Todo ser humano tem direitos básicos e fundamentais para desenvolver-se como qualquer pessoa normal que habita neste planeta. Direito a ser amado, alimentado, vestido, educado, protegido, etc. A família e a sociedade devem cumprir esse papel, procurando o bem-estar do seu próximo. Se cada um cumprisse seu papel viveríamos num mundo perfeito, um perfeito paraíso.
Na verdade, não é bem assim, vivemos num mundo injusto, onde muitos usam sua posição e poder para exigir direitos que só satisfazem a eles mesmos, sem importar o direito doutro. Por exemplo, existem pessoas no poder, que usam e exigem seu direito para enriquecer-se a custa da maioria e agem dessa maneira porque pensam que estão em seu direito. O problema é que não existe um limite para exigir esse direito, é como uma fome e sede insaciável, nunca estão satisfeitos e seus próximos acabam sofrendo e sem direito nenhum, expostos a pagar com a própria vida se exigem ou reclamam demais.
As grandes instituições humanitárias que lutam contra estas injustiças, muitas vezes ficam impotentes ante estas atitudes e ações, que cada vez mais aumentam de maneira descontrolada, seja a nível nacional, regional, laboral ou familiar.
O problema do ser humano é o pecado e essa condição espiritual e moral leva-o a ver a vida só do ponto de vista egoísta, onde seu interesse pessoal está por cima do interesse do seu próximo. O pior de todo é que a pessoa que protagoniza esta atitude e ação pensa que está em tudo seu direito e para convencê-lo do contrário torna-se difícil e complicado.
Jesus como Deus e Senhor de todo o universo e todo o que nele existe está em tudo seu direito de fazer como bem achar. A Bíblia disse que apesar desse direito como Criador, Ele de maneira voluntária deixou sua glória para descer a esta terra e identificar-se com o ser humano, apesar de estar em pecado e rebelião contra seu Criador e tornou-se servo de todos.
Ele mesmo disse: Não vim para ser servido, senão para servir e dar minha vida a favor dos outros. Noutras palavras, Jesus não exerceu seu direito, senão que procurou primeiramente o direito que todos os homens têm, de ser salvos da ira divina, sabendo de antemão que muitos o rejeitariam e que acabaria numa cruz, entregando sua vida a favor nosso. Esse é um máximo exemplo de não utilização de direito, que só procura um benefício egoísta e mesquinho como a maioria dos seres humanos.
Existe tanta injustiça neste mundo, e isso acontece por causa do exercício do direito egoísta que a maioria tem. Não estou a dizer que não tenhamos direitos como cristãos, somos seres humanos tão iguais como qualquer um, só que a exigência do meu direito, seja qual for, não deve afetar negativamente a meu próximo
Já que tenho direito como ser humano, então velarei para que o direito que lhe corresponde a meu próximo também o obtenha e não serei um obstáculo na sua vida.
pr. Carlos Arellano