21/02/2017

JACÓ VI


Jacó trabalhou para seu sogro e tio Labão vinte anos. Diríamos que foram vinte anos de exploração, porque muitas vezes foi enganado, primeiramente em relação a seu amor por Raquel e depois pelo pagamento de seu salário, o qual foi mudado dez vezes, ao sabor do interesse de Labão.

Hoje nos tempos em que vivemos, o assunto relacionado com o trabalho e a fonte de ingresso que deriva do mesmo, atravessa muita insegurança e injustiça. Sempre houve abusos e explorações e apesar dos avanços sociais e laborais e existir leis a favor do trabalhador, as injustiças acontecem por todo lado. Inclusive dentro do âmbito da igreja. Particularmente já me aconteceu servir em ministérios administrados por exploradores, uma espécie de sugadores dos obreiros que querem rendimento, resultados, mas em relação ao reconhecimento dos benefícios sociais que a lei do país outorga, desviam seu olhar para outro lado.

Evidentemente o obreiro de Cristo, serve ao Seu Senhor e não entra ao ministério por causa do lucro, apesar que existem maus obreiros que usam a piedade como fonte de lucro. O trabalhador deve ser leal e eficiente em seu labor, mas também aquele que lhe toca o papel de patrão, superior, empregador deve aceitar e assumir suas responsabilidades. Cada um deve cumprir seu papel.

Jacó era um bom trabalhador como pastor de ovelhas, mas seu empregador era um tirano. Se Jacó suportou os vinte anos, o fez porque sabia que Deus o havia guiado a esse lugar para prosperar e formar família, havia um propósito divino.

Para um verdadeiro cristão o primeiro que lhe interessa é estar no centro da vontade de Deus, estar no lugar certo fazendo o que o Senhor lhe está confiando e não falo só de ministros do evangelho, senão qualquer cristão que exerce seu oficio corretamente. Como disse a Bíblia, todo trabalho que executemos deve ser feito como para o Senhor, se bem certo estamos servindo ao nosso próximo. O que pode acontecer é que algum cristão acabe por se aborrecer e ressentir com as injustiças cometidas contra ele ou ela e faça com que a qualidade do se trabalho diminua.

A vontade de Deus é importantíssima, porque quando estamos a realizar-lha o Senhor nos fortalece e nos anima para prosseguir adiante apesar das injustiças e abusos. Existirá a tentação de largar tudo e abandonar, mas o cristão não deve deixar-se levar pelas circunstâncias, a vontade de Deus deve estar no primeiro lugar e só Ele determina quando mover-nos.

O fato de Jacó ter passado pelo que passou, não significa que tua experiência tem que ser igual para ti ou para mim. Somos seres pensantes e se temos família, temos toda a liberdade de fazer as escolhas que sejam o melhor para nós e os nossos.

O interessante da história de Jacó é que no meio dos abusos que o sogro intentava fazer contra ele, Labão não prosperava, porque o Senhor prosperava a Jacó com abundância, enquanto seu sogro empobrecia. O favor de Deus está sobre seus filhos, indistintamente as circunstâncias, confiemos Nele, porque Ele é Justo.

Jacó prosperou, Labão empobreceu.

pr. Carlos Arellano

40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...