27/10/2017

LIVROS DA BÍBLIA: DANIEL


O livro de Daniel sempre nos círculos teológicos despertou interesse e também controvérsia. Seus leitores têm sido impactados com os relatos de heroísmo descritos nele, quando seus protagonistas enfrentaram épocas de perigo, como também consolo aos fiéis seguidores de Deus pelos relatos da Sua presença e bênção.

Os primeiros capítulos de Daniel relata certas experiencias destes jovens judios, Daniel e seus três amigos que faziam parte da catividade em Babilónia. Ao negar-se a ser atraídos pelo mundo pagão em que viviam e os perigos que os ameaçavam, sua fidelidade a Deus constitui a essência do drama. Sus libertações sobrenaturais, Daniel, do foso dos leões e Sadraque, Mesaque e Abed-nego do forno ardente, demonstram o amor e poder de Deus.

Nabucodonosor, orgulhoso e seguro na sua conduta despótica é humilhado até que reconhece que a providência de Deus governa até a vida do monarca. O terrível pecado de Beltsasar, o rei que sucedeu a Nabucodonosor, sua arrogância, provocou a sua derrota.

As visões proporcionadas no livro de Daniel seja aos governantes pagãos ou a Daniel mesmo, são consideradas pela maioria dos estudiosos da Bíblia como uma visão futura dos últimos dias. As profecias dos quatro reinos e do quinto grande reino, o reino de Deus, são uma descrição da história da humanidade. Os quatro reinos formaram-se segundo a profecia e o quinto espera o seu cumprimento na segunda vinda de nosso Senhor.

Os grandes temas da profecia de Daniel são assunto vital para a igreja na atualidade: a apostasia do povo de Deus, a revelação do homem de pecado, a tribulação, a segunda vinda, o milénio e o dia do juízo. Ao abrir o livro de Daniel, nos vemos confrontados com uma interpretação da história que não somente tem-se cumprido em grande parte, senão que cumprir-se-á totalmente. É esta segurança que faz com que o livro de Daniel seja de vital e significativa importância nesta época que vivemos.

Não importa qual seja a circunstância que estejas a atravessar nesta época da tua vida. O mundo vive tempos perigosos e não existe lugar seguro em parte alguma. A única e real segurança está em Deus, ao qual fazemos bem em segui-lhe como o fizeram Daniel e seus amigos. Em todo tempo permaneceram fies a Ele e foram preservados e honrados.

Governantes maus e soberbos continuam a existir e muitas vezes oprimindo ao povo com suas crenças totalmente contrárias aos valores de Deus. O cristão não deve deixar-se influenciar por elas, pelo contrário deve marcar a diferença, mantendo uma vida santa e imaculada no meio dum mundo corrupto. 

pr. Carlos Arellano

24/10/2017

LIVROS DA BÍBLIA: EZEQUIEL


O livro de Ezequiel relata a atividade dum profeta durante o exilio em Babilónia. Este profeta dirige sua mensagem a sus compatriotas cativos e também ao povo hebreu que residia na Palestina.

Ambos grupos permaneceram obstinados e impenitentes depois da captura de Jerusalém, realizada pelo rei babilónico Nabucodonosor e do exilio de Joaquim, rei de Judá, junto com uma considerável parte da população no ano de 597 AC. Deus assignou a Ezequiel a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e profetiza a destruição de Jerusalém e a deportação de um número maior de pessoas.

Seis anos depois de haver começado Ezequiel a pregar, suas palavras cumpriram-se. No ano de 586 AC, Nabucodonosor destruiu a Jerusalém e levou cativos a quase todos os sobreviventes a Babilónia. Porém, apesar da infidelidade de Israel, Deus mostrou-se misericordioso. Lhe foram dadas instruções a Ezequiel a fim que proclamasse as boas novas de que o exilio acabaria e que Israel recuperaria sua posição de instrumento da salvação de Deus para todos os homens.

A forma mediante a qual o livro de Ezequiel apresenta esta mensagem de juízo e de promessa o distingue dos outros livros proféticos do Antigo Testamento. Seu primeiro rasgo distintivo o constitui sua organização sistemática do conteúdo. Os primeiros 24 capítulos apresentam a acusação e condenação de Israel, com uma aterradora consequência. Esta perspetiva de juízo fica compensada na última seção, capítulos 33 a 48, com uma apresentação dum futuro brilhante que Deus tem reservado para seu povo.

Entre estas seções se encontra uma série de discursos dirigidos a nações estrangeiras, as quais tem um aspeto duplo: pronunciam o juízo e castigo sobre os vizinhos malvados de Israel, porém, a destruição dos inimigos de Israel constitui também uma segurança de que não poderão obstaculizar o cumprimento da promessa de Deus de redimir e restaurar a seu povo prometido.

Outro rasgo distintivo do livro de Ezequiel é a virtude de que não só expressa a ameaça, senão também a promessa. Abunda em visões misteriosas, ousadas alegorias e estranhos atos simbólicos.
Estas formas da revelação divina ocorrem com mais frequência aqui que em qualquer outro livro profético e estão apresentadas mediante uma riqueza de detalhes descritivos. As visões em particular são bizarras, quase grotescas em sua forma, e, por tanto, difíceis de interpretar.

Porém, o significado básico do livro de Ezequiel não escapará ao leitor se tem em conta que a glória de Deus e suas ações de juízo e salvação são apresentadas numa linguagem e forma simbólicas. Tudo tem como objetivo trazer a certeza de que Deus leva sempre em frente seu plano de salvação para todos os homens.

Há passagens nas Escrituras que podem levar-te a ficar perplexo e possivelmente não compreendes seu significado na sua total plenitude. Mas, uma certeza deve ter quando se aproxima da Bíblia com fé e expectativa de que Deus fale. Aquilo que Deus quer que entendas e que contribua para crescer no conhecimento Dele, o entenderás.

Pode haver algumas coisas que não entendamos seu significado, mas isso não deve ser motivo de confusão. Vivamos e pratiquemos o que entendemos.

pr. Carlos Arellano

19/10/2017

LIVROS DA BÍBLIA: LAMENTAÇÕES


O livro de Lamentações contém um tema principal: os sofrimentos que Jerusalém atravessou quando o rei Nabucodonosor capturou a cidade no ano 568 AC. Numa série de elegias o autor expressa sua dor inconsolável pela agonia e angústia da cidade.

O primeiro lamento descreve e explica as aflições de Jerusalém em linhas gerais. O segundo descreve o desastre com maiores detalhes. Destaca que a destruição da cidade é um juízo divino sobre o pecado.

Alguns fatores fundamentais deste juízo são esclarecidos no terceiro lamento. O quarto descreve algumas lições que Jerusalém aprendeu por causa do juízo. O quinto e último lamento, que é mais propriamente uma oração, descrevem de que maneira Jerusalém, a raiz dos seus sofrimentos, lançou-se a procura da misericórdia divina, esperando que Deus de novo seja misericordioso para com Israel.

Posto que as Lamentações de Jeremias ocupam-se do sofrimento como castigo sobre o pecado, muitos crentes tem encontrado neste livro a linguagem da confissão, humilhação e invocação a ajuda de Deus.

A desobediência, a rebelião, a teimosia, o pecar constantemente fazendo o que desagrada a Deus, trará consequências na vida de qualquer crente, seja ele novo ou que já ande muitos anos no cristianismo.

Justamente a salvação em Cristo foi e é para libertar-nos do pecado e todo o sofrimento que ele produz. Pecar pode trazer um certo prazer, mas depois de cometido, virá o remorso e a consciência que acusa. Alguns fazem ouvido surdo, achando que não faz mal e que Deus compreende, como se fosse aceitar essa condição em nós como algo natural. Pelo contrário, um cristão que permite o pecado em sua vida e não se arrepende, sofrerá juízo de Deus, disciplina de Deus.

A Bíblia disse que Deus castiga, disciplina a quem ama e se somos filhos ou filhas Dele, então, tratará com aqueles que decidem fazer as coisas a sua maneira, como se ainda estivessem vivendo sem Deus.

A obediência é premiada, o pecado não. Não vivamos como cristãos pensando que podemos viver pecando como se nada fosse a acontecer. Por isso, a Bíblia mostra-nos o livro de Lamentações para ensinar-nos, como um povo que tinha ao Deus do Universo como seu Deus, o ignorou e o único que colheram foi sofrimento.

Não façamos da nossa vida cristã um Lamento!

pr. Carlos Arellano

12/10/2017

LIVROS DA BÍBLIA: JEREMIAS


O ministério de Jeremias durou mais de quarenta anos, estendeu-se desde o ano 625 AC até o ano 586 AC, quando Judá deixou de ser um estado.

Passaram-se mais de 50 anos de apostasia religiosa sob o domínio de Manasses, depois foi seguido de uma reforma religiosa sob o governo de Josias. Jeremias apoiou a reforma com entusiasmo até que reparou que nem isso mudava o coração do povo. Dois anos depois da morte de Josias, a batalha de Carquemis, consolidou o domínio babilónico sobre a Ásia Ocidental.

Desde essa época, Jeremias apelou ao submetimento a Babilonia, porém sem êxito. A raiz da administração dos quatro últimos monarcas de Judá, dos 21 anos de apostasia religiosa e a debilidade politica, foi inevitável a queda de Jerusalém e como consequência o exilio.

A penosa circunstância sob a qual trabalhava Jeremias e o extraordinário auge da idolatria havia substituído a verdadeira adoração ao Deus vivo. A se mesmo, a angustia espiritual de Jeremias era provocada pela apostasia que atravessavam. Sem embargo, não era um homem pessimista. Era mas bem um guerreiro de Deus que exercia as funções de atalaia e testemunha.

O capítulo 1 descreve o chamado de Jeremias ao ministério profético. Os capítulos 2 ao 13 revelam-nos as condições nas quais profetizava, enquanto os capítulos 14 ao 33 revelam sua consciência de Deus e sua comunhão com Ele. Isto leva-o a emergir como atalaia e testemunha de Deus.

Nos oráculos de Jeremias, Deus, o Governante moral do mundo, é o Deus dos pactos de Israel. Mediante Israel, procurou cumprir seus fins morais. Em realidade, o adultério, por assim dizer, do reino setentrional com os baales, obrigou a Deus a dar carta de divórcio, é dizer, envia-los ao exilio, Judá, o reino meridional, não apreendeu nada com a lição de Israel. Pior ainda, superou a Israel por meio de práticas de impureza sexual, rejeitando as acusações de infidelidade religiosa. Por tanto, Deus teve que castigar-lha.

O arrependimento poderia ter postergado os trâmites de divórcio (exilio) apesar de seus adultérios, já que a graça de Deus estava a seu alcance. Porem, a imoralidade estava tão arraigada em Judá, que não corrigiram-se. Gradualmente desapareceram as virtudes sociais. Nem os sacrifícios, rituais, puderam substituir o arrependimento e a justiça. A espantosa pecaminosidade de Judá mostrava que o pecado devia se congénito, por conseguinte, inábeis moralmente. Esse pecado nascia duma natureza pecaminosa. O juízo e o exilio eram inevitáveis. Porém o exilio não era a palavra final.

Um remanescente retornaria para viver sob a administração messiânica, num ambiente de segurança religiosa e social. O justo governo do Messias, sobre um povo reto, contribui para explicar a doutrina do novo pacto de Jeremias. A gente seria justa porque seu coração seria renovado: obedeceriam as leis de Deus de todo coração, espontaneamente. O novo pacto, assegurando o perdão e uma dinâmica moral interior, transcenderia o legalismo do antigo pacto. Finalmente, mediante o sacrifício e morte de Cristo e a manifestação regeneradora do Espírito Santo, o novo pacto converteu-se em realidade.

Maranata! Vem, Senhor!

pr. Carlos Arellano

06/10/2017

LIVROS DA BÍBLIA: ISAÍAS


Isaías é conhecido como o profeta-evangelista, porque apresenta-nos uma exposição ampla e clara do evangelho de Jesus Cristo, nas páginas do Antigo Testamento. Muito similar em relação a epístola dos Romanos do Novo Testamento.

Isaías faz um compêndio das grandes doutrinas da era pré-cristã e ocupa-se de quase todos os pontos cardinais da teologia. Faz um ênfase especial da doutrina de Deus, sua omnipotência, sua omnisciência e seu amor redentor. Em oposição aos deuses imaginários dos pagãos adoradores de ídolos.

Deus revela-se como o verdadeiro Deus, o Soberano Criador do Universo, que ordena todos os acontecimentos da história segundo seu plano mestre. Mediante a demonstração da sua autoridade e a inspiração da sua Palavra, cumpre maravilhosamente as predições pronunciadas já desde muito tempo atrás pelos profetas. Ele é o sustentador da lei moral, que traz juízo a todas as nações ímpias dos pagãos, inclusive as mais ricas e poderosas delas, e as reduz a um montão de cinzas eternamente, enquanto seu povo escolhido vive para glorificar seu Nome.

É, por sobre todas as coisas o Santo de Israel, a quem Isaías apresenta como o Senhor que o inspirou a que profetizara. Na sua qualidade de Santo, requer por cima de toda formalidade da adoração através de sacrifícios, o sacrifício vivo duma vida piedosa. Para conseguir este fim, apresenta as persuasões mais vigorosas dirigidas a consciência do seu povo, tanto na forma de advertências e chamados proféticos, como as ameaças de castigo desenhadas para levá-los ao arrependimento.

Porém, Deus apresenta-se como o Santo de Israel, inalterável na sua obrigação para com o povo de seu pacto, ao qual garante estender sua misericórdia, quando se arrependam de todo coração, perdoando-os e libertando-os dos seus inimigos. Está disposto a resgatar-lhos dos assaltos dos seus arrogantes opressores e restituí-los da escravidão e do exílio, novamente a Terra Prometida.

Apesar de todo isso, os crentes israelitas, educados segundo os ensinos do Antigo Testamento e gozando de privilégios incomparáveis de acesso a Deus, mantém sua conduta pecaminosa, não se importando com o que Deus diga ou pense. Sua libertação final só pode proceder do Salvador, o Messias divino e humano.

Este Emanuel, nascido duma virgem, estabelecerá Seu trono como monarca sobre toda a Terra e porá em vigor as demandas da santa lei de Deus, ao estabelecer a paz universal, a bondade e a verdade sobre todo o mundo. Sem embargo, este Messias soberano alcançará o triunfo somente como Servo de Jeová, rejeitado e desprezado pelo seu próprio povo, apresentando seu próprio corpo como expiação pelos pecados deles. Mediante o sofrimento e a morte, libertará a alma, não somente dos verdadeiros crentes do Israel nacional, senão também de todos os gentios de terras distantes que abram seu coração para receber a verdade. Tanto os judeus como os gentios formarão um rebanho de fé e se constituirão súbditos felizes de seu reino milenar, que está destinado a estabelecer o governo de Deus e assegurar a paz de Deus sobre toda a Terra.

Nós não temos que ser como os judeus da época de Isaías que rejeitaram a mensagem de salvação e que os levou a ruína e calamidade, nem tampouco temos que ser como aqueles que viram a Jesus em pessoa e no fim o crucificaram e hoje suas vidas estão destinadas a total condenação.

Se nos arrependemos e recebemos a salvação de Deus em Cristo Jesus, gozaremos nesta Terra e na Eternidade sua amizade e presença por todo sempre!

pr. Carlos Arellano

40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...