Quando lemos estes livros não encontramos um claro propósito pelo qual foram escritos. Quem escreveu deixou claro que apesar de Deus ter um pacto com Israel, a maior parte dos monarcas rejeitaram e ultrajaram as obrigações inerentes a dito pacto.
Passa-se revista tanto a reis de Judá como aos de Israel, e até onde é possível são retratados na época em que viviam. A validade de cada monarca é determinada mediante a comparação com os dois reis anteriores, o rei David, que manteve-se bastante fiel ao pacto e o rei Jeroboão de Israel, que fez caso omisso de dito pacto.
A comparação feita desta forma, demonstra se um monarca determinado andou no caminho de David, seu pai, ou andou nos caminhos de Jeroboão, filho de Nabat. É evidente que o escritor dos livros dos Reis descobriu com esta base, que poucos monarcas de Judá e Israel guardaram o pacto com Deus. Alguns foram notáveis como Asa, Josafat, Ezequias e Josias e assim mesmo adoeceram dalguns defeitos.
David foi o monarca que mais aproximou-se do ideal. Pouco antes de morrer, aconselha a seu filho Salomão, que guarde os preceitos do Senhor. Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O apartar-se desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao juízo divino.
A lealdade ao pacto de Deus era um requisito antigo em Israel. Havia-se originado em Abraão, porém achou expressão nacional na época do Êxodo, quando Israel acabava de ser liberto de Egito, apresentou-se no monte Sinai e fez um pacto solene com Deus. Desde esse momento e a partir dali seria o povo escolhido de Deus, separado das nações, obediente a seus mandamentos e leal a Ele. Era proibido a Israel fazer pactos com outras nações ou outros deuses. A aderência ao pacto com Deus daria como resultado bênçãos; a desobediência a dito pacto produziria maldição e castigo.
O escritor remonta-se a história de Israel desde Salomão até o último monarca de Judá. Com um estilo sincero, franco, relata a história triste da rejeição do pacto por parte da maioria dos monarcas. O colapso final de Israel frente a Síria e de Judá ante Babilônia, demonstram claramente que o pacto feito por Deus com eles era sério, mas a maioria dos monarcas declinou em manter-lho e sofreram as consequências.
Nos dias posteriores, os dois livros dos Reis constituíram-se numa advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando assim uma lição pratica no sentido que a rejeição do pacto de Deus, torna-se num ato pecaminoso e rebelde, causando um castigo divino.
Desconhece-se quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha acesso aos anais escritos, como o livro dos atos de Salomão, o livro das histórias dos reis de Israel e as cronicas dos reis de Judá, que presumivelmente eram documentos oficiais.
Nós temos um pacto com Deus em Cristo Jesus. Desde o momento que recebemos a salvação, ficamos envolvidos no pacto de sangue. Por meio do seu sangue nosso pecado é perdoado e agora somo filhos de Deus, pertencemos a Ele, fomos comprados por preço de sangue.
Isto significa, que já não podemos viver como nos queiramos, senão que a nossa vida deve estar alinhada com os mandamentos de Deus e seus propósitos. Quando saímos deles, ficamos expostos a consequências; se bem certo não estamos no Antigo Testamento, Deus continua sendo o mesmo. O problema com alguns cristãos é que acabam abusando da graça de Deus, por não experimentar um castigo imediato apesar de haver desobedecido abertamente. Não abusemos, mantenhamos o zelo de viver uma vida correta em todo tempo e se pecamos, peçamos perdão numa atitude de arrependimento, que o Senhor é misericordioso e pronto para cobrir nossa falta.
Não esqueçamos, nós fazemos parte nos dias de hoje, dum pacto, com Deus por meio de Jesus Cristo, um pacto de sangue, para toda a vida.
pr. Carlos Arellano