Quando Ló, sobrinho de Abrão ouviu a proposta do tio para que escolhesse o lugar onde queria morar, escolheu a campina que se estendia próximo das cidades de Sodoma e Gomorra, não se importou muito se eram cidades habitadas por pessoas pérfidas, só olhou para a sua conveniência, não consultou a Deus, apesar de que foi ensinado no conhecimento Dele.
Estando habitando em Sodoma com a sua família nunca imaginou que seriam vitimas duma guerra e que acabariam prisioneiros e possivelmente com um fim terrível para ele e os seus. Isto é o retrato de muitas pessoas que fazem grandes planos e projetos em relação ao futuro e que está correto fazê-los, mas às vezes a vida prega-nos partidas, o tiro sai-nos pela culatra, coisas que pensávamos que seriam bem-sucedidas acabam em tragédias, desastres e nós cristãos não estamos isentos disso.
Na verdade, Ló pensou que podia viver a sua vida familiar e comercial em Sodoma e até conseguiu tornar-se um importante no meio deles, mas o drama que surgiu escapava ao controle dele. Não são assim as tragédias da vida? Coisas que não prevíamos acontecem e em vez de alegria e felicidade surge tristeza e dor.
Abraão ficou a saber da situação do sobrinho e da sua família e organizou um resgate, armando os seus servos, avançou corajosamente contra os reis que haviam tomado cativos os habitantes de Sodoma e Gomorra. Envolveu-se numa peleja que não era sua, mas por amor ao seu sobrinho e aos seus, foi em frente e venceu, derrotando os seus inimigos e recuperando todo o pessoal e os bens.
Abraão é o exemplo do irmão fiel e leal, que não se desinteressou do sobrinho porque escolheu outro caminho diferente dele, na hora da verdade saiu em defesa e regate dele. Expôs a sua própria vida e a dos seus para salvá-lo da situação em que se encontrava e Deus honrou dando-lhe vitória.
Nós como cristãos não estamos sozinhos, temos irmãos e irmãs que fazem parte da nossa família espiritual. O mínimo que podemos e devemos fazer é manter-nos ao lado deles para apoiá-los no momento de grande aflição e dor. Nós não somos o Espírito Santo, que foi enviado para ser nosso Consolador, assim o chamou o Senhor Jesus, mas o Espírito Santo usa-se de vasos, de vidas que se mantêm fieis aos seus irmãos e seja através da oração, amizade, palavras de ânimo, de encorajamento, de amor e carinho e às vezes até ajuda em bens, é o veículo pelo qual se dá apoio ao irmão que precisa e deseja humildemente ser ajudado e apoiado.
Ló não pediu ajuda, porque não podia, era um prisioneiro, mas Abraão ficou a saber e foi em seu auxílio. Não precisamos dum grito de auxílio quando vemos que o nosso irmão ou irmã estão em aflição.
Vai e socorre-os!