30/11/2016

SALVOS DO FORNO DE FOGO


Nabucodonosor encheu-se de furor, o rosto ficou vermelho de ira. Mandou acender o forno e aquecê-lo sete vezes mais do que habitualmente; fez vir uns homens dos mais fortes do seu exército para atarem os três judeus, e deu ordem para que os lançassem na fornalha. 

E assim aconteceu, mesmo depois de serem ligados com cordas fortes, foram deitados às chamas, completamente vestidos, com a própria roupa que traziam.
Como o soberano, na sua fúria, tinha ordenado um aquecimento excecional do forno, as chamas saíram para o exterior e chegaram a matar os soldados quando estes atiravam os três homens para lá para dentro! Dessa forma Sadraque, Mesaque e Abednego caíram atados dentro do fogo ardente. 

Mas, de repente, Nabucodonosor, que estava a olhar para a cena deu um salto de espanto e exclamou para os seus conselheiros: “Não foram três os indivíduos que deitamos para dentro da fornalha?” 

“Sim, é claro que foram, majestade!”, retorquiram os outros.
“Então, olhem bem! Eu estou a ver quatro homens, desatados, passeando lá no meio do fogo; e as chamas nada lhes fazem! Reparem que o quarto tem o aspeto do filho de um deus!” 

Nabucodonosor aproximou-se da porta aberta do forno e gritou:
“Sadraque, Mesaque e Abednego, servos de Deus Altíssimo! Saíam dai! Venham cá!” E eles saíram do meio do fogo. 

Os príncipes, os governadores, os capitães e os conselheiros juntaram-se todos à volta dos três homens e todos constataram que o fogo nada os tinha afetado, nem mesmo um cabelo da sua cabeça se tinha queimado; as suas roupas não estavam sequer chamuscadas e nem cheiravam a queimado. Daniel 3:19-27
Não posso afirmar que isto venha a acontecer na nossa vida, já que a própria história, inclusive nos dias de hoje, muitos são mortos de formas diversas por causa da sua fé em Cristo. 

A tradição conta que o próprio apóstolo João foi lançado dentro de azeite fervendo e sobreviveu e como não morreu foi desterrado a uma ilha até que morresse. 

Uma coisa aprende-se com estes três homens valorosos, estavam prontos a morrer pelo seu Senhor e não negar Seu Nome. A vitória deles radica nesta posição firme que tomaram, se morriam se encontrariam com o Senhor e se não, o Senhor estaria come eles nesses momentos difíceis e dolorosos. 

Efetivamente assim aconteceu, o Senhor esteve a seu lado para proteger-lhos e livrar-lhos do forno de fogo. Não era sua hora, ainda tinham coisas a fazer aqui na Terra para servir a seu Deus e foram poupados. 

Este testemunho deve servir de prova para que a nossa fé e confiança esteja no Senhor. Ele está pronto a nos salvar de situações perigosas, mas se temos que morrer, nossa esperança está em que nos encontraremos com Ele depois de partir desta vida. 

Você viverá até o dia que o Senhor o permitir, nem antes nem depois. 

pr. Carlos Arellano

29/11/2016

QUEM ERA BARRABÁS?


Barrabás. Significa Filho do Pai ou do rabi. 

Ironicamente, aquele que foi libertado no lugar de Jesus, Este sim o verdadeiro Filho do Pai, tinha como significado do seu nome Filho do Pai; Bar=Filho + Abba=Pai, tradução do Aramaico. 

Barrabás foi aquele a quem Pilatos libertou em lugar de Jesus, de acordo com um antigo costume praticado na ocasião da Páscoa. Nos Evangelhos, há diferentes perspetivas acerca do crime pelo qual ele fora lançado na prisão. Em Mateus 27:16, ele é apenas “um preso muito conhecido”: Marcos diz que Barrabás tinha sido “preso com amotinadores, os quais num tumulto haviam cometido um homicídio” (Mc 15:7): Lucas confirma a exposição de Marcos, mas afirma também que a insurreição tinha sido na própria cidade de Jerusalém (Lc 23:19): e João não diz mais do que isto: “Barrabás era salteador” (Jo 18:40). 

Barrabás estava preso por um conjunto de delitos: tinha feito parte de um tumulto no qual alguém fora morto, era salteador e o facto de ser um preso muito conhecido, significava que tinha o equivalente a cadastro. Era no fundo alguém que se insurgia contra a ocupação e o poder romano pela força das armas, característica apreciada pelo povo judeu, o qual se queria libertar deste jugo. 

A substituição de Barrabás por Jesus ilustra o fato de que Jesus tomou o lugar do pecador. 

No fim, as multidões compartilham a responsabilidade da morte de Jesus ao pedirem a libertação de Barrabás (Lc 23.18-25). 

O oferecimento de Jesus do paraíso para o ladrão quando estavam morrendo juntos (Lc 23.43) mostra que, apesar da morte, Jesus pode dar vida. 

Barrabás era um criminoso, estava condenado à morte. 

Jesus salvou na sua morte dois criminosos: um para uma vida terrena de pecado e sem glória, e outro para a vida eterna com Jesus. 

Dominado pelos sacerdotes, o povo optou por Barrabás. Muitas responsabilidades têm os religiosos que manipulam e enganam o povo que neles confia, levando-o a pecar e a errar o alvo. 

As multidões que escolhem o mundo como seu rei e ídolo em detrimento de Deus, escolhem assim o seu próprio engano. 

Jesus Cristo se fez maldição por todos nós, ao tomar o lugar que nos pertencia na cruz. 

Mas ninguém pode levar o pecado de outros, exceto aqu´Ele que não tinha pecado próprio, pelo qual responder. (Mt 27:25

Gálatas 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Ver também Dt 21:22-23 

A maldição dos judeus contra si mesmos, tem sido espantosamente demonstrada nos sofrimentos da sua nação. Mesmo a criação do estado Judaico em 1948 não veio parar as lutas e sofrimento do povo Judeu. 

Cristo corresponde assim à tipificação que foi feita com a serpente de bronze, que foi levantada numa haste de estandarte (Nm 21:8.9

Jesus é a confirmação das tipificações do AT, conforme também João 3:14-15.
Devemos olhar para Jesus, Hebreus 12:2 “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” 

O fato de o véu ter-se rasgado (Mt 27:51), significa que Cristo, através da sua morte, abriu o caminho a Deus. Agora temos o caminho aberto por Cristo até ao trono da graça, ao trono de misericórdia e ao trono de glória que está mais além. 

Cristo passou por toda a miséria e vergonha aqui relatada para adquirir para nós vida eterna, gozo e glória, conforme podemos atestar com as seguintes leituras: 

João 14:1-3 “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” 

João 17:14-16 “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou.” 

Temos uma vida eterna com Jesus e uma coroa de glória à nossa espera, que iremos possuir quando entregarmos a nossa cruz, pois nós não somos deste mundo. 

Não desanimes, tem bom ânimo, tem fé.

Se não fosse assim Jesus Cristo não o diria. 


Fernando Pinho

25/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: ESTER


O livro de Ester descreve graficamente as lutas vitoriosas dos judeus dispersos durante a época do monarca persa Assuero, contra as iniquas conspirações dum certo Primeiro-ministro chamado Hamã.

Apesar que nunca menciona-se neste livro o nome de Deus, sua mão manifesta-se continuamente em todos os detalhes circunstanciais do relato. Ester, pela sua formosura é eleita reina em lugar de Vasti; Mardoqueu, em virtude da sua capacidade, substitui a Hamã no cargo de Primeiro-ministro.

Todas as personagens, desde o monarca até o escravo obsequioso, desempenham um papel no momento oportuno. Hamã é a encarnação do mal; Mardoqueu, a essência da bondade; Assuero, inflexível, tem também rasgos vigorosos. Ester, prima de Mardoqueu e sob tutela deste, converte-se na heroína da história a raiz da sua boa vontade de arriscar sua vida e sua posição, a solicitude de Mardoqueu, em bem do seu próprio povo em época de profunda necessidade.

A paternidade literária deste livro tem-se sido atribuída a várias personagens: Esdras, Joachim, Mardoqueu.

A maioria pensa que foi Mardoqueu e não há nenhum mal em pensar nisso, por ser uma personagem ressaltante neste livro e que acompanhou passo a passo o desenrolar da história narrada nele.

A diferença com os romances e ficção é que o livro de Ester está profundamente saturado de história e documentado com datas específicas.

O livro de Ester é marcante para quem aproxima-se dele com um espírito aberto, aceitando-o como revelação de Deus juntamente com os outros livros das Bíblia.

Particularmente toca-me esta história, já teve oportunidade de pregar, ensinar e escrever acerca dela e sempre foi muita enriquecedora.

Ester e Mardoqueu são exemplos de como Deus pode usar a quem quiser para que seus propósitos se cumpram. Todos fazemos parte dum plano maior e quando realizamos a nossa parte na época que nos toca viver, então, a nossa contribuição ficará na história. Deus usou da beleza de Ester, mas como mulher espiritual e sensível, não só descansou na sua beleza exterior, senão, que acrescentou graça e sabedoria, que a fizeram ainda mais formosa ante os olhos de Deus e dos homens.

Mardoqueu, um funcionário do reino, que soube ser justo, integro e correto no papel que lhe correspondeu e que apesar dos ataques que recebeu por parte de Hamã, nunca perdeu sua compostura e enfrentou a oposição com valentia, precisamos de cristãos desse tipo nos dias de hoje.


Qualquer um de nós pode em qualquer momento passar a ribalta preparada por Deus para poder ser instrumento para a salvação de muitos e para que o Nome de Deus seja exaltado em todo lugar e em todo tempo.

pr. Carlos Arellano

24/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: NEEMIAS


Este livro deixa-nos uma lição acerca do sacrifício, a oração e a tenacidade. Neemias, a personagem principal, renunciou a um cargo de responsabilidade e bem renumerado, que exercia perante o rei da Pérsia no ano 445 AC a fim de construir os muros de Jerusalém e estabelecer a unidade judia como nação.
Seus lavores provocaram a intensa oposição de homens poderosos, porém, Neemias se sobrepôs as ameaças, adotando sábias medidas defensivas. Solucionou a falta de unidade interna fazendo frente ao problema mediante um exemplo pessoal digno e resolveu as acusações falsas mediante clarividência e valor.
Quando se completaram os muros, tomaram-se medidas para que a cidade estivesse plenamente habitada, porém, por sobre todas as coisas, tomou disposições para que Esdras lesse a Lei a fim que o povo pudesse reger sua vida por ela. Ele e o povo confessaram os pecados nacionais, buscaram o perdão divino e renovaram o pacto com Deus.
Trouxeram gente a cidade e fizeram-se preparativos para os cultos de adoração e os muros foram consagrados. Porém, através doas anos, o fervor do povo começou a declinar e Neemias viu-se obrigado a introduzir novas reformas apesar da oposição, esta vez interna.
O livro de Neemias assinala a necessidade da oração e uma atitude firme na obra de Deus. As orações de Neemias constituem um estudo excelente.
A crença geral é que Esdras e Neemias constituíam originalmente um só livro. Neste livro compilou-se as memórias pessoais de Neemias, assim como outros materiais.
Até que ponto estaríamos dispostos a deixar nossa segurança e conforto para ir a fazer a obra de Deus noutro lugar? Até que ponto estaríamos dispostos a sair do nosso conforto e ir a enfrentar oposição e pôr nossa vida em perigo e de nossos familiares?
Às vezes depois dum culto onde a Palavra foi exposta e as emoções envolveram nosso ser, estamos prontos para ir até o último da Terra, mas passado o momento emocional, voltamos a nossa normalidade e aquelas promessas feitas no altar ficam no esquecimento.
O chamado é muito importante. Neemias não era pregador e nem foi chamado para entrar no ministério, foi chamado a executar uma obra de engenharia e posteriormente civil e espiritual, precisando para isso da ajuda dum sacerdote, Esdras.
Creio que uma prioridade na nossa vida como cristãos nascidos de novo é descobrir exatamente o que Deus quer que realizemos. Ele preparou obras desde antes da fundação do mundo para que por meio de nós sejam executadas e façam parte dum plano maior através da história.
Neemias cumpriu sua parte. E você? Não necessariamente têm que fazer o mesmo que Neemias ou qualquer outro personagem da Bíblia fizeram, nem tampouco tem que ser obrigatoriamente grandes façanhas ou feitos monumentais, trata-se de fazer aquilo que Deus quer que faças segundo a instrução que dá-te pelo Seu Espírito.

Que possamos chegar ante Sua presença com a total certeza que investimos nossos dons, talentos e recursos para fazer a Vontade de Deus.

pr. Carlos Arellano

22/11/2016

ISAQUE V


Os dois filhos de Isaque não eram santos nem perfeitos, cada um tinha suas fraquezas e sofreram consequências pelas suas ações. Esaú o mais velho perdeu a primogenitura ao trocar-lha por um prato de guisado e perdeu a bênção paternal pela esperteza dos seu irmão mais novo.

Esaú desobedeceu o mandato de seu pai e cassou com três mulheres pagãs e isso foi-lhe de tropeço, porque acabou envolvendo-se com os deuses delas e suas práticas. Jacó conseguiu o que queria, mas custou-lhe a separação de sua família, especialmente de sua mãe, a qual amava muito, o exilio foi seu castigo e também foi uma forma de evitar ser morto pelo seu irmão Esaú, que estava cheio de vingança.

Jacó não foi embora sem uma bênção e instrução de parte do seu pai Isaque. Isaque não deve ter ficado muito feliz com a situação que havia-se gerado, mas não omitiu seu papel como patriarca e pai de abençoar sua descendência. Abençoou a Jacó, instruindo-o a procurar esposa dentro da família de Labão seu tio; isso significava que teria que emigrar para terras longínquas e possivelmente nunca mais veria a seu pai e a sua mãe. 

Aquela promessa que Deus fizera a Abraão de que sua descendência seria numerosa e que habitariam numa terra maravilhosa e que seriam bênção a todas as nações da terra, agora Isaque a transmitia a Jacó. Era uma promessa vinda de Deus de maneira incondicional, porque o benfeitor neste caso, Jacó, não tinha grandes qualidades espirituais, mas foi quem recebeu a bênção paternal. 

Isaque era um homem que se apartava para orar e ter comunhão com seu Criador, Jacó não, na verdade nem conhecia ao Deus de seu pai, mas desejava ser abençoado e conseguiu.

Isaque não negou a bênção para seu filho mais novo, porque viu nele algo que não via no seu filho mais velho, que tinha mostrado ser néscio em suas escolhas e isso tinha desagradado a Isaque e Rebeca. Jacó, um rapaz mais calmo, não merecedor legalmente da primogenitura e a bênção que correspondia ao primeiro filho a recebeu e Esaú perdeu-a

Às veze como Isaque podemos ser enganados pelos filhos, que de forma astuta aproximam-se procurando um benefício e não nos apercebemos da sua esperteza e conseguem o que querem. Pode ser merecido uma repreensão por sua conduta, mas nunca deve sair dos nossos lábios maldição ou condenação sobre eles. 

Os filhos são herança do Senhor, são bênçãos dadas por Ele e apesar que alguns não sejam corretos em seu comportamento como o foi Jacó, nosso dever é abençoar-lhos com nossas palavras e ações. E se nalgum momento é necessário disciplina, também será uma expressão do no nosso amor e carinho por eles. Inclusive a disciplina executada de maneira justa é uma bênção, por que quem ama verdadeiramente disciplina.

Isaque abençoou a Jacó, mas também recebeu disciplina ao ser enviado longe da família, para que tivesse a oportunidade de demostrar-se a se mesmo se era merecedor da bênção recebida.


Não se trata de dar todo o que querem aos nossos filhos, senão, que aprendam a usar e administrar aquilo que lhe confiamos e damos. 

pr. Carlos Arellano

21/11/2016

CULTO & KIDS


Dia 20/Nov foi dia de um culto especial para as crianças, o Culto&Kids, onde para além de toda a diversão e animação louvamos a Deus e aprendemos mais acerca da parábola do semeador.



18/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: ESDRAS


Este livro contém quase tudo o que se sabe da história dos judeus entre o ano 588 AC, quando Ciro o persa conquistou Babilônia e o ano 457 AC, quando Esdras chegou a Jerusalém.

Pode-se observar como a mão de Deus fez com que o rei Ciro permite-se aos judeus regressar do exilio babilónico a fim de reconstruir o templo arruinado. Sem embargo, muitos foram os judeus que preferiram as comodidades da civilização babilónica as vicissitudes da Judeia, açoitada pela pobreza. Aqueles que regressaram começaram a dar a Deus preeminência, apesar de permitir que o inimigo fizera interromper a edificação do templo e a cidade. Depois de 16 anos, produziu-se um avivamento, em virtude a pregação de Ageu e Zacarias e o templo foi completado arredor do ano 516 AC apesar de novas oposições.

Um silêncio de quase 60 anos é interrompido no ano de 457 AC pela chegada de Esdras, comissionado pelo monarca persa para ensinar a lei judia e pôr-lha em vigor. Esdras congregou uma nova geração de exilados para que o acompanhassem e realizou a perigosa viagem sem escolta. Quase de imediato vê-se confrontado com o problema provocado pelos casamentos entre judeus e pagãos e depois de orar sobre o assunto, confessaram seu pecado e conseguiu o apoio da maioria do povo, mediante um profundo exame deste escândalo, inspirando a gente a que fizesse um novo pacto com Deus.

O livro demostra de que maneira Deus usa os governantes pagãos para cumprir seus fins, e proporciona ânimo e a vez advertência ao povo de Deus. 

Desconhece-se quem é o autor deste livro, porem poderia ser Esdras mesmo. O autor usou documentos existentes para fazer uma crônica dos acontecimentos que não presenciou pessoalmente.

Em cada época da história do povo de Deus, Ele revela seus propósitos. Os responsáveis pela obra de Deus devem assumir seu papel e realizar o que lhes compete.

Deus indicará seus propósitos e levantará seus profetas e mestres que instruirão ao povo, animando-o a cumprir o plano de Deus.

A oposição sempre surgirá, temos um inimigo comum, o diabo, que usará instrumentos que cooperam com ele, para atrapalhar o avanço da obra de Deus, devemos enfrentar-lhos com as armas que o Senhor nos providencia e confiar na ajuda do Senhor.


Existem obras que ficam paralisadas e não se realizam, por que a geração que lhe corresponde executar os planos de Deus, desanima, teme e não faz a sua parte. Por outra parte, existem aqueles que não desanimam facilmente e cheios do Espírito Santo enfrentam toda oposição valentemente, custe o que custar. 

pr. Carlos Arellano

17/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: I e II DE CRÔNICAS


Nas escrituras hebreias, nossos dois livros das Crônicas foram originalmente um. Os tradutores da Versão dos Setenta foram os primeiros a fazer esta divisão. Jerónimo adotou esta divisão na Vulgata Latina, cujo título era: Atos dos dias ou relato dos acontecimentos diários. A Versão dos Setenta denomina os livros das Crônicas Paraleipomena, que significa coisas omitidas nos livros de Samuel e dos Reis. Sem embargo, os livros das Crônicas ocupam-se dos mesmos atos que estes livros, porém são apresentados com um propósito diferente e de forma distinta. O título Crônicas foi adotado do vocábulo Cronicón de Jerónimo, muito apropriado por acaso.

Parece evidente que quando o cronista propõe-se abranger o mesmo terreno que Samuel e dos Reis, deseja apresentar os factos segundo seu próprio ponto de vista da história do povo de Deus, desde os dias de Samuel até a catividade. A nação necessitava reconstruir-se sobre sólidos cimentos espirituais, posto que a longa catividade havia provocado uma seria brecha em relação aos ideais e tradições de seu próprio povo. Anteriormente haviam pertencido a uma teocracia na qual esperavam que os dirigentes civis e religiosos honrassem obedecendo a lei tanto divina como civil.

Israel havia estado sob a monarquia persa, cujo rei era estrangeiro e pagão e não sabia nada do Deus de Israel. Só mediante uma vigorosa e estrita organização eclesiástica a nação de Israel conseguiu manter uma unidade religiosa. Quanto mais passavam os dias, os judeus iam sentindo que a perpetuidade da soberania davídica era mais espiritual que secular, por isso a necessidade de escrever o livro de Crônicas. Não tratava-se duma hábil casta sacerdotal querendo impor-se sobre os profetas, como alguns críticos liberais afirmavam. Aqueles que tinha retornado do cativeiro deviam entender sua própria relação com o povo de Deus.

Depois de passar revista a história do homem antes da época do rei David, o cronista assinala o significado superior da promessa feita a linha genealógica de David, especialmente com respeito ao futuro Messias. Se destaca mas bem a atitude dos monarcas anteriores com respeito aos assuntos religiosos que suas empresas civis. Se destaca a imensa importância do templo, o sacerdócio, os rituais e a lei moral. Demonstra-se que quando os monarcas afrentam a lei de Deus, surge o castigo, enquanto aqueles que honram as ordenanças de Deus, prosperam. Os livros de Crônicas são didáticos e enfatiza as bênçãos que recebem aqueles que vivem uma vida espiritual genuína. O livro deve ter tido um efeito estimulante na religião nacional. Enfatiza somente as partes da história que ilustram a vida eclesiástica, que era agora, a única esfera sagrada. No caso da história das dez tribos apostatas é abandonada, porque não conduze a uma edificação espiritual.

Há uma relação íntima entre os livros das Crônicas, Esdras e Neemias, mantém o mesmo espírito. O Talmude, e a maior parte dos escritores judeus como também os pais da igreja cristã, atribuem os livros das Crônicas a Esdras.

A nossa crônica e a crônica da nossa comunidade estão sendo escritas nos céus. Não posso garantir que a minha pessoa ou alguém que venha depois de mim, escreva acerca da nossa história e os feitos que realizamos e estamos a realizar, pode ser que sim ou pode ser que não.

O que interessa para nós é entender que tudo o que está escrito na Bíblia, inclusive estes livros, I e II das Crônicas é para nosso aprendizado. Inclusive, pode-se aprender com os erros que foram cometidos e inspirar-nos com as ações e a fé que tiveram aqueles que obedeceram, incondicionalmente a ordenança do Senhor.


Nós, também temos uma vida eclesiástica e o Espírito Santo foi enviado para ajudar-nos em tudo que é necessário empreender segundo a vontade de Deus. O Senhor quer nos prosperar espiritualmente e é necessário desenvolver um sacerdócio espiritual, já que como membros do Corpo de Cristo, fazemos parte dum real sacerdócio e a nossa espiritualidade deve ser marcante e deixar uma marca na nossa geração e em aqueles que seguirão após nós.

pr. Carlos Arellano

16/11/2016

PAULO E SILAS NA PRISÃO


Repetidamente as varas caíram sobre as suas costas nuas, e depois meteram-nos na cadeia. O carcereiro recebeu ordem para os guardar com toda a segurança; por isso, meteu-os numa cela interior e prendeu-lhes os pés ao tronco de madeira.


Cerca da meia-noite, quando Paulo e Silas oravam e cantavam hinos ao Senhor, escutados pelos outros presos, houve de súbito um grande terramoto; a prisão foi abalada até aos alicerces, as portas abriram-se, e tombaram por terra as cadeias de todos os presos!


O carcereiro acordou, viu as portas da prisão abertas e, julgando que os presos tinham escapado, puxou da espada para pôr fim á vida. Mas Paulo gritou-lhe: “Não faças isso! Estamos todos aqui!”


Tremendo de terror, o carcereiro mandou vir luzes e, correndo à cela lançou-se por terra diante de Paulo e Silas. Trazendo-os para fora perguntou-lhes: “Meus senhores, que devo fazer para ser salvo?”


Eles responderam: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa.” Anunciaram-lhe então, a ele e a todos os seus familiares, as boas novas do Senhor. Naquela mesma hora, o carcereiro lavou-lhes os ferimentos e, com toda sua família foi baptizado. Depois, levando-os à casa onde morava, serviu-lhes uma refeição. Tanto ele como os seus estavam cheios de alegria por agora serem todos crentes em Deus! Atos 16:23-34


Só uma vez na vida, alguém que estava a evangelizar, perguntou-me: Que devo fazer para ser salvo? E respondi-lhe conforme Paulo e Silas responderam ao carcereiro. Não aceitou, porque na sua cabeça estava esperando que disse-se que tinha que fazer obras para conseguir chegar a Deus e seguiu seu caminho.


A obra já foi feita pelo Senhor Jesus Cristo na cruz do calvário, nós não precisamos fazer obras para ganhar a salvação, mas infelizmente a maioria das pessoas pensam assim, por isso a multiplicação de tantas religiões, cada uma propagando seu método para ser salvo.


Paulo e Silas estavam espancados e presos por causa da sua fé, mas o ânimo neles não esmoreceu e no meio da dor, o louvor e a oração brotavam dos seus lábios e Deus operou no meio dessa circunstância, provocando um terramoto que abalou a segurança do carcereiro e sua família. Às vezes na vida é preciso um abanão para acordar do sonho espiritual em que as pessoas encontram-se. Isto levou a o carcereiro a perguntar e ao escutar a resposta, respondeu favoravelmente, não só ele, senão também toda a família. A salvação chegou a essa casa!


A salvação em Cristo também quer chegar a ti. Precisas que Deus permita um terramoto, algo que sacuda as estruturas da tua vida, para crer? Espero que não seja necessário que aconteça uma desgraça para que possas crer em Deus e em Seu Filho Jesus Cristo.


Se confessares com tua boca que Jesus é o Senhor e creres no teu coração que Deus o levantou dos mortos, serás salvo. Crê!

pr. Carlos Arellano

10/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: I e II REIS


Quando lemos estes livros não encontramos um claro propósito pelo qual foram escritos. Quem escreveu deixou claro que apesar de Deus ter um pacto com Israel, a maior parte dos monarcas rejeitaram e ultrajaram as obrigações inerentes a dito pacto.

Passa-se revista tanto a reis de Judá como aos de Israel, e até onde é possível são retratados na época em que viviam. A validade de cada monarca é determinada mediante a comparação com os dois reis anteriores, o rei David, que manteve-se bastante fiel ao pacto e o rei Jeroboão de Israel, que fez caso omisso de dito pacto.

A comparação feita desta forma, demonstra se um monarca determinado andou no caminho de David, seu pai, ou andou nos caminhos de Jeroboão, filho de Nabat. É evidente que o escritor dos livros dos Reis descobriu com esta base, que poucos monarcas de Judá e Israel guardaram o pacto com Deus. Alguns foram notáveis como Asa, Josafat, Ezequias e Josias e assim mesmo adoeceram dalguns defeitos.

David foi o monarca que mais aproximou-se do ideal. Pouco antes de morrer, aconselha a seu filho Salomão, que guarde os preceitos do Senhor. Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O apartar-se desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao juízo divino.

A lealdade ao pacto de Deus era um requisito antigo em Israel. Havia-se originado em Abraão, porém achou expressão nacional na época do Êxodo, quando Israel acabava de ser liberto de Egito, apresentou-se no monte Sinai e fez um pacto solene com Deus. Desde esse momento e a partir dali seria o povo escolhido de Deus, separado das nações, obediente a seus mandamentos e leal a Ele. Era proibido a Israel fazer pactos com outras nações ou outros deuses. A aderência ao pacto com Deus daria como resultado bênçãos; a desobediência a dito pacto produziria maldição e castigo.

O escritor remonta-se a história de Israel desde Salomão até o último monarca de Judá. Com um estilo sincero, franco, relata a história triste da rejeição do pacto por parte da maioria dos monarcas. O colapso final de Israel frente a Síria e de Judá ante Babilônia, demonstram claramente que o pacto feito por Deus com eles era sério, mas a maioria dos monarcas declinou em manter-lho e sofreram as consequências.

Nos dias posteriores, os dois livros dos Reis constituíram-se numa advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando assim uma lição pratica no sentido que a rejeição do pacto de Deus, torna-se num ato pecaminoso e rebelde, causando um castigo divino.

Desconhece-se quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha acesso aos anais escritos, como o livro dos atos de Salomão, o livro das histórias dos reis de Israel e as cronicas dos reis de Judá, que presumivelmente eram documentos oficiais.

Nós temos um pacto com Deus em Cristo Jesus. Desde o momento que recebemos a salvação, ficamos envolvidos no pacto de sangue. Por meio do seu sangue nosso pecado é perdoado e agora somo filhos de Deus, pertencemos a Ele, fomos comprados por preço de sangue.

Isto significa, que já não podemos viver como nos queiramos, senão que a nossa vida deve estar alinhada com os mandamentos de Deus e seus propósitos. Quando saímos deles, ficamos expostos a consequências; se bem certo não estamos no Antigo Testamento, Deus continua sendo o mesmo. O problema com alguns cristãos é que acabam abusando da graça de Deus, por não experimentar um castigo imediato apesar de haver desobedecido abertamente. Não abusemos, mantenhamos o zelo de viver uma vida correta em todo tempo e se pecamos, peçamos perdão numa atitude de arrependimento, que o Senhor é misericordioso e pronto para cobrir nossa falta.


Não esqueçamos, nós fazemos parte nos dias de hoje, dum pacto, com Deus por meio de Jesus Cristo, um pacto de sangue, para toda a vida. 

pr. Carlos Arellano

09/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: I e II SAMUEL


Os livros de Samuel relatam o período de transição da teocracia a monarquia e o estabelecimento da última. A história começa nos dias posteiros dos juízes e deixa-nos com o ancião David, sentado firmemente no seu trono como monarca de Israel e Judá. Samuel e Saúl são outros dos grandes personagens do livro.

Samuel foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas. Homem de profunda piedade e discernimento espiritual, estava consagrado totalmente a realização dos propósitos de Deus a favor de Israel. Apesar que não descendia da linha genealógica de Arão, sucedeu a Eli no cargo sacerdotal. Ao parecer, foi o primeiro em estabelecer uma instituição para o adestramento dos jovens que queriam abraçar o chamado profético.

Viu-se na necessidade de guiar a Israel em algumas das mais profundas crises da sua história. No desempenho das suas funções quase alcança a estatura de Moisés. Apesar que não teve ambições pessoais, achou-se no papel de fazedor de reis, comissionado para ungir a Saul, o primeiro rei e a David, o maior dos reis de Israel.

Saul, o monarca, é um personagem enigmático. Era um homem de extraordinário valor físico, sem embargo, carecia da perseverança que é essencial para a grandeza. A inconstância de seu temperamento atrapalhou todas suas relações pessoais, e um temor mórbido de que surgiriam possíveis rivais, embargou sua mente e afetou seu razoamento. De origens humildes, foi chamado a desempenhar a função mais elevada da nação. Finalmente, sem haver alcançado o êxito que lhe dera o direito de ser sepultado num túmulo real, seus ossos foram devolvidos a sua terra natal.

David é um dos grandes personagens da história bíblica. Como Saul, procedia de família humilde, porém, estava dotado de atributos de ordem superior. Era um homem com dotes de mando, capaz de conseguir e reter a lealdade dos subordinados. Alguns dos seus servos mais fiéis procediam de lugares situados fora de Judá e Israel. Itaí, por exemplo, era oriundo de Gad.

David era um prudente administrador e podia julgar acertadamente a natureza humana. Sua capacidade de tomar decisões rápidas fica bem ilustrada na solução do delicado problema que surgiu com respeito de Mefi-Boset.

Era um poeta altamente inspirado, cujas canções de louvor enriqueceram a adoração. Poderíamos pensar que todas essas características que possuía lhe dariam o carácter suficiente para vencer a tentação, sem embrago, seu poder de resistência não era maior que qualquer outro mortal. Apesar das suas debilidades, apercebeu-se claramente dos propósitos de Deus para com seu povo e previu a vinda do REI messiânico, a quem em vida, representou tão imperfeitamente.

Os livros de Samuel nos proporcionam um capítulo indispensável nos anais do trato de Deus com seu povo Israel e sua preservação e preparação para dois fins duplos: Ser depositários dos oráculos de Deus e dar a luz no seu devido tempo ao Filho maior de David.

Em parte nenhuma disse-nos quem foi o autor destes livros. Só menciona que os relatos relacionados com a vida e David, foram escritos por Samuel, Nata e Gad.

Não existe um ser perfeito entre os mortais, apesar de ser nascidos de novo, ainda permanecemos neste corpo mortal e lutamos dia a dia uma batalha para vencer nossas debilidades, além das propostas do diabo e do mundo. A Bíblia nos encoraja a resistir firmes e confiar na ajuda do Senhor.

Qualquer um de nós que lemos estas linhas, pode ser levantado pelo Senhor a uma tarefa grandiosa, não importando quais sejam nossas origens, quem escolhe é Deus e Ele chama a quem quiser e o coloca na posição que Ele desenhou segundo seus propósitos.

Se nossa caminhada cristã começou de maneira humilde, reconhecendo nossa condição como pecadores, mantenhamo-nos na mesma atitude e se Deus levanta-te bem alto, então, com maior razão, porque no fim de contas, toda glória é para Ele.

A humildade deve ser nossa companhia durante todos os dias da nossa peregrinação aqui na Terra.

pr. Carlos Arellano

08/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: RUTE


O livro de Rute descreve a direção providencial de Deus na vida duma família israelita. A raiz da morte do progenitor e de seus filhos em terra estrangeira corre o perigo o nome e a herança desta família.

Apesar da desgraça que atingiu esta família, torna-se uma oportunidade que Deus usa para favorecer aos membros que ficaram vivas. Em virtude da conduta e ação dum parente de nobres ideais, que cumpre suas obrigações, a linha hereditária permanece firme.

A união de Boaz, o hebreu e Rute, a moabita, converte-se no meio pelo qual Deus cumpre seu misericordioso propósito. Com relação a toda a mensagem das Sagradas Escrituras, este livro nos proporciona uma perspetiva em relação ao nascimento do Salvador. A genealogia culmina no teocrático rei David, a quem se lhe promete que da sua linha genealógica viria o Messias. Isto ocorre com a inclusão duma mulher de descendência moabita.

O livro de Rute segue ao livro de Juízes, porque foi neste período que é retratada esta história. Não se conhece o autor deste livro. Possivelmente o autor conhecia o esplendor do reinado de David, e também o conhecimento de toda a genealogia daqueles que precederam ao rei David.

Se bem certo todo começou com um homem, Abraão, e da sua descendência surgiu um povo numeroso como as estrelas do céu, Israel, Deus não se limita só a usar pessoas unicamente desse povo.

Na Bíblia encontraremos retratados casos de pessoas que não eram hebreias, nem faziam parte do povo escolhido por Deus, mas que se tornaram instrumentos, veículos, pelos quais Deus realizou seus propósitos. Deus é Soberano e Ele usa a quem quiser, como foi o caso de Rute, de quem posteriormente veio David e da sua linhagem veio o Messias, Jesus Cristo.

A maioria das pessoas que fazem parte da igreja de Cristo, não são judeus de nascença, alias, a maioria dos judeus nos dias de hoje, não reconhecem a Jesus Cristo como o Messias tão esperado. Nós, como gentios, que um dia ouvimos o evangelho e acreditamos de todo coração, nascemos de novo e isso nos levou a tornar-nos parte do Corpo de Cristo e Deus dá-nos o privilégio de participar da sua obra.

Rute, como moabita, inimigos naturais de Israel, tornou-se uma bênção para o povo israelita. Assim também nós, que antes eramos inimigos de Deus, por causa do pecado, agora está-mos reconciliados com Ele, por causa do Seu filho, Jesus Cristo. Agora, somos instrumentos nas mãos de Deus para que Sua Vontade seja feita aqui na Terra, como o é no céu.


Deus é Soberano para tomar um pagão ou pagã como nós e fazer-nos vasos de honra para Sua Glória. Amém!

pr. Carlos Arellano

07/11/2016

ISAQUE IV


Quando lemos a história de Isaque, há um verso que descreve que ele amava mais a Esaú porque era caçador e Rebeca, sua mulher amava mais a Jacó e este era mais simples, ocupava-se mais nas coisas domésticas. Jacó apreendeu a cozinhar com sua mãe, e um dia quando Esaú voltava da caça, encontrou com um guisado preparado recentemente e apeteceu-lhe comê-lo. Jacó aproveitou a oportunidade para dizer-lhe que compartia esse guisado, se Esaú lhe passava sua primogenitura, o qual aceitou, porque a fome era grande e não lhe interessou, não pensou, naquilo que estava a fazer.

Um dia, a mãe Rebeca ouviu ao seu marido pedir a Esaú que caça-se um animal e lhe prepara-se um guisado para comer e Esaú prontificou-se para fazê-lo e depois seria abençoado pelo pai, antes que morre-se. Rebeca instruiu a seu filho Jacó de como podia enganar a seu pai e obter a bênção em vez de Esaú e assim o fez.

Isaque estava cego e não reconheceu a seu filho Jacó, que estava disfarçado e abençoou depois de acabada a ceia que lhe havia preparado. Quando Esaú voltou da caça e haver preparado o guisado para o pai, descobriu que o irmão o havia aldrabado e havia sido abençoado em vez dele. Ficou aborrecido e jurou matar a seu irmão e Jacó instruído pela mãe teve que fugir para salvar sua vida.

Isaque tinha seu favorito e Rebeca também tinha seu favorito, e se bem certo a Bíblia não dá muitos detalhes, aqueles que estão escritos são suficientes para entender que havia uma rivalidade entre ambos e não eram muito próximos. Esaú é o típico filho que não valoriza o que tem e parte do princípio que porque é o primogênito é um fato adquirido, mas na hora da verdade, trocou sua primogenitura por um prato de guisado. Jacó não sendo o primogênito, lutou por adquirir a bênção do pai, muito importante naquela cultura oriental e não lhe importou mentir ao próprio pai com tal de adquirir-lha a tudo custo.

Jacó conseguiu a bênção, mas custou-lhe o exilio. Esaú perdeu a bênção e isso tornou um homem amargo e violento. Nenhuns dos dois irmãos eram melhor um do outro. Cada um cometeu atitudes incorretas, cada um deles foi criado por um pai e uma mãe que tinham suas preferências, Isaque preferiu a Esaú e Rebeca preferiu Jacó.

Quando existe favoritismo, sempre haverá rivalidades, interesses egoístas, ambição pelo poder e tantas outras coisas, até desejar a morte do próprio irmão.

Como pais, no caso de ter vários filhos, deve-se procurar um ponto de equilíbrio, se bem certo cada pai ou mãe pode ter uma maior afinidade com algum dos seus descendentes, isso em si não é mau, o problema está quando se quer impor sua preferência em detrimento dos outros, isso provocará dor e divisão no seio da família, como aconteceu na família de Isaque.

A Bíblia disse que Deus amou mais a Jacó que a Esaú, não diz que aprovou sua conduta aldrabona, senão pela sua busca da bênção, de querer o favor do pai, apesar de não ser o primogénito. Deus não se agradou de Esaú, porque desprezou voluntariamente sua primogenitura e amou mais o pecado e a desobediência.

Devemos procurar a bênção de Deus com todas nossas forças, mas não é necessário fazer trafulhices ou tomar atalhos para obter-lha, sejamos corretos e sinceros na nossa busca de Deus e da sua aprovação.

pr. Carlos Arellano

04/11/2016

OS LIVROS DA BÍBLIA: JUÍZES


O título do livro dos Juízes foi provavelmente sugerido em base ao versículo 16 do segundo capitulo, que disse: “E levantou o Senhor juízes, que os livraram da mão dos que os roubaram.”

Os juízes eram pessoas cheias do Espírito Santo que em épocas de emergência nacional, conduziam o povo a guerra e trás libertar-lhos da opressão estrangeira, continuavam dirigindo os destinos da nação no período de paz que se seguia. Exerciam as funções de magistrados militares e civis.

Após o convite a duas tribos, para realizar uma ação conjunta, vários dos juízes prepararam o caminho para a união das doze tribos numa monarquia futura.

O livro dos Juízes contém a história dos treze juízes que governaram a Israel desde a morte de Josué até a época de Eli e Samuel. È possível que alguns dos juízes governaram simultaneamente em distintas regiões da terra. O período que abrange o livro dos Juízes é aproximadamente de 400 anos.

O livro dos Juízes é valioso pelas provas históricas que presenta sobre o desenvolvimento da religião de Israel durante os primeiros anos da conquista. O livro abrange períodos de transição que iniciam-se com a vida incerta e desintegrada das tribos, até a organização duma federação que finalmente culminou na formação da monarquia. As lutas intestinas das diversas tribos, com seus problemas individuais, no meio duma população estrangeira, observa-se com mais claridade nos Juízes que no Pentateuco ou Josué.

Apesar de que os profetas posteriores fizeram uma chamada mais vigorosa a consciência do homem, o livro dos Juízes nos presenta uma filosofia da história que demanda a atenção do crente moderno. O descuido das ordenanças do Senhor e a adoração de deuses falsos conduzem ao castigo, enquanto o arrependimento sincero proporciona o favor divino. O fato de que Deus trata com a nação em relação a sua atitude para com as leis morais divinas, merece nossa consideração.

Há várias sugestões sobre a autoria deste livro, a opinião mais aceitada é que foi Samuel quem escreveu este livro. Pensa-se que o escreveu depois de retirar-se da vida pública.

Hoje na igreja não temos juízes no sentido real da palavra, temos pastores que cuidam o rebanho do Senhor. É dever deles ensinar os Mandamentos e as Leis do Senhor para que sejam executadas pelo povo; por isso a importância dum estudo sério por parte da liderança responsável para que o ensino seja o mais apegado as verdades espirituais.

Quando o ensino bíblico é posto de lado e segue-se uma série de ideias humanas, filosofias e pensamentos próprios, o povo fica na ignorância e cada um faz o que quer, a sua maneira e o caos instala-se no seio da igreja de Cristo.

Os pastores não são postos para controlar ou manipular a mente dos crentes, senão para levá-los ao entendimento da vontade de Deus para suas vidas, isso envolverá tanto aos pastores como aos próprios crentes.

pr. Carlos Arellano

40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...