28/12/2016

DOM, SEM DEUS


É possível operar um dom e Deus não estar presente? Sim. Vou explicar, quando Jesus surgiu publicamente, o primeiro que fez foi ir ao encontro de João Batista e passar pelas águas do batismo, para que se cumprisse toda a lei, conforme disse o próprio Jesus. Quando saia das águas, o Espírito Santo em forma de pomba desceu sobre Ele e ouviu-se uma voz dos céus que dizia: “Este é meu filho amado em que minha alma se agrada”. Era uma voz que expressava aprovação.

Não basta fazer coisas para Deus, como operar dons diversos, senão o que importa é a sua aprovação. Para Deus o mais importante é a motivação do nosso coração que estar fazendo coisas para Ele. Deus dá-nos o privilégio de servir-lho e fazer coisas para o engrandecimento da Sua Obra, é uma honra e como tal devemos agir de acordo a ela, com dignidade e não de qualquer maneira.

O problema nalguns casos é que existem crentes que querem operar os dons concedidos pelo Espírito sem importar-lhes se sua vida é digna diante de Deus e descansam pensando que como o dom está ativo, tudo está bem, mas isso é um engano.

Deus não precisa de nós, mas lhe agradou usar-nos como seus instrumentos para proclamar a este mundo sua salvação, seu evangelho e isso deve ser feito corretamente. Os dons devem ser exercidos acompanhados duma vida santa, uma vida que agrada a Deus. A própria Bíblia disse que profetizar ou fazer milagres, sem amor, não vale nada diante de Deus.

Os dons são presentes de Deus e são irrevogáveis, eles funcionarão enquanto vivamos nesta terra, mas não significa que terão a aprovação de Deus se sua utilização é feita vivendo de qualquer maneira, seja pecando ou vivendo uma vida dupla.

Para ilustrar melhor, posso mencionar a Sansão, Juiz de Israel, que foi apartado por Deus para ser um nazáreo e ser um líder para o povo. Durante um tempo funcionou bem, mas, depois Sansão começou a confiar em se mesmo e a cometer uma série de fornicações e a querer brincar com Deus, como se fosse um jogo. Saiu-lhe caro, porque ficou cego, encarcerado e humilhado. No último momento, arrependeu-se da sua insensatez, mas pagou com a própria vida.

Deus deu-lhe uma capacidade sobrenatural, um dom especial para cuidar e proteger ao povo de Deus dos seus inimigos. Sansão pensou que não importava como vivesse, que sua vida promiscua não afetava sua força sobrenatural, não deu importância a aprovação por parte de Deus e quando pensou que seria liberto mais uma vez, o Espírito de Deus já não estava ali.

Acontece com muitos cristãos no dia de hoje, pensam que como o dom funciona, não é importante a qualidade da vida espiritual e o pecado torna-se real e diário.


Usemos os dons concedidos pelo Espírito a cada um de nós, mas sustentemos esses dons vivendo uma vida cristã piedosa que agrade a Deus.

pr. Carlos Arellano

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Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...