Os dois filhos de Isaque não eram santos nem perfeitos, cada um tinha suas fraquezas e sofreram consequências pelas suas ações. Esaú o mais velho perdeu a primogenitura ao trocar-lha por um prato de guisado e perdeu a bênção paternal pela esperteza dos seu irmão mais novo.
Esaú desobedeceu o mandato de seu pai e cassou com três mulheres pagãs e isso foi-lhe de tropeço, porque acabou envolvendo-se com os deuses delas e suas práticas. Jacó conseguiu o que queria, mas custou-lhe a separação de sua família, especialmente de sua mãe, a qual amava muito, o exilio foi seu castigo e também foi uma forma de evitar ser morto pelo seu irmão Esaú, que estava cheio de vingança.
Jacó não foi embora sem uma bênção e instrução de parte do seu pai Isaque. Isaque não deve ter ficado muito feliz com a situação que havia-se gerado, mas não omitiu seu papel como patriarca e pai de abençoar sua descendência. Abençoou a Jacó, instruindo-o a procurar esposa dentro da família de Labão seu tio; isso significava que teria que emigrar para terras longínquas e possivelmente nunca mais veria a seu pai e a sua mãe.
Aquela promessa que Deus fizera a Abraão de que sua descendência seria numerosa e que habitariam numa terra maravilhosa e que seriam bênção a todas as nações da terra, agora Isaque a transmitia a Jacó. Era uma promessa vinda de Deus de maneira incondicional, porque o benfeitor neste caso, Jacó, não tinha grandes qualidades espirituais, mas foi quem recebeu a bênção paternal.
Isaque era um homem que se apartava para orar e ter comunhão com seu Criador, Jacó não, na verdade nem conhecia ao Deus de seu pai, mas desejava ser abençoado e conseguiu.
Isaque não negou a bênção para seu filho mais novo, porque viu nele algo que não via no seu filho mais velho, que tinha mostrado ser néscio em suas escolhas e isso tinha desagradado a Isaque e Rebeca. Jacó, um rapaz mais calmo, não merecedor legalmente da primogenitura e a bênção que correspondia ao primeiro filho a recebeu e Esaú perdeu-a
Às veze como Isaque podemos ser enganados pelos filhos, que de forma astuta aproximam-se procurando um benefício e não nos apercebemos da sua esperteza e conseguem o que querem. Pode ser merecido uma repreensão por sua conduta, mas nunca deve sair dos nossos lábios maldição ou condenação sobre eles.
Os filhos são herança do Senhor, são bênçãos dadas por Ele e apesar que alguns não sejam corretos em seu comportamento como o foi Jacó, nosso dever é abençoar-lhos com nossas palavras e ações. E se nalgum momento é necessário disciplina, também será uma expressão do no nosso amor e carinho por eles. Inclusive a disciplina executada de maneira justa é uma bênção, por que quem ama verdadeiramente disciplina.
Isaque abençoou a Jacó, mas também recebeu disciplina ao ser enviado longe da família, para que tivesse a oportunidade de demostrar-se a se mesmo se era merecedor da bênção recebida.
Não se trata de dar todo o que querem aos nossos filhos, senão, que aprendam a usar e administrar aquilo que lhe confiamos e damos.
pr. Carlos Arellano