O próprio apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo chamou aos cristãos de soldados de Cristo. A Bíblia fala de ser atalaia que é uma função exercida por um soldado para avistar quem vem; o próprio Antigo testamento está cheio de descrições de batalhas e guerras. No livro de Êxodo, Deus é revelado como Varão de Guerra.
A ideia da igreja ser como um exército não é estranha na Bíblia. É certo que o nosso combate como cristãos não é com armas, nem munições; é bastante possível, se bem certo que não posso responder por todos os cristãos do mundo, mas penso que a maioria não empunha, nem nunca empunhou uma arma e menos matar a alguém, porque o mandamento bíblico de amar ao nosso próximo, inclusive nosso inimigo é um princípio aplicado pelo cristão comum.
O mandamento de Não Matar leva a muitos a não ingressar ao exército, pelo simples facto de haver um dia a possibilidade de poder matar a outro ser humano, por isso muitos cristãos tornam-se objetores de consciência, mas não é pecado ir a guerra e defender a tua pátria ou um dia defender a tua própria família ou vida dalgum mal violento que se levanta contra ti ou os teus.
Quando assistimos a um filme sobre a vida militar ou um documentário descobrimos as exigências que leva, especialmente na área disciplinar, o treinamento rigoroso, o esforço demandado que muitas vezes exige ultrapassar limites físicos, mentais, emocionais, não é pêra doce ser soldado. Aquele que não exige mais de si para atingir um aperfeiçoamento como soldado, será prontamente eliminado, seja na própria formação e se vai combater não estará devidamente preparado.
O facto de a Bíblia usar a figura do soldado que faz parte do exército e falando especificamente do soldado em Cristo, também haverá exigências. O próprio Comandante e Chefe deste exército espiritual exige um tipo de vida e disciplina digno de alguém que se chama cristão. A Bíblia disse que o nosso inimigo, o diabo, anda procurando a aqueles que estão distraídos, desleixados ou pecando e apesar de ser filhos de Deus e de engrossar o exército Dele, quando o diabo os descobre, abate-os por não estarem preparados para enfrentar a batalha.
A nossa batalha nesta guerra espiritual durará toda a vida, todos os dias devemos estar vigilantes como atalaias cuidando da nossa vida espiritual e daqueles que fazem parte da nossa vida, familiares e irmãos na fé. O apóstolo Paulo menciona no livro de Efésios as armas espirituais, tanto defensivas como ofensiva que o cristão, o soldado de Cristo deve usar para guardar sua vida e se for necessário atacar ao inimigo que nos assediar ou agredir.
Nós como cristãos somos pessoas de paz, mas em relação ao combate espiritual somos soldados de Cristo, prontos para a batalha e não dá para desertar.