Quando se fala em temperança refere-se alguém que é comedido, que controla as suas reações e impulsos, alguém que se conduz de forma sóbria. Nalgumas versões da Bíblia diz: domínio próprio, pessoalmente gosto mais desta definição.
Desenvolver o domínio próprio é uma tarefa que vai determinar uma posição firme. O cristão tem agora uma nova natureza, a espiritual, mas continua a viver num corpo mortal, inclinado ao mal, que procurará exigir os seus caprichos e desejos carnais, é o velho homem ou a velha mulher a lutar por ressuscitar e fazer o que lhe apetece.
A Bíblia diz-nos que para fazer morrer as obras da carne, elas devem permanecer mortas, não dando lugar a carne, senão às obras do Espírito. E uma manifestação do fruto do Espírito é o domínio próprio.
O Espírito Santo que habita dentro de nós guia-nos a toda verdade e agora entendemos a diferença entre aquilo que é de Deus e aquilo que é da carne. Um cristão sabe quando a carne está a tentar-nos, a querer seduzir-nos para que pequemos, se não exercermos o domínio próprio, ela dominará e vencerá.
Isto não é mágico, nem automático pelo simples fato de se ser cristão, será necessário desenvolver uma vida de disciplina, onde os velhos hábitos e vícios que antes nos dominavam sejam erradicados da nossa nova vida.
Domínio próprio ver-se-á notório quando dizermos não àquilo que é obra da carne, aquilo que é do mundo. Como cristãos que estamos no mundo, assistimos à maldade diante dos nossos olhos e isso não é pecado. Pecado é quando como cristãos fazemos o mesmo que os homens e mulheres ímpios fazem, tornamo-nos tão iguais a eles. O fato de ir à igreja ao Domingo ou qualquer outro dia, não garante que tenhamos desenvolvido a manifestação do domínio próprio, porque normalmente o ambiente da reunião cristã propicia o desejo de ser espiritual e saímos com vontade de ser melhores para Cristo. Mas ao sair da reunião voltamos ao nosso lar, trabalho, escola, às pressões e tentações do dia-a-dia e é aí onde o domínio próprio deve estar patente, resistindo e vencendo tudo aquilo que não é bom para nossa vida cristã.
Pode vir de qualquer forma uma proposta para fazer o que a carne quer, ou o que diabo propõe para que façamos ou alguma tentação relacionada com as coisas do mundo; sem domínio próprio sucumbiremos ante elas.
Até nas circunstâncias adversas, contrárias da vida, é necessário o domínio próprio, porque qualquer um, que não viva como cristão, cheio do Espírito, a sua reação pode ser impulsiva e cometer atos desesperados ou descontrolados que podem agravar mais a situação, já difícil por si só. Mas o domínio próprio ou temperança fará com que permaneça sóbrio e entenda sob direção do Espírito como agir.
“Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei”. Gálatas 5:22-23
