Penso que todos nós já alguma vez só fizemos o mínimo nalguma coisa e o resultado foi algo medíocre, talvez esperávamos algo maior ou melhor, mas como fizemos o mínimo esforço não produziu grande coisa.
Pode acontecer em relação aos estudos, se fazemos pouco esforço para estudar seriamente é bastante possível ter uma nota baixa ou ser chumbado. Pode também acontecer no ambiente do trabalho, fazer o mínimo indispensável, só para cumprir e sempre ficarás na mesma posição e função, nunca serás considerado para uma promoção ou aumento de salário.
Nos assuntos espirituais acontece o mesmo, podemos conformar-nos com o mínimo, ir à igreja de vez enquanto, orar quando nos apetece ou quando temos uma necessidade urgente e precisamos a ajuda de Deus, ler a Bíblia às vezes; assistir ao culto mas sem intenção de envolver-nos, porque isso implica compromisso e é mais além do mínimo. Já ouvi cristãos dizer que não se envolvem mais porque não querem chatices, nem lidar com ninguém, só querem o mínimo, assim ficam com todo o tempo para eles.
Será que Jesus veio ao mundo para dar o mínimo? Se assim fosse, ainda continuaríamos em pecado e perdidos. Ele veio para dar 100% da sua vida para nos salvar e continua ajudar-nos depois de ser salvos.
A ordem bíblica é que devemos crescer na graça e no conhecimento de Deus, de entender a sua vontade para cada um de nós que somos seus filhos. Há um plano para cada um de nós, um plano de ação, que não envolve uma atitude passiva, senão, mas bem ativa. A parábola dos talentos é uma boa ilustração acerca do envolvimento e investimento que Deus deseja que façamos com aquilo que nos é confiado, começando pela salvação, os dons e o serviço que devemos prestar ao nosso próximo, eles também merecem uma oportunidade como nós a tivemos.
Fazer o mínimo espiritualmente é a mentalidade do medíocre, daquele que não se importa com os propósitos de Deus, que não está interessado em tornar-se num vaso útil nas mãos de Deus. Ninguém pode obrigar nada a ninguém, nem a intenção desta reflexão é fazer sentir mal algumas pessoas, cada um sabe como se conduz diante de Deus, nada escapa ao seu olhar. Voltando à parábola dos talentos, aquele individuo que recebeu um talento, fez o mínimo, o enterrou para devolvê-lo depois, seu amo não gostou da atitude do servo, no fim de contas ficou sem nada.
Quando se faz o mínimo, no fim de contas ficas sem nada, não há recompensa, não há fruto, não há resultado. Não podemos fazer o mínimo e esperar grandes resultados, não funciona nem na vida natural, nem na vida espiritual.
