Uma família normal é composta por um pai, uma mãe e um ou mais filhos dentro do desenho de Deus. Hoje, o homem tem criado outras alternativas as quais chama de família, mas estão distantes do conceito divino.
A Bíblia disse que todos os cristãos nascidos de novo fazemos parte da Família de Deus. Deus é o nosso Pai Celestial e Jesus Cristo nosso irmão mais velho, o primogênito. Por isso entre os crentes chamamo-nos de irmãos e irmãs em Cristo.
Quando digo que a igreja é como uma família, refiro-me aos vínculos que se criam dentro da irmandade cristã. Assim como numa família normal há pai, mãe, filhos e falando duma maneira mais alargada encontramos tios, avós, primos, genros, sobrinhos, etc. Na igreja de Cristo estabelecem-se vínculos de amizade e companheirismo que muitas vezes ultrapassam os vínculos de sangue, porque aquilo que nos une é o Espírito de Deus e isso faz com que os relacionamentos se tornem mais profundos.
Não nego que pode haver casos em que hajam cristãos que mantenham uma melhor relação com seu circulo familiar que com os irmãos da congregação, por causa das atitudes carnais, diria, de ambas partes, mas são casos pontuais, fora do normal. A maioria das congregações mantém a harmonia fundamentada no amor e o respeito, pelo menos na Comunidade Cristã de Murtosa fazemos questão que assim seja.
Ofender-nos? Ferir-nos? Pode acontecer, somos falhos, erramos, dizemos coisas sem pensar às vezes e isso pode ofender o nosso irmão. Mas a ordem já foi dada pelo Senhor, “amai-vos uns aos outros e perdoai-vos uns aos outros”. Se alguém não o faz é alguém que está numa atitude de desobediência.
Há irmãos e irmãs na congregação que se tornam como um pai ou uma mãe e outros que se tornam como um filho ou uma filha e muitas vezes é tão profunda a relação que vai muito além daquela relação que alguma vez se teve no nível sanguíneo. Uma coisa não contraria a outra, nem estou a incentivar a descuidar a família de sangue para dar mais primazia a família espiritual, se bem é certo que acontece casos de pessoas cristãs que negligenciam a sua família de sangue por passar muito tempo fazendo coisas para Deus ou passando todo o dia dentro do templo, como dizem em Portugal, nem oito nem oitenta.
A diferença da família natural com a família espiritual é que com a segunda estaremos eternamente juntos, por isso a importância de desenvolver vínculos fraternais uns com os outros em amor e companheirismo, porque querer que a família natural entenda nossa perspetiva espiritual é difícil porque os homens naturais, não entendem os espirituais.
A igreja é como uma família.