31/08/2017

ENOJO


Não é uma palavra que se use comummente, mas já a encontrei na Bíblia em relação a Deus ou alguém contra outra pessoa, também na literatura e nos jornais. Um significado simples é enfado, moléstia, especialmente quando é causado pela falta de obediência, de obrigação ou respeito.

Na Bíblia encontramos que Deus ficou enojado com Israel por causa da sua rebelião, murmuração e constantes desobediências a seus mandamentos. É o mesmo sentimento que muitos pais e mães têm quando os filhos em vez de obedecer e agradar a seus progenitores, lhes provocam tristeza e dor com suas desobediências.

Como pastores que cuidamos o rebanho e o acompanhamos através dos tempos, algumas vezes ficamos enojados, especialmente pela atitude que algum crente ou crentes tomam em relação a sua conduta cristã. Se cada cristão fosse consciente que Deus está presente em cada momento da nossa vida, que fazemos parte dum corpo, a igreja, e que nossas atitudes devem ser avaliadas constantemente para não ser tropeço a meu próximo, evitar-se-ia que surgisse o enojo.

O ser humano até sem querer irrita a seu próximo, por causa da sua natureza e no caso dos cristãos nascidos de novo, a nossa velha natureza, que procura ressuscitar sempre e causar dano. Graças a Deus pelo Seu Espírito que nos leva a viver uma vida espiritual, onde o fruto do Espírito evita que haja atitudes e comportamentos carnais que ofendam a Deus e ao nosso próximo.

Enojar-se é pecado? Não. A Bíblia disse que podemos irar-nos, mas não pecar. Se o aplicamos ao conceito que estamos a refletir, pode acontecer que alguma atitude ou comportamento causem enojo, mas este não deve converter-se em raiva, cólera, vingança ou devolver mal por mal.

Deus esteve enojado com Israel, mas deu-lhe muitíssimas oportunidades para arrepender-se da sua má conduta. Igual acontece connosco, Deus pode enojar-se por algo que nos fizemos, mas a sua misericórdia estará acima do seu enojo. Nós, também como cristãos devemos ser misericordiosos, seja nosso conjugue, pais, filhos, colegas e irmãos na fé. O enojo não deve dominar nosso coração e sentimentos, devemos estar prontos a dar mais uma oportunidade.

Nesta vida todo tem um limite, por isso há tanta gente que está nas prisões e alguns até já morreram por causa da ofensa que cometeram e apesar das muitas oportunidades que tiveram para emendar seu caminho, permaneceram na atitude errada e sofreram as consequências.

Como cristãos que frequentamos a Casa do Senhor e convivemos com nossos irmãos e irmãs na fé, o enojo não pode ser uma parte ativa e permanente na nossa vida. Está claro que pode acontecer algo que cause enojo, enfado ou moléstia em relação a alguém, mas devemos estar prontos a perdoar, suportar e dar mais uma oportunidade.

Espera-se que aquele ou aquela que cause enojo, mude de atitude. No fim de contas, somos uma família e devemos viver em paz e harmonia.

pr. Carlos Arellano

29/08/2017

ENSINA O MENINO


A Importância da instrução e educação aos nossos filhos é tão relevada na Bíblia que poderíamos encontrar muitas citações sobre este assunto. Comecemos por Provérbios 22:6: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”
Os pais são os representantes de Deus perante seus filhos, e a obra de preparar os filhos tanto para esta vida como para a vida eterna, pertence aos pais, porque o lar é a primeira escola, e os pais os primeiros professores.

Nos dias de hoje prende-se um pai ou mãe que aplicam corretivos num filho, retiram-no e entregam-nos depois para instituições e não cuidam das crianças e jovens no amor de Deus, corroendo assim a sociedade com um cancro maligno, onde a falta de amor, o ódio e a violência imperam, levando estas crianças e jovens para a morte, a segunda morte.

A correção tem de ser dada, não se trata de espancar ou legitimar violência aos filhos mas de lhes fazer sentir que há uma autoridade no lar, seus pais, que há regras a aprender e estes têm a responsabilidade de zelar para que seus filhos tenham princípios bíblicos, preparando-os assim para a vida eterna. 
Uma das passagens que frisa esta questão está em Provérbios 29:15 “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.”

No AT o Senhor disse sobre Abraão: “Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agir com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.” (Gênesis 18:19). 
A confiança de Deus em Abraão não foi baseada na experiência deste homem como pai. Deus sabia que Abraão era fiel ao Senhor, e que faria o melhor possível como pai e é essa fidelidade que importa para Deus não a nossa sabedoria.

Também quando Moisés transmitiu a vontade de Deus para os israelitas, nas últimas semanas da sua vida, ele disse: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” (Deuteronómio 6:6-7)

Há então uma perspetiva bíblica de ensino, passado de geração em geração, de pais para filhos e destes para os seus filhos, de uma forma constante, não importando o lugar onde estejas, tão somente fala delas e ensina à gerações vindouras as maravilhas que Deus tem operado, pois não há Deus como este!

O Novo Testamento, também, fala da importância da instrução pelos pais. Paulo comentou sobre a fé, que Timóteo aprendeu da sua mãe e avó “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.” (2 Timóteo 1:5). 

O autor de Hebreus escreveu sobre a importância da educação e da disciplina na instrução dos filhos em Hebreus 12:4-10. Esta passagem reforça a importância da aceitação da correção, sem a qual não poderemos ser chamados de filhos de Deus.

Aprender a respeitar a autoridade absoluta do Senhor é de suma importância para a salvação eterna dos filhos. 
Quando a criança aprende a respeitar a autoridade da mãe e do pai terrestre, toma um passo importante na direção da submissão a Deus. Se não respeitar o pai visível, como vai obedecer ao Pai Celeste? O princípio de respeito deve abranger outras figuras de autoridade – professores na escola, supervisores no serviço, representantes do governo e líderes da igreja, leiamos Romanos 13:1-3

A criança deve reconhecer limites e consequências. Os pais precisam ensinar o princípio da colheita: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7); 
A desobediência precisa ser castigada: “Castiga o teu filho, enquanto há esperança” (Provérbios 19:18) 

Entrar pela porta estreita (Mateus 7:13) também deve ser ensino constante. 
Pais precisam ser homens de verdade que sustentam e guiam suas famílias. Mães precisam ser submissas aos seus maridos, mostrando amor para eles e para os filhos. Filhos precisam ser obedientes, respeitando e honrando os pais.

Devemo-nos alegrar muito mais se nossas crianças entram nas escolas sabendo princípios bíblicos e não tanto se já sabem falar inglês ou estar aos comandos de um PC, pois esses professores, salvo honrosas exceções, não serão cristãos e não ensinarão nossos filhos sob uma perspetiva bíblica, mas sob uma perspetiva mundana e afastada de Deus.

Deus vos Abençoe 

Irmão Fernando Pinho

24/08/2017

APROVEITANDO-SE DA FRAQUEZA


Todos os seres humanos, incluindo os cristãos tem áreas fortes e áreas fracas na sua vida, ninguém está isento, por mais que tenha uma personalidade fortíssima. 

Algumas áreas fracas são notórias nalgumas pessoas, outras as ocultam ante os olhos dos demais, mais cedo ou mais tarde sai a luz. Quem está próximo chega a descobrir-lha, especialmente a família, com a qual convive-se diariamente ou no trabalho ou na escola ou na congregação dos crentes. 

A Bíblia encoraja a fortalecer aos fracos, a ajudar-lhos a vencer suas fraquezas. No sistema do mundo muitos aproveitam-se para conseguir vantagens com as fraquezas do próximo, por isso encontramos tanto abuso de parte do forte sobre o débil. 

Na comunidade dos santos todo egoísmo, cobiça e poder sobre os outros no procede do Espírito de Deus, mas infelizmente encontramos pessoas que usam o poder, conhecimento, capacidade, posição para exercer um domínio, manipulação e chantagem sobre seu irmão mais fraco. Alguns ficam a saber de coisas sobre a vida do seu irmão que revela sua fraqueza ou fraquezas e querem tomar vantagem sobre isso, para comentá-lo com os outros, em vez de protege-lo e salvaguardar-lho, que é a atitude mais correta. 

O apóstolo Paulo ensina nas suas cartas que dentro da comunidade dos santos não deve haver competição, para ver quem é o mais experto, o mais capacitado, o mais forte, quem consegue mais resultados. Porque se existe um espírito competitivo, este não medirá forças a fim de conseguir seus objetivos. 

O desprezo, a zomba, a subestimação, o descrédito, a murmuração, a crítica, o comparar, são formas que usam-se para enfraquecer ao irmão e para exaltar-se sobre ele. Qual é a intenção quando se quer revelar a fraqueza dum irmão ante os demais? Pode haver várias razões: humilhar-lho, desvalorizar-lho, gozar, eliminar-lho, desacreditar-lho, etc. Este não é o Espírito de Cristo, é o espírito do homem que quer sobressair sobre seu irmão e mostrar-se superior ante os demais. 

A Bíblia mostra que dentro da comunidade dos santos existem crentes fortes e crentes fracos, ambos são crentes, ambos nasceram de novo, ambos tem o Espírito Santo. Então, porque o mais forte deve aproveitar-se da fraqueza do seu irmão? 

Isso não está correto! 

A cobiça é um mal que quer introduzir-se dentro do coração do crente e alguns a deixam entrar. O desejo de quere ter algo que não lhe corresponde, o desejo de querer ser mais que o outro. 

Te consideras um crente forte? Apoia a aquele crente que é mais fraco, fortalece-lo, animá-lo, encoraja-o. Nunca te aproveites da sua fraqueza para teu próprio benefício.

pr. Carlos Arellano

23/08/2017

CONTRASTES NA BÍBLIA VII: DOCE E AMARGO


Quando lemos a Bíblia descobrimos que duma mesma fonte não pode sair água doce e água amarga. Quando uma fonte produz água amarga ou contaminada, essa fonte fica eliminada ou tapada, porque sua utilização só provocaria dano a saúde.

Se transportamos essa realidade a vida espiritual, alguém que se apresente como cristão e tenha momentos que é doce e momentos que é amargo é uma contradição. O objetivo de Deus para com nossas vidas é que sejamos transformados a imagem e semelhança de Cristo e apesar que não somos perfeitos, estamos em constante aperfeiçoamento quando deixamos o Espírito Santo trabalhar em nós.

A Bíblia também adverte que não devemos deixar a amargura se estabelecer no nosso coração, porque isso nos contaminará, não somente a nós, senão também a aqueles que nos rodeiam. Pode haver e sempre haverá fatores ou circunstâncias que podem levar-nos a amargar-nos e achar com justa razão, segundo nosso próprio entendimento en que está bem que sintamos toda essa amargura dentro de nós por causa daquilo que nos passou ou nos fizeram, achando que as circunstâncias ou pessoas ou inclusive o próprio Deus são culpáveis pelo que estamos a travessar.

Não amargar-se é uma decisão, porque a pessoa sabe que isso só agravará mais a situação. Ninguém justifica qualquer situação injusta, incorreta ou circunstancial que um individuo possa atravessar, talvez nem tenha a culpa daquilo pelo qual está a passar, mas amargar-se não é conveniente nem saudável.

Olhemos para Jesus, toda a injustiça que foi levantada contra Ele e em momento nenhum, seu coração encheu-se de amargura, pelo contrário, perdoou-o e foi paciente e misericordioso para com seus opositores.

O salmista dizia: “Quão doces o Deus são as tuas palavras”. Comparava a Palavra de Deus como a mel, que é doce. Jesus disse que estamos limpos pelo poder da Palavra, isso significa que a Palavra tem poder para fazer de nós pessoas doces em relação ao nosso carácter, que deve aspirar a ser como Jesus. 

Nosso falar, nosso agir, nosso conduzir deve transmitir doçura. Parece contraditório, especialmente para aqueles que tem personalidades fortes. Deus respeita nossa personalidade. O que Ele quer é transformar nosso carácter, o qual deve tornar-se doce e não amargo. Associo a doçura ao amor. A Bíblia disse. “Que adianta fazer milagres poderosos, se não tenho amor”. Contextualizaria esta verdade no contraste que tratamos hoje e diríamos assim: Que adianta conhecer toda a Bíblia ou pregar ou chamar-me de cristão se a doçura de Cristo não é refletida em mim ou através de mim”

Duma mesma fonte não pode sair água doce e água amarga.
pr. Carlos Arellano

22/08/2017

JUDÁ E TAMAR


Judá foi um dos filhos de Jacó e da sua descendência viria o Messias. Judá a semelhança dos seus irmãos não tinha bom testemunho, fazia o que bem lhe apetecia.

Envolveu-se com a filha dum cananeu, Sua, com a quem teve três filhos varões. Quando o primogênito atingiu a idade para casar, procurou uma esposa, Tamar. Só que o filho primogénito morreu porque era mau aos olhos do Senhor. Judá entregou a Tamar a seu segundo filho e este também era mau aos olhos do Senhor e este o matou. Só ficava o terceiro que ainda era jovem e Judá não quis que cassasse por temor a que também o perdesse.

Passaram-se os anos e Tamar chegou a conclusão de que nunca seria dada ao filho sobrevivente de Judá e assim nunca teria descendência, que era uma desonra em Israel.

Resumindo a história que você pode ler no capítulo 38 de Génesis, ela, Tamar, planeou uma forma de obter seu direito, disfarçou-se e conseguiu dormir com Judá, fingindo-se ser uma prostituta, pelo qual Judá deixou alguns objetos como garantia de que pagaria pelo seu serviço prestado. Um dia todo saiu a luz e Judá entendeu que todo o que Tamar fez foi justo e que a atitude que ele tomou não foi a correta.

Quando lemos a genealogia de Jesus em Mateus, encontramos a Tamar nessa lista. Deus usa maneiras e formas que deixam-nos perplexos ante o relato bíblico, mas no fim de contas seus propósitos acabam por ser realizados, apesar da torpeza, pecado ou desobediência do ser humano.

Aquilo que escrevi e que está narrado detalhadamente na Bíblia não necessariamente será a nossa experiência, mas o princípio está presente para que o entendamos. Deus é Soberano!

O ser humano, inclusive o crente pode fazer escolhas ou tomar decisões não exatamente como Deus a desenhou, mas, Deus na Sua soberania leva as coisas a bom porto.

É melhor alinhar com Deus no nosso caminhar diário. Ele prometeu estar connosco todos os dias da nossa vida e enviou Seu Santo
Espírito para nos orientar e instruir sobre os propósitos Dele e devemos dedicar nossa atenção a procurar fazer as coisas como Ele quer, não a nossa maneira. Se sobrevivemos apesar da nossa teimosia ou desobediência é só por pura misericórdia. Alguns não sobrevivem, porque pagam com sua própria vida sua desobediência.

Há um plano desenhado desde antes da fundação do mundo, e nem o próprio Satanás nem o próprio ser humano nem qualquer crente impedirá que esses planos fiquem frustrados. O melhor que podemos fazer é cooperar com Deus e fazer exatamente como Ele nos instrui nas Sagradas Escrituras. Amém!

pr. Carlos Arellano

18/08/2017

CONTRASTES NA BÍBLIA VI: FELIZ E TRISTE


Uma definição de felicidade é o estado de quem é feliz, uma sensação de bem-estar e contentamento. Como é uma sensação, tem um limite de duração, pode ser horas, dias, meses ou temporadas mais prolongadas da vida.

A Bíblia disse que um homem ou mulher pode atingir a felicidade quando considera a Deus em seus caminhos. O Salmo 1:1-2 disse: “Bem-aventurado o homem…. Que, tem prazer na Lei do Senhor, e na sua Lei medita de dia e de noite”.

Não significa que o cristão viverá aqui na Terra de maneira permanente, inalterável ou intocável em relação a felicidade que o invade. Estamos no mundo e portanto sujeitos a que coisas menos boas possam surgir ante nós. Mas, se nossa fonte de alegria e felicidade é Deus, Ele concederá a seus filhos e filhas a força e a alegria para que possamos ser felizes ou mais que felizes como disse a Palavra de Deus e encontrar consolo apesar das provas que passemos.

Ser feliz em Deus não significa rir em todo tempo nem viver alheio as circunstâncias que nos rodeiam. É Deus quem fará a diferença nas nossas vidas. O gozo do Senhor é a nossa força!

Para o cristão, sua felicidade e que o faz estar feliz sempre é sua fé viva em Deus. Realizar a vontade de Deus que é perfeita, boa e agradável faz com que a felicidade que provêm de Deus inunde seu ser. Realizar a vontade de Deus dá um sentido a nossa existência e quando nossa motivação é servir a Deus e ao nosso próximo, isso enche de felicidade e satisfação. Quando o cristão fecha-se em se mesmo, vivendo uma vida egoísta e mesquinha com aquilo que o Senhor outorgou-lhe, a insatisfação, a frustração e outros sentimentos similares inundaram sua vida.

Como cristãos fomos chamados a ser felizes em Deus.

A tristeza é o estado de quem sente insatisfação, mal-estar ou abatimento, por vezes sem razão aparente. Provocando um estado depressivo ou nostálgico, pena, mágoa, aflição.

A tristeza em se não é pecado, é um estado da alma, por alguma razão específica e às vezes nem consegue-se definir porque nos sentimos dessa forma. Outras vezes, sabemos porque estamos assim, como por exemplo a doença de alguém, a morte dum ser querido, ficar desempregado, não ter recursos, uma ofensa, etc.

Permanecer em pecado não confessado, como foi o caso de David, que pensava que ninguém havia reparado o que fez, mas Deus sabia tudo o que havia cometido, levou-o a um estado de tristeza e amargura, até ficar doente, se bem certo era mas bem uma doença espiritual. Só quando se arrependeu e confessou seu pecado, a tristeza desapareceu e o gozo, a felicidade inundou novamente seu ser.

Jesus ensinou que não devemos permanecer sempre debaixo da tristeza, aflição ou abatimento, pelo contrário, devemos cobrar bom ânimo e levantar-nos e continuar andando, realizando os propósitos de Deus.

Todos estamos sujeitos a atravessar momentos de felicidade como momentos de tristeza. O cristão deve procurar desfrutar esse tempo de felicidade, mantendo uma atitude de gratidão a Deus pelo dom concedido. E, se atravessar períodos de tristeza, não esquecer que a nossa fonte de fortaleza no dia da aflição é Deus e que é poderoso para converter nosso lamento em dança. Glória a Deus!

pr. Carlos Arellano

15/08/2017

VISTA RESTABELECIDA A UM QUE TINHA NASCIDO CEGO


Enquanto Jesus caminhava, viu um homem que era cego de nascença.

“Mestre?”, perguntaram-lhe os discípulos: “Porque foi que este homem nasceu cego? Por causa dos seus pecados ou por causa dos pecados de seus pais?”

“Nem uma coisa nem outra”, disse Jesus: “Mas para nele se mostrar o poder de Deus. Temos todos de fazer as obras Daquele que me enviou, enquanto é dia. A noite desce e todo o trabalho para. Mas enquanto estiver aqui neste mundo, sou a luz do mundo.”

Então, cuspiu no chão e, fazendo lama com o cuspo, espalhou-o sobre os olhos do cego e disse-lhe: “Vai lavar-te ao tanque de Siloé!” (Siloé significa enviado). 

O homem assim fez e depois de se lavar voltou vendo. JOÃO 9:1-7

Era comum entre os judeus pensar que se alguém nascia com alguma deficiência física, era por causa dalgum pecado cometido, seja ele próprio ou algum pecado que os pais cometeram.

Jesus desmitificou essa ideia errónea, mas aproveitou a oportunidade para mostrar o poder de Deus ao curar ao cego. Usar o método que utilizou Jesus para curar o cego, só se Deus mostrar que se faça especificamente dessa forma, senão existir uma orientação clara do Espírito Santo não o faça.

Jesus operava debaixo duma orientação do Espírito Santo e cada vez que intervinha era exatamente como Seu Pai queria, nada ficou inacabado ou não funcionou. 

Jesus era e é perfeito até para fazer milagres!

Na verdade, se o vemos desde a perspetiva espiritual, todos nós nascemos cegos, espiritualmente falando, porque o deus deste século cegou a nossa mente para que não resplandeça a luz de Cristo. E assim podemos ficar o resto das nossas vidas como seres humanos, mas graças a Deus que um dia ouvimos o evangelho, que é poder de Deus, para salvar a todo aquele que crê e os nossos olhos espirituais foram abertos para ver a glória de Deus em Cristo Jesus.

Mas que ver com teus olhos físicos a criação de Deus, Ele deseja que teus olhos espirituais sejam abertos, a fim que possas ver as coisas que são de acima, as celestiais, aquelas que só Deus revela a quem crê Nele, não a qualquer pessoa, só aqueles que reconhecem sua condição de pecadores e se arrependem de todo coração, reconhecendo a obra de salvação que Jesus conseguiu na cruz a favor nosso.

Não andes cego espiritualmente pela vida, achando que isso que vês é suficiente. Deus tem muito mais que as coisas terrenas e temporais que esta vida oferece. A vida eterna!

Deixa que Jesus abra teus olhos e possa ver Sua glória! Amém!

pr. Carlos Arellano

04/08/2017

CONTRASTES NA BÍBLIA V: AMOR E ODIO


A Bíblia afirma: Deus é Amor. Também disse que Deus nos amou de tal maneira que enviou a Seu Filho Jesus Cristo a morrer na cruz a fim que possamos ter a vida eterna crendo Nele. Na Bíblia também encontramos outra afirmação: O diabo, nosso adversário, só tem planos para roubar, matar e destruir. Isso revela o contraste em relação a Deus, ele odeia-nos!

Desde antes da criação tal como a conhecemos e nos é revelada pelas Escrituras, Lucifer, o diabo, cobiçou o lugar de Deus e incitou uma rebelião e conseguiu que um terço dos anjos o seguissem na sua loucura e foram expulsos da presença de Deus. A partir desse momento toda sua força e astuta inteligência estão viradas para odiar e destruir a criação de Deus, o ser humano, feito a imagem e semelhança Dele.

O pecado entrou na humanidade através dum homem, Adão, e isso nos posicionou numa condição vulnerável, exposta a influência do inimigo, que se apresentou e apresenta-se como uma anjo de luz, como algo ou alguém atrativo, inofensivo, ocultando sua verdadeira motivação, o odio contra Deus e contra sua criação. O ser humano fica exposto a sua influência, acreditando suas ardilosas mentiras, acabando por ser um instrumento nas suas mãos, para fazer o mal e acabar odiando a seu próximo e rejeitando o amor de Deus.

Como expliquei anteriormente, a Bíblia revela que a causa de tanta guerra, disputa, contenda em todos os níveis é por causa do coração corrompido do ser humano, que gera odio contra seu próximo e alguns até odeiam a Deus por causa dos dissabores que atravessam na vida, como se Deus fosse o culpável; e não só Deus, muitos odeiam aos cristãos por aquilo que representamos e a nossa presença na sociedade como luz do mundo incomoda-os, por isso o odio. A história corrobora o que digo, seja no passado ou no presente, os cristãos são martirizados, torturados ou mortos por causa da sua fé em Cristo e o diabo lança seu odio, usando pessoas que usam seu poder para tratar de impedir o avanço do cristianismo.

Por outro lado, Deus é amor, sua natureza divina está banhada desta realidade, a tal ponto que está disposto a perdoar nosso pecado e qualquer sentimento mau que possa haver sido gerado dentro de nós.

O sangue de Cristo tem poder para limpar todo pecado. Deus é poderoso para transformar um coração cheio de odio num coração cheio de amor para com Ele e para com seu próximo.

No livro de Atos encontramos a Saulo, um fariseu que respirava ameaças e odio contra os seguidores de Jesus, de tal maneira que entrava pela porta dentro das suas casas e os levava a prisão para serem torturados e mortos. Saulo era um homem violento, iracundo, cheio de raiva e odio, até que um dia Jesus o encontrou no caminho de Damasco e revelou-se a sua vida. Saulo entendeu nesse momento que o Jesus que perseguia e odiava estava vivo e o amava imensamente apesar de todo o odio assassino que havia dentro dele.

O Saulo cheio de odio foi transformado pelo poder de Deus no grande apóstolo Paulo, em pregador e escritor e sobretudo o amor de Deus foi depositado dentro do seu coração e onde antes odiava com todas suas forças tornou-se em amor a Deus e a seu próximo.

Ama e não odies! 

pr. Carlos Arellano

03/08/2017

CONTRASTES NA BÍBLIA IV: DIA E NOITE


Numa vida normal as pessoas estudam, trabalham e realizam suas tarefas domesticas durante o dia e quando chega a noite preparam-se para descansar e dormir para recuperar as forças e estar pronto para o próximo dia.

Na verdade, isso não acontece com todas as pessoas, porque muitas trabalham de noite, ou todo o dia e parte da noite, alguns tem dois turnos, porque os escassos recursos não lhes alcançam e fazem um grande esforço com prejuízo da sua própria saúde. Também há aqueles que trabalham todo o dia e por causa do estresse, a ansiedade, as preocupações não conseguem descansar, nem dormir. Encontramos também os boémios, que gostam de dormir de dia e divertir-se durante a noite e muitas outras situações.

Na Bíblia, quando refere-se ao dia, está relacionado com o trabalho, ocupação, para aproveitar a luz que o próprio dia oferece em contraste com a noite, onde tudo fica escuro e torna-se mais difícil para trabalhar. O próprio Jesus desafiou a seus discípulos a aproveitar o dia, porque tanto, Ele como o Pai estavam trabalhando a favor da humanidade e queria que seus discípulos também trabalhassem enquanto fosse dia. Ele estava falando numa linguagem espiritual, porque queria usar a ilustração do dia, onde é mais fácil trabalhar e onde o ser humano está com mais forças para realizar seu labor.

A Bíblia disse: “Hoje é o dia de salvação” falando acerca da oportunidade de poder ser salvos e poder trabalhar na obra de Deus para anunciar a salvação a toda criatura. 

A noite representa o descanso, o dormir que também é necessário na nossa vida, a favor de nosso corpo e mente. Ainda que durmamos, a Bíblia disse que nosso espirito vela, a nossa comunhão com Deus é permanente quando somos cristãos nascidos de novo.

Na advertência que Jesus faz usando a analogia do dia e da noite, refere-se a que chegará o momento em que o dia acabará, o dia de salvação, o dia de oportunidade para ser salvo acabará, porque a noite chegou. Não fala da noite no sentido real como nos a entendemos, senão que o mundo atravessará um momento de escuridão, porque a salvação já passou. Por isso disse que Ele e o Pai trabalham enquanto é dia, para que os propósitos de Deus se cumpram em nós e através de nós. Mas, a noite chegará, quando Deus entenda que o tempo de misericórdia acabou, porque foi dada abundante oportunidade de salvação e muitos não a aproveitaram.

Viveram seu dia de oportunidade, mas em relação ao espiritual não o aproveitaram, porque viveram só para satisfazer seus desejos e seus propósitos egoístas e terrenos e deixaram a Deus de fora das suas vidas. Chegará a noite, onde já não haverá mais oportunidade para ser salvo, e a escuridade total entrará no ser humano, ainda será mais escuro, porque o pecado de por si escurece nossa vida, quanto mais naquela terrível noite de não mais oportunidade.

Hoje é o DIA de salvação! Aproveita-o! Antes que venha a noite.

pr. Carlos Arellano

02/08/2017

FILIPE O APÓSTOLO


Filipe, o Apóstolo, foi um dos primeiros discípulos de Jesus. Filipe era de Betsaida, a mesma cidade de André e Pedro.
Podemos verificar no capítulo 1 e versículos 35 a 44 do evangelho de João o episódio deste chamado.

Sabemos então que Filipe acompanhou Jesus durante todo o seu ministério de cerca de três anos e meio, durante o qual com certeza viu e ouviu maravilhas operadas pelo Mestre, assim como ouviu muitas instruções, conselhos e ensinamentos.

Já perto do final do ministério de Jesus, durante a última ceia, e quando Jesus dava as suas últimas instruções, descritas no capítulo 14 e versículos 1 a 17 do mesmo evangelho de João, Filipe pede a Jesus que lhe mostrasse o Pai, o que lhe bastaria. Filipe sentia estar próxima a partida de Jesus e isso o angustiava.
Isto motivou uma reprimenda de Jesus, pois a este pedido de Filipe, Jesus lhe disse: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Jesus continuou dizendo, no versos 10 a 12: Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.

Filipe foi achado em falta, pois o tempo que já tinha passado com o Mestre era mais que suficiente para saber isto: quem via a Jesus via o Pai pois o Pai estava em Jesus e Jesus estava no Pai. E as obras que Jesus fazia, e as palavras que dizia, era o Pai que n´Ele operava, segundo o verso 10.

Jesus afirma mesmo que todo aquele que n´Ele crê, farás as mesmas obras que Ele e até as fará maiores, não no sentido de coisas mais grandiosas ou espetaculares, para glória do homem, mas durante mais tempo, pois Jesus iria ausentar-se em breve, e alguém teria que continuar a fazer as obras, ou seja, nós temos de continuar a fazer a obra de Jesus, conforme verso 12.

Filipe, apesar desta falta de conhecimento, foi um valoroso discípulo e um exemplo para nós, não deve ser criticável este comportamento, pois mesmo nós hoje, temos também falta de conhecimento de Deus.

Mas quem é o Pai? Nos seguintes textos aprendemos que:
-O Pai está nos céus, Marcos 16:19, Mateus 5.16, 48, 12:50 e Hebreus 8:1

-O Pai "faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos" e é perfeito Mateus 5.44-48. Façamos isto se quisermos ser chamados de seus filhos. 
-Devemos orar ao Pai e Ele também recompensará aqueles que fazem o bem e em segredo, Lucas 11:2, Mateus 6.6.
Aqui devemos saber o que pedir, conforme diz Tiago 4:1-4, “Pedis e não recebeis, porque pedis mal,…”

-O Pai sabe do que precisamos antes de lhe pedirmos Mateus 6.8.

-Do Pai "é o Reino, o poder e a glória para sempre" Mateus 6.9.

-O Pai perdoa as nossas ofensas e espera que façamos o mesmo com os nossos devedores Mateus 6.15.
Não sendo nós como aquele servo que tendo-lhe sido perdoada a sua enorme dívida, não procedeu de igual forma para com o seu conservo, Mateus 18:23-35.

-O Pai que alimenta as aves do céu é o mesmo que alimenta os seres humanos que n´Ele confiam, Mateus 6.26. Não sejamos ansiosos.

Filipe amava a Deus mas conhecia pouco de Deus. Nós também podemos amar a Jesus e conhecer pouco de Jesus.
Também podemos ser cristãos sem ser submissos a Cristo. Podemos crer em Deus sem ser teocêntricos. 
Podemos crer no Espírito Santo sem deixar que Ele nos conduza.
Podemos estar na igreja, sem ser da igreja, cujo cabeça é Jesus Cristo, conforme Efésios 5.23.
Olhemos para esta passagem e sigamo-la, na Segunda Epístola aos Coríntios 4:18 “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.”

Bênçãos de Deus
Fernando Pinho

40 ANOS

Moisés é o homem dos 40 anos. Foi criado no seio dos egípcios como um deles (Atos 7:22) até aos 40 anos. Foi levado ao deserto à ...