31/08/2017

ENOJO


Não é uma palavra que se use comummente, mas já a encontrei na Bíblia em relação a Deus ou alguém contra outra pessoa, também na literatura e nos jornais. Um significado simples é enfado, moléstia, especialmente quando é causado pela falta de obediência, de obrigação ou respeito.

Na Bíblia encontramos que Deus ficou enojado com Israel por causa da sua rebelião, murmuração e constantes desobediências a seus mandamentos. É o mesmo sentimento que muitos pais e mães têm quando os filhos em vez de obedecer e agradar a seus progenitores, lhes provocam tristeza e dor com suas desobediências.

Como pastores que cuidamos o rebanho e o acompanhamos através dos tempos, algumas vezes ficamos enojados, especialmente pela atitude que algum crente ou crentes tomam em relação a sua conduta cristã. Se cada cristão fosse consciente que Deus está presente em cada momento da nossa vida, que fazemos parte dum corpo, a igreja, e que nossas atitudes devem ser avaliadas constantemente para não ser tropeço a meu próximo, evitar-se-ia que surgisse o enojo.

O ser humano até sem querer irrita a seu próximo, por causa da sua natureza e no caso dos cristãos nascidos de novo, a nossa velha natureza, que procura ressuscitar sempre e causar dano. Graças a Deus pelo Seu Espírito que nos leva a viver uma vida espiritual, onde o fruto do Espírito evita que haja atitudes e comportamentos carnais que ofendam a Deus e ao nosso próximo.

Enojar-se é pecado? Não. A Bíblia disse que podemos irar-nos, mas não pecar. Se o aplicamos ao conceito que estamos a refletir, pode acontecer que alguma atitude ou comportamento causem enojo, mas este não deve converter-se em raiva, cólera, vingança ou devolver mal por mal.

Deus esteve enojado com Israel, mas deu-lhe muitíssimas oportunidades para arrepender-se da sua má conduta. Igual acontece connosco, Deus pode enojar-se por algo que nos fizemos, mas a sua misericórdia estará acima do seu enojo. Nós, também como cristãos devemos ser misericordiosos, seja nosso conjugue, pais, filhos, colegas e irmãos na fé. O enojo não deve dominar nosso coração e sentimentos, devemos estar prontos a dar mais uma oportunidade.

Nesta vida todo tem um limite, por isso há tanta gente que está nas prisões e alguns até já morreram por causa da ofensa que cometeram e apesar das muitas oportunidades que tiveram para emendar seu caminho, permaneceram na atitude errada e sofreram as consequências.

Como cristãos que frequentamos a Casa do Senhor e convivemos com nossos irmãos e irmãs na fé, o enojo não pode ser uma parte ativa e permanente na nossa vida. Está claro que pode acontecer algo que cause enojo, enfado ou moléstia em relação a alguém, mas devemos estar prontos a perdoar, suportar e dar mais uma oportunidade.

Espera-se que aquele ou aquela que cause enojo, mude de atitude. No fim de contas, somos uma família e devemos viver em paz e harmonia.

pr. Carlos Arellano

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Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...