31/05/2017

JACÓ XII

Jacó teve duas mulheres. Leia, a irmã mais velha e as duas servas destas deram-lhe filhos, menos a mulher que amava, Raquel, a irmã mais nova, esta não conseguia engravidar.


Deus ouviu o clamor de Raquel e concedeu-lhe um filho, José. Mais tarde, ficou gravida novamente do último filho de Jacó, Benjamim. Para estes tempos, aconteceram algumas situações tristes, mas que fazem parte da vida, a morte de seres queridos.

Jacó enfrentou a morte de três pessoas: Debora, a ama de Raquel, que estive com ela desde que nasceu e acompanhou-a depois de casada. A própria Raquel, a esposa amada de Jacó, faleceu na hora de dar a luz a Benjamim, já que se encontrava frágil de saúde e por último o pai de Jacó, Isaque também faleceu.

Cada um destas personagens teve 
sua parte na história desta família dentro dos propósitos de Deus, que era dar inicio a formação dum povo incontável como as estrelas do céu. Assim como o nascimento duma criança traz alegria a uma família e especialmente aos pais, a morte já não produz assim tanta alegria, pelo contrário, há dor pela separação, a perda dum ser querido.

Jacó a semelhança de a maioria dos crentes verdadeiros em Deus, sabia que esses seres queridos que morreram e em vida mantiveram uma fé viva no Deus verdadeiro, se reencontraram novamente na morada celestial.

O apóstolo Paulo escrevendo aos crentes em Tessalonica, recomendou a eles, para que não ficassem tristes demais pelos crentes que morressem em Cristo, porque a seguir a sua partida deste mundo, vão ao encontro de Deus, permanecendo na sua presença.

Quando alguém que não é crente em Cristo e morre sem salvação, a morte é um mistério e confusão, porque não tem certeza para onde vai, e seus familiares e amigos incrédulos, ficam com a mesma incerteza e confusão, ficando desconsolados e sem esperança e muitas vezes enganando-se a se mesmos com ideias absurdas e sem base bíblica.

Um dia quando estejamos na glória, encontraremos a Abraão, Isaque, Jacó e muitos outros, dos quais lemos na Bíblia. Também acontecerá que alguns que foram retratados nas páginas da Bíblia não estarão nesse lugar maravilhoso, por causa da sua desobediência, rebelião e rejeição de Deus.

Entendamos um princípio, somos peregrinos, passageiros por esta vida, assim como nascemos da união dos nossos pais, assim também um dia partimos desta vida. O problema da maioria das pessoas é que não se preparam para esse momento, que pode ser quando menos pensam. A morte chega e são apanhados desprevenidos e já não há mais oportunidade para reconciliar-se com Deus.

Hoje é o dia de salvação! Estás vivo, viva? Aceita a Cristo como Senhor e Salvador e viverás por todos sempre! Amém!

pr. Carlos Arellano

30/05/2017

JOSUÉ


Josué foi um grande líder do povo hebreu e aquele que o conduziu através do Jordão até à Terra Prometida, Canaã, e nesta abriu caminho e expulsou os seus habitantes, cimentando a ocupação da Terra.

Tendo como nome de nascimento Oseias, Moisés mudou-lhe o nome para Josué (Deus é a Salvação) quando integrou a expedição dos 12 espias à Terra Prometida, ordenada por Deus (Números 13:1-16).

Sucedeu a Moisés, do qual foi seu cooperador, desde que saíram do Egipto, até à morte do grande líder Moisés às portas de Canaã, e muito próximo de Moisés foi, de tal forma que ele foi a única pessoa autorizada a subir com Moisés ao Monte Sinai. 

Moisés sabia que não iria entrar na Terra Prometida, mas mesmo assim soube transmitir a Josué tudo o que ele iria necessitar para liderar um povo de dura cerviz, aliás a razão que levou Moisés a descontrolar-se, desobedecer e a perder o direito de entrada em Canaã.

Josué assistiu a várias manifestações de desobediência e insubordinação do povo hebreu e sabia que não era fácil comandar este povo. 

Por isso Deus o animou e lhe fez promessas, as quais podemos relembrar no primeiro capítulo do livro de Josué, do versículo 1 ao 9. Aqui Deus repete por 3 vezes estas palavras: Esforça-te, e tem bom ânimo (verso 6), esforça-te e tem mui bom ânimo (verso 7) e Esforça-te, e tem bom ânimo (verso 9).

Deus replicou por 3 vezes a Josué, estas duas características que devem ser parte integrante de todo e qualquer cristão; esforçado e com bom ânimo.

Deus disse-lhe mais no versículo 8: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.”

Isto é uma promessa para todos quantos obedecerem à lei de Deus, pois assim terão prosperidade e sucesso, não sem luta com certeza, mas tudo nesta vida tem luta e ninguém entra no Reino dos Céus sem luta e esforço (Mateus 11:12), assim falou Deus a Josué.

Josué é um exemplo a seguir por todo e qualquer cristão, até o seu povo, depois de ouvir estas recomendações, respondeu a Josué no verso 18, reconhecendo-o e animando-o como o seu líder: “Tão-somente esforça-te, e tem bom ânimo.”

Josué precisava de ouvir estas palavras de consolo, quer de Deus, quer do seu povo, pois a perda do seu “pai” espiritual, Moisés, deveria ter sido dolorosa.

Aliás bom ânimo foi o que não faltou a Josué e Calebe, 39 anos antes, no relatório que foi feito a Moisés e ao povo hebreu da terra que manava leite e mel, os 2 únicos espias dispostos a entrar animosamente em Canaã, após terem regressado da sua incursão de 40 dias, onde tiveram o privilégio de ver e pisar a terra que Deus já tinha prometido a Abraão e da qual trouxeram frutos como uvas, romãs e figos.

Todo e qualquer líder deve transmitir ao seu sucessor todos os segredos e conselhos úteis, e Moisés fez isso. Josué herdou muitas boas características de Moisés.

Teria Josué cerca de 76 anos quando assumiu o comando do povo de Deus e o fez passar a pé enxuto o rio Jordão, fazendo-o entrar no cumprimento da promessa. Jericó e Ai, foram apenas a primeiras cidades-estado a serem tomadas nesta conquista da Terra da Promessa.

Josué morreu com 110 anos, mas a sua vida não seria nada se não confiasse em Deus. Assim o façamos nós também.

Que Deus vos Abençoe com as Bênçãos Celestiais

Fernando Pinho

26/05/2017

LIVROS DA BÍBLIA: DANIEL



O livro de Daniel nunca deixou de despertar interesse e provocar controvérsia nos círculos teológicos. Ao mesmo tempo, tem cativado aos leitores com relatos de heroísmos em épocas de perigo crítico e tem consolado multidões de fiéis seguidores de Deus, ao ler os comovedores relatos retratados neste livro.

Os primeiros capítulos do livro de Daniel relatam as experiencias deste e de seus três jovens amigos, que faziam parte dos cativos de Judá. Ao negar-se a ser atraídos pelo mundo pagão em que viviam e os perigos que os ameaçavam por causa da sua fidelidade a Deus, resultou num drama que afetou suas vidas.

Suas libertações, Daniel do foso dos leões e seus amigos, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego do forno ardente, demonstram o poder e amor de Deus. Nabucodonosor, orgulhoso e seguro em sua conduta despótica, é humilhado até que reconhece que a providência divina governa até sua própria vida.

As visões proporcionadas no livro de Daniel, seja por parte dos governantes pagãos ou Daniel mesmo, são consideradas pelos estudantes da Bíblia como uma visão da história até os últimos dias. As profecias dos quatro reinos e do quinto reino, o reino de Deus, revelam que através da história, os quatro primeiros reinos já formaram-se segundo a profecia e o quinto espera seu cumprimento na segunda vinda do Senhor Jesus Cristo.

Os grandes temas da profecia de Daniel são assuntos de vital importância para a igreja na atualidade: a apostasia do povo de Deus, a revelação do homem de pecado, a tribulação, a segunda vinda, o milénio e o dia do juízo. Ao abrir o livro de Daniel, nos enfrentamos não somente com fatos que já sucederam na história, senão também, com fatos que hão-se suceder. Isso faz com que este livro seja de vital importância para esta época.

Cada dia que passa nos aproxima mais dos acontecimentos descritos no livro de Daniel. Hoje você está mais perto disso que ontem.

Colocar nossa fé e expetativa nos governos dos homens, onde cada vez descobrem-se sus corrupções, onde aqueles que foram exaltados uma vez pelos seus logros e façanhas políticas e económicas, para descobrir logo que estavam envolvidos em esquemas fraudulentos, seria uma torpeza e ingenuidade da nossa parte pôr a nossa confiança de maneira cega nos homens.

No livro de Jeremias encontramos a advertência de não pôr a nossa confiança e esperança no homem, pelo contrário, em Deus, o qual está acima de todo governo humano. Nossa expetativa como cristãos é esperar a manifestação do Reino do Justo, o qual voltará para reinar com Justiça e Equidade.

Como Daniel, nós também estamos sujeitos aos esquemas dos governos e governantes que abusam do poder delegado sobre eles. Abusando do povo e nalguns casos oprimindo e perseguindo aos cristãos, como foi o caso de Daniel e seus três amigos. O testemunho deles deve servir de exemplo e imitação a nós como cristãos do século XXI, a não vender a nossa alma a nenhum interesse mundano, pelo contrário, conservar-nos santos e sem mancha até o dia de Cristo.

pr. Carlos Arellano 

24/05/2017

LIVROS DA BÍBLIA: EZEQUIEL


O livro de Ezequiel relata a atividade dum profeta durante o exilio em Babilonia. Este profeta dirige a sua mensagem a seus patrícios cativos e também ao povo hebreu que residia em Palestina.

Ambos grupos permaneceram obstinados e impenitentes apesar da captura de Jerusalém, realizada pelo rei babilónio Nabucodonosor e do exilio de Joaquim, rei de Judá, junto com uma parte considerável da população. Deus assignou a Ezequiel a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e profetizar a destruição de Jerusalém e a deportação de muitos.

Seis anos depois de Ezequiel ter começado a pregar, suas palavras cumpriram-se. No ano 586 AC, Nabucodonosor destruiu Jerusalém e levou cativo a quase todos os sobreviventes. Porém, apesar da infidelidade de Israel, Deus mostrou-se misericordioso. Foram dadas instruções a Ezequiel a fim de que proclamara as boas novas de que o exilio acabaria e Israel recuperaria sua posição de instrumento de salvação de Deus para toda a humanidade.

A forma mediante a qual o livro de Ezequiel presenta esta mensagem de juízo e de promessa o distingue dos outros livros proféticos do Antigo Testamento. O primeiro rasgo distintivo o constitui sua organização sistemática do conteúdo. Os primeiros 24 capítulos apresentam a acusação e condenação de Israel, com aterradoras consequências. Esta perspetiva de juízo é aliviada com a apresentação sobre o futuro brilhante que Deus tem reservado para seu povo e são descritos a partir do capítulo 33 até o 48. Entre o 25 e o 32 encontramos uma série de discursos dirigidos as nações estrangeiras, os quais tem um aspeto duplo: pronunciam o juízo e castigo sobre os vizinhos malvados de Israel, porém a destruição dos inimigos de Israel constitui também uma segurança de que não poderão obstaculizar o cumprimento das promessas de Deus de redimir e restaurar a seu povo.

Outro rasgo distintivo do livro de Ezequiel é que abunda em visões misteriosas, ousadas alegorias e estranhos atos simbólicos. Estas formas da revelação divina ocorrem aqui com mais frequência que qualquer outro livro, escritos com muitos detalhes. As visões em particular são bizarras, quase grotescas em sua forma, portanto difíceis de interpretar.

Sabe-se pouco de Ezequiel e a diferença com seu contemporâneo Jeremias, e que era casado, mas a sua mulher faleceu no meio da sua missão profética.

No meio de tantas notícias más que ouve-se e lê-se diariamente, pode-se também ouvir as boas notícias de parte de Deus para com os homens. Aqueles que já aceitamos a salvação em Cristo Jesus, estamos a realizar a nossa tarefa profética de anunciar o evangelho e apesar que o destino dos homens e mulheres sem Deus é triste e que este mundo tal como o conhecemos um dia acabará, Deus promete a todos os seres humanos que haverá um céu novo e uma terra nova e existe a possibilidade de viver eternamente com Ele e desfrutar de todo o preparado por Ele para seus filhos.

Só torna-se real na tua vida, se reconheces tua condição de pecador e arrependes-te do teu pecado, e aceitas a obra salvífica realizada por Jesus Cristo na cruz do calvário. Então, o futuro triste e sem esperança do incrédulo, nunca te atingirá.

pr. Carlos Arellano

23/05/2017

A MULHER DO FLUXO DE SANGUE


Enquanto caminhavam, uma mulher veio por trás e tocou-lhe, porque havia doze anos que tinha um mal que a fazia perder sangue, não conseguindo encontrar cura, embora tivesse gasto tudo o que tinha com médicos. E eis que no momento em que lhe tocou na orla do manto, a perda de sangue estancou.

“Quem me tocou?”, perguntou Jesus. Todos negaram, e Pedro acrescentou:

“Mestre, são tantos os que te apertam de todos os lados!”

“Não, alguém me tocou de propósito, porque senti sair de mim poder curativo.”

Dando-se conta que não podia esconder-se, a mulher aproximou-se emocionada e caindo de joelhos diante dele, contou-lhe o motivo por que lhe tinha tocado, afirmando que já estava boa. “Filha”, disse ele! A tua fé te curou. Vai em paz.” LUCAS 8:43-48

Nada escapa a Deus!

Jesus por aqueles dias estava rodeado de multidões que o tocavam, apertavam e possivelmente lutavam entre si para estar próximo Dele. Estavam doentes, possuídos, aflitos e queriam uma solução do seu problema ou problemas e Jesus era tão distinto e o poder de Deus estava sobre Ele. As multidões o sabiam ou ficavam a saber e a fama de Jesus aumentava dia a dia.

Esta mulher retratada nesta passagem não foi a exceção, ficou a saber de Jesus, que tornou-se sua última esperança, já que a ciência daquele então não dava uma solução ao fluxo interminável de sangue, doze anos, vivendo uma vida miserável e sem futuro.

Ela acreditou que se tão-somente tocasse na orla do manto de Jesus seria curada e assim aconteceu. Sua fé salvou-a da sua condição deplorável. Mas, Jesus não foi indiferente ao poder curativo que saiu Dele a favor desta mulher. Poderia haver ficado em silêncio, no fim de contas a mulher já estava curada. Ele queria que houvesse uma restauração completa nela e não ficasse só numa cura mais, onde muitos eram curados e depois seguiam seu caminho sem entender quem verdadeiramente era Jesus, o Filho de Deus, o Messias enviado por Deus Pai.

Quem me tocou? E a mulher deu a cara e isto era importante porque traria para ela novamente dignidade, porque se não fazia isso, continuaria sendo para os outros, a impura e seria mais difícil demonstrar sua cura. Agora, diante de Jesus, seus discípulos e a multidão, ela foi restaurada como uma mulher digna e que merecia o respeito de parte dos seus semelhantes. Sua condição miserável ficou para trás, agora poderia viver uma vida normal e ainda por cima gozar da salvação da sua alma.

Tua fé te curou. Vai em paz!

pr. Carlos Arellano

18/05/2017

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS


O livro de Lamentações contém um tema central: Os sofrimentos que assolaram a Jerusalém, quando o rei Nabucodonosor capturou a cidade. Numa série de elegias o autor expressa sua dor inconsolável pela agonia e angústia da cidade.

O primeiro lamento descreve e explica as aflições de Jerusalém em linhas gerais. O segundo descreve o desastre com maiores detalhes. Destaca que a destruição da cidade é um juízo divino sobre o pecado. Alguns fatores fundamentais deste juízo são esclarecidos no terceiro lamento.

O quarto sublinha algumas lições que Jerusalém aprendeu pelo juízo. O quinto lamento e último (que é mais uma oração) descreve de que maneira Jerusalém, por causa dos seus sofrimentos, procurou a misericórdia divina, esperando que novamente Deus fosse misericordioso para com Israel, purificado agora, no crisol da aflição.

Posto que as lamentações de Jeremias ocupam-se do sofrimento como castigo sobre o pecado, o crente afligido, tem encontrado uma identificação com as palavras deste livro.

Praticamente o livro das Lamentações converte-se num suplemento do livro de Jeremias, que com tanta frequência profetizou uma catástrofe como a que descreve o livro de Lamentações.

Jeremias não adota uma postura de reproche em seu lamento, senão que somente se duele das aflições de Jerusalém e roga a Deus para que não a rejeite para sempre.

Nenhum pastor ou líder espiritual alegra-se com os sofrimentos causado por um crente ou congregação por causa da sua teimosia e desobediência, como foi o caso da nação de Judá e o sofrimento particular que os habitantes de Jerusalém passaram.

Não somente a pessoa que colhe as consequências da sua desobediência sofre, senão também aqueles que lhe rodeiam, sejam familiares, amigos e irmãos na fé. Não é o desejo de Deus executar disciplina na vida dos seus filhos, nem vê-los sofrer, pelo contrário, deseja que cada um dos seus filhos e filhas vivam a vida de liberdade que nos concedeu em Cristo Jesus, não para fazer o que queiramos, a nossa maneira ou permitindo pecados na nossa vida, senão que vivamos a vida que agrada a Deus. 

E se Deus vê-se na situação de enviar um juízo, a fim que a disciplina nos corrija, seja bem-vinda, porque ela, havendo um entendimento do que fizemos e um genuíno arrependimento serviram para uma restauração total e completa.

Não abusemos da misericórdia de Deus como o fizeram os habitantes de Judá, ignorando os avisos de Deus por meio do seu profeta Jeremias. Hoje, também há profetas!

pr. Carlos Arellano

16/05/2017

JACÓ XI


Depois dos acontecimentos terríveis provocados pelos filhos de Jacó, a destruição de todo um povo, Deus falou com Jacó para que voltasse a Bétel, o lugar onde lhe apareceu em sonhos e lhe revelou seus propósitos.

Jacó tinha uma família numerosa para estes tempos e pediu a todos eles para que se santificassem, para que entregassem cada ídolo que tivessem e assim fizeram. Jacó enterrou todo num lugar secreto que ele só sabia para que não fossem usados nunca mais.

Jacó tinha uma relação com Deus, mas não significava que todos a tivessem. Suas mulheres tinham muitos objetos idolátricos. A própria Raquel tinha roubado a seu pai Labão seus ídolos, sem Jacó sabe-lo. Tudo isso foi retirado do acampamento de Jacó, porque este entendia agora que o verdadeiro Deus não aceitava cultos a outros deuses e assim voltou a Bétel onde levantou um altar e ouviu a voz de Deus confirmando seus planos para com ele e os seus descendentes.

Na vida do cristão surgirão momentos especiais como Bétel, talvez não o chamaremos com esse nome, mas serão significativos, porque nessas oportunidades o Senhor revelará seu carácter e propósito para nós. Para que isso suceda tem que haver uma santificação, porque com o tempo sem querer acumulasse coisas que não são do agrado de Deus. Existe uma constante luta interior, entre o espírito e a carne com seus desejos egoístas que só procuram satisfazer o que ela quer.

Deus sempre nos levará a uma vida espiritual, a vida que agrada a Ele. Deus é Espírito e procura adoradores em espírito em verdade. Significado isso que nossa aproximação a Ele deve ser espiritual, deixando de fora todo o carnal e se tivéssemos pecado, deve estar acompanhado dum genuíno arrependimento. Por isso Jacó levou a sua família a separar-se de todo o que contaminava, porque Deus queria abençoar não somente a Jacó, senão também aos seus.

Deus ouve a um pecador? Deus ouve a um idólatra? Sim. Sempre e quando reconheça sua condição de pecador, separado Dele e reconheça também sua necessidade Dele. Por mais ídolos e atos religiosos que a pessoa acumule o faça, sejam imagens, fotografias ou amuletos religiosos, isso nunca o aproximará do Deus verdadeiro. Todo esse fervor religioso que nestes dias dominou a maioria dos católicos e não só, aqui em Portugal, pela visita do seu líder que veio para honrar a Fátima com todo o que isso implicou, rituais, cerimonias, etc. O único que fez, foi alimentar a ignorância, manter o culto mariano, elevar a santos a seres pecadores que nunca se arrependeram e indicar um caminho que nunca trará salvação a ninguém, nem a ele mesmo, pelo contrário é um cego guiando a cegos que acabarão cedo ou mais tarde na condenação eterna.

Queremos agradar a Deus? Deixemos a idolatria, enterremos esse passado e reconheçamos a Cristo, o Filho de Deus que levou sobre si o pecado da humanidade, a fim de abrir uma caminho para uma reconciliação com Deus e poder andar com Ele. Então, se haverá um Bétel, um lugar de encontro com Deus que durará para todo sempre.

pr. Carlos Arellano

12/05/2017

OS LIVROS DA BÍBLIA: JEREMIAS


O ministério de Jeremias durou mais de quarenta anos. Depois de mais de cinquenta anos de apostasia sob o governo de Manasses, seguiu-lhe uma reforma religiosa sob o governo de Josias. Jeremias apoiou a reforma com entusiasmo até que deu-se conta que o coração do povo não mudava.

Dois anos depois da morte de Josias, na batalha de Carquemis consolidou-se o domínio babilónico sobre Asia Ocidental. Desde essa época, Jeremias apelou pelo submetimento a Babilônia, porém sem êxito. A raiz da administração dos últimos quatro monarcas de Judá, dos 21 anos de apostasia religiosa e debilidade politica, foi inevitável a queda de Jerusalém e seu subsequente exilio.

As penosas circunstâncias sob as quais trabalhava Jeremias e o extraordinário auge da idolatria que havia substituído a religião revelada a Judá, são manifestamente claras nas profecias de Jeremias. Assim mesmo, a angústia espiritual de Jeremias é produzida por esta apostasia. Sem embargo, não era um homem pessimista. Essencialmente era guerreiro de Deus, porém um guerreiro que exercia também as funções de atalaia e testemunha.

Nos oráculos de Jeremias, Deus o Governante moral do mundo é o Deus dos pactos de Israel. Mediante Israel, procurou cumprir os fins morais. Na realidade, o adultério, por assim dize-lo, de Israel com os baales, obrigou a Deus a dar-lhe carta de divórcio, enviando-os ao exilio. Judá, não apreendeu da experiencia de Israel (reino do Norte). Pelo contrário, superou a Israel na comissão da impurezas sexuais, sendo que Judá rejeitou as acusações de infidelidade religiosa, levando a Deus a castigar-lhos.

O arrependimento poderia haver cancelado os planos de divórcio (exilio), apesar de seus adultérios. A graça divina estava disponível. Mas, infelizmente a imoralidade estava enraizada em Judá, que não quis corrigir-se. Pouco a pouco desapareceram as virtudes sociais. Nem os sacrifícios e os ritos puderam substituir o arrependimento e a justiça. O pecado estava inerente na sua natureza pecaminosa. O juízo e exilio eram inevitáveis, mas não era o fim.

Um remanescente retornaria para viver sob a administração messiânica, num ambiente de segurança religiosa e social. O justo governo do Messias sobre um povo reto. A gente seria justa porque seu coração seria renovado. Obedeceriam as leis de Deus de coração, espontaneamente. O novo pacto, assegurando o perdão e uma dinâmica moral interior, transcenderia ao legalismo do antigo pacto. Finalmente, mediante o sacrifício e a morte de Cristo, e a manifestação regeneradora interior do Espírito Santo, o novo pacto se converteria em realidade.

O coração do homem sem Deus é néscio, sempre quer ir por seu próprio caminho, colhendo as consequências da sua desobediência. Nenhuma obra humana tem a capacidade de regenerar um coração corrompido e muitos enganam-se a se mesmos, pensando que com uma religião externa é suficiente.

Necessitamos uma transformação que nasça de dentro para fora e só a obra do Espírito Santo em nós poderá produzir um verdadeiro fruto eterno. Fujamos do adultério espiritual, da hipocrisia duma religião externa, superficial e arrependamo-nos sinceramente de todo coração para que Deus realize uma obra transformadora em nós e através de nós.

pr. Carlos Arellano

11/05/2017

OS LIVROS DA BÍBLIA: ISAÍAS


Isaías é conhecido como o profeta evangelista, porque proporciona uma exposição muito ampla e clara do evangelho de Jesus Cristo, que encontra-se no Antigo Testamento.

Isaías serve de compêndio das grandes doutrinas cristãs da era pré-cristã e ocupa-se de quase todos os temas cardinais da teologia. Faz enfase especial na doutrina de Deus, sua omnipotência, sua omnisciência e seu amor redentor. Em oposição aos deuses imaginários dos pagãos e adoradores de ídolos. Deus revela-se como o verdadeiro Deus, o Soberano Criador do Universo, que ordena todos os acontecimentos da história segundo seu plano mestre. Mediante a demonstração da sua autoridade e inspiração da Sua Palavra cumpre maravilhosamente as predições pronunciadas já muito tempo atrás pelos profetas. Ele é o ordenador da lei moral, que traz a juízo a todas as nações ímpias dos pagãos, incluindo a mais ricas e poderosas e as consigna a um montão de cinzas eternas, enquanto seu povo escolhido vive para glorificar Seu nome.

É por sobre todas as coisas o Santo de Israel a quem Isaías o apresenta como o Senhor que o inspirou a que profetizara. Na sua qualidade de Santo requer que acima das formalidades da adoração mediante sacrifícios, seja o sacrifício duma vida piedosa. Para que isso aconteça, apresenta argumentos persuasivos e vigorosos dirigidos a consciência do seu povo, tanto na forma de advertências e chamados proféticos, como as ameaças de castigo desenhadas para levá-los ao arrependimento. Porém, como o Santo de Israel apresenta-se como fiel ao pacto feito com seu povo e manter-se-á fiel a suas misericórdias para com ele de perdoar-lhos, quando houve-se um genuíno arrependimento e libertar-lhos do poder dos seus inimigos. Está disposto a resgatar-lhos dos assaltos dos seus arrogantes opressores gentios, e restituir-lhos da escravidão e do exilio, a Terra Prometida.

Sem embrago, em analise final das coisas, até os crentes israelitas, educados segundo os ensinos do Antigo testamento e gozando dos privilégios incomparáveis do acesso a Deus, demostram ser pecaminosos e incapazes de salvar-se a se mesmos do mal. Sua libertação final só pode proceder do Salvador, o Messias divino e humano. Este Emanuel, nascido duma virgem, que é o poderoso rei mesmo, estabelecerá seu trono como monarca sobre toda a terra e porá em vigor as demandas da santa lei de Deus, ao estabelecer a paz universal, a bondade e a verdade sobre todo o mundo. Sem embargo este Messias soberano alcançará o triunfo somente como Servo de Jeová, rejeitado e desprezado por seu próprio povo, presentando seu sagrado corpo como expiação pelos pecados deles. Mediante o sofrimento e a morte, libertará a alma, não somente dos verdadeiros crentes do Israel nacional, senão também de todos os gentios de terras distantes que abram seu coração para receber a verdade. 

Tanto os judeus como os gentios formarão um rebanho de fé e se constituirão súbditos felizes do Seu reino milenário, que está destinado a estabelecer o governo de Deus e assegurar a paz de Deus sobra a terra.

Em relação a Isaías, filho de Amos, procedia ao parecer duma rica e respeitada família de Jerusalém, que também disfrutava uma relação íntima com a família real e com os mais altos funcionários do governo. Isaías depois de ser chamado por Deus e enviado, ordenou-se-lhe que pregara com intrepidez, inflexivamente, uma mensagem de advertência e denuncia contra seu povo, pela conduta impiedosa e idolátrica que este tinha, convocando a nação a um sincero arrependimento e reforma.

Como gentil cri no Messias profetizado por Isaías e agora vive dentro de mim. Você como judeu ou gentil, já creu Nele?

pr. Carlos Arellano

09/05/2017

O SERVO DO CENTURIÃO


Quando Jesus chegou a Cafarnaum, apareceu um oficial do exército romano que lhe pediu muito que fosse a sua casa e lhe curasse um rapaz seu criado que se encontrava de cama, paralítico e cheio de dores.

“Está bem, irei curá-lo.”

Mas o oficial disse: “Senhor, não mereço que entres na minha casa. Mesmo sem saíres daqui, se disseres: “Cura-te”, o meu criado ficará bom! Eu sei, porque eu também recebo ordens dos meus superiores e mando nos meus soldados. Digo a este: “Vai” e ele vai e aquele: “Vem” e ele vem; e ao meu criado: “Faz isto ou aquilo” e ele faz.

Jesus, muito bem impressionado, voltou-se para os que o seguiam e disse: “Ainda nem em toda a terra de Israel vi fé assim! E digo-vos que muitos não judeus, como este, virão de toda parte do mundo e sentar-se-ão no reino dos céus com Abraão, Isaque e Jacó, enquanto muitos israelitas, para quem aliás o reino foi preparado, serão lançados na escuridão exterior, no lugar de choro e lamentar de desespero.”

E voltando-se para o oficial romano.”Vai para casa. Aquilo em que tinhas tanta fé já se realizou.” O rapaz ficou curado naquela mesma hora. MATEUS 8:5-13

Todo tipo de pessoas se aproximavam de Jesus por motivos diferentes e Jesus não era indiferente a suas necessidades. Se bem certo Jesus veio aos seus, isto é, aos judeus, nunca fechou a porta a um estrangeiro que viesse a Ele.

O centurião romano aproximou-se com uma atitude importante e vital, fé, sem a qual é impossível agradar a Deus, porque a Bíblia disse que quando a fé está presente, ela traz para o crente em Deus recompensa, a reposta a sua necessidade. Deus conhece o coração dos homens e mulheres que aproximam-se Dele. Pode ser que não tenham um histórico religiosos e nem frequentem o lugar do culto, mas esse primeiro passo para se aproximar de Deus com fé torna-se o ponto de partida para uma vida transformada, não só para a pessoa em si, senão também para todos aqueles que fazem parte do seu círculo familiar ou de amizade.

O servo do centurião tinha um lugar em seu coração, por isso a preocupação de ter ir com Jesus para que o curasse.

Jesus elogiou a fé do centurião e a contrastou com a falta dela de muitos judeus que apesar de ter o privilégio de assistir a manifestação da glória de Deus na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, não acreditavam.

Para o centurião uma ordem dada por Jesus era suficiente. Para nós o fato de ter a oportunidade de ouvir o evangelho e o plano maravilhoso de Deus revelado nele: Enviar a Jesus para nos salvar, perdoando-nos e dando-nos a vida eterna, deve ser suficiente para crer e aceitar Seu amor na nossa vida.

Aprendamos do centurião romano. Uma palavra somente!

pr. Carlos Arellano

04/05/2017

OPOSITORES


A oposição faz parte da vida. Não existe ninguém que não tenha algum tipo de oposição que se levante para opor-se em seu caminho. Há pessoas que ficam paralisadas ante a oposição e param de caminhar em relação a seus objetivos; outras pelo contrário, a oposição torna-se um desafio que serve de estímulo para usar todas suas forças para enfrentar dita oposição e supera-la.

O cristão nascido de novo enfrentará oposição no seu caminhar e esta terá vários âmbitos. O primeiro será espiritual.

Um opositor declarado ante o cristão é o diabo, o adversário, que a Bíblia ensina que prepara astutas ciladas e estratagemas para que o cristão ceda ante a pressão ou tentação elaborada por ele e se desanime e se é possível se desvie do caminho ou o abandone. O diabo não trabalha sozinho, tem legiões de demónios que cooperam com ele em seu esquema de oposição a marcha da igreja. 

A Bíblia declara: “As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do Senhor” e também declara: “Maior é Aquele que está em nós que aquele que está no mundo”. Manda-nos também a Palavra: “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós”. Jesus venceu a Satanás com a Palavra escrita. Não pense que és o único no mundo que sofres oposição satânica. Nosso enfase deve ser dar lugar a Cristo, porque Ele o venceu na cruz do calvário e quando ressuscitou dos mortos não conseguiu reter-lho e com Cristo somos mais que vencedores.

Jesus também advertiu que nossos familiares, amigos, colegas e especialmente os religiosos poderiam tornar-se nossos opositores, querendo impedir nosso caminhar com Cristo. Muitos cristãos já morreram nas mãos de opositores que usaram o nome de Deus para travar o avanço da igreja e dos crentes em Cristo. Ninguém gosta de oposição e menos participar de conflitos com familiares ou amigos, que normalmente esperasse nos apoiem na nossa fé e caminhada com Deus. Não esqueçamos o que a Bíblia disse: “A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas”. Quando os homens decidem rejeitar a Cristo, também rejeitarão a todo aquele ou aquela que venha em seu Nome, não importa se são familiares, amigos, colegas. A presença dum cristão incomoda suas praticas opostas a vontade de Deus e alguns farão o que esteja ao seu alcance para apagar todo tipo de testemunho cristão.

Por último, um grande opositor e talvez o mais subtil: Nós mesmos! Tornamo-nos cristãos, mas ainda continuamos no nosso corpo mortal, o qual tornar-se-á num opositor em relação a nossa vida espiritual. A Bíblia chama-o da luta entre o espírito e a carne e recomenda-nos a não deixar que a carne, as obras da velha natureza prevaleçam sobre nossa vida no espírito. Jesus disse que o espírito está pronto, mas a carne é fraca, e devemos dar toda primazia ao espírito.

Nós não estamos sozinhos, o Espírito Santo habita dentro de nós e se estamos cheios Dele, dominará sobre nossa carne para que não façamos o que queiramos, senão aquilo que agrada a Deus.

A oposição satânica, das pessoas e da nossa própria carne é inevitável, mas com a ajuda do Espírito de Deus somos mais que vencedores em Cristo Jesus!

pr. Carlos Arellano

03/05/2017

DINÁ


Jacó teve doze filhos varões e uma só filha, Diná. Nas suas viagens chegaram a uma terra onde habitavam os filhos de Siquém. 

Diná como muitas jovens curiosas que querem conhecer coisas novas, saiu do acampamento e misturou-se no meio do povo de Siquém e o filho deste gostou dela e apaixonou-se até o ponto de seduzi-la e dormir com ela, acabando por dessorar-lha, coisa que era considerado algo vil e indigno para a família de Jacó.

O jovem quis reparar o feito e pediu a seu pai, que era rei de Siquém que chega-se a um acordo com Jacó para se casar com Diná, mas o mal já estava feito. Jacó e especialmente os irmãos de Diná ficaram aborrecidos e cheios de odio e vingança pelo que havia acontecido e ainda por cima Diná estava na casa de Siquém, porque este esperava chegar a um acordo com Jacó.

Os filhos de Jacó fizeram uma proposta a Siquém e ao filho, que se todos os varões realizassem a circuncisão, então, aprovariam o casamento de Diná. Jacó e a maioria dos filhos concordaram, mas dois filhos, Levi e Simeão tinham planos de vingança e quando os homens de Siquém estavam recuperando, entraram na cidade e mataram a todos eles e ficaram com todos os bens, meninos e mulheres e quando Jacó ficou a saber ficou apreensivo porque era forasteiro nessa terra e podia gerar vingança por parte dos aliados de Siquém.

Os filhos de Jacó justificaram sua conduta, baseando-se naquilo que havia passado com Diná. Aquilo que Hamor, filho de Siquém fez não foi correto, abusar da inocência duma jovem virgem e ingénua. Mas, aquilo que Levi e Simeão fizeram foi também algo maldoso e premeditado, enganaram, fingiram e mataram desalmadamente aproveitando-se da desvantagem física em que se encontravam os habitantes de Siquém.

Estas histórias estão narradas na Bíblia para ensinar-nos lições que nos ajudaram a evitar confusões na nossa vida. Deus tinha um plano com Jacó e sua descendência, só que os filhos deles, salvo o José e posteriormente Benjamim eram mais respeitadores dos princípios da vida que seu pai lhes ensinava; os outros irmãos e até a ingénua de Diná, faziam os que lhes apetecia e sofriam as consequências.

Deus revela-nos princípios de conduta para que os sigamos. Na vida cristã tomar atalhos ou desviar-nos seja a esquerda ou a direita do caminho do Senhor pode levar-nos a sofrimento.

Diná por curiosidade meteu-se em território perigoso e acabou sendo violada e ainda que Hamor e seu pai Siquém quisessem restaurar o erro, sofreram a retaliação. Os filhos de Jacó, Levi e Simeão, não passavam de violentos e usaram da sua argucia para se vingar daqueles que desonraram a irmã e até gente inocente sofreu com seu espírito vingativo.

Não sejas vencido do mal, senão vence o mal com o bem. Deus ensina-nos o bem, aquilo que é correto fazer segundo está registado nas Escrituras e essas normas devem ser postas em execução e assim evitar proceder na nossa própria força, porque no fim de contas só causaram estragos.

Que o mundo faça mal porque não tem Deus até certa forma é previsível, agora, cristãos fazer mal. Então, qual seria a diferença?

pr. Carlos Arellano

02/05/2017

JESUS VEIO PARA OS DOENTES


Seria bem complicado os crentes exercitarem sua influência positiva no mundo sendo totalmente isolados das pessoas que não seguem a Deus, não concordam? O próprio Jesus Cristo demonstrou essa realidade, pois teve encontros com os tipos de pessoas mais pecadoras e problemáticas da sociedade de sua época e nem por isso deixou de ser santo. (Pedro, Zaqueu, a mulher adúltera, o ladrão arrependido na cruz). Aliás, Jesus influenciou positivamente as pessoas com as quais se encontrou, e é exatamente isso que devemos fazer. Mas como fazer isso sem ter contato com essas pessoas?

Jesus foi encontrado por várias vezes almoçando com pecadores, curando leprosos, paralíticos, cegos, enfim, todos aqueles que são rejeitados pela sociedade. 
Os relatos na Bíblia são preciosos, pois mostram a humanidade das pessoas e a chegada de Jesus trazendo paz, força, consolo e socorro diante das mais diversas necessidades de cada uma.
Podemos ler em Mateus 9:10-13 um episódio em que os fariseus acusam Jesus de estar comendo com pecadores e Ele mesmo lhes responde que, “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.”

Mas esta ação de Jesus não contraria o Salmo 1? Não diz no Salmo “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”?

Há uma grande diferença entre estes pecadores, os quais procuravam Jesus para buscar consolo, perdão, cura e alívio, e aqueles que são referidos no Salmo, sendo estes os que não querem nada com Cristo, que zombam, maldizem e praticam atos condenáveis.

Nós fomos chamados a evangelizar, anunciar e fazer discípulos (Mateus 28:19), falar de Jesus, não impor uma doutrina, uma religião ou novas tradições.
Jesus disse aos seus discípulos em Mateus 5:13,14, “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;”
O sal impõe mudanças. O sal tempera alimentos, influencia o meio onde é inserido, segundo o versículo.
Embora a sociedade pós-moderna esteja notoriamente corrompida, é atribuição da Igreja investir-se da autoridade contida nos valores expressos no sal, e salgá-la com o objetivo de livrá-la do apodrecimento.
A palavra latina salário deriva de sal, tal era a importância deste produto, que era usado como meio de pagamento na antiguidade.
Também a luz impõe mudanças, onde brilha, não existem trevas, mesmo em nossas casas as lâmpadas são colocadas no teto para iluminar de forma mais eficiente.

Então assim deve ser o Cristão, influenciador e notório como o sal e a luz, não sendo camaleão disfarçado e anónimo, mas firme nos seus princípios, e não esquecendo que Salvação não é vacina, temos de Deus uma nova natureza, mas a velha continua ali, escondida, pronta para colocar as suas garras de fora.

O homem é um ser social, gosta de conviver, mas deve ter cuidado com as companhias. Não devemos ter preconceitos, mas devemos ter cuidado com as amizades. Isso significa que devemos sim estar abertos às amizades, mas não significa que todo o tipo de amizades será boa para o cristão. Existem amizades que podem ser muito prejudiciais à nossa vida e que devem ser evitadas ou muito bem avaliadas.
O cristão pode e deve ouvir, orientar e ajudar quem não é cristão, apresentando Jesus para essa pessoa, pois foi chamado para ser sal da terra e luz do mundo. Contudo, não deve aconselhar-se com quem não tem os mesmos valores e estilo de vida que ele, e especialmente com quem pratica a iniquidade e tem uma vida contrária à Palavra de Deus.
Lemos numa passagem em 1 Coríntios 15:33, ”Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.”, então o cristão deve ser cuidadoso e criterioso.

Assim como as amizades nos influenciam, também as coisas do mundo nos afetam; não podemos por exemplo, a pretexto de evangelizar, ir a uma discoteca ou ao carnaval, as pessoas que frequentam estes lugares podem ser encontradas na rua, no supermercado, no café, ou noutros lugares mais próprios.
João nos adverte na sua primeira epístola, capítulo 2:15 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.”

Não se esqueçam que somos Sal e Luz do mundo.

Que Deus vos possa Abençoar

Fernando Pinho

40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...