Esta expressão já a ouvi algumas vezes. Quem diz prega, também pode ser aquele que canta, ensina, ora e assim por diante.
Uma coisa que tenho observado é que a análise que se faz dos intervenientes na obra de Deus se tem tornado muito superficial, só por fora, por isso ouvimos comentários como estes.
Isto é um pouco como Hollywood que conta com grandes atores e atrizes e ninguém questiona os seus talentos naturais ou aprendidos, a maioria dos seus ídolos não lhes interessa a moral que tem, é suficiente como ser bons atores e fazer filmes que entretenham, sem importar se são bêbados, adúlteros, depravados no dia-a-dia.
Não somente no mundo do cinema, senão também noutras áreas da vida, seja a política, o desporto, o negócio, etc. Se têm sucesso é para admirar e às vezes idolatrar, sem importar os seus valores e a sua vida pessoal, que infelizmente em muitos deixa a desejar.
A popularidade sem uma qualidade de vida moral, torna-se em algo superficial, algo fabricado, porque a própria pessoa envolvida não vai exigir valores morais elevados, porque pensa que só basta o talento ou profissionalismo adquirido e como tem um monte de admiradores que não avaliam corretamente o real e se conformam com a casca, então, está tudo bem.
Levando isto à vida cristã, esse espírito do espetáculo e admiradores curtos de vista ou cegos também está introduzido dentro da igreja; porque muitos vão ouvir e ver os seus ídolos, que lhes pregam, que lhes cantam, que lhes ensinam, que lhes ministram, sem se importarem como vivem as suas vidas cristãs fora do âmbito da igreja.
A Deus interessa-lhe o conteúdo, porque o dom e a capacidade procedem Dele, nós não nascemos com eles, nem os compramos, porque não estão à venda, são dados por graça, para serem usados para Glória de Deus, para edificação do Corpo de Cristo e abençoará ao mundo perdido espiritualmente.
Quem é chamado por Deus deve ser exigente em relação à sua conduta diária, fora do perímetro da reunião, onde é muito fácil ser cristão. O dom deve estar respaldado por uma qualidade de vida, irrepreensível, tanto nos momentos públicos e especialmente nos momentos privados, onde ninguém nos vê, só Deus.
Não se pode evitar que alguém goste de nós como ministros e de vez em quando faça um elogio ou comente, mas aquilo que devemos exigir de nós que pregamos, cantamos, oramos, ministramos duma ou outra maneira é ser santos como Ele é Santo em toda a nossa maneira de viver para Glória de Deus.
