02/05/2017

JESUS VEIO PARA OS DOENTES


Seria bem complicado os crentes exercitarem sua influência positiva no mundo sendo totalmente isolados das pessoas que não seguem a Deus, não concordam? O próprio Jesus Cristo demonstrou essa realidade, pois teve encontros com os tipos de pessoas mais pecadoras e problemáticas da sociedade de sua época e nem por isso deixou de ser santo. (Pedro, Zaqueu, a mulher adúltera, o ladrão arrependido na cruz). Aliás, Jesus influenciou positivamente as pessoas com as quais se encontrou, e é exatamente isso que devemos fazer. Mas como fazer isso sem ter contato com essas pessoas?

Jesus foi encontrado por várias vezes almoçando com pecadores, curando leprosos, paralíticos, cegos, enfim, todos aqueles que são rejeitados pela sociedade. 
Os relatos na Bíblia são preciosos, pois mostram a humanidade das pessoas e a chegada de Jesus trazendo paz, força, consolo e socorro diante das mais diversas necessidades de cada uma.
Podemos ler em Mateus 9:10-13 um episódio em que os fariseus acusam Jesus de estar comendo com pecadores e Ele mesmo lhes responde que, “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.”

Mas esta ação de Jesus não contraria o Salmo 1? Não diz no Salmo “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”?

Há uma grande diferença entre estes pecadores, os quais procuravam Jesus para buscar consolo, perdão, cura e alívio, e aqueles que são referidos no Salmo, sendo estes os que não querem nada com Cristo, que zombam, maldizem e praticam atos condenáveis.

Nós fomos chamados a evangelizar, anunciar e fazer discípulos (Mateus 28:19), falar de Jesus, não impor uma doutrina, uma religião ou novas tradições.
Jesus disse aos seus discípulos em Mateus 5:13,14, “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;”
O sal impõe mudanças. O sal tempera alimentos, influencia o meio onde é inserido, segundo o versículo.
Embora a sociedade pós-moderna esteja notoriamente corrompida, é atribuição da Igreja investir-se da autoridade contida nos valores expressos no sal, e salgá-la com o objetivo de livrá-la do apodrecimento.
A palavra latina salário deriva de sal, tal era a importância deste produto, que era usado como meio de pagamento na antiguidade.
Também a luz impõe mudanças, onde brilha, não existem trevas, mesmo em nossas casas as lâmpadas são colocadas no teto para iluminar de forma mais eficiente.

Então assim deve ser o Cristão, influenciador e notório como o sal e a luz, não sendo camaleão disfarçado e anónimo, mas firme nos seus princípios, e não esquecendo que Salvação não é vacina, temos de Deus uma nova natureza, mas a velha continua ali, escondida, pronta para colocar as suas garras de fora.

O homem é um ser social, gosta de conviver, mas deve ter cuidado com as companhias. Não devemos ter preconceitos, mas devemos ter cuidado com as amizades. Isso significa que devemos sim estar abertos às amizades, mas não significa que todo o tipo de amizades será boa para o cristão. Existem amizades que podem ser muito prejudiciais à nossa vida e que devem ser evitadas ou muito bem avaliadas.
O cristão pode e deve ouvir, orientar e ajudar quem não é cristão, apresentando Jesus para essa pessoa, pois foi chamado para ser sal da terra e luz do mundo. Contudo, não deve aconselhar-se com quem não tem os mesmos valores e estilo de vida que ele, e especialmente com quem pratica a iniquidade e tem uma vida contrária à Palavra de Deus.
Lemos numa passagem em 1 Coríntios 15:33, ”Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.”, então o cristão deve ser cuidadoso e criterioso.

Assim como as amizades nos influenciam, também as coisas do mundo nos afetam; não podemos por exemplo, a pretexto de evangelizar, ir a uma discoteca ou ao carnaval, as pessoas que frequentam estes lugares podem ser encontradas na rua, no supermercado, no café, ou noutros lugares mais próprios.
João nos adverte na sua primeira epístola, capítulo 2:15 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.”

Não se esqueçam que somos Sal e Luz do mundo.

Que Deus vos possa Abençoar

Fernando Pinho

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