Números 16
Quando lia este capítulo 16 do livro de Números,
imaginei quantas salas, dos templos espalhados pelo mundo se abririam pelo
meio, para tragar todos os rebeldes, declarados ou ocultos, uma parte dos
membros da igreja desapareceria. Claro que hoje, é difícil que algo assim possa
acontecer, foi uma situação única; o que se vem repetindo através da história,
é a rebelião dentro do povo de Deus.
Rebelião é, pura e simplesmente, insurreição,
revolta, oposição, normalmente está relacionado com, rebelar-se a toda
autoridade, paterna, patronal, eclesiástica, governamental, etc.
A primeira rebelião que a Bíblia descreve, foi a de
Lucifer, que se rebelou contra a autoridade divina (Isaías 14:11-15)
Na vida da igreja, que nos diz respeito a todos
nós, não escapa a esta realidade, é um pecado gravíssimo diante de Deus, quem
se envolve, até é comparado com quem pratica feitiçaria.
“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e
o porfiar é como iniquidade e idolatria”. 1 Samuel 15:23
Aqui não estamos a tratar do rebelde, senão aquele
que está sujeito ao ataque dele. Moisés foi vítima de um esquema que envolvia
rebelião contra a autoridade delegada por Deus. Várias vezes, Deus tinha
confirmado a autoridade e o papel de Moisés como líder, juntamente com Aarão.
O que interessa ressaltar aqui, é a atitude Moisés,
ele apresentou a sua causa a Deus, que, uma vez mais, estava pronto para acabar
com todo o povo, e Moisés intercede, acalmando a ira do Senhor. Incrível!
Há algumas coisas que aprendemos com Moisés,
perante a rebelião:
1.O amor pelo povo de Deus levou-o a interceder por
eles.
2.Sua conduta justa levou-o a fazer distinção entre
os culpáveis e os inocentes.
3.Não deixou que a amargura, ou um espírito de
vingança brotasse no seu coração.
4.Deixou que Deus vingasse a ofensa (Hebreus 10:30)
Todas as pessoas que exerçam uma autoridade
delegada estão sujeitas a rebeldes, podem ser filhos, conjugues, empregados,
crentes, etc.
A rebelião pode vir de qualquer lado, donde menos
pensamos. O saber quem somos e qual é o lugar onde Ele nos pôs é determinante.
Argumentos mentirosos, baseados em premissas falsas, que conseguem manipular a
mente dos incautos, e assim conseguir seguidores, não deve alterar nossa
atitude, o vemos no caso de Jesus, o povo calmava um dia “HOSSANA” e no outro
dia “CRUCIFICA-O”
O líder deve conservar-se descansado e confiado em
Deus, nosso defensor. Devemos orar contra todas as forças malignas que estão
por trás, se for necessário apresentar a nossa defesa, como o apóstolo Paulo
que apresentou seu argumento ante seus opositores (Atos 22), agora, vingar-nos,
é rebaixar-nos ao nível deles, nunca!
Deus não muda, o primeiro rebelde foi expulso do
Céu, e até agora, todos os rebeldes que se levantam contra seus servos e a Sua
obra, Ele encarrega-se de fazê-los desaparecer, juntamente com os objetivos
malignos que movem os seus corações. Deus continua a ser o mesmo de ontem, hoje
e eternamente (Hebreus 13:8).