Fim de um ano, entrada num novo ano, tempo de balanço.
Quase todas as empresas fazem nesta mudança de ano, uma introspetiva, para avaliar os ganhos e as perdas, para avaliar a estratégia a adotar no novo ano, para que o sucesso esteja sempre presente. Avalia-se o que se gastou e o que se ganhou, percebendo o lucro obtido.
Faz-se uma análise interna, pois um balanço não é uma análise externa às outras empresas, cada uma faz o seu. Com esta análise tenta-se corrigir o que está mal e ser-se mais competitivo para se vencer. E para isso é necessário parar, estudar, refletir.
Resumindo aqui o que as empresas fazem, o que fazemos nós na nossa vida? Será que também fazemos um balanço para pensar, avaliar, corrigir? Será que temos um momento de lucidez na nossa correria e paramos um pouco para ver qual o caminho que temos percorrido e se ele é o correto?
Um comandante de um navio traça a sua rota desde um porto de origem até um porto de destino, no mar alto não tem nenhum ponto de referência exceto o sol e as estrelas, e as correntes marítimas, os ventos e as tempestades podem fazer derivar o navio para uma rota diferente, tendo a cada momento o comandante necessidade de avaliar a posição do navio e corrigir a rota se necessário, pois um pequeno desvio a meio do caminho, pode significar um grande desvio no final do trajeto.
Ora há um alvo a atingir, como diz Paulo na carta aos Filipenses, capitulo 3 e verso 13 e 14; “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”
Todos devemos ter este alvo, Jesus, em mente e fazer um balanço constante das nossas vidas, do nosso caminho, não anual como fazem as empresas, mas sempre que sentirmos estar em águas desconhecidas, fora da rota.
“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.” É o apelo de Paulo na segunda carta aos Coríntios, capítulo 13 e versículo 5.
Fazendo as empresas esta balanço interno, façamo-lo também como Paulo, alguém a imitar (1 Coríntios 11:1 e Efésios 3:17) o qual na sua humildade e simplicidade resumiu a sua vida nestas palavras em 2 Timóteo 4:7: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”.
Faríamos nós de igual forma? Ou não seríamos tentados a “engordar” o nosso palmarés, dizendo que levamos “x” almas a Cristo, ou que participamos em não sei quantos eventos, e em mais outros tantos acontecimentos, ou que por nosso esforço e iniciativa se fez isto e aquilo?
Amados, não temos que nos exaltar (Mateus 23:12) mas simplesmente trabalhar na Obra do Senhor, imitando Paulo.
Almas que vêm ao conhecimento de Deus através de nós não são troféus a exibir, esperemos em Deus a coroa de justiça que nos está guardada (2 Timóteo 4:8) e guardemos a Fé.
Deus vos Abençoe
Fernando Pinho
