egipto, que eram
contadas de geração em geração.
Todo isto, aliado à maneira como ele tinha sido
preservado da morte, criado no palácio, deve ter feito a Moisés crer que era o
instrumento de Deus para libertar o seu povo. Moisés apesar da sua posição
social, não negava as suas raízes, pensou, para si, que agora que tinha 40
anos, forte e inteligente, era capaz de cumprir o seu papel de libertador.
Não basta ser forte e inteligente, precisamos duma
virtude divina, sabedoria, que Moisés não tinha. Saiu sozinho para libertar o
seu povo, pensou fazer justiça com as suas próprias mãos, e que todo correria
muito bem. Foi uma ação precipitada, irrefletida e tola, que o converteu num
homicida e prófugo da justiça egípcia.
O exílio foi o seu destino, durante os 40 anos
seguintes. Se existia algum plano A, não sabemos, si é verdade que existiu, foi
estragado pela precipitação de Moisés, que representa a vida de muitos
cristãos, que não veem realizados os planos de Deus nas suas vidas, porque
tomam iniciativas que Deus não aprovou, nem mandou executar. São ações
independentes da vontade de Deus.
Podemos até saber a vontade de Deus para nossa
vida, como Moisés sentia que havia algo especial com ele e através dele. Mas
perguntou? Consultou? Procurou a direção de Deus? Nas nossas vidas hoje,
procuramos saber os detalhes? Pedimos sabedoria? Procuramos su instrução?
Devemos esperar pela revelação divina antes de tomar
decisões, porque podemos precipitar-nos, acelerando as coisas antes do tempo
estipulado por Deus e acabamos estragando o propósito.
Moisés estragou aquilo que lhe fora confiado, agora
só tinha pela frente o exílio, a vergonha, uma consciência que o acusava, um
deserto espiritual provocado pela loucura da precipitação.
Todos nós somos desafiados ante as circunstâncias
da vida, e uma coisa temos que fazer, não nos precipitar, e saber aguardar a
hora e a maneira de Deus.