31/08/2016

JESUS LIMPA O TEMPLO


Jesus o Nazareno, acompanhado dos seus discípulos, com um azorrague de cordéis (espécie de chicote), expulsa os vendilhões do interior do templo!

Podia ser um título dos dias de hoje, mas não, aconteceu à cerca de 2000 anos atrás.

Como hoje, compravam, vendiam, enganavam. Bois, ovelhas, pombos eram negociados para permitir a quem se deslocava ao templo oferecer sacrifícios, e dinheiro comum (moedas romanas ou gregas) era convertido em siclos de prata, a única moeda admitida, daí que a moeda judaica atual chama-se Shekel.

Tudo feito dentro do templo judaico, também conhecido por segundo templo, reconstruído por Herodes o Grande, pois já pouco restava do original construído por Salomão, e com o mesmo repleto pois estava próxima a Páscoa judaica.

Esta passagem pode ser encontrada no evangelho de S. João 2:13-17 e ainda nos 3 evangelhos sinópticos.

Antes de qualquer estudo ou análise deste facto, único na existência de Jesus feito Homem na Terra, pois não se encontra caso similar nos 4 Evangelhos, havendo mesmo muita gente que questiona a veracidade do facto pelo insólito de Jesus expulsando cambistas, de chicote em punho, quando Jesus é encarado como o Amor e a Misericórdia em pessoa, esquecendo-se estes núcleos de religiosos e pensadores, que Jesus é Amor mas é Justiça também.

Jesus assume aqui que a Igreja (Igreja somos nós, não as 4 paredes) tem problemas e é necessário encará-los e resolvê-los; Os religiosos, Fariseus, Saduceus e Escribas, querem apresentar Jesus diferente do que Ele é; O Messias estava no mundo para salvar, curar e libertar, João Batista já tinha surgido primeiro a anunciá-Lo e o povo continuava a sacrificar animais e a viabilizar a existência de cambistas e vendilhões dentro do Templo, o qual deve ser chamado de Casa de Oração, como Jesus mesmo diz em Mateus 21:13 ou Marcos 11:17 ou ainda o livro do profeta Isaías 56:7.

Acima de tudo devemos encarar este acontecimento como uma atitude e decisão firme, como zelo pela casa do Pai, e transpondo para a nossa vida, a atitude de encarar os problemas de frente, não fugindo a eles ou adiando-os, à espera que eles se resolvam ou ainda remediando-os, com receio de consequências.

Se Davi não tivesse cortado a cabeça de Golias, e ele já estava caído e atordoado por aquela pedra certeira, ainda hoje estava este problema para resolver!

Há coisas que temos de resolver nós próprios (com o auxílio de Deus evidentemente, sem comunhão é impossível), não esperar, não protelar por mais tempo, não remediando, não enterrando a cabeça na areia como as avestruzes de fama.

O Apóstolo Paulo também manifesta este zelo pela Igreja, quando escreve aos coríntios (2 Coríntios 11:2).

Paulo os advertia que deviam rejeitar todo e qualquer ensinamento diferente do Evangelho de Jesus Cristo e ainda os seus proponentes (falsos profetas).

Zelo, na Palavra de Deus, é ainda a linguagem simbólica empregada para representar o vivo cuidado e o constante amor do Esposo Celestial por sua noiva, a Igreja conforme podemos constatar em Salmos 78:58 ou 79:5.

Tenhamos também nós o mesmo Zelo pelas coisas de Deus, pelo nosso corpo que é o templo do Espírito Santo e não permitamos que coisas erradas e estranhas contaminem a nossa vida cristã.
Tenhamos Atitude, Decisão, não vivamos como o povo de Deus nos tempos de Elias, os quais coxeavam entre dois pensamentos (1Reis 18:21)

Deus vos Abençoe,

Fernando Pinho

30/08/2016

QUE ESTÁ CERTO, QUE ESTÁ ERRADO?


A própria Bíblia fala acerca de momentos na história de Israel em que chamavam o bom, mau e ao mau, bom e misturavam o santo com o profano. O próprio apóstolo Paulo e outros autores advertem a igreja para não confundir o certo com o errado ou vice-versa.

Alguém pode pensar que o que a sociedade precisa é de educação e que isso será suficiente para fazer a diferença entre um e outro. Mas, se reparamos nas prisões descobrimos que tem muita população que se formou e que usou suas capacidades para cometer crimes e alguns acharam que estavam a fazer o certo e agora estão a cumprir pena.

Outros pensam que basta ter uma religião, porque no fim de contas, todas as religiões são boas. Sem desmerecer os valores morais e religiosos que cada uma delas propaga, hoje, assistimos a gente religiosa, talvez até fanática, que não lhe importa matar a seu próximo e o faz em nome da sua religião e ainda pensa que merece o paraíso. No passado teve uma religião e não impedia que fosse um pecador ou pior que um que não tinha.

Valores morais ensinados pelas instituições ou governos, no fim de contas, tornam-se relativos, porque acabam legislando leis que aprovam a imoralidade, como por exemplo a prostituição, a droga, o aborto e outras coisas. Como são governantes que não consideram a Deus, então tanto faz chamar bom ao que é mau, é relativo, porque a ideia é que todos somos livres para fazer o que queiramos. Por exemplo há pessoas que pensam e ensinam que aquilo que Hitler fez estava certo e querem seguir seus passos.

Numa vida, numa família, num povo onde não se considere os valores eternos e divinos acabará por relativizar os valores morais. 

Também, apoiar-nos naquilo que sentimos, é relativo, porque a Bíblia disse que o coração do ser humano é enganoso, isso significa, que podemos enganar-nos a nós mesmos e a aqueles que nos rodeiam. Precisamos de algo superior, que esteja acima da natureza humana, para que nossa análise sobre o que está certou ou errado seja real e não algo imaginário ou conveniente.

Deus deixou Sua Palavra, para que através dela conheçamos o que Ele pensa e o que Ele estabeleceu como regra moral e espiritual, a fim que tenhamos um norte para guiar nossa vida e não descansar em nós mesmos ou naquilo que outros querem que aceitemos como algo normal, mas na verdade contraria a lei do Senhor.

Deus não somente deixou as Escrituras, senão que está disposto a depositar dentro de nós Seu Espírito, para que nos possa guiar a toda verdade e poder ter a certeza, que aquilo que estamos a fazer é o certo, porque tem a aprovação de Deus e está escrito na Sua lei.

O ser humano pode fazer o que quiser e chamar bom a aquilo que está errado, mas, cedo ou mais tarde pagará as consequências por fazer as coisas a sua maneira e não a maneira de Deus.

Queres fazer o certo e não o errado? Segue as instruções de Deus por meio da Sua Palavra e de Seu Espírito, mas, para isso precisas aceitar Sua salvação por meio de Jesus Cristo.

pr. Carlos Arellano

29/08/2016

ABRAÃO XIII


Na época dos patriarcas e como acontece ainda nalgumas culturas nos dias de hoje, os pais tratam do casamento dos filhos quando estes chegam a uma determinada idade. Era o tempo em que Isaque deveria casar e assim que Abraão encomendou a seu servo, o principal da casa dita tarefa, encontrar uma esposa para seu filho Isaque.

Abraão propôs que Isaque casasse com alguém de seu parentesco, não queria que casasse com alguma moça da terra em que habitava, porque eram povos idolatras e não queria que seu filho se corrompesse. Assim, que o seu servo saiu com presentes em direção a terra da família de Abraão e depois de vários dias viajando chegou a um certo lugar onde havia um poço de água e fez uma oração e pediu que Deus lhe confirmasse, porque não queria equivocar-se.

O sinal que pediu a Deus foi muito simples, que a moça que lhe servisse água a ele e que estivesse pronta a dar-lhe água a seus camelos seria a indicada e assim aconteceu. A moça era Rebeca, filha de Betuel, parente de Abraão. O servo de Abraão foi convidado a ir a casa dos pais de Rebeca, onde teve a confirmação que o Senhor o tinha guiado para chegar ao lugar certo.

Igual deve acontecer connosco, como filhos e filhas de Deus, que precisamos que Deus oriente nossa vida em cada assunto importante. Há coisas na vida que Deus vá deixar ao nosso critério, segundo nossas preferências e gostos, como por exemplo a roupa que vestimos, a comida que comemos, até pode ser a escolha do tipo de casa ou apartamento que queiramos viver. Se bem certo haverá crentes que podem pedir orientação a Deus até nestes assuntos que acabo de mencionar e não está mal, Deus sabe o melhor para cada um.

Hoje, nós temos a Bíblia e a presença do Espírito Santo habitando dentro da nossa vida e isso deve ser algo importantíssimo ter em consideração. Qualquer um de nós por mais espirituais que sejamos podemos tomar decisões importantes baseados em emoções ou circunstâncias ou conveniências que depois podem dar para torto. Quando Deus orienta nossa vida para passos importantes em nossa vida, não significa que sejamos isentos de problemas ou dificuldade, elas sempre vão a surgir, mas, nós teremos a convicção e certeza que Deus guiou nossos passos a dita decisão, Deus está no assunto e se Ele está, tomará o cuidado pertinente.

O servo de Abraão deixou-se guiar por Deus na tarefa encomendada e não queria equivocar-se, não queria fazer as coisas a sua maneira, senão, sob a guia de Deus, pelo Seu Espírito e foi bem-sucedido naquilo que fez.

Aquelas decisões importantes que precisamos tomar, que sempre sejam debaixo da orientação do Espírito Santo, não podemos dar-nos o luxo de desperdiçar tempo, talentos e recursos fazendo as coisas a nossa maneira ou como as pessoas querem que faça-mos. 

Faça a maneira de Deus e conforme sua orientação.

pr. Carlos Arellano

26/08/2016

NEUTRO


A definição de neutro é de alguém que não toma partido; neutral; imparcial; indefinido; vago; impreciso; indiferente; insensível. Existem países que no caso de conflitos entre países vizinhos, mantém uma neutralidade, como o foi o caso da Suíça durante a Segunda Guerra Mundial.

Na igreja quando surgem conflitos entre duas partes, por exemplo um marido e sua esposa e o pastor tem que lidar com essa situação, deve ter uma postura neutra e ouvir ambas partes e levar ao casal a encontrar uma solução em relação a aquilo que estão a enfrentar, mas no fim de contas vá depender do casal o resultado.

Também observo a postura neutra no sentido negativo, quando é expressada como indefinida, vaga e imprecisa. Isto acontece quando o crente não toma partido definido ante aquilo que está acontecer no seio da comunidade de crentes. Não toma posição ante o justo, mas também não toma posição ante o injusto, como que quer estar bem com ambas partes. Normalmente um pensa que o cristão optará pelo justo, mas é incrível como as pessoas dentro da igreja tomam uma postura neutra, porque não querem ter conflito com ninguém e assistem ao evoluir do mal como se não fosse com eles, como se isso fosse um problema que o pastor e os obreiros devem solucionar e depois acabam criticando qualquer decisão que se tome.

Essa posição neutra é cómoda e covarde, porque só procura uma neutralidade sem conflitos. A igreja são todos aqueles que aceitam a Cristo e reúnem-se numa congregação local, onde por lógica, podem surgir divergências e tensões entre um ou outro, mas deve-se procurar encontrar um alinhamento com a atitude correta a luz da Palavra e não fazer a vista grossa, como que não é connosco. Sim é connosco! Porque somos parte da igreja e por tanto, parte da solução; a igreja não é o pastor ou a organização ou denominação, são todos os crentes.

Jesus disse que nosso sim deve ser sim e nosso não deve ser não, com isso estava a dizer que não deveríamos ter uma atitude neutra ante situações que exigem um postura e uma determinação, gostem ou não gostem de nossa postura. Quando temos convicções e agimos da maneira mais justa para solucionar os problemas ou tensões que surjam, mostrará que somos pessoas de carácter, quando mantemos uma neutralidade onde fechamos os olhos, os ouvidos e a boca ante o justo e o injusto, torna-mos parte do problema e não da solução.

Há situações que ficariam solucionadas o mais rápido possível, se crentes valentes e definidos enfrentassem aquilo que surgir desde a raiz e não tomassem uma postura neutra, de indiferença e que com o tempo só irá agravando-se e causando dor e sofrimento no meio da comunidade.

Sejamos neutros para ouvir ambas partes, mas não sejamos neutros ante aquilo que é injusto e contraria a vontade Deus.

pr. Carlos Arellano

24/08/2016

ARRISCO OU NÃO ARRISCO?


Há um provérbio popular muito conhecido: “Quem não arrisca não petisca” e possivelmente você já o usou para referir-se a alguém ou a se mesmo. Arriscar segundo o dicionário significa: Expor-se a perigo; sujeitar-se à sorte; aventurar-se.

Na história da humanidade encontramos muitos homens e mulheres que ariscaram até sua própria vida para conseguir um objetivo, alguns foram bons e beneficiaram a humanidade e outros foram por motivos egoístas e mesquinhos, que só beneficiaram a própria pessoa. 

Também arriscar-se pode dar para torto, doer, e causar grande perda, é um risco, que tanto pode dar para bem como para mal. Às vezes as pessoas optam pelo seguro e não arriscam, ficando muitas vezes frustrados porque não conseguem sair da situação em que se encontram.

Como cristãos devemos arriscar? Penso que haverá momentos que sim. O cristão a diferença do não crente, depende de Deus e da sua orientação, por meio da pessoa do Espírito Santo que nos irá instruindo nos propósitos de Deus para nossa vida e daqueles que nos rodeiam. Deus vai guiando, mas muitas vezes não nos diz tudo e ficamos num ponto que temos que tomar decisões e isso pode significar um risco.

Na vida experimentamos muitos dissabores e às vezes as coisas não correm bem e fracassamos e alguns ficam com medo de arriscar novamente. Mas é justamente esses fracassos e falhas que servem como meio para formar em nós o carácter e não para ficar paralisados, com medo de arriscar novamente.

Deus está connosco, se verdadeiramente aceita-mos a Cristo como Senhor e Salvador e o cristão nascido de novo deve viver pela fé, confiando em Deus. Mas nossa fé deve ser provada, testada, por isso Deus não nos revela todos os passos, só mostra-nos o caminho. Quem tem que tomar decisões de avançar, somos nós e isso vai significar arriscar, apesar de haver falhado anteriormente e haver dito que nunca mais ariscaríamos novamente. 

Especialmente com pessoas! Ninguém gosta de ser traído, enganado, defraudado, abandonado e coisas semelhantes, mas infelizmente essas são as coisas que o ser humano faz a seu próximo e podem ser até familiares, amigos e inclusive irmãos da igreja. Esses comportamentos podem desanimar e desencorajar o querer arriscar novamente, mas precisamos fazê-lo. Porque? 

Porque nosso Deus continua ariscando connosco, apesar de que lhe falhamos e não respondemos a altura daquilo que Ele espera. Deus tem fé em ti e em mim, por isso continua arriscando connosco, porque sabe que responderemos a altura e cumpriremos seu propósito.

Alguém te falhou? Continua arriscando! O negócio de Deus são as vidas e devemos arriscar-nos por elas.

pr. Carlos Arellano

23/08/2016

QUE DETERMINA A MINHA ESPIRITUALIDADE? QUANTIDADE OU QUALIDADE?


Muitos para perecer espirituais dirão a qualidade, mas na verdade a quantidade tem um poder muito forte na mente dos responsáveis das congregações. Basta ler o livro dos Atos e ver os resultados obtidos depois da visita do Espírito Santo sobre a igreja e contar os milhares de milhares que se convertiam a Cristo, faz com que muitos desejem ter o mesmo resultado.

Em muitos círculos cristãos a palavra avivamento está associada a números, a muita gente, por causa dos ensinos, livros, conferências que se tem realizado nas últimas décadas e como em alguns lugares do mundo a resultado, então, parte-se do princípio que assim tem que ser connosco. A espiritualidade acaba sendo medida pela quantidade de congregantes que o líder tem, é parte do se curriculum; por exemplo se vás a uma conferência e ouves a um pastor com milhares de pessoas na sua congregação, a sua palavra terá mais peso que um pastor que tem cinquenta ou cem pessoas. Há uma tendência a medir a espiritualidade em base aos sinais visíveis que todos podem ver: números, tamanho, bens, etc. Não há uma avaliação da qualidade do líder ou congregantes, porque o externo é suficiente para afirmar que Deus está presente, abençoando.

Quando o apóstolo Paulo escrevia aos Coríntios acerca da celebração da Ceia do Senhor, pedia a eles para que examinassem seu interior, para ver se sua vida cristã estava alinhada com Deus. A preocupação do apóstolo e creio que deve ser de todo responsável na obra do Senhor deve ser a qualidade de vida, muito acima da quantidade de pessoas que frequentem o lugar de reunião.

Cada cristão deve medir sua vida espiritual em base ao fruto que está produzindo, e quando falo de fruto penso no fruto do Espírito em nós, que não está ligado com quantidade, senão mas bem, que seja formado o carácter de Cristo em nós, para que o possamos refletir-lho no meio dum mundo que anda em trevas. Somos chamados a marcar a diferença, porque nada adianta gabar-nos que temos tanto de isto ou daquilo, se a qualidade da vida espiritual está em decadência ou zero.

A Deus lhe interessa nossa vida espiritual e que ela seja determinada pela qualidade de vida que levamos no dia-a-dia. Não adianta dizer que estamos a prosperar externamente, se nossa vida espiritual não está a altura daquilo que a Bíblia exige. Sê que há uma grande pressão muito subtil introduzida dentro do Corpo de Cristo, sobre a importância de mostrar resultados para que o pessoal veja que somos abençoados e que Deus está a prosperar nosso trabalho.

Será que Deus está interessado na quantidade? Ou, será que Deus está interessado em que tenhas uma vida espiritual do agrado Dele?

Em relação a quantidade, isso é prerrogativa de Deus, porque a Bíblia ensina que um planta, outro rega, porém o crescimento é de Deus, não nosso.

Não invistamos força e energia querendo mostrar resultados aos outros, procuremos mas bem, mostrar a Deus pela nossa maneira de viver, que a vida espiritual com qualidade é o mais importante para nós.

pr. Carlos Arellano

22/08/2016

O HOMEM COXO


Em Listra encontraram um homem que, de nascença era aleijado dos pés, nunca tendo andado na vida.

O homem assentava com atenção a pregação de Paulo que, reparando nele, se dera conta que o aleijado tinha fé para ser curado.

Então ordenou-lhe: “Levanta-te! e o homem, pondo-se de pé de um salto, começou a andar. Atos 14:8-10

Há momentos que são preparados pelo Espírito Santo, onde nós como cristãos precisa-mos estar para ser usados poderosamente por Ele. Deus usa vasos frágeis, mas que nas suas mãos tornam-se eficazes para operar milagres.

O apóstolo Paulo estava seguindo a rota indicada sob orientação do Espírito Santo e chegou a cidade de Listra onde encontrou a este coxo de nascença. A Bíblia muitas vezes só indica a condição física da personagem, mas não a causa que originou a doença. Eram outros tempos e a ciência não era como nos a conhecemos no dia de hoje.

Nós, como cristãos não somos chamados a descobrir as causas que determinam que uma pessoa esteja na condição física em que se encontra, só devemos exercer a fé para crer que Deus é poderoso para curar e libertar a pessoa nessa condição.

Paulo observou que o coxo estava com fé, e unida a fé dele foi aquilo que despoletou o poder de Deus. Fica implícito que o apóstolo Paulo exercia a fé e autoridade em nome de Jesus, e apesar de não ser mencionado Seu nome, o milagre aconteceu. O que importa e determina a operação de Deus através das nossas vidas é a relação que mantemos com Ele e não está baseada em fórmulas, métodos ou sistemas. Precisamos a direção do Espírito e discernir o momento que estamos a viver e como Deus nos quer usar.

Há um debate que acontece em todo crente, a luta mental que desenvolve-se dentro de nós, quando nos encontramos ante um caso impossível de solucionar humanamente falando, onde não há ciência que funcione, porque os coxos e paralíticos continuam entre nós nos dias de hoje, por mais evolução que a ciência teve. Não questiono a ciência, porque ela faz até milagres, não no sentido espiritual, senão pelos logros que ela tem realizado através dos tempos, mas toda a inteligência usada provém de Deus, só que muitos investigadores e cientistas pensam que é por eles mesmos.

Em relação a nós como cristãos, nos movemos noutra dimensão, que vai muito mais além da ciência, porque ela também torna-se limitada ante determinadas doenças, onde só o poder de Deus pode operar. Entendamos e discirnamos os momentos e oportunidades que se nos brindam, assim como foi com o apóstolo Paulo em Listra e um coxo levantou-se e começou a andar.

pr. Carlos Arellano

20/08/2016

20-08-16 - OLÁ, EU SOU...


Conheça a história de Noé e o seu percurso até ao início do dilúvio que destruiu toda a Terra.



19/08/2016

TRIBUNAL DE CRISTO E JUÍZO FINAL


São duas coisas diferentes, se bem certo Deus estará presente em ambas, exercendo seu papel como Juiz Justo, dando a cada ser humano o que merece.

O Tribunal de Cristo será onde os cristãos nascidos de novo estarão e onde cada filho ou filha de Deus receberá sua recompensa pelas obras que realizaram na Terra, sejam boas ou más. Particularmente acredito que o cristão nascido de novo não perde a salvação, se bem certo existem pastores e crentes que acreditam nisso e para eles o futuro torna-se incerto, porque hoje estão bem com Deus, mas vivem em pânico pensando que amanhã por algum motivo qualquer podem perder a salvação e a única expetativa será o Juízo Final e por consequência o castigo eterno.

Devemos fazer um estudo sério das Sagradas Escrituras e não levar-nos pelas emoções e inseguranças que surgem por causa da ignorância bíblica. Não teria sentido que Cristo viesse ao mundo a morrer por nós, dando sua vida e que nós aceitemos a salvação, para que nalgum momento cometamos um determinado pecado (Qual?) e sejamos separados da graça de Deus e fiquemos sujeitos a condenação eterna, como se fossemos qualquer incrédulo que rejeita abertamente a Deus, que não creio que seja o caso de alguém que nasce de novo.

Se nasceste de novo, o Espírito Santo habita dentro de ti e levar-te-á a viver a vida que agrada a Deus. Ser um cristão consagrado ou não vá depender de ti, ninguém pode viver a vida cristã por ti, são experiências pessoais e cada um responderá por si ante Deus. No Tribunal de Cristo será avaliada de maneira justa nossa conduta e comportamento como cristãos e serão outorgados galardões de acordo a nossa reposta ante as demandas de Deus que recebemos durante nossa vida, também em relação aos talentos, dons e recursos, se foram bem administrados ou não.

A Bíblia revela que haverá cristãos que fizeram coisas más e creio que todos conhecemos pessoas ditas cristãs, que são maus e frequentam o lugar de culto. Que receberão no Tribunal de Cristo? Não sei, Cristo saberá. O que devemos fazer como cristãos que ainda estamos na Terra é ser fiel no lugar onde o Senhor nos plantou e servir com integridade a Deus e aos nossos semelhantes e Deus saberá qual é o galardão justo, é prerrogativa Dele.

O Juízo Final não é para o crente, porque estaremos ao lado de Deus julgando as multidões de todas as épocas que rejeitaram conscientemente e voluntariamente a Deus, não haverá escusa, todos os que estejam presentes no Juízo Final para ser julgados e receber sua sentença é porque esse é o lugar que lhes corresponde estar, não no Tribunal de Cristo, porque nunca aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador.

Onde estará você? No Tribunal de Cristo ou no Juízo Final.

pr. Carlos Arellano

17/08/2016

FAZENDO O QUE NÃO É DEVIDO


A Palavra revela-nos que aqueles anos em que andávamos sem Cristo, são contados como anos da nossa ignorância. Vivíamos na cegueira espiritual e por melhores intenções que tivéssemos de querer mudar para melhor e afastar-nos dos nossos pecados e fraquezas, continuávamos na mesma, nem religião nem boas obras mudavam essa situação.

Por estar nessa situação de separação em relação a Deus, fazíamos o que não era devido e muitas vezes sabíamos que estava mal aquilo que estávamos a fazer, não era o devido, mas vez trás vez voltávamos a fazê-lo.

Hoje, se você aceitou a Cristo como seu Senhor e Salvador já não está cego, os teus olhos foram abertos para poder ver a glória de Deus e poder ler e conhecer as Sagradas Escrituras. Hoje, não há escusa para continuar na ignorância espiritual, porque o Espírito Santo através das Escrituras guia-nos a toda verdade. Hoje, somos conscientes e entendedores daquilo que agrada a Deus e devemos dedicar-nos a que se cumpra verdadeiramente em nós, cada dia da nossa vida.

Se fazemos o que não é devido, apesar de ser salvos, conhecer as Escrituras e ser-nos advertidos pelo Espírito Santo e executamos o que não se deve fazer, então, passamos a ser desobedientes ao mandato de Deus. O cristão tem uma linda possibilidade, achegar-se a Deus arrependido por aquilo que fez, seja que fosse feito consciente e voluntariamente ou por descuido, desleixo, espiritualmente falando. A carne às vezes prega-nos partidas e por não velar e ser firmes, acabamos cedendo a suas propostas e pecamos contra Deus. Também às vezes caímos na tentação de Satanás e sentimos-nos mal por haver pecado contra Deus ou nosso próximo.

Mas, aquilo que quero chamar vossa atenção, não é bem aquelas falhas esporádicas ou circunstâncias em que falhamos, senão mas bem, quando de maneira deliberada envolvemos-nos em fazer o que não é devido, duma maneira constante e persistente. Quando Deus nos revela pela Suas Palavra que determinada maneira de viver não é de seu agrado, Ele espera que nos afastemos como homens e mulheres sábios que devemos ser. Um sábio torna-se prudente e retira da sua vida tudo aquilo que não presta e opta por seguir o caminho de agradar a Deus, onde seus mandamentos são executados diariamente, não perde tempo envolvendo-se naquilo que não é devido.

Pode ser que neste momento estejas envolvido em algo que não é devido, és cristão e o Espírito de Deus está contender com teu espírito, para por um alto a essa situação perigosa em que te encontras. Se estás a ler estas linhas e encontras-te nessa situação, arrepende-te, pede perdão e afasta-te, porque se persistes nisso, só trará prejuízo a ti mesmo e aqueles que te rodeiam. O pecado paga mal, nunca trás nada benéfico a nossa vida, só trás tristeza e lamento.

Não faças o que não é devido!

pr. Carlos Arellano

15/08/2016

ABRAÃO XII


Quando lemos o Antigo Testamento precisamos entender que encontraremos muitas sombras, figuras e simbolismos que só foram entendidos no Novo Testamento. Esta falta de entendimento e uma interpretação literal às vezes pode distorcer o princípio escondido na revelação bíblica, por isso a necessidade de ter um panorama completo de toda a Bíblia e poder comparar textos, tanto do Antigo como o Novo Testamento.

Deus pede a Abraão fazer algo que qualquer pai ficaria em choque, sacrificar seu filho único, Isaque, num altar em honra a Ele. Abraão obedeceu e saiu com todo o necessário, mas sem comunicar a sua mulher Sara a verdadeira intenção, não mentiu, só omitiu que o sacrificado seria Isaque. A Bíblia não descreve a angústia de Abraão, já que a viagem até o lugar de sacrifício demorou três dias. Parto do princípio que deve haver havido conflito na mente de Abraão, o haveria em qualquer pai que lhe fosse demandado uma coisa dessa, senão, pensaríamos que Abraão era uma máquina insensível, sem sentimentos.

A obediência a Deus estava em primeiro lugar e Abraão confiava que Deus seria poderoso para ressuscitar a Isaque, por isso obedeceu. Abreviando a história, foi somente uns segundos antes de espetar a faca no corpo de Isaque que o Anjo do Senhor avisou a Abraão para não fazê-lo, sendo substituído por um cordeiro que estava próximo. Na verdade, Deus não queria a morte de Isaque, só queria ver o coração de Abraão e foi louvado pela sua obediência. O próprio Isaque que na altura seria um adolescente foi dócil a ordem do pai, a Bíblia não regista resistência de parte dele, pronto a ser sacrificado pelo próprio pai.

Deus, séculos mais tarde tomaria a iniciativa de enviar a Seu Filho a uma morte horrenda, cujo propósito era sacrificar sua própria vida a favor nosso. Era a única maneira de poder satisfazer a um Deus Justo, que um Justo morresse por os injustos, nenhum de nós estaríamos na posição de levar sobre nós o pecado da humanidade, só Jesus Cristo. Ele deixou-se matar por amor a nós, e a semelhança da docilidade de Isaque, Ele foi levado ao matadouro como um cordeiro, sem nenhuma resistência, acatando totalmente a ordem do Pai celestial.

Não creio que a experiência de Abraão seja algo que se tenha passado em alguém que já viveu ou vive atualmente, penso que foi um caso único. Era Deus revelando a seu amigo Abraão, aquilo que faria no futuro. Como disse, o Antigo Testamento são figuras, sombras do Novo testamento e em Cristo foram cumpridas muitas delas.

Se Deus falasse hoje e exigisse um sacrifício grande que envolvesse nossa vida, nossos familiares, nossos amigos, qual seria nossa reposta? Hoje, não sacrificasse num altar, mas o verdadeiro cristão deve enfrentar sacrifícios para realizar a obra de Deus e às vezes a demanda pode ser cara e Deus na Sua Soberania tem todo o direito de provar nossos corações para ver se verdadeiramente Ele está no primeiro lugar.

Para Abraão, Deus estava no primeiro lugar, Isaque não.

pr. Carlos Arellano

12/08/2016

TALENTOS, DONS E RECURSOS


Há uma expressão que usa-se na minha terra quando nos referimos a alguém que não quer fazer nada, um ocioso: “É um bom para nada”. Brincadeira aparte, Deus criou ao ser humano a imagem e semelhança Dele, e apesar do pecado ter desvirtuado a criação original, isso não significa que nascemos inúteis, duma ou outra maneira devemos desenvolver-nos com as capacidades inerentes em nós para tornar-nos úteis na sociedade, incluindo a igreja do Senhor.

Todos os seres humanos nascem com talentos naturais, hábeis na pintura, na cozinha, na carpintaria, na contabilidade e assim por diante. Esses talentos que se vão descobrindo através dos anos, não cumprem um papel espiritual, só limitam-se a ajudar a definir em que áreas podem trabalhar e servir. Os talentos também podem ser usados para ajudar a obra de Deus, por exemplo já tive ajuda de irmãos hábeis na pintura e deixaram o local de reunião muito bonito.

Os talentos podem estar ao serviço da igreja, mas não cumpriram um papel de edificação espiritual, será mas bem no sentido domestico, pratico, uma ajuda voluntária nalguma área que está precisando-se.

O papel de edificação espiritual será efetuado com os dons repartidos pelo Espírito Santo a cada um dos crentes em Cristo. Nós não nascemos com dons espirituais, esses são outorgados quando nascemos de novo em Cristo. Deus em sua soberania reparte a cada um o dom ou dons que Ele achar melhor a cada um dos seus filhos, segundo o propósito que venham a realizar na sua obra.

Os dons são capacidades espirituais que se originam no céu e são depositadas na nossa vida. Pode-se dar um curso sobre dons espirituais, como já algumas vezes o fiz e também já escrevi sobre esse assunto nesta página. Mas o dever de entender qual é o dom ou dons que o Senhor nos concedeu cabe a cada cristão descobrir-lho, consultando a Deus, estudando sobre eles, usando a fonte que é a Bíblia, onde estão descritos e sobre tudo servindo na igreja. Porque é no serviço que vamos prestando a obra de Deus que vamos descobrindo como Deus nos usa para edificar seu Reino.

Nos primeiros tempos de minha nova vida em Cristo, entendi que era pregador e Deus foi confirmando pela sua Palavra que essa seria minha função primordial e claro com o tempo descobri outros dons que complementam-se e assim a igreja é edificada.

Nascemos com talentos e quando nascemos espiritualmente é-nos outorgado um dom ou dons para edificação da igreja de Cristo. Também deve ser usado para expandir o evangelho de Cristo entre aqueles que ainda não o conhecem.

Aos talentos e dons, Deus também acrescenta recursos. Alguns irmãos têm mais recursos que outros, mas o que interessa é que devem também ser disponibilizados para estender o Reino de Deus. 
Os recursos podem ser em dinheiro ou bens, estes podem se colocar a disposição da obra de Deus. Ninguém é obrigado a compartir nada, mas a Bíblia incentiva-nos a ser generosos com aquilo que o Senhor nos concede e a semelhança dos talentos e dons, também devemos compartir voluntariamente nossos recursos onde for necessário.

Por exemplo, há irmãos que tem casas, as quais eles abrem voluntariamente para realizar reuniões, há irmãos que lhes sobeja o dinheiro e compartem com os mais necessitados, há irmãos que tem comida a mais, roupa a mais, objetos domésticos a mais e assim por diante e estão prontos a compartir com outros. Há irmãos que tem transporte próprio e prontificam-se para levar pessoas a reunião, a uma consulta ou outra qualquer coisa que for necessário.

Este computador que uso para escrever diariamente estas linhas é meu, mas o ponho a disposição dos outros, a maioria são pessoas que não conheço e elas não me conhecem pessoalmente, mas disponho este recurso para divulgar as verdades espirituais para todo aquele ou aquela que esteja interessado em saber mais de Deus e seu Reino.

Usemos nossos talentos, dons e recursos para Glória de Deus e benefício do nosso próximo.

pr. Carlos Arellano

10/08/2016

QUE TIPO DE CONGREGAÇÃO FREQUENTO?


Comecemos por algo básico: Não existem congregações melhores que outras, no sentido de ser superiores aos seus irmãos e irmãs que congregam noutro lugar. A igreja de Cristo é uma só, cuja cabeça é próprio Senhor Jesus Cristo e ela é composta por pessoas que nasceram de novo pelo Espírito e foram introduzidas ao Corpo de Cristo. O seu livro de leitura fundamental é a Bíblia, a qual revela os propósitos de Deus para a Sua igreja, seja a nível de congregação ou individual, além de revelar o desfecho do mundo em que vivemos e mostra-nos uma pequena luz acerca do Reino Eterno de Deus, onde participarão todos os redimidos pelo sangue de Jesus. Obviamente os incrédulos, aqueles e aquelas que rejeitem a salvação serão excluídos dessa Glória Eterna.

Como a igreja de Cristo é composta de homens e mulheres nascidos de novo, mas ainda morando num corpo humano limitado e com uma inclinação ao mal, que só com a ajuda do Espírito Santo pode-se viver a vida que agrada a Deus e recusar toda tentação da carne, do mundo e do diabo, não se pode falar de congregações perfeitas.

O que se podemos observar é que há congregações que nalgumas áreas de ação são mais eficazes que outras. Tampouco o tamanho da congregação, numericamente falando determina a espiritualidade da mesma, nem o fato de ser uma congregação mais pequena a torna menos espiritual e menos capacitada, cada uma delas cumpre a sua parte no Reino. Já ouvi pastores de congregações enormes enquanto a quantidade, dizer que congregações pequenas, não refletem o poder de Deus e que todos devemos aspirar a ter mega igrejas, absurdo!

Uma congregação, indistintamente a quantidade de pessoas que assistem, deve ter algumas características básicas e fundamentais que a farão um bom lugar para reunir-se regularmente:

Um ministério espiritual, composto por pessoas que tem um chamado de parte de Deus e que entendem qual é o lugar onde o Senhor os quer usar. Está claro, que devem estar cheios do Espírito Santo e dispostos a servir os interesses de Deus custe ou que custar, isto significa permanecer fiel, sejam tempos bons ou maus, enfrentando corajosamente todo vento contrário.

O responsável ou responsáveis da congregação devem ser aptos para ensinar a sã doutrina, verdadeiros estudantes e aprofundadores do conhecimento bíblico e não improvisadores que esperam que Deus lhes diga que pregar um minuto antes de subir ao púlpito.

Um esforço de parte de toda a congregação por manter a comunhão com outros, afastando-se de todo aquilo que seja intrigas, mexericos e confusões, porque a paz nos chamou o Senhor. Como disse a Escritura: “Na medida das nossas possibilidades estejamos em paz com todos”. O amor e o respeito são colunas vitais para criar uma atmosfera de unidade e espiritualidade.

Cada um que faz parte do Corpo de Cristo deve entender qual é sua participação, qual é seu dom ou dons concedidos e usá-los para edificação da igreja e expansão do evangelho. Não pode ficar esperando que o pastor lhe dê um cargo ou título para recém a partir dali funcionar, não funcionará!

Um crente que não ora regularmente, não conversa com Deus, não entenderá o que o Espírito fala a igreja. É no lugar de oração onde o Senhor revela seus propósitos para que os executemos.


Não falo de métodos ou sistemas, porque cada congregação terá uma direção específica do Espírito sobre que fazer ou não fazer. Não fomos chamados para copiar a outros, há que ser originais.

pr. Carlos Arellano

09/08/2016

O DEMÓNIO MUDO


Quando chegaram abaixo da montanha, encontraram grande multidão que rodeava os outros nove discípulos enquanto alguns mestres da lei discutiam com eles. A multidão olhou com respeitoso espanto para Jesus ao vê-lo aproximar-se e correu a cumprimentá-lo. “Que se passa?” perguntou.

De entre a multidão, um dos que ali estavam disse: “Mestre, trouxe o meu filho para que o curasses, pois está dominado por um demónio e não fala. E sempre que o demónio se apodera dele, atira-o ao chão e fá-lo espumar pela boca, ranger os dentes e assim vai definhando. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o demónio, mas não conseguiram.”

Jesus então disse aos discípulos: “Como é tão pequena a vossa fé! Quanto tempo mais precisarei de andar convosco? Quanto tempo mais preciso para ter paciência para convosco? Tragam-me o menino.”

Trouxeram-lhe o menino, mas quando ele viu a Jesus, o demónio sacudiu em convulsões a criança que caiu no chão, contorcendo-se e espumando. “Há quanto tempo está ele assim? perguntou ao pai. “Desde pequenino. O demónio fá-lo cair às vezes no fogo ou na água, para o matar. Oh, tem pena de nós e, se puderes, faz alguma coisa!”

“Se eu puder? Perguntou Jesus. “Tudo é possível se tiveres fé.” Ao que o pai respondeu logo: “Fé tenho eu, ajuda-me a ter mais!”

Quando Jesus viu que a multidão aumentava, mandou ao demónio: “Demónio de surdez e mudez, ordeno-te que saias desse menino e que não entres mais nele.”

Então o demónio soltou um grito terrível. Tornou a sacudir-lhe o corpo e deixou-o em seguida. O menino ficou ali caído sem forças e sem mexer como se estivesse morto. A multidão começou a dizer à boca pequena. “Morreu!”

Mas Jesus tomou-o pela mão e ajudou-o a pôr-se de pé. Ele ergueu-se, estava bom! Mateus 9.14-27

As manifestações esquisitas do demónio ou demónios numa pessoa ou pessoas podem baralhar-nos, os gritos, os espasmos, os insultos, podem distrair-nos da realidade que enfrentamos e perder o foco do porque estamos ali, nessa situação. Os discípulos de Jesus ficaram confusos e não agiram no poder de Deus, que lhes tinha sido conferido. Jesus ao saber disto, ficou aborrecido e repreendeu-os e até expressou cansaço de estar andando com discípulos carentes de fé.

Não permitamos que Jesus nos repreenda por não fazer o que nos toca fazer. Fomos chamados a ser luz do mundo, a anunciar as boas novas de salvação, a curar os enfermos, a expulsar as forças malignas de dentro das pessoas, a estabelecer o reino de Deus nos corações dos que creem. Não nos distraiamos com as artimanhas e esquemas que Satanás utiliza para assustar e desviar-nos do propósito de Deus.

Atuemos com ousadia, debaixo da unção do Espírito Santo para que toda obra satânica seja destruída e expulsa das vidas das pessoas, porque as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do Senhor.

Nos prevalecemos em Nome de Jesus!

pr. Carlos Arellano

05/08/2016

SEGUIDORES CEGOS



O mandato de Jesus foi e é: Fazer discípulos a todos aqueles que cressem Nele. Não fazer seguidores de líderes, nem duma denominação ou um credo.

Um discípulo de Jesus é alguém que consciente e voluntariamente decide seguir a Jesus e obedecer incondicionalmente seus mandamentos, custar o que custar. A ideia de discípulo biblicamente falando está relacionado com o martírio, a morte. Os primeiros discípulos sabiam e entendiam que por causa de seguir a Jesus poderia custar-lhe a própria vida e quando isto acontecia, era considerado uma honra e privilégio dar sua vida pelo Seu Mestre.

Essa ideia está muito distante nos dias de hoje, onde a maior parte das vezes se prega um evangelho acomodado aos caprichos dos crentes, como escrevia ontem. Hoje, segue-se mais a um líder visível, chame-se apóstolo, pastor, etc. O carisma, a personalidade do dito líder tem um grande peso sobre a mente e coração dos seus seguidores e apesar de usar-se versos da Bíblia, a atenção está centrada na pessoa que lidera, não tanto em Jesus.

Na verdade, um líder que procura seguidores, não vá querer que as pessoas compreendam bem que é o discipulado e as manterá na cegueira, dizendo-lhes o que tem que fazer, que decisões devem tomar, noutras palavras, não lhes dará espaço para que pensem, porque quer que todos seus seguidores pensem como ele ou ela, assim, torna-se mais fácil controlar-lhos e manipular-lhos segundo seus interesses, tornando-se em seguidores cegos.

Particularmente não desejo isso no ministério que me foi confiado, pelo contrário quero pessoas que se tornem discípulos de Jesus Cristo e rendam sua vida incondicionalmente a Ele, não a mim. Quando são novos crentes, precisam uma orientação e apoio, mas só até que aprendem a confiar em Jesus e ser guiados pelo Espírito Santo. As pessoas que frequentam a Casa do Senhor e decidiram seguir a Seu Mestre, Jesus Cristo devem ser pessoas que pensam por se mesmas e não marionetas nas mãos dum manipulador, desesperado por seguidores cegos e ignorantes, que não sabem tomar uma posição, nem tem convicção nenhuma nos assuntos espirituais, dependentes dum iluminado que lhes diga o que tem de fazer ou não fazer.

O verdadeiro servo de Deus nunca levará as pessoas a segui-lho a ele ou a ela, levará as pessoas a Cristo, ainda que isto signifique que com transcorrer do tempo, os discípulos não o procuraram como a princípio, mas isto deve ser motivo de alegria, ver uma pessoa tornar-se um discípulo de Cristo, que pensa por se mesma e chega a suas próprias conclusões, tornar-se um seguidor ou seguidora de Jesus Cristo e não um seguidor ou seguidora dum homem ou uma mulher, por mais dons que possa ter.

Segue a Cristo!

pr. Carlos Arellano

04/08/2016

CRENTE INSATISFEITO


No mundo comercial existe a possibilidade, não em todos, mas na maioria, de poder devolver o produto adquirido por razões diversas que o cliente insatisfeito apresentar e os responsáveis da loja ou serviço devolvem o dinheiro na íntegra, sempre e quando o produto esteja nas condições em que foi adquirido.

Esta situação chamasse: cliente insatisfeito. No âmbito da igreja de Cristo, hoje estamos a encontrar muito crente insatisfeito, porque para eles o produto que lhe estão a dar não está em condições como eles desejariam, por isso a razão de queixas e murmurações contra a igreja, o pastor, os irmãos, o som, as cadeiras, as crianças, etc.

O evangelho não é um produto para ser vendido, mas bem é a mensagem das boas novas de parte de Deus para a humanidade. O verdadeiro evangelho e o verdadeiro sentido do evangelho tem-se perdido em muitos lugares e aquilo que está-se a oferecer ao público que assiste é uma série de ofertas de benefícios materiais, físicos e emocionais, como se essa fosse a necessidade fundamental do ser humano.

O ser humano precisa entender e reconhecer sua condição de pecador e sua separação com seu Criador e que se não faz as pazes com Ele, perder-se-á eternamente. Quem se aproxima de Deus e da comunidade de crentes não precisa de incentivos ou aliciantes que o façam sentir bem, para que fique e continue a frequentar o lugar de reunião. Deus não nos chamou a reter pessoas, senão a proclamar Seu evangelho e fazer discípulos a aqueles que o aceitem como Senhor e Salvador.

Responsáveis que acham que tem que entreter, animar e criar um ambiente agradável, usando-se de música, atividades diversas, uma mensagem simpática que não ofenda a ninguém, com palavras bonitas e escolhidas premeditadamente, pensando em não ofender nem ferir a suscetibilidade das pessoas, estão errados. Muitos utilizam psicologia, marketing, pensamento positivo e coisas pelo estilo, deixando o estudo sério das Sagradas Escrituras porque acham que está obsoleto e ultrapassado para os tempos modernos que vivemos.

Não estamos vivendo tempos modernos, estamos vivendo os últimos tempos, onde a maldade está em aumento incontrolável, onde Satanás sabe que seu tempo está curto e está espalhando mentiras trás mentiras para enganar a todo o mundo, inclusive os escolhidos, os cristãos, que em vez de estar alinhados com o Espírito Santo, estão alinhados com as últimas técnicas da chamada ciência, que o apóstolo Paulo recomendou não envolver-se.

Encontramos crentes insatisfeitos, porque só lhe estão a oferecer um produto qualquer e usam o nome de Deus como garantia que ficaram totalmente satisfeitos, sem saber se é vontade de Deus para suas vidas.

Quem sabe a necessidade real de cada vida é Deus e através do Espírito Santo usando-se de vasos sensíveis a sua voz, comunicarão o verdadeiro evangelho, conforme Deus quer que seja transmitido, palavra por palavra. Esse evangelho puro, vindo da parte de Deus, terá como resultado crentes satisfeitos, cheios do Espírito Santo, dispostos a fazer a perfeita, boa e agradável vontade de Deus e não uma multidão de crentes insatisfeitos e infelizes como lamentavelmente está a acontecer.

pr. Carlos Arellano

03/08/2016

MISERICÓRDIA DIVINA


Deus é misericordioso!

Segundo o dicionário a palavra misericórdia é definida como comiseração pela desgraça alheia; compaixão; piedade; perdão. Tratar de compreender a magnitude da misericórdia de Deus como um conceito, creio que não existiriam palavras suficientes. A misericórdia de Deus vai muito mais além da nossa limitada compreensão.

Uma coisa creio que todos os cristãos concorda-mos, como cristãos nascidos de novo: Se não fosse pela misericórdia de Deus estaríamos perdidos eternamente. Fomos salvos pela misericórdia de Deus, pelo seu imenso amor pelas suas criaturas, ao ponto de enviar a Seu Filho Jesus Cristo para nos salvar.

Deus e bom e sua misericórdia duram para todo sempre. Está escrito nas Sagradas Escrituras muitas vezes e de ângulos diferentes para nos mostrar que a misericórdia de Deus é infinita e está disponível para todo aquele ou aquela que aceitar sua salvação e misericórdia.

Se fosse pela nossa misericórdia, como humanos e como cristãos, talvez muitos de nossos próximos já estariam ardendo no inferno. Se fosse por nós, talvez muitos nem entrariam ao céu, porque aos nossos olhos não teriam o direito de entrar. A misericórdia de Deus está muito acima de nós. A capacidade divina para perdoar, ter compaixão, estender sua misericórdia, vá muito além da nossa compreensão.

Às vezes é melhor não julgar, nem condenar a qualquer um que cometer algum delito terrível, um ato imperdoável aos olhos dos homens, onde talvez nunca seria perdoado e menos ser digno de misericórdia, mas Deus é Deus e a misericórdia faz parte da sua natureza divina. Ele está pronto a cobrir a ofensa, a dar mais uma oportunidade ou muitíssimas oportunidades, que talvez como humanos não daríamos, mas Deus sim.

Sejamos honestos com nós mesmos, se não fosse a misericórdia de Deus, onde estaríamos? Claro que como cristãos nascidos de novo, nunca vamos a ir ao inferno, mas por causa da misericórdia de Deus estendida sobre nós, faz com que continuemos avançando na nossa vida cristã e que hoje estejamos vivos e servindo a Deus.

Uma coisa deve-mos fazer como filhos e filhas de Deus, não abusar da misericórdia de Deus, porque alguns abusam e usam a liberdade que tem em Cristo para fazer o que bem lhes apetece e como sabem que Deus é misericordioso e perdoador tornam-se relaxados e abusadores.

Apesar de que a misericórdia divina é infinita e ilimitada, não é razão para que vivamos de qualquer jeito como cristãos. Mas bem devemos aproveitar a oportunidade que o Senhor nos brinda de estar debaixo da Sua cobertura e misericórdia para ser gratos para com Ele, e apesar das nossas falhas e pecados que possamos cometer, Ele está pronto a nos perdoar e cobrir-nos da Sua Misericórdia Divina.

pr. Carlos Arellano

02/08/2016

O CASAL QUE AMAVA A RIQUEZA


Precisamos primeiro enquadrarmo-nos na época:

-Igreja recém-batizada com o Espírito Santo (Atos 2:4)
-A cada dia a igreja crescia (“…e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,”- Atos 2:41 e “…e chegou o número desses homens a quase cinco mil.” Atos 4:4).

-Vivia a Igreja de Jesus o seu período de maior pureza, e Pedro era nitidamente o seu líder.

-Vemos em Atos 4:32-37 que os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus (ver-33) e que não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos, e repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.

-De igual forma, José, um levita natural de Chipre e mais conhecido como Barnabé, vendeu uma herdade e trouxe o valor integral da venda aos apóstolos.

Ananias e Safira, membros desta comunidade de cristãos, quiseram imitar este gesto mas com sentimento diferente, e também venderam uma propriedade, e retiveram de comum acordo, parte do valor apurado com a venda e veio Ananias o marido, trazer a parte restante aos Apóstolos (Atos 5:1-2).

Continuando a ler vemos que Pedro, sim o mesmo Pedro que negou três vezes a Jesus, mas agora um Pedro espiritualmente diferente, cheio do Espírito Santo, porque ao Espírito Santo ninguém engana, questionar o ato de Ananias (ver-3 e 4).

O que aconteceu de seguida foi terrível, Ananias caiu morto e foi de seguida levado para fora e sepultado.

Este sinal de Deus provocou temor em todos quantos ouviram, e não estamos a falar de uma cura, libertação ou de um sinal semelhante, mas de uma morte súbita.

Também Safira voltou passadas quase três horas, pensando porventura receber uma ovação pelo que consideravam ser um sinal de contribuição para a obra, mas, sem o saber, o seu marido já estava morto e sepultado pelo ato que tinham praticado.

Safira confirmou a Pedro a mentira que tinha arquitetado com o seu marido e também sucumbiu.

Ananias e Safira pensavam que podiam fazer parte da comunidade dos primeiros cristãos e simultaneamente usufruir de bens materiais, enganando e trapaceando.

Ananias e Safira não tinham a mínima comunhão com Deus e tinham-se deixado corromper por Satanás.

É que não há meio-termo, ou se está com Deus ou se está com o príncipe deste mundo, aquele que veio para matar, roubar e destruir (João 10:10).

Esta dupla morte veio provocar um temor sem igual em todos os que ouviram.

E não era para menos, pois este acontecimento era digno de se enquadrar no Antigo Testamento, recordemos a sedição de Coré, Datã, Abirão e Om contra Aarão e Moisés, cuja praga os matou com suas famílias e mais cerca de 14.000 hebreus, ou ainda o anátema de Acã, que cobiçou uma capa babilónica junto com uma cunha de ouro e 200 siclos de prata, ou ainda as serpentes ardentes que picaram e levaram à morte muito povo de Deus, por rebeldia.
Um acontecimento desta natureza marcou o início da igreja, e Deus estava avisando que não tolerava a corrupção.

Gostamos nós da corrupção que nos aflige? Políticos, religiosos, bancários, funcionários públicos, polícia, todos se corrompem, mas Deus quer uma Igreja Santa, irrepreensível, não isenta de pecadores, reconheçamos, pois todos pecamos (Romanos 3:23), mas temos um novo coração, e um só Deus, o qual enviou o seu único Filho para nos resgatar, e o qual é também nosso advogado e único intercessor entre os homens e Deus.

As mortes de Ananias e Safira nos mostram que se nos arrependermos, temos perdão, caso contrário estaremos condenados.

Deus é Amor, mas é justiça também. Concluamos com esta passagem em Provérbios 28:13 “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.

Deus vos Abençoe

Fernando Pinho

40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...