DORCAS É LEVANTADA DENTRE OS MORTOS

Havia na cidade de Jope uma mulher discípula chamada Tabita, que em grego era Dorcas que significa gazela, uma crente que estava sempre a fazer bem aos outros, especialmente aos pobres. Por esta altura Tabita adoeceu e morreu. As pessoas suas amigas prepararam-na para o funeral e puseram-na num quarto superior. Ao saberem que Pedro se encontrava ali perto, em Lida, mandaram dois homens pedir-lhe que fosse com eles a Jope.

Pedro assim fez, e logo que chegou levaram-no ao quarto onde Tabita se encontrava. O compartimento estava cheio de viúvas que choravam e mostravam as túnicas e outra roupa que Tabita lhes fizera. Mas Pedro, pedindo a todos que saíssem do quarto, ajoelhou-se, orou e voltando-se para o corpo disse: “Levanta-te, Tabita!” e ela abriu os olhos.

Quando viu Pedro, sentou-se. Pedro estendeu-lhe a mão, ajudo-a a pôr-se de pé, chamando os crentes e as viúvas, apresentou-lhes a ressuscitada.

A notícia espalhou-se rapidamente pela cidade, e foram muitos os que creram no Senhor. Pedro ficou ainda muito tempo em Jope, vivendo com Simão o curtidor. ATOS 9:36-42

Que fazer quando não há um apóstolo, um evangelista ou um pastor por perto e enfrentas uma situação humanamente impossível? Ora e exerce a tua fé!

Em última instância quem decide intervir de maneira sobrenatural é Deus. Penso que todos nós nalguma oportunidade oramos por algo impossível e Deus ouviu a nossa preze e assistimos a um milagre diante dos nossos olhos.

Pedro teve fé e usou a autoridade delegada por Jesus e fez o mesmo que seu Mestre fazia. Nós devemos fazer o mesmo quando enfrentamos uma situação sem solução e onde as nossas capacidades humanas não têm poder para mudar, mas para Deus não há nada impossível.

No caso relatado vemos que o corpo de Tabita estava rodeado de crentes e viúvas que só choravam a perdida e ninguém ousou orar ou crer no sobrenatural. A dor, a perdida, a separação física neste caso podem deixar aos familiares e irmãos na fé perplexos e atónitos, mas Deus tinha ainda propósitos com Tabita e Pedro foi o instrumento para voltar tudo à normalidade.

Quando cremos e exercemos fé, muita coisa pode voltar à normalidade!

CC | MURTOSA - OLÁ EU SOU...

Olá eu sou... Uma rubrica semanal (publicada aos sábados) onde são abordados diversos temas, ou partilhados testemunhos de vida. Esta semana temos uma mensagem do Pr. Carlos.

FUI AO CULTO E NÃO SENTI NADA!

O culto a Deus não é um espetáculo! Não é algo que se celebra para que sintas emoções fortes, arrepios ou sensações, se bem certo estas e outras emoções e sentimentos podem acontecer, como também podes estar num culto a Deus, celebrar o Seu Nome e não ter sensações nenhumas.

Sentir sensações, emoções, sentimentos fortes não é garantia, nem sinonimo de algo espiritual a suceder na nossa vida. Quando me acosto para dormir e levanto-me para iniciar o dia, sei que Deus está comigo porque aceitei a Sua Salvação em Cristo e o Espírito Santo vive dentro de mim, sinta algo ou não sinta nada.

Dizer que Deus esteve contigo no culto porque sentiste isto ou aquilo é subjetivo ou relativo. Há pessoas muito emocionais que frequentam a Casa de Deus à procura de sentir algo e a sua vida espiritual deixa muito a desejar e há pessoas que não expressam grande emoções e expressões em público, mas a sua vida reflete e manifesta o fruto do Espírito Santo.

Sentir ou não sentir algo no culto não determina a minha espiritualidade. O que determina a minha espiritualidade é a minha comunhão diária com Deus, trata-se dum relacionamento e não de um conjunto de emoções ou sensações. Alguns cristãos vivem ainda no Antigo Testamento esperando ver nuvens de dia e fogo de noite, o Anjo do Senhor aparecer, raios e fogo cair do céu para queimar o altar idolátrico, o Mar Vermelho se abrir e assim por diante e se não acontecem coisas pelo estilo, saem do culto dizendo que não sentiram nada.

Hoje temos a Bíblia nas nossas mãos e faremos muito bem a nós mesmos se a estudamos profundamente, temos o Espírito Santo habitando dentro de nós que nos guia a toda verdade, temos ministérios levantados por Deus que nos ensinam a sã doutrina e pastoreiam as nossas vidas, tudo isso com a ajuda de Deus.

Como cristão nascido de novo não preciso sentir para ter certeza que Deus está presente na minha vida, pela fé e pela presença do Espírito de Deus em mim e que testifica ao meu espírito que sou filho de Deus sei que Ele vive dentro de mim e nunca me abandonará, sinta ou não sinta sensações, emoções ou sentimentos fortes.

O fato de que um culto a Deus seja tremendo e você sentiu coisas dentro de si é bom, talvez sentiu mesmo o abraço de Deus, o amor de Deus, o perdão de Deus, a presença palpável, tangível Dele no meio da congregação e você ficou arrepiado, emocionado, riu, chorou, gritou de alegria, coisas que surgiram naturalmente e espontaneamente no meio dum ambiente e manifestação sobrenatural é claro que Deus está presente.

Mas uma coisa deve estar claro em você, que se no próximo culto não experimenta o mesmo, não significa que Deus não esteja presente, Ele está. Deus é Soberano para se manifestar como Ele quer e quando quer. Assim que não diga: Fui ao culto e não senti nada!

FORMIGAS

A Bíblia recomenda-nos que observemos as formigas e como elas se organizam e trabalham sem ter um chefe que as oriente. É evidente que Deus a toda criatura que criou dotou-a de características únicas para existir e sobreviver.

Tudo na criação testemunha a Mão de Deus, Ele faz as coisas de maneira perfeita, produzindo um equilíbrio em toda a sua criação. O homem ocupa-se em destruir tudo o que fora criado, porque a maldade lhe é inerente dentro dele, por isso precisamos dum Salvador, Jesus Cristo.

Às vezes o mundo animal tem para nos ensinar princípios que se aplicarmos na nossa vida nos ajudarão a prosperar e a ser abençoados. As formigas antecipam-se ao inverno, trabalhando durante o verão para guardar o necessário para essa época na qual se torna mais difícil para a sua existência.

O ser humano às vezes deixa para o último e depois quando chega o momento difícil não está preparado. Deus dotou o ser humano com inteligência, mas às vezes não a usa, deixando as coisas acontecer, como se por arte de magia se solucionassem.

As formigas, seres pequenos, mas muito bem organizados, não deixam as coisas para o último minuto, elas antecipam-se e trabalham quando devem trabalhar, não são ociosas. Creio que como cristãos nascidos de novo podemos e devemos aprender delas conforme a Bíblia nos recomenda.

Devemos dar graças porque Deus faz parte da nossa vida, mas o fato de Ele fazer parte não significa que devemos ficar com os braços cruzados à espera que o maná caia do céu. Quando o maná caía do céu, foi um tempo especifico em que se encontrava Israel que atravessava o deserto e não dava para se estabelecer num lugar, porque o seu destino era a Terra Prometida. Quando eles entraram nesse lugar reservado, Deus ordenou que fosse conquistado e que trabalhassem para obter a sua prosperidade. No deserto não precisaram trabalhar, mas na Terra Prometida sim.

Hoje estamos plantados no lugar onde Deus nos quer para que o sirvamos, é o lugar onde temos a nossa família, o nosso lugar de trabalho, de negócio ou ministério e à semelhança das formigas devemos organizar-nos e usar tudo o que esteja ao nosso alcance para prover o necessário para a nossa vida e daqueles que nos rodeiam.

Não há lugar para a preguiça ou ociosidade, devemos procurar o melhor e o necessário para o nosso sustento, sempre confiando e dependendo de Deus, porque Ele é quem dá força às nossas mãos e habilidade e inteligência para saber administrar.

Observa as formigas.

CUMPRE O QUE PROMETESTE!

A Bíblia fala que é melhor não prometer, que prometer e não cumprir e pior ainda se o fazes ante Deus. Posso imaginar quantas vezes os filhos e filhas de Deus se comprometem no altar de Deus depois dum culto abençoado, onde Deus falou duma maneira tremenda e direta e os crentes no mesmo altar fazem promessas a Deus acerca de mudanças ou assumem compromissos, que com o tempo ficam no esquecimento.

Promessas feitas no calor e na emoção do momento não são do agrado de Deus. A Bíblia fala de ter um culto racional, isto significa que devo avaliar seriamente as potenciais promessas que faço e especialmente aquelas com as quais me comprometo com Deus.

Como alguém disse: Com Deus não se brinca! Não estou a dizer que Deus vai castigar todo aquele que não cumpre uma promessa irrefletida, senão mas bem a importância de considerar seriamente as palavras que saem da nossa boca. Pensemos antes de falar, por isso é melhor não prometer, que prometer e não cumprir.

Porquê que este assunto é sério? Porque Deus quer que sejamos cristãos duma só palavra, que não andemos a oscilar na nossa vida cristã, que não façamos promessas que não cumpriremos, seja a Deus, aos líderes, à família e aos irmãos na fé, porque quem ficará mal é você e a opinião que tenham de si não será muito boa.

Nós, como cristãos não somos perfeitos e estamos sujeitos a pecar, a falhar e às vezes pode surgir um contratempo voluntário ou involuntário que impeça que cumpramos um compromisso e devemos estar prontos a reconhecer a nossa falha ante quem nos comprometemos, seja Deus ou o nosso próximo.

Podemos fazer promessas a Deus ou ao nosso próximo? Sim. Porque isso nos desafiará a nós mesmos a fazer coisas, a provocar mudanças e a tornar-nos responsáveis. Tampouco vamos passar pela vida sem nos comprometer, assim nunca amadureceremos, porque a falta de compromisso, de fazer promessas válidas e que nos esforçamos por cumpri-las fará com que o nosso testemunho ante os outros seja válido e reconhecido, isso é o que faz um homem ou mulher de carácter.

Jesus é o nosso exemplo, cumpriu tudo o que prometeu ao Pai e aos seus discípulos e hoje nós beneficiamos das Suas Promessas, especialmente aquela que disse: “Estarei sempre convosco até a consumação dos séculos”.

Fizeste uma promessa a Deus ou ao teu próximo? Cumpre-a! Não faças promessas que não vás cumprir, não é necessário, porque no fim de contas enganas-te a ti mesmo e ficas desacreditado diante dos outros.

MISERICÓRDIA QUERO E NÃO SACRIFÍCIO

Esta foi uma afirmação que Deus declarou para aqueles que se diziam representantes Dele e também nos abrange a nós como filhos e filhas de Deus. Significa que é possível realizar a obra de Deus, desenvolver práticas cristãs e tornar-nos pessoas sem misericórdia para com os nossos semelhantes.

A religião baseia-se muito nos grandes sacrifícios que se realizam para Deus, procurando impressioná-lo com a nossa dedicação e abnegação, pensando que se está a ganhar mérito ante os olhos Dele. Jesus lidou com os sacerdotes da sua época, os fariseus, que eram estritos em guardar a lei, ponto por ponto, mas não tinham compaixão, nem misericórdia do seu próximo, a sua vida religiosa era pura fachada, para serem vistos pelos homens.

Será possível que um cristão nascido de novo no dia de hoje se torne numa pessoa que faz sacrifício, mas não tem misericórdia? Sim, é possível. Se coloca as suas ações antes das pessoas pode acontecer.

Colocar as nossas ações em primeiro lugar, pode parecer algo louvável, porque em princípio é feito para ajudar o próximo; se bem que essa pode ser a ideia primária, pode ser mudada se o nosso coração está mais preocupado em que os outros vejam o nosso sacrifício e dedicação e as pessoas passam a ser só objetos, alguém que é usado como um meio para atingir os nossos objetivos pessoais.

Os religiosos na época de Jesus, achavam que os seus sacrifícios em nome de Deus eram suficientes, mas da perspetiva de Deus não. Deus não está tão interessado nos nossos sacrifícios e entregas, se bem que há um lugar e momento para eles na nossa vida cristã, o que Ele está interessado em descobrir no nosso coração é o fruto do amor, a compaixão, a misericórdia e outros sentimentos semelhantes para com o nosso próximo.

Não lhe interessa tanto as nossas grandes abnegações, se não estão acompanhadas de misericórdia. A própria Bíblia ensina, de que vale dar inclusive a nossa própria vida se não temos amor, ou de que vale profetizar se não temos amor ou dar todos os nossos bens se não temos amor. Diante dos olhos do Senhor é nada.

Há pessoas que já deram a sua própria vida por uma determinada causa e alguns até em nome de Deus, mas nunca na sua vida aceitaram a Salvação em Cristo, nem se arrependeram dos seus pecados, nunca foi depositado dentro deles o Amor de Deus pelo Seu Espírito. O seu sacrifício foi louvável, mas só foi um sacrifício.

Essa mesma maneira de agir a têm muitas pessoas ditas cristãs, descansam nos seus grandes sacrifícios e abnegações que fazem para a obra de Deus, mas no seu coração não há misericórdia para com o seu próximo. Não estão dispostos a perdoar, a ter paciência, a dar uma nova oportunidade, etc. Porque ninguém chega ao nível de sacrifício que eles fazem.

Mas Deus disse: Misericórdia quero e não sacrifício.

ABRAÃO I

A Bíblia começa a falar dum homem chamado Abrão naquele então, casado com Sarai e que vivia em Ur dos Caldeus. Deus apareceu a ele e chamou-o para que saísse da sua terra e da sua parentela e que seria guiado a uma terra que ele não conhecia.

Abrão obedeceu e saiu juntamente com a sua esposa e o seu sobrinho Ló, filho do seu irmão, possivelmente órfão e que vivia sob cuidado dele. A partir dali começou um peregrinar que atravessaria diferentes etapas e situações que iremos tratando pouco a pouco.

A vida de Abrão faz-me lembrar um pouco a minha vida, especificamente o ano de 1988 em que saí juntamente com a minha família do Perú em direção à Península Ibérica sem conhecer ninguém, atravessando países, sem saber onde dormia, onde comia, mas Deus na sua fidelidade ia provendo o necessário, sempre em direção ao Atlântico a ver se apanhava algum barco ou avião que me levasse ao Velho Continente, naquele então pensando que meu destino final seria Espanha, mas Deus tinha planeado desde antes da fundação do mundo que seria Portugal e aqui estou realizando a Obra do Senhor.

Hoje vivem-se tempos em que as pessoas procuram segurança e inclusive encontramos uma maioria de crentes que pensam da mesma forma, procuram ter uma segurança económica, uma estabilidade social e outras condições que lhes possam garantir uma segurança material e tangível. É raro encontrar alguém disposto a viver pela fé confiando absolutamente em Deus para a sua provisão.

Quando Deus chama, Ele encarrega-se de sustentar os seus servos através do seu percurso. Quando Abrão saiu tinha algumas coisas, mas Deus prometeu prosperá-lo e assim aconteceu. Não será necessariamente assim com todos. A maioria daqueles que obedecem ao chamado de Deus para ir a outras terras, sem saber exatamente onde irão a parar, podem testemunhar como Deus tem sustentado as suas vidas, provendo o necessário para o seu sustento, mas não há nada que garanta ficar rico como Abrão.

“Muitos são os chamados, poucos os escolhidos”, esta frase poderia-se aplicar também no sentido em que os escolhidos são poucos, porque a maioria faz-se de surdo, para não obedecer. Já encontrei pessoas que foram chamadas por Deus mas não obedeceram e um manto de tristeza acompanha as suas vidas. Nós somos completamente realizados quando obedecemos ao chamado do Senhor, ainda que não saibamos para onde nos quer levar.

Abrão não tinha Bíblia, estudos bíblicos, igreja, pastores, irmãos na fé, etc. Tudo aquilo que hoje nós temos e que nos mostra como Deus sempre cuidou daqueles que chamou, também é verdade alguns pagaram com a sua própria vida a sua obediência, mas hoje estão na presença de Deus, satisfeitos por haver obedecido fielmente ao chamado de Deus.

Será que Deus deixou de chamar pessoas no meio da sociedade materialista, consumista e egoísta em que vivemos? Abrão viveu numa sociedade semelhante à nossa e obedeceu.

Se Deus está-te a chamar, o que vais fazer?

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VAIDADE

Segundo o dicionário da língua portuguesa significa a qualidade do que é vão ou inútil, sem solidez, sem duração. Vanglória, ostentação, presunção ridícula, fatuidade. Coisa insignificante ou sem valor que se lhe atribui muita importância, futilidade.

Vaidade de vaidades, tudo é vaidade disse o Pregador no livro de Eclesiastes. O significado desta palavra no original significa em sentido figurado algo transitório e insatisfatório.

No nosso contexto social a ideia de vaidade tem que ver muito com ostentação ou exaltação de algo que temos ou conseguimos e ficamos todos vaidosos e presunçosos com os nossos logros, seja qual for a área. Às vezes chamamos determinadas pessoas de vaidosas, até inclusive dentro do ambiente cristão e não se tem uma boa apreciação de quem se porta vaidosamente.

Mas, a ideia do Pregador inspirado pelo Espírito Santo ao escrever é mostrar-nos que tudo na vida é vaidade, não tanto no sentido de exibicionismo ou presunção, senão mas bem no sentido da curta durabilidade da vida, por isso disse que tudo na vida é vaidade, algo transitório e que muitas vezes deixa-nos insatisfeitos.

Só em Deus estamos completos, quando somos gratos para com Ele e com tudo o que faz em nosso favor. Quando colocamos as nossas expetativas só no temporal, a frustração e insatisfação tomarão conta da nossa alma.

Tudo na vida é vaidade, o estudar, o trabalhar, o negociar, o viajar, etc. Porque todas essas coisas duram só um tempo e é absurdo pensar que durarão sempre. Será que todos os seres humanos são vaidosos? Todos temos os nossos momentos de vaidade, no sentido de querer mostrar quem somos e o que temos conseguido, porque até o ser humano mais humilde gosta que louvem a sua humildade e isso é vaidade.

O Pregador não se equivocou quando disse que tudo na vida é vaidade, porque é mesmo. Agora, a graça e a presença de Deus e a manifestação do fruto do Espírito Santo faz com que uma atitude humilde e submissa a Deus se manifeste nas nossas vidas.

O propósito destas linhas é fazer-nos pensar que toda a vaidade que ostentemos é transitória, efémera, passageira e não vale a pena querer perpetuá-la porque um dia deixará de sê-lo.

Ser vaidoso não é uma virtude, senão mas bem um caminho de frustração, porque na vida tudo passa num instante. Como cristãos vivamos de maneira simples e humilde durante o nosso tempo de duração aqui na Terra, sabendo que um dia toda esta vaidade passará, mas nós em Cristo permaneceremos para sempre.

DESFRUTANDO O AGORA

Estás a desfrutar o que tens agora? Estás a desfrutar da tua família? Muitos estão sozinhos na vida. Estás a desfrutar do trabalho e do fruto que obténs dele? Muitos estão desempregados. Estás a desfrutar da saúde que tens? Muitos estão doentes e debilitados. Estás a desfrutar da tua casa? Muitos vivem na rua. Estás a desfrutar de…?

Há duas advertências na Bíblia que vêm à minha memória em relação àquilo que significa desfrutar da vida que Deus nos concede e não me refiro à salvação, que já de por si é bom e com isso deveríamos ser pessoas felizes, mas infelizmente muitas pessoas, inclusive cristãos não desfrutam o que têm e vivem uma vida de insatisfação.

Jesus quando esteve na terra disse aos seus discípulos para não se preocuparem com o dia de amanhã, queria que os seus seguidores vivessem cada dia. Quando nos preocupamos com o amanhã não desfrutamos o hoje, porque a maioria das preocupações são suposições acerca do futuro, às vezes pensando sobre aquilo que falta, aquilo que deveríamos ter ou ficamos expectantes em relação a um suposto problema que ainda não surgiu. Todas estas atitudes provocarão ânsia, angústia e impedirão que sejas feliz com o agora.

Este é o dia que o Senhor fez e devemos alegrar-nos e gozar-nos nele, não disse para angustiar-te ou preocupar-te com o dia de amanhã. Hoje é para desfrutá-lo com tudo aquilo que te rodeia e faz parte da tua vida, seja na casa, no trabalho, na escola, no ministério. Há pessoas e coisas que estão presentes hoje nas nossas vidas e elas são postas por Deus para que desfrutemos delas. A ansiedade cegará e não te deixará ver o que está diante de ti.

Outra atitude que Deus recomenda na Sua Palavra para que possamos desfrutar as coisas materiais é o contentamento.

Deus quer que sejas feliz com aquilo que tens, a Bíblia disse que estejamos contentes com o sustento, o abrigo, o alimento. O prosperar vai depender de cada um de nós, devemos descobrir em que somos bons profissionalmente e dedicarmos a investir nossa força e inteligência para trabalhar e prosperar, é importante para o cristão entender qual é o lugar em que Deus quer que esteja, o seu lugar debaixo do Sol e ocupar-se nisso, porque através do seu esforço laboral proverá para a sua casa.

O problema com muitas pessoas e inclusive cristãos é que não são felizes com o que têm, sempre querem mais e não há uma atitude de contentamento e gratidão pelo que têm, senão pelo contrário insatisfação e desagrado pelo que têm agora, por isso querem mais. Ao viver dessa maneira e manter essa atitude fará com que não desfrutem o agora e agradeçam a Deus por aquilo que na Sua Misericórdia Ele provê para o seu sustento.

Não esqueçamos, não estamos aqui para atesourar bens materiais, senão para começar aqui a desfrutar a relação com Deus por meio de Cristo e a desfrutar tudo aquilo que Ele preparou para nós aqui enquanto estamos nesta vida.

DÚVIDA

Segundo o dicionário significa o estado do espírito de quem se interroga sobre se um facto é real ou não, sobre se uma proposição é verdadeira ou falsa. Incerteza, hesitação, indecisão são palavras que retratam a dúvida.

Penso que todos os que lemos estas linhas já passámos por momentos de dúvida sobre alguma questão específica, levando-nos a ficar numa posição de incerteza ou indecisão. Não é uma situação agradável e às vezes pode tornar-se atormentador.

Se nos referimos aos assuntos espirituais também é possível atravessar por algum momento de dúvida. Mas como cristãos não devemos prolongar esse estado de espírito dentro de nós, porque dentro de nós habita o Espírito Santo e uma das suas ações em nós é guiar-nos a toda verdade.

Ter dúvida não é pecado, permanecer nela fará com que a fé não funcione. A Bíblia disse que sem fé é impossível agradar a Deus, portanto quem é dominado pela dúvida não verá a manifestação de Deus, porque Deus não opera quando existe dúvida.

A Bíblia disse que quem duvida é inconstante em todos os seus caminhos. Quem duvida nunca chegará a lado nenhum, por isso o cristão não deve dar lugar à dúvida, mas sim à fé.

A Bíblia tem um papel importantíssimo na vida do cristão, porque é a mensagem escrita de Deus, ali encontramos escrita a Sua Vontade, aquilo que Ele deseja que sigamos com confiança. A dúvida nasce na mente e se a deixamos chegar ao nosso coração ela fará com que se torne impossível avançar no propósito de Deus.

A nossa mente e coração devem estar cheios da Palavra de Deus, para que não demos lugar a pensamentos de dúvida. As circunstâncias difíceis na qual nos podemos encontrar podem levar-nos a duvidar da eficácia de Deus para ajudar-nos; pode levar-nos a não crer que há uma saída da situação em que nos encontramos.

Mas Deus promete na Sua Palavra que juntamente com a situação difícil que atravessamos Ele tem uma saída para que possamos escapar. A dúvida será um obstáculo que impedirá que saiamos pelo caminho que Deus preparou.

Duvidar sobre uma decisão a tomar, duvidar sobre qual é o melhor caminho a seguir é parte da vida e algumas vezes estaremos nessa situação. Uma coisa nunca deve alimentar-se ou manter-se na nossa mente ou coração, duvidar de Deus e do Seu Amor por cada um dos seus filhos.

PERFEITO OU SANTO?

Será que poderemos atingir a perfeição aqui na Terra? Será que poderemos atingir a santidade aqui na Terra?

A Bíblia fala de ambas realidades, como algo que deve ser parte da nossa vida como discípulos de Cristo, mas não as coloca num nível no qual nunca conseguiríamos atingir, senão, mas bem como algo que na medida em que nos vamos comprometendo com Deus se tornará uma realidade.

Quando a Bíblia fala de ser perfeito está relacionado com maturidade espiritual, não com a ideia filosófica, religiosa ou bem-intencionada dalgumas pessoas de querer atingir nesta vida um estado de perfeição absoluta, onde não exista falhas nem imperfeições, isso é impossível, porque a nossa natureza carnal batalha diariamente no nosso interior e às vezes sucumbimos à fraqueza da carne. Graças a Deus que nos concede por meio de Cristo a oportunidade de nos arrepender-nos e continuar a nossa caminhada com a ajuda do Espírito.

Uma vida madura espiritual é o desejo de Deus para cada um dos seus filhos e deve ser uma meta para cada um de nós. A vida cristã é ilustrada com a figura duma criança que nasce e vai crescendo e precisando de alimento de acordo com a sua idade. Igual acontece connosco, quando aceitamos a Cristo e nascemos de novo, somos como bebes espirituais e necessitamos do leite espiritual e na medida em que vamos crescendo precisaremos de alimento sólido, porque nos tornaremos adultos espirituais e o leite espiritual já não será suficiente.

Essa vida madura espiritual prepara-nos para fazer a obra do Senhor, conforme o seu propósito e também para enfrentar e suportar as pressões que derivam dela.

Quando a Bíblia fala de ser santo, refere-se a alguém que se separa das coisas deste mundo, noutras palavras, aquelas coisas que fazia antes e que ofendiam a Deus e ao próximo, já não fazem mais parte da sua vida, como disse a Bíblia: Quem está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas ficam para trás e tudo se faz novo. Algumas pessoas mal interpretaram a ideia da santidade e entenderam que precisavam de se retirar de todo contacto com o mundo e então surgiram os mosteiros ou locais de retiro.

Jesus disse que estamos no mundo, mas não fazemos parte do mundo, no sentido de participar das suas obras que ofendem a Deus. Aliás, nunca foi e é a ideia de Jesus que consideremos a possibilidade de isolar-nos da realidade, pelo contrário Ele quer que sejamos luz no meio das trevas.

Ambas as coisas devem ser parte da nossa vida cristã: Perfeito, que será manifesto numa maturidade espiritual e Santo, que será manifesto numa vida separada das contaminações do mundo e vivendo uma vida que agrada a Deus.

O ENDEMONIADO CEGO E SURDO (MUDO)

Então um cativo do demónio, cego e mudo ao mesmo tempo, foi trazido a Jesus, que o curou de modo que o homem já falava e via.

A multidão cheia de espanto exclamava: “Não será este o filho de David, o Messias!” Mas quando os fariseus souberam do milagre, puseram-se a dizer: “Expulsa os demónios pelo poder de Satanás, rei dos demónios.” Mateus 12:22-24

Este homem cativo representa a muitos seres humanos que habitam neste planeta, pessoas que a nível espiritual estão acorrentadas e aprisionadas pelas forças malignas, impedindo-as de poder ver o mundo espiritual e impedidas de poder expressar ou falar o que querem e desejam; andam pelas ruas livremente, mas na verdade estão presas por Satanás.

A Bíblia não disse como é que este homem chegou a ficar nessa situação, se foi ele mesmo quem provocou ao abrir portas a Satanás voluntariamente ou involuntariamente ou se foram familiares ou amigos que o envolveram nessa situação trágica.

Foi levado a Jesus, quem em diversas oportunidades tinha demonstrado o poder sobre as forças demoníacas e aconteceu mais uma vez, o homem ficou liberto, podendo ver e falar e creio que a partir desse momento viver uma vida saudável e em comunhão com o Seu Criador.

Algo que deveria ser motivo de felicidade e alegria a todos os que assistiram a esta cena, não o foi, porque a Bíblia relata que os fariseus, inimigos de Jesus que se moviam mais por inveja e ciúme contra Ele, questionaram o acontecido.

Ao contrário da maioria dos assistentes que deram glória a Deus pelo milagre manifesto, os fariseus argumentaram que Jesus fazia esses sinais em nome de Satanás e que a fonte do seu poder era o próprio demónio. Noutras palavras Jesus expulsava os demónios pelo poder dos demónios; isto demostrava a total e absoluta ignorância destes líderes religiosos, que falavam de Deus, das suas leis mas não o conheciam pessoalmente.

O ignorante sempre falará loucuras e argumentará sem fundamento, aquele que conhece a Deus entenderá a realidade espiritual e falará com propriedade o que entende.

O mundo tem muita gente cativa a sofrer e muitos deles não conseguem enxergar com os seus próprios olhos a Pessoa do Senhor Jesus Cristo e muitos querem falar, mas as pessoas ou espíritos malignos não os deixam expressar-se, mas Jesus veio para libertar o cativo.

Nós como instrumentos de Deus deixemos-nos usar para libertar os cativos de Satanás e não nos importe o que os religiosos ou os ateus digam de nós, ocupemos-nos de fazer a Obra de Deus e demos-lhe a Glória que Ele merece.

CC | MURTOSA - OLÁ EU SOU...

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FAÇO BEM OU FAÇO MAL?

Ninguém melhor que você para saber se está a fazer bem ou se está a fazer mal. A Bíblia disse que o coração do ser humano é enganoso, sendo possível ser iludido com os sentimentos e acabar por fazer coisas que não agradam a Deus mas podem agradar-nos a nós e concluímos que é bom, porque nos sentimos bem.

Como saber se o que estamos a fazer é bom ou é mau aos olhos de Deus? É evidente que Deus não quer que confiemos somente no nosso coração, porque ele pode pregar-nos partidas. Deus deixou alguns elementos que nós como cristãos podemos aproveitar para estar a fazer sempre o bem, aquilo que agrada a Deus.

Todos passamos por momentos de conflitos internos, dúvidas, incertezas e isso é normal, por isso a importância de usar os elementos favoráveis disponibilizados por Deus para o nosso próprio bem.

Todo o ser humano tem uma consciência posta dentro da sua natureza, já nascemos com ela. O propósito da consciência é ser um juiz moral, que dará a sua aprovação quando fazemos algo correto, mas se fazemos algo que não está correto ela desaprovará a nossa conduta ou atitude, por isso as pessoas às vezes sentem a consciência pesada, porque ela acusa-os interiormente em relação ao que se está fazer erradamente.

Outro elemento de apoio e de consolação que Deus providenciou para nós como seus filhos e que o ser humano sem Deus não beneficia é o Espírito Santo o qual veio habitar connosco a partir do momento que nascemos de novo e Ele juntamente com a consciência trabalham para guiar-nos a fazer o que está certo. A consciência só é um juiz, não tem poder transformador, nem tem a capacidade de nos fortalecer e encher de ousadia para assumir uma atitude e ação valente, porque para viver a vida que agrada a Deus, precisamos ser corajosos para enfrentar a oposição que se levanta e que nos convida permanentemente a desobedecer e fazer o mau. Recebemos poder quando o Espírito Santo vem sobre nós para tornar-nos numa testemunha de Cristo no meio dum mundo onde a maioria faz o que é mau.

Outro elemento ao nosso favor são as Sagradas Escrituras e elas não se equivocam, foram escritas para ser o nosso guia de instrução, para que saibamos e conheçamos as leis de Deus. Se está escrito é porque é dessa forma que Deus quer que nos conduzamos. A Palavra de Deus nunca nos levará a fazer o mau, pelo contrário sempre nos dará as instruções para que façamos o bem, aquilo que agrada o coração do Pai.

Podemos considerar também o apoio dos nossos irmãos na fé, mas nunca deve ser tomado como a última palavra, pode servir como confirmação se algum irmão ou irmã falar alinhado com aquilo que a tua consciência apela dentro de ti, com aquilo que o Espírito Santo está a guiar-te e que é verdade e que coincide com aquilo que está escrito na Palavra de Deus.

Com todos esses elementos podemos ter a certeza que aquilo que fazemos está certo, como também no sentido de fazer o mau, seremos advertidos para evitar entrar por esse caminho.

DISCERNINDO OS TEMPOS DE DEUS

A Bíblia fala duma família cujos filhos eram entendidos nos tempos de Deus, haviam desenvolvido um discernimento para entender o mover de Deus para a sua geração.

Para a maioria das pessoas o único entendimento que têm são os acontecimentos que decorrem no mundo hoje e que são noticiados através dos diversos meios de comunicação, é o único entendimento que têm sobre os tempos que se vivem.

O cristão nascido de novo também é consciente dos tempos na ordem natural em que vivemos, mas para ele ou ela existe uma outra dimensão que o homem natural não discerne, conforme a Palavra o disse: O homem natural não discerne o espiritual.

Deus intervém no tempo cronos, o século XXI próximo do fim de 2015, mas existe um Tempo ou Tempos de Deus em que Ele manifesta os seus propósitos para com o mundo e para com a sua igreja e isso também pode ser a nível duma congregação, um grupo de pessoas, um ministério ou até individualmente.

Quando me refiro aos Tempos de Deus estou a falar de algo que Deus quer fazer de maneira particular e especifica através dos seus vasos escolhidos, num lugar específico e num momento que podemos chamar ideal, não porque o homem o preparou, senão porque Deus foi trabalhando através dos tempos para num determinado Tempo Especial se manifestar de maneira gloriosa.

No Tempo de Deus, Ele enviou o Seu Filho para que nascesse duma virgem, concebido pelo Espírito Santo para que crescesse e cumprisse o Seu Propósito Eterno. Jesus não veio nem antes nem depois, Ele surgiu no Tempo de Deus, preparado desde antes da fundação do mundo.

Aos cristãos nos cabe a responsabilidade de entender os tempos que vivemos e não somente no plano humano, que qualquer pessoa sem o Espírito pode chegar a entender, senão mas bem, estar atentos aos Tempos de Deus. Devemos ser como os filhos dessa família descrita na Bíblia, que eram entendidos nos Tempos de Deus, nós também devemos ser entendidos dos Tempos de Deus.

Se o cristão não desenvolve um discernimento espiritual sobre os Tempos de Deus, estes podem passar ao lado e não se aperceber do que está a acontecer no mundo espiritual.

Como podemos discernir e entender os Tempos de Deus? Passando tempo com Ele. A Bíblia disse que Deus revela os Seus Segredos aos seus profetas, aos seus ungidos, que somos nós em Cristo; mas, se não passamos tempo de qualidade com Ele, então nunca saberemos ou entenderemos o que Deus tem planeado, nem como quer operar nos dias de hoje, na nossa geração, inclusive na nossa própria vida.

Não fiques a leste dos Tempos de Deus. Discerne os tempos em que vives, porque fomos chamados a ser protagonistas dos propósitos de Deus para este tempo.

SEI EM QUEM TENHO CRIDO

O apóstolo Paulo afirmou esta verdade: sei em quem tenho crido e sei que é poderoso para fazer muito mais abundantemente daquilo que pensamos ou pedimos.

Qualquer pessoa que habita este planeta é livre para crer o que quiser, salvo aqueles que vivem em estados ditatoriais, onde são obrigados a crer obrigatoriamente o que o poder dominante impõe. Mas normalmente as pessoas têm os seus próprios pensamentos, como por exemplo: há pessoas que não acreditam em Deus, há pessoas que acreditam que a raça humana descende dos animais, há pessoas que crêem que a nossa origem é alienígena, há outras que pensam que surgimos como consequência duma explosão cósmica e assim por diante, como também encontramos pessoas que não pensam nada, só vivem e alguns sobrevivem.

O cristão nascido de novo é alguém que tem posto a sua fé e confiança na Pessoa do Senhor Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, enviado pelo Pai para nos conceder a salvação e abrir a possibilidade de ter uma comunhão pessoal com o nosso Criador.

Cremos que Deus é Eterno, sempre existiu e não é uma invenção de almas carentes que criam um ser superior para acalmar as suas consciências. Cremos que Deus criou tudo o que existe no Universo, incluindo o planeta Terra com todos os seus habitantes, sejam animais e os seres humanos criados à imagem e semelhança Dele.

Cremos que fomos criados para viver com Ele e para servi-lo com tudo aquilo que pôs dentro de nós e não para viver uma vida egoísta que só pensa em coisa vãs e superficiais. Cremos que Deus pôs eternidade no nosso coração como seres humanos e como cristãos cremos que um dia estaremos face a face com Ele e que esta vida tal como a conhecemos é passageira e transitória.

Cremos que Deus tem planos e propósitos para a vida de cada um dos seus filhos, que não estamos por acaso aqui neste planeta e cremos que cada cristão deve empenhar-se em descobrir o que Deus quer para si e concretizá-lo com a ajuda do Espírito Santo nosso fiel e permanente companheiro que nos guia e sempre guiará a toda verdade.

Cremos que como cristãos nascidos de novo fazemos parte da igreja de Cristo, que Ele é a Cabeça do Seu Corpo que somos cada um de nós. Cremos que a igreja está num processo de amadurecimento e crescimento para atingir uma maturidade espiritual, cremos que temos de enfrentar oposição em três frentes bem definidos na Bíblia: a nossa própria velha natureza, o mundo e Satanás.

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus que revela os seus propósitos e planos para cada um dos seus filhos e que ela serve para nos instruir, corrigir, ensinar, exortar para que vivamos a vida de Deus.

Existem muitíssimas mais razões pelas quais podemos afirmar como Paulo: sei em quem tenho crido!

CUIDANDO DOS NOSSOS NEGÓCIOS

Uma definição de negócio é: ocupação; atividade; questão. Um assunto que exige resolução.

Quando Jesus tinha doze anos e estando em Jerusalém ficou de propósito no Templo para conversar com os doutores da Lei. Os seus pais retornaram para a sua cidade pensando que estava com alguns familiares ou conhecidos ou com outras crianças a brincar. Com o fim de buscá-lo acharam-no e a mãe estava apreensiva, mas Jesus respondeu-lhe: “Nos negócios do meu Pai é necessário ocupar-me”.

Se para Jesus os assuntos de Deus eram importantes na sua tenra idade e ao longo da sua vida, para nós como seus discípulos também o deve ser. Como parte da família de Deus fazemos parte dos negócios do nosso Pai Celestial.

A maioria das pessoas associa a palavra negócio a transações comerciais e é correto segundo o contexto em que se utilize a dita palavra. Mas em relação ao evangelho aplica-se mais aos assuntos espirituais, que era aquilo a que Jesus se referia quando abordado pelos seus pais e que surpreendeu aos escribas e doutores o entendimento de Jesus e do seu desejo de querer saber mais.

Esse empenho e dedicação para envolver-se nos negócios de Deus que havia em Jesus, deve dar-se também na nossa vida se queremos ver um fruto, uma manifestação do Reino de Deus aqui na Terra, especialmente nas vidas com as quais lidamos no dia-a-dia.

Cada cristão tem um papel a desempenhar, segundo a Bíblia ninguém deve ficar ocioso, espiritualmente falando em relação aos negócios de Deus. O Senhor a cada um dos seus filhos e filhas capacita-os com talentos naturais e dons espirituais e dá-nos inteligência para que os usemos e nos ocupemos eficazmente dos seus negócios, os assuntos do Seu Reino.

A nível pessoal cada um deve ocupar-se nos assuntos próprios, seja familiar, laboral e social, mas como cristãos devemos acrescentar um assunto mais, o espiritual, aquilo que vai transcender muito mais além desta vida. Tudo o que nos ocupemos em fazer num plano terreno é necessário e importante, mas só servirá para esta vida. Os negócios espirituais continuarão connosco, porque é um investimento eterno, especialmente porque se trata de vidas, que podem vir a conhecer a Jesus como Senhor e Salvador e os seus nomes serem escritos no Livro da Vida e isso é para sempre, eternamente.

Não esqueçamos: O negócio de Deus são vidas

NINRODE

(série: Personagens da bíblia)

Nem todas as personagens que apresento nesta serie são santos, alguns foram mesmo maus como no caso de Caim que já escrevemos aqui.

A Bíblia fala que Ninrode foi um homem poderoso, diríamos um líder na sua geração e foi poderoso caçador e tudo isto trouxe fama e reconhecimento e muitos foram seus seguidores. Uma das coisas que ele fez foi fundar uma cidade que ficou para a história, Babel, aquela mesma onde se gerou tanta confusão provocada pelo mesmo Deus.

Se Ninrode foi quem teve a ideia de construir a Torre de Babel ou foram os seus contemporâneos, a Bíblia não o diz, mas num determinado momento da história da cidade surgiu uma ideia que tornou-se uma obsessão, construir uma Torre que chegasse até ao céu.

Ninrode é o tipo de pessoa que como ele nos dias de hoje tornam-se poderosos na sua geração, seja porque adquirem a fama numa determinada área da vida, seja porque tornam-se milionários e a sua riqueza vai em constante crescimento, porque se tornam fundadores dum império político, económico e inclusive religioso. Mas todo esse poder é usado só para exaltar a sua pessoa e aquilo que construíram com os talentos que Deus lhes deu, mas não reconhecem que vem da parte Dele e pensam que são poderosos por eles mesmos.

Nada é nosso! Tudo provém de Deus, o que façamos com aquilo que recebemos depende de cada um.

Ninrode usou a sua fama e poder para construir um império para sua própria glória e não deu glória a Deus. Ele e os seus contemporâneos cresceram cheios de vaidade pelo seu poder, tanto assim que decidiram construir uma Torre que chegasse ao céu.

Literalmente é impossível chegar ao céu, mas a ideia era levantar uma Torre bem alta que fosse um monumento erigido para exaltação do próprio homem, noutras palavras, Ninrode e a sua geração levantaram uma Torre para exaltar e honrar a si mesmos.

Quando Deus viu essa determinação e unidade que tinham, já que naquele tempo todos procuravam viver em Babel e falavam a mesma língua, Deus decidiu descer e confundi-los.

Foi nessa oportunidade que surgiram os diversos idiomas que existem no dia de hoje, os homens acabaram por não se entender uns com os outros e cada um foi pelo seu lado, que no fim de contas era o desejo de Deus, que os homens se espalhassem por toda a Terra e a enchessem.

Todo o caminho que leve à autoexaltação humana como Ninrode e a sua geração promoveram, acabará em confusão. O ser humano foi criado para viver e dar glória a Deus e não para se exaltar a si mesmo.

Evitemos ser como Ninrode e a sua geração.

OLÁ, EU SOU...

IRAI-VOS, PORÉM NÃO PEQUEIS

Esta foi a recomendação do apóstolo Paulo à igreja, que não deixassem a ira descontrolada dominar as suas vidas.

Levanta-se a seguinte questão: Pode o cristão irar-se? Pode o cristão ficar chateado por causa dalguma situação? Pode o cristão se molestar? Sim, porque o próprio Paulo disse que o cristão pode irar-se, mas não cometer pecado. Quando a ira se converte em pecado? Quando damos lugar à raiva, à cólera, à agressão, ao retribuir com violência, etc.

Se alguma coisa produz em nós ira, como por exemplo um filho desobediente, que responde malcriadamente ou faz qualquer outra coisa, é possível que o pai ou pais sintam ira, cólera, raiva ante a atitude do filho, mas não devem responder ou agir com violência, seja verbal ou física, porque serão tão ofensivos como o filho o foi.

O cristão seja pai ou filho deve viver debaixo do senhorio de Cristo e uma manifestação do Espírito Santo na vida do crente é o domínio próprio, que era aquilo ao qual o apóstolo queria levar os seus leitores, a não perder os estribos e acabar pecando contra Deus e contra o seu próximo.

Ficar irado ante uma situação que surge não é pecado, perder o controlo, o domínio é. Como cristãos somos chamados a viver uma vida distintiva que se manifestará num caracter maduro e sóbrio em todo tempo. Isto que estou a escrever parece fácil no papel e qualquer um está sujeito a perder o controlo, como também já me aconteceu.

Uma maneira que ponho em prática quando enfrento algo que me ira, o encoleriza ou me dá raiva e volto a dizer que sentir isso não é pecado, somos humanos com sentimentos, o problema é nos pormos no mesmo nível daquele que nos ofende ou contraria aquilo que nós pensamos. O que faço é guardar silêncio e esperar o momento certo para falar se vale a pena. Porque também há situações que podem provocar ira na nossa vida, mas é melhor não dizer nada, porque às vezes até as pessoas ofendem dizendo ou fazendo coisas sem dar-se conta e estão como se nada fosse, enquanto um fica perturbado e de cabeça quente desnecessariamente.

A advertência de Paulo é para não pecar, ele não estava a dizer que por ser cristão nada nos afetaria, na verdade sempre haverá coisas que poderão provocar ira, cólera ou raiva. O assunto é qual será a nossa atitude ante essa situação, como responderemos, será que acabaremos a pecar porque a ira dominou todo o nosso ser e pareceremos tudo menos cristãos?

Irai-vos, porém não pequeis!

SER EDIFICADORES

No significado básico é construir (por exemplo um edifício). No sentido figurado é fundar, instituir, induzir ao bem e à virtude, doutrinar, instruir.

Talvez algumas pessoas que fazem parte da igreja de Cristo sejam chamadas literalmente a construir edifícios que sirvam para a Obra de Deus, mas a maioria de nós não seremos construtores de edifícios, mas seremos participantes na construção do edifício de Deus que é a Sua Amada Igreja, à qual fazemos parte por meio da fé na Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Tomando os conceitos da definição do dicionário e aplicando-o ao assunto que tratamos hoje, o cristão nascido de novo deve ser um edificador e o seu serviço prestado a Deus deve induzir ao bem e à virtude àqueles que o rodeiam, deve ser um ensinador da doutrina de Deus para edificar a fé dos crentes e deve ser um instrutor da verdade e da justiça.

Podemos pensar que esta tarefa corresponde à liderança, por exemplo um pastor ou pastores e é verdade, eles têm uma responsabilidade dupla, primeiro como crentes que devem ser de edificação aos seus irmãos e irmãs na fé e segundo porque foram chamados por Deus para cumprir um ministério no meio do rebanho de Deus.

Mas o fato de haver líderes, isso não isenta o resto dos membros do Corpo de Cristo, porque o cristão deve ser também um edificador ainda que não seja líder.

Toda pessoa que nasce de novo e integra-se no Corpo de Cristo, passado um certo tempo dum contínuo crescimento e entendimento das verdades espirituais, torna-se capacitado para edificar a qualquer novo crente. Por exemplo se como cristão já anda nos caminhos do Senhor à um certo tempo e a manifestação do fruto do Espírito é visível na sua vida, então, estará apto para edificar os outros.

Todos somos chamados a edificar o edifício de Deus, pode haver alguns que tenham um maior destaque que outros, mas isso não os torna mais importantes que os outros. Para Deus cada filho ou filha plantado no lugar que Ele preparou desde antes da fundação do mundo é o lugar perfeito para servi-lo e é ali onde Ele te quer para que edifiques o Seu Edifício que é a Igreja do Senhor.

Ser edificadores do edifício de Deus é responsabilidade de cada um dos cristãos nascidos de novo. Isso significa que devemos esmerar-nos por fazer o melhor e da maneira mais eficaz a parte da construção que nos toca.

SERVIR A DEUS POR OBRIGAÇÃO

Será correto servir a Deus por obrigação? Penso que não e possivelmente a maioria daqueles que leem estas linhas concordem comigo.

Quando digo servir a Deus podemos alargar a ideia a ter que ir à Casa de Deus por obrigação. Vou procurar passar algumas situações dentro do ambiente cristão que podem tornar-se uma obrigação.

Podemos encontrar familiares que são obrigados a ir à Casa de Deus porque a maioria professa a fé cristã e vê-se mal que um determinado familiar não participe das reuniões, não há um interesse em saber se é salvo ou não e a pessoa vê-se obrigada a agir como cristão sem sê-lo.

Já vi pais querer que os filhos deem os dízimos ou vice-versa sem que a pessoa entenda o porquê de participar com as suas ofertas e acabam a dar de má vontade, porque foram obrigados a dar.

Também encontramos pessoas que participam nalguma área de serviço dentro da igreja porque têm alguém interessado em que se envolva nas atividades da igreja, porque se não o faz, acabará no mundo e então é obrigado a fazer algo que não quer ou não entende para que fique na igreja e não se perca. Aqui já não é Deus que salva é o próprio irmão ou irmã que quer salvar alguém obrigando-o a fazer algo.

Há pais autoritários que obrigam os filhos a orar e ler a Bíblia, sem que tenham tido um novo nascimento. Sabemos que tudo isso é bom, porque somos salvos e nos alegramos com as coisas de Deus, mas quem não é salvo não entende e para muitos é uma imposição, um fardo imposto por familiares ou amigos bem-intencionados, mas na verdade estão a obrigar o seu próximo a ser crente, quando na realidade não o é.

Às vezes filhos de líderes são obrigados a manter uma conduta que condiga com a posição dos pais e o rapaz ou rapariga não são salvos e são obrigados a agir como se o fossem.

Pode haver outras formas de obrigar as pessoas a fazer algo que não entendem ou não querem. Deus fez o ser humano com capacidade de tomar decisões, chama-se livre arbítrio, a capacidade de fazer escolhas. Claro que quando são pequenos cabe aos pais ou tutores tomar as decisões mais convenientes a favor deles e devemos apresentar-lhes o evangelho da forma mais adequada de acordo com a sua idade e esperar na obra do Espírito Santo que é quem convence.

Creio que tudo o que se faz para Deus seja na Sua Casa ou fora dela deve ser feito com um coração voluntário, ninguém deve sentir-se obrigado a servir a Deus duma ou outra forma.

Se fazemos as coisas por obrigação, não terão valor ante os olhos Dele, só servirá para agradar aos homens.

RIOS DE ÁGUA VIVA

Jesus falou acerca dos rios de água viva que correriam na vida daqueles que cressem Nele. Jesus referia-se à presença do Espírito Santo em todo o crente nascido de novo.

A obra de convencimento para levar-nos ao arrependimento é feita pelo Espírito Santo, aquele que opera o novo nascimento espiritual é o Espírito Santo e quem acompanha todo o processo de transformação durante a nossa vida é o Espírito Santo.

A Bíblia manda que devemos ser cheios do Espírito Santo, para que possa ter o absoluto controlo da nossa vida e possa guiar-nos conforme a Vontade de Deus. Ao viver cheios do Espírito fluiremos nas capacidades e dons que o Senhor derramou dentro de nós e manifestar-se-á o fruto do Espírito em nós.

Jesus falou de rios de água viva, porque Ele não quer águas estagnadas, paradas, noutras palavras a nossa vida espiritual deve levar vida, como acontece com os rios que circulam pelo seu leito, encontramos vida dentro deles, peixes para nos alimentar e água fresca para nos saciar.

Esta figura da natureza representa o que deve ser a nossa vida cristã em relação aos outros, devemos ser instrumentos de Deus para levar o alimento espiritual e devemos saciar a sede espiritual daqueles que estão a morrer de sede. A religião e a filosofia não saciam nem satisfazem, pode parecer nos primeiros tempos, mas elas não têm vida em si. Jesus disse que era necessário que Ele voltasse para o Pai, mas que não nos deixaria órfãos, o Pai enviaria outro Consolador que estaria sempre connosco em nós, fazendo a Obra do Senhor, o Espírito Santo.

Como cristãos precisamos ir cada dia a Jesus. A Bíblia disse que há um rio que sai debaixo do Trono de Deus, devemos beber diariamente dessas águas, a nossa fonte é Jesus. Um cristão não pode, nem deve descansar a pensar que já foi ao culto no Domingo e o resto da semana não busca a Deus, certamente a sua fonte irá secar, não digo que perca a salvação, mas não haverá rios de água viva correndo dentro dele ou dela, serão águas estagnadas.

Há um convite que Jesus faz para todos os seres humanos que queiram a Deus nas suas vidas, crer Nele, e Jesus promete que os rios de água viva correrão dentro dele ou dela. O Espírito Santo mover-se-á poderosamente na vida do cristão, levando-o a experimentar a vida abundante que Jesus oferece. Mas o cristão deve ir à fonte a cada dia, à semelhança do ser humano que precisa alimentar-se diariamente para renovar a suas forças e nutrir o seu corpo e mente.

No mundo espiritual é semelhante, essas águas vivas estão à nossa disposição para bebê-las a cada dia, para saciar-nos e poder saciar outras vidas sedentas.

A RESSURREIÇÃO DO FILHO DA SUNAMITA

Quando Eliseu chegou, por sua vez, a criança estava efetivamente morta, deitada na cama do profeta. O profeta subiu, fechou a porta atrás de si e orou ao Senhor.

Depois deitou-se sobre o corpo do menino, pondo a boca na dele, encostando os olhos mesmo aos dele, e colando as mãos às da criança. O corpo da criança começou a aquecer de novo.

Então desceu, e andou pela casa, de um lado para o outro, algum tempo; tornando a subir, estendeu-se novamente sobre a criança. Desta vez ela espirrou sete vezes e abriu os olhos.

O profeta chamou a Geazi: “Diz à mãe que venha cá!” E quando ela apareceu: “Aqui está o teu filho.” Ela prostrou-se aos seus pés, foi pegar no menino e desceu. 2 Reis 4:32-37

A Bíblia não revela exatamente o que causou a morte da criança, mas esse foi o quadro que encontrou o profeta Eliseu. Aquela atitude e ação que tomou não tem explicação nem médica, nem lógica, mas as operações de Deus por meio dos seus servos às vezes são inexplicáveis.

Eliseu fez a sua parte e insistiu em continuar orando a Deus para que completasse a sua obra de ressurreição sobre a criança e na segunda vez que se prostrou sobre ela, voltou à vida.

Às vezes na vida vamos deparar-nos com situações difíceis e impossíveis de solucionar humanamente. Tentamos uma vez e parece que há uma reposta, mas o problema ou situação continua presente e isto deve levar-nos a insistir na oração.

Jesus ensinou acerca da viúva que insistiu ante um juiz injusto e cada dia lhe batia a porta, até que o juiz se fartou dela e decidiu a seu favor, com tal que fosse embora. O princípio que Jesus ensinou foi em relação à importância de orar persistentemente e não desistir facilmente à primeira negativa.

Há momentos na vida que só uma oração não basta e com isto não desvalorizo uma oração feita com fé. Deus já me respondeu só com pensar, nem orei e Ele respondeu só ao me desejo e possivelmente já aconteceu contigo.

Hoje encontro-me numa situação em que já orei, mas entendo que preciso orar até ver a saída que Deus tem. Eliseu nos ensina que às vezes a primeira oração não basta, precisamos continuar orando até que a vitória venha à tua vida.

Não desistas! Continua orando, ainda que os teus olhos vejam algo que está morto, inerte, parado, continua orando até que a vida de Deus venha sobre essa situação.