Números 12:1-15
Seguramente, algumas vezes ao longo da sua vida, já
experimentou a traição da confiança dada, todos nós já experimentamos, em menor
ou maior grau, é uma experiência dolorosa.
Agora, imaginemos Moisés, sendo traído por Aarão e
Miriã, porque o assunto não era o casamento de Moisés, isso foi o pretexto para
falar o que estava em seus corações, questionar a autoridade de Moisés, querer
assumir um papel, para o qual Deus não os tinha chamado.
A traição causa dor, e é mais doloroso quando
descobrimos que parte do nosso meio familiar. Todos já fomos traídos, no
trabalho, na escola, na igreja, por amigos que não eram amigos, agora, nossos
próprios familiares, parece que os golpes que vêm de dentro são bem piores.
Que passou pela cabeça de Aarão e Miriã? Inveja?
Ciúme? Ambição desmedida? A Bíblia não descreve, mas podemos imaginar. O
próprio Deus se encarregou de pô-los no seu lugar.
Moisés tinha uma manifestação do fruto do Espírito
Santo, mansidão (Gálatas 5:22), podemos observar que ele não se alterou, é Deus
que dá a cara por ele.
Jesus, falando de si mesmo, disse que era manso e
humilde (Mateus 11:29), e, mostrou-o ao longo da sua vida pública, apesar das
traições e falsidades a que foi sujeito.
Quando sofremos uma traição, qual é a nossa reação
imediata? Raiva, vingança, ódio, amaldiçoar, matar (mentalmente), honestamente
pela nossa cabeça passam muitos pensamentos de todo tipo, mas não esqueçamos,
somos cristãos. Somos?
Bem, se somos, a traição vai ser um veículo que vai
provocar, e fazer sair, o que está dentro de nós, se saem coisas negativas, é o
que está no nosso coração.
Aprendemos, com Moisés, que não era perfeito,
porque já o vimos falhar, não há quem não peque, mas ele tinha algo que todos
precisamos, mansidão, que vem de manso, que significa brando, pacifico.
Você pode dizer: Mas fui traído, por quem menos
esperava! Moisés também. Agora lembra-te, estamos rodeados de seres imperfeitos,
podem errar a qualquer momento, sob qualquer pretexto, como Aarão e Miriã.
Responder a traição com violência, não adianta, e
não é aquilo que Jesus ensinou. Se teu irmão te ofender, perdoa-o, é uma ordem,
não uma opção.
Agora, se não estamos seguros da nossa fidelidade
familiar, laboral, eclesiástica, etc., e alguém nos trair, se agirmos mal,
tornamo-nos iguais a aquele que nos traiu, então, qual seria a diferença?
Não quero parecer superficial, a traição e tudo o
que ela envolve, daria par escrever muitos livros, aqui só estamos a aprender
de Moisés, que é o personagem deste livro, não se zangou, nem irritou, nem
jurou vingar-se, manteve-se manso.
Espero que aprendamos com Moisés.