Muitos para perecer espirituais dirão a qualidade, mas na verdade a quantidade tem um poder muito forte na mente dos responsáveis das congregações. Basta ler o livro dos Atos e ver os resultados obtidos depois da visita do Espírito Santo sobre a igreja e contar os milhares de milhares que se convertiam a Cristo, faz com que muitos desejem ter o mesmo resultado.
Em muitos círculos cristãos a palavra avivamento está associada a números, a muita gente, por causa dos ensinos, livros, conferências que se tem realizado nas últimas décadas e como em alguns lugares do mundo a resultado, então, parte-se do princípio que assim tem que ser connosco. A espiritualidade acaba sendo medida pela quantidade de congregantes que o líder tem, é parte do se curriculum; por exemplo se vás a uma conferência e ouves a um pastor com milhares de pessoas na sua congregação, a sua palavra terá mais peso que um pastor que tem cinquenta ou cem pessoas. Há uma tendência a medir a espiritualidade em base aos sinais visíveis que todos podem ver: números, tamanho, bens, etc. Não há uma avaliação da qualidade do líder ou congregantes, porque o externo é suficiente para afirmar que Deus está presente, abençoando.
Quando o apóstolo Paulo escrevia aos Coríntios acerca da celebração da Ceia do Senhor, pedia a eles para que examinassem seu interior, para ver se sua vida cristã estava alinhada com Deus. A preocupação do apóstolo e creio que deve ser de todo responsável na obra do Senhor deve ser a qualidade de vida, muito acima da quantidade de pessoas que frequentem o lugar de reunião.
Cada cristão deve medir sua vida espiritual em base ao fruto que está produzindo, e quando falo de fruto penso no fruto do Espírito em nós, que não está ligado com quantidade, senão mas bem, que seja formado o carácter de Cristo em nós, para que o possamos refletir-lho no meio dum mundo que anda em trevas. Somos chamados a marcar a diferença, porque nada adianta gabar-nos que temos tanto de isto ou daquilo, se a qualidade da vida espiritual está em decadência ou zero.
A Deus lhe interessa nossa vida espiritual e que ela seja determinada pela qualidade de vida que levamos no dia-a-dia. Não adianta dizer que estamos a prosperar externamente, se nossa vida espiritual não está a altura daquilo que a Bíblia exige. Sê que há uma grande pressão muito subtil introduzida dentro do Corpo de Cristo, sobre a importância de mostrar resultados para que o pessoal veja que somos abençoados e que Deus está a prosperar nosso trabalho.
Será que Deus está interessado na quantidade? Ou, será que Deus está interessado em que tenhas uma vida espiritual do agrado Dele?
Em relação a quantidade, isso é prerrogativa de Deus, porque a Bíblia ensina que um planta, outro rega, porém o crescimento é de Deus, não nosso.
Não invistamos força e energia querendo mostrar resultados aos outros, procuremos mas bem, mostrar a Deus pela nossa maneira de viver, que a vida espiritual com qualidade é o mais importante para nós.
pr. Carlos Arellano