23/08/2017

CONTRASTES NA BÍBLIA VII: DOCE E AMARGO


Quando lemos a Bíblia descobrimos que duma mesma fonte não pode sair água doce e água amarga. Quando uma fonte produz água amarga ou contaminada, essa fonte fica eliminada ou tapada, porque sua utilização só provocaria dano a saúde.

Se transportamos essa realidade a vida espiritual, alguém que se apresente como cristão e tenha momentos que é doce e momentos que é amargo é uma contradição. O objetivo de Deus para com nossas vidas é que sejamos transformados a imagem e semelhança de Cristo e apesar que não somos perfeitos, estamos em constante aperfeiçoamento quando deixamos o Espírito Santo trabalhar em nós.

A Bíblia também adverte que não devemos deixar a amargura se estabelecer no nosso coração, porque isso nos contaminará, não somente a nós, senão também a aqueles que nos rodeiam. Pode haver e sempre haverá fatores ou circunstâncias que podem levar-nos a amargar-nos e achar com justa razão, segundo nosso próprio entendimento en que está bem que sintamos toda essa amargura dentro de nós por causa daquilo que nos passou ou nos fizeram, achando que as circunstâncias ou pessoas ou inclusive o próprio Deus são culpáveis pelo que estamos a travessar.

Não amargar-se é uma decisão, porque a pessoa sabe que isso só agravará mais a situação. Ninguém justifica qualquer situação injusta, incorreta ou circunstancial que um individuo possa atravessar, talvez nem tenha a culpa daquilo pelo qual está a passar, mas amargar-se não é conveniente nem saudável.

Olhemos para Jesus, toda a injustiça que foi levantada contra Ele e em momento nenhum, seu coração encheu-se de amargura, pelo contrário, perdoou-o e foi paciente e misericordioso para com seus opositores.

O salmista dizia: “Quão doces o Deus são as tuas palavras”. Comparava a Palavra de Deus como a mel, que é doce. Jesus disse que estamos limpos pelo poder da Palavra, isso significa que a Palavra tem poder para fazer de nós pessoas doces em relação ao nosso carácter, que deve aspirar a ser como Jesus. 

Nosso falar, nosso agir, nosso conduzir deve transmitir doçura. Parece contraditório, especialmente para aqueles que tem personalidades fortes. Deus respeita nossa personalidade. O que Ele quer é transformar nosso carácter, o qual deve tornar-se doce e não amargo. Associo a doçura ao amor. A Bíblia disse. “Que adianta fazer milagres poderosos, se não tenho amor”. Contextualizaria esta verdade no contraste que tratamos hoje e diríamos assim: Que adianta conhecer toda a Bíblia ou pregar ou chamar-me de cristão se a doçura de Cristo não é refletida em mim ou através de mim”

Duma mesma fonte não pode sair água doce e água amarga.
pr. Carlos Arellano

40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...