O Mar, a Água não é o nosso
elemento
Embora gostemos de nadar, tomar banho, andar de barco nas águas do Mar
ou de um Rio, podem surgir dificuldades, e quantas pessoas não morrem afogadas
nas águas, quer seja em lazer ou em trabalho como andam os pescadores ou todos
aqueles que vivem de andar na água.
E porque quem vai ao mar também tem um porto de embarque e um porto de
destino, assim também nós estamos em viagem. Ela tem altos e baixos, tem mar
agitado mas também ter mar calmo. Assim é a nossa vida.
Não devemos andar ao sabor das ondas, mas sim remar, para manter o
barco na rota a todo o custo.
A água sempre atraiu e marcou o
homem e a Bíblia também regista alguns fatos.
-Do Éden saia um rio que se desdobrava em 4 braços (Pisom, Giom, Tigre
e Eufrates- (Gênesis 2:10);
-O povo atravessa o Mar Vermelho, a seco (Ex 14:22);
-O povo murmurou quando viu que as águas de Mara eram amargas (Êxodo
15:23-24).
-O povo hebreu chegou a Elim onde havia 12 fontes de água e 70
palmeiras (Êxodo 15:27).
-A água foi a causa de Moisés não ter entrado na Terra Prometida, pois
desobedeceu e fendeu a rocha ao invés de falar com ela como ordenado por Deus
(Nm 20:11).
-Quando os pés dos que levavam a Arca, comandados por Josué, tocaram as
águas do Jordão, elas se abriram (Josué 3:15-16).
-Elias retirou-se para o ribeiro de Querite após ter profetizado a seca
ao rei Acabe (1Reis 17:3).
-Elias parou as águas do Jordão com a sua capa quando estava prestes a
ser arrebatado e atravessou-o com Eliseu (2Rs 2:8).
-Eliseu voltou a abrir as águas do Jordão com a capa de Elias, após o
seu arrebatamento, no regresso a Jericó, (2Reis 2:14)
A vida cristã é como uma viagem de
barco.
Isso mesmo
retrata o Salmo 107, versos 23 ao 30. Mesmo o povo diz que a nossa vida é como
um barco.
Jesus teve
muitos episódios registados nos quatro evangelhos, durante o seu ministério de
cerca de três anos e meio, tendo como cenário o Mar da Galileia.
Um deles está
registado em Marcos, capítulo 6 e versos 45 ao 51: após um milagre em que foram
alimentados quase cinco mil homens com apenas cinco pães e dois peixes, Jesus
despede os seus discípulos e marca como destino e ponto de encontro Betsaida,
na margem oposta, enquanto Ele despedia a multidão.
Jesus foi
depois ao monte, orar. Mas o barco não avançava porque o vento era contrário, e
Jesus vendo que se fatigavam a remar, e sendo já perto das 3 horas da
madrugada, decidiu ir ter com eles, andando sobre o mar, mas os seus discípulos
assustaram-se, crendo que era um fantasma.
Não importa o
vento que tens pela frente, continua esforçando-te, pois Jesus está atento aos
limites das tuas forças e Ele surge em teu auxílio; não temas, pois Jesus é
Verdadeiro e Real, fantasmas, videntes, cartomantes e outras “espécies” não são
algo em que um cristão deva acreditar ou sequer temer, pois Deus está acima de
toda a ameaça e por conseguinte os seus Filhos também estão protegidos.
Parte dos discípulos de Jesus (Pedro, André, Tiago e João) foi
recrutada junto ao Mar da Galileia, também
conhecido como Mar de Tiberíades, Lago de Genesaré ou ainda Lago de Kinneret, com um comprimento de
21 km por 13 km de largura.
E agora
andavam novamente neste Mar mas em outras funções. Aliás agora eram todos
pescadores, pois Jesus lhes tinha dito desde o início: “Vinde
após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”(Mateus 4:19).
A água não é
o nosso elemento natural mas não podemos passar sem ela. Pois dela vem o peixe
que nos alimenta, a água que se evapora e vindo como nuvem, cai de novo sobre a
terra, dela bebemos e com ela regamos.
A mulher
samaritana vinha perto do meio-dia buscar água ao poço de Jacob (João 4:6-42) e
Jesus lhe pediu água; mas em conversa com a mulher, lhe anunciou outra água,
aquela acerca da qual, quem a beber jamais terá sede (verso 14)
Também a
água que se movia no tanque de Betesda, sarava o primeiro que descia (João 5:4).
Precisamos beber desta água, da água do manancial que é Jesus Cristo.
Deus vos Abençoe
Fernando Pinho