SUJEITEM-SE UNS AOS OUTROS
E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. Efésios 5:18-21
Para entender este mandamento é importante ler o contexto em que foi escrito, neste caso a igreja de Éfeso. A recomendação do apóstolo Paulo era que fossem cheios do Espírito como um estilo de vida cada dia e que disfrutassem o companheirismo uns com outros, mantendo uma harmonia e edificando-se mutuamente por meio da palavra, e cantando ao Senhor, com um coração agradecido.
O ser humano por natureza é rebelde e custa-lhe sujeitar-se a outro ser humano. O vemos muitas vezes no trabalho, a escola, na casa e inclusive na igreja. Há uma dificuldade em dar satisfação a outra pessoa. Sujeitar-se uns aos outros é saudável para o crente, porque ninguém consegue nada sozinho, precisamos uns doutros. Sujeitar-se é sinal de amor e respeito pelo meu irmão e irmã, ainda que não seja uma autoridade espiritual delegada por Deus.
Alguns pensam que somente devem sujeitar-se ao pastor ou algum outro líder, mas que não devo nada a meu irmão. O mandamento refere-se aos irmãos, a comunidade de crentes na sua totalidade. O problema que surge é a diferença de personalidades que congregam na igreja e às vezes pelo fato de ser diferentes surge a tentação de não sujeitar-se e acabam separando-se, em vez de unir-se cada vez mais.
Sujeitar-se uns aos outros é um ato voluntário, de querer ser bênção para meu irmão na fé, e a minha comunicação com ele deve ser de edificação, evitando toda contenda, disputa, desentendimento que não contribuem para nada na edificação da igreja. Na passagem menciona-se as disputas e contendas por causa do excesso de vinho que tomavam alguns irmãos, o apóstolo Paulo recomendava mas bem que procurassem ser cheios do Espírito e não de álcool, que no fim de contas leva as pessoas a falar disparates.
Nossa conversa com nossos irmãos na fé deve ser edificante, construtiva, que exalte o nome do nosso Salvador e Deus, com uma atitude de gratidão. Quando fazemos isso uns com outros, cantando, falando, salmodiando, estamos glorificando o nome do Senhor e mantendo sujeição uns com outros de maneira corporativa, e não solitária, que na verdade não convém.
Deus está formando um povo que viverá eternamente com Ele, onde assistiremos e participaremos das maravilhas eternas reservadas para os que amam ao Senhor e Ele quer que aprendamos a viver aqui primeiramente em sujeição a Deus, em sujeição aos líderes e em sujeição uns aos outros para que haja uma relação harmoniosa de comunhão que dê glória a Deus e edificação uns aos outros.
pr. Carlos Arellano