TRANSIÇÃO II, UMA PALAVRA DIRECIONADA PARA 2016

Ontem foi publicada a palavra direcionada que Deus pôs no meu coração no final de 2015 e que neste final de 2016 foi repetida novamente, entendendo que o processo de transição ainda está a desenvolver-se.

A palavra transição segundo o dicionário significa o ato ou efeito de passar de um lugar, de um estado ou de um assunto para outro.

Na reflexão anterior falei sobre Jesus e como desde o seu nascimento até à idade adulta passou por um processo de transição que o levou a cumprir o propósito pelo qual veio ao mundo.

O negócio de Deus são vidas e a Bíblia retrata vários personagens que marcaram a sua geração e até aos dias de hoje aprendemos com as suas vidas. No livro de Daniel, o primeiro capítulo narra um pouco como foi o processo de transição que sucedeu na sua vida, ainda de tenra em idade, mas que nos mostra um testemunho forte de alguém disposto a obedecer a Deus custasse o que custasse.

Daniel foi levado cativo para Babilônia, juntamente com outros jovens contemporâneos que faziam parte da elite monárquica ou da classe nobre. Não fala nada acerca dos seus pais, que possivelmente foram mortos, já que os únicos habitantes que ficaram em Israel foram os pobres, e aos babilónios interessava-lhes mais ter gente jovem e pronta para ser treinada e instruída por eles, e a geração nova era a mais apropriada.

Alguns comentaristas calculam que Daniel teria uns treze a catorze anos aproximadamente e foi escolhido para ser instruído em todo o conhecimento da época; como havendo sido parte da nobreza, era alguém que havia sido ensinado a escrever e a ler e conhecia a Lei de Deus. A Bíblia apresenta-nos um Daniel que conhecia pessoalmente Deus apesar da sua tenra idade.

Quando Daniel soube que receberia instrução e alimentação da parte do rei da Babilônia por intermeio dos seus servos, Daniel decidiu no seu coração não se contaminar com a comida e a bebida do rei, porque sabia que normalmente nessas culturas pagãs existiam sacrifícios de animais aos deuses e depois as carnes eram comidas e ele não queria participar daquilo, assim sendo, pediu algo especial para o seu mentor, uma alimentação vegetariana e água, ao cabo de dez dias estava muito mais saudável que o resto dos jovens, Deus honrou a sua decisão.

Depois da preparação, Daniel e os seus três amigos que compartilhavam a mesma convicção e fé em Deus, foram achados muito por cima dos demais jovens no que diz respeito ao conhecimento e Daniel destacou-se ainda muito mais porque Deus fê-lo entendido em sonhos e visões.

Até aqui narrei resumidamente o que está na Bíblia, a palavra direcionada para tua vida é a seguinte para este ano 2016: Se no ano de 2015 alguma situação não muito boa te atingiu de alguma forma e passaste de um estado para outro, ou de uma situação para outra não muito favorável como Daniel que acabou cativo dos babilónios, Deus é poderoso para inverter, porque se ainda estás vivo, Ele pode levar-te a ser preparado para algo maior. As desgraças e dissabores colocam-nos na plataforma para ser promovidos por Deus, as circunstâncias não determinam nada, é Deus quem determina sobre a nossa vida. Daniel não ficou lamentando-se por ser um cativo, antes pelo contrário, aproveitou a porta que se abriu no cativeiro e tornou-se melhor que os outros e Deus usou-o durante muito tempo. Deus quer usar-te e quer que entendas que este ano de 2016 é para preparar-te, não contaminar-te mais com as coisas do mundo e tornar-te melhor para glória Dele.

Um bom ano 2016
Pr. Carlos Arellano

TRANSIÇÃO, A PALAVRA QUE MARCOU O ANO DE 2015

Há um ano atrás quis Deus direcionar todo o trabalho, dinâmica e identidade da Comunidade Cristã a uma "transição", que longe da nossa compreensão se fez vincada pela grande transformação que se fez sentir durante todo este ano.

Entre outras, uma das transformações notórias foi a formação do departamento de multimédia, que ao longo destes 365 dias, se esforçou pela inovação e divulgação de todo o trabalho que foi realizado pela Comunidade Cristã, de maneira a torná-la mais visível e principalmente de maneira a que mais pessoas sejam alcançadas pelo amor do Pai.

Hoje, o penúltimo dia do ano de 2015 quisemos relembrar como se deu inicio a esta grande transformação que ainda hoje acontece. E para isso trouxemos-lhe de novo à memória a 1ª mensagem do Pr. Carlos do ano de 2015, e que poderá ler clicando aqui.

Quanto ao próximo ano, será que Deus nos direcionará a um novo patamar?

P'lo Dep. de Multimédia,
Diogo Pinho

NUNCA TE DEIXAREI, NUNCA TE DESAMPARAREI!

Esta verdade enunciada por Deus mesmo deve ser atesourada no mais profundo do nosso coração. Esta verdade deve ser cultivada e cuidada ao longo da nossa vida cristã, porque haverá momentos em que você pensará que Deus não está presente e como é que você ficou sozinho, desamparado, abandonado.

Esses pensamentos e sentimentos podem brotar na nossa mente e coração e o diabo alimentará essa ideia para que fiquemos desconfiados e pensemos que Deus está ausente, ocupado noutros assuntos mais importantes que você.

Você como filho ou filha de Deus é um assunto de muitíssima importância para Deus! Ele deu o seu próprio Filho para que através Dele obtivéssemos a salvação, e se Deus fez tamanha obra, não nos deixará de maneira nenhuma.

O Deus que nos salvou por meio do seu Filho Jesus Cristo estará sempre connosco durante o tempo que durar a nossa vida aqui na Terra e depois da nossa partida iremos ao encontro com Ele e permaneceremos para todo sempre. Diga: Aleluia!

Não é maravilhosa essa promessa que Deus fez a cada um de nós como seus filhos? Nunca te deixarei, nunca te desampararei! Noutras palavras nunca se apartará de nós, sempre andará ao nosso lado e às vezes nos carregará no colo, quando veja que não temos mais forças.

Sintas ou não sintas, Ele nunca te deixará, e nunca te desamparará. Até mesmo, podemos dormir tranquilos e sossegados porque até no sonho nos acompanhará.

Falei de cultivar esta verdade no nosso coração, porque a ideia é de cultivar, cuidar, proteger como faz alguém que planta na terra uma semente que posteriormente crescerá e dará uma planta que produzirá uma linda flor. Assim deve ser com esta verdade, com esta promessa que nos fez pessoalmente o Senhor por meio da Sua Palavra. Cuida esta verdade, protege-a, para que nada nem ninguém venha a roubá-la ou destruí-la.

Confiar e depender só nas pessoas pode ser uma grande desilusão, porque as pessoas falham, abandonam e às vezes morrem e você fica sozinho, porque na verdade o ser humano é passageiro, tem um tempo de validade enquanto duração de vida, mas Deus é diferente, Ele é Eterno, Ele sempre existiu e sempre existirá e agora por meio de Cristo nos faz parte da Sua Natureza, em Cristo viveremos sempre, eternamente com Ele.

Assim sendo, coloca 100% da tua confiança e dependência Nele, porque Ele nunca te deixará, e nunca te desamparará, sempre, sempre, e sempre está ao teu lado.

OS DOIS HOMENS POSSUIDOS POR UMA LEGIÃO

Chegados ao outro lado do lago, na região dos gadarenos, dois indivíduos dominados pelos demónios foram ao seu encontro. Viviam num cemitério, e eram tão perigosos que ninguém podia passar por ali.

Começaram a gritar: “Que queres tu de nós, Filho de Deus? Não tens direito de nos atormentar ainda”. A certa distância andava uma vara de porcos a pastar, e os demónios pediram: “Se nos vais expulsar, manda-nos para aquela vara de porcos”. Está bem, vão”.

Eles saíram daqueles homens, entraram nos porcos, e a vara inteira caiu por um despenhadeiro abaixo, afogando-se na água. Os porqueiros fugiram para a cidade mais próxima, contando o sucedido, e toda a gente veio ver quem era Jesus, chegando até a pedir-lhe que se fosse embora e os deixasse em paz. Mateus 8:28-34

Nos primeiros anos de ministério chamaram-me para tratar um caso de possessão demoníaca, se bem certo a família não estava unida quanto à libertação do jovem, por um lado havia aqueles que não o queriam aprisionado a essas forças malignas e havia outra parte que queria que permanecesse assim, porque achavam que o poder sobre ele era bom. O segundo grupo prevaleceu, porque quando viram ao rapaz começar a voltar a normalidade, expulsaram-nos da casa com força e violência.

Algo parecido aconteceu com Jesus no caso relatado pelo evangelista Mateus, os habitantes da cidade pediram a Jesus para que fosse embora juntamente com os seus discípulos. Graças a Deus que os dois homens foram libertos, mas o povo não gostou daquilo que Jesus fez.

Para muitas pessoas a força maligna é uma fonte de ganho, de fama, de enganar ingénuos e ignorantes; alguns pensam que certas pessoas que tem poderes lhes foram dadas pela providência divina, mas quem está por trás é o próprio Satanás e os seus agentes.

Ninguém que é possuído por forças malignas é feliz, porque o poder ou força que recebem lhes será cobrado com sofrimento, dor, loucura ou violência como no caso dos dois endemoniados.

Os demónios, assim como o próprio diabo nunca farão nada de bom nas pessoas que caem nos seus ardis. São seres malignos que não têm misericórdia nenhuma, a sua intenção é roubar, matar e destruir. Graças a Deus que a operação Dele está ativa e viva nos dias de hoje através da Sua Igreja, instrumento nas Sua Mãos para trazer libertação a todo o cativo por Satanás e pelos seus demónios.

Satanás nunca trará nada de bom!

CC | MURTOSA - OLÁ EU SOU...

Olá eu sou...Uma rubrica semanal (publicada aos sábados) onde são abordados diversos temas, ou partilhados testemunhos de vida. Esta semana temos uma mensagem do pr. Carlos Arellano.

QUE PASSOU COM O MENINO JESUS?

Cresceu! Meus queridos amigos, não ficou pequenino!

Infelizmente para muitos ditos cristãos Ele continua menino ano após ano, não passando só dum enfeite nestas festas que se celebram nestes dias por muitas partes do mundo. Por isso a necessidade de pregar o que passou com o menino Jesus depois de crescer e tornar-se um homem adulto.

Sem dúvida nenhuma nalgum momento da história, Jesus entrou nela, a Bíblia disse que no cumprimento dos tempos Deus enviou o Seu Filho, nascido duma virgem, Maria e concebido pelo Espírito Santo. O seu nascimento tinha de ser puro e não sujeito a uma natureza corrompida por causa do pecado. Jesus era 100% Deus e 100% homem; por um lado para identificar-se com a nossa humanidade e por outro lado estar na capacidade de poder realizar uma salvação divina, porque só Deus pode-nos salvar.

Jesus como qualquer ser que nasce nesta vida cresceu, passando pelas diferentes etapas do crescimento, criança, adolescência, juventude e adulto. Foi nesta etapa de adulto, contando com 30 anos que começou o seu ministério público e apontando sempre para o propósito pelo qual veio ao mundo, dar a sua vida por nós, seres pecadores que precisamos urgentemente dum Salvador, para que o nosso pecado seja perdoado e a presença de Deus venha a habitar dentro de nós.

O que Deus espera e deseja ardentemente é que cada ser humano possa entender o seu amor para connosco apesar das nossas ofensas e procedamos ao arrependimento e reconciliação com o nosso Criador.

A verdadeira razão de Jesus vir ao mundo foi para realizar um sacrifício único e suficiente que fosse aceite pelo Seu Pai que está nos céus. Jesus reuniu todas as condições para ser o Cordeiro sem mancha, o Sacrifício Perfeito a fim de que possamos encontrar a salvação Nele.

Como disse a Escritura: “A todo aquele que o receba, Deus dá-lhe o direito de se tornar filho ou filha de Deus”. Humanamente somos criaturas de Deus, mas só por obra divina podemos passar a ser filhos ou filhas de Deus e isso é algo que só Deus pode fazer, se cremos e confiamos Nele.

Jesus cresceu, viveu, morreu e ressuscitou e hoje está vivo, sentado à direita de Deus Pai, intercedendo por nós e pronto a salvar e perdoar todo aquele que crê Nele.

Jesus não está muito interessado que mantenhamos a imagem dum menino pequenino, senão que, foquemos a nossa atenção naquilo que realizou como adulto ao nosso favor lá na cruz, onde deu a sua vida, onde tomou o nosso lugar afim de que possamos ter a possibilidade de ser salvos, se crermos. Hoje, está à direita de Deus Pai, mas um dia voltará pela a sua amada igreja, que comprou com o seu precioso sangue vertido lá na cruz.

Aceita a Cristo!

QUAL É O LUGAR DO DIABO NA VIDA DO CRISTÃO?

NENHUM!

Noutro dia encontrei-me com uns irmãos doutra congregação e estávamos a falar sobre o caso dum senhor, não crente, mas já num estado de idade avançado, por aquilo que me apercebi, está atravessar um estado de senilidade e debilitamento mental e já não disse coisa com coisa, mas para eles era o diabo o causante e claro ouvi o clássico de muitos crentes no dia-a-dia: “te reprendo diabo imundo”. Como já disse alguma vez, há crentes que vêm ao diabo até na sopa, tudo na sua vida o relacionam a esse personagem.

A Bíblia disse que quando assistamos à sua intervenção malévola, devemos repreendê-lo em Nome de Jesus e vai embora. De resto devemos ocupar-nos em crescer no conhecimento e na graça do Senhor.

A recomendação bíblica acerca deste personagem é resistir a ele quando se aproximar para nos tentar e não devemos dar-lhe lugar na nossa vida cristã, como ela declara: “Não deis lugar ao diabo”. Por isso não vejo a necessidade de estar a associar tudo na vida à sua intervenção, porque ele não intervém sempre. Não vemos Jesus em todo o seu ministério a repreender a cada momento Satanás, só quando foi justo e necessário. Jesus investiu mais tempo em ensinar e ministrar acerca do Seu pai e os assuntos do Reino.

Não pretendo através destas linhas ignorar a sua existência, porque ele existe, nem pretendo diminuir a sua ação, porque a Bíblia revela que constantemente arquiteta ciladas para que possamos cair, mas isso não significa que viva de maneira paranoica e à defensiva em relação ao diabo e à sua obra maligna.

Deus deve ocupar o centro da nossa atenção e se mantemos uma comunhão intima com Ele, o seu Espírito alertar-nos-á sobre os potenciais ataques do adversário. Devemos procurar viver uma vida santa que agrade a Deus, digna dum cristão nascido de novo. O diabo anda à procura de cristãos carnais, desprovidos de todo o zelo santo e normalmente caem nas suas ciladas e esquemas. O cristão cheio do Espírito também será atacado, mas as suas armas espirituais estarão preparadas para enfrentar o inimigo quando surgir a batalha.

O problema dos crentes que todo o dia veem o diabo em tudo e mais alguma coisa é que não investem o seu tempo em tornar-se semelhantes a Cristo, o seu carácter não experimenta uma real transformação, porque pensam que o cristianismo é só enfrentar Satanás todo o dia, a cada momento, tornando-se pessoas hostis e desconfiadas.

O diabo é um ser criado e caído, ao qual não devemos ignorar, porque ele existe e devemos enfrentá-lo quando as circunstâncias assim o exijam, de resto, nós somos de Deus e vivemos para Ele, para exaltá-lo e glorificá-lo em cada momento da nossa vida.

PRATIQUE O PERDÃO!

Um dia o discípulo Pedro que andava todos os dias com Jesus, aproximou-se e perguntou-lhe: Quantas vezes devia perdoar ao seu próximo? Até sete? Existia a ideia de que o perdão devia ser feito até três vezes, por isso Pedro para mostrar-se benevolente disse sete, talvez pensando no seu significado de perfeição. Jesus respondeu-lhe que não sete, senão setenta vezes sete, que não significava literalmente 490 vezes, senão sempre.

No Reino de Deus em relação a perdoar o nosso próximo que nos ofende, seja familiar, amigo, colega ou até cristão nascido de novo é que devemos estar prontos a perdoar. Os seres humanos ofendem muitas vezes e às vezes sem nos aperceber que ofendemos alguém, talvez uma palavra, um gesto, um comentário, algo que fizemos ou deixamos de fazer e ofendeu o nosso próximo.

Também existe um extremo, aquele que em que encontramos personagens que tudo lhes ofende, tornaram-se sensíveis demais e acabam por ser pessoas melindrosas e muitos evitam tornar-se amigos delas, só a família os atura.

O título desta reflexão é: Pratique o perdão! Toca a ti e a mim como cristãos nascidos de novo, praticar o perdão. Noutras palavras, devemos estar prontos a perdoar, não importa se a ofensa foi grave ou leve. Haverá momentos que será necessário sentar-se a conversar e poder chegar a um ponto de entendimento para evitar futuras ofensas, outras vezes só perdoaremos e seguiremos em frente, praticando a paciência e não levantando mais poeira.

Devemos ser como Deus, Ele perdoa e esquece e nós devemos praticar o mesmo. Perdoaste? Então, esquece e não voltes a falar do assunto nunca mais, nem contigo e menos com outra pessoa ou pessoas. Também dá-se o caso de pessoas dizer que perdoaram, mas continuam falando do assunto com pessoas que são totalmente alheias. Qual é a intenção? Desacreditar a pessoa que ofendeu e justificar-se como uma pobrezinha vítima ante os olhos dos demais.

Até quantas vezes devo perdoar a meu irmão? Sempre, sempre, sempre! Não há lugar para o lamento, a queixinha, a murmuração. Quando um crente pratica o perdão e o torna parte da sua vida, ele ou ela amadurece, aqueles que não perdoam nunca crescem, porque ficam no passado, porque se alguém ofendeu-te, isso já passou, pode ter sido ontem, faz poucas horas ou minutos, pergunto: Vais perpetuar a falta de perdão, até quando? Dias, semanas, anos. Lembro-me de alguém me dizer que estava ofendida comigo mais de dois anos, por algo que disse, mas que não soube dizer exatamente qual era o assunto. A coisa é que durante todos esse tempo não me perdoou e ficou sentida.

Como é possível estar dois, três ou mais anos sem perdoar, quando o próprio Senhor Jesus ensinou que se não perdoamos a ofensa que nos faz nosso próximo, então, Nosso Pai que está nos céus tampouco perdoará quando lhe peçamos que nos perdoe. Está na Bíblia!

ABRAÃO III

Tanto nos capítulos 12 e 20 do Livro de Génesis encontramos duas situações semelhantes pelas quais atravessou Abraão e sua esposa, das quais não saiu nada orgulhoso, se por um lado ficou mais rico, mas na verdade acabou saindo envergonhado pela atitude que tomou nesses dois lugares, Egito e Gerar e especialmente com seus reis e habitantes.

Uma verdade que temos que aprender com Abraão é que Deus não honra a mentira, ela sempre será descoberta e também Deus não está interessado em que nos tornemos expertos ou habilidosos para intentar enganar aos nossos semelhantes, o cristão não precisa disso, Deus está de nosso lado para nos ajudar sempre.

Abraão por causa das circunstâncias, já que havia fome na terra onde habitava, viu-se obrigado ir a outra terra, onde havia abundância, mas antes de entrar combinou com Sara para mentir para salvaguardar sua vida, dizendo aos habitantes dessa terra que Sara era sua irmã e ela concordou. A intenção de Abraão era evitar que os homens dessas terras o matassem por causa da sua mulher, porque ela era muito bela e apresentando-se como irmão seria poupado, porque assim passava a ser o possível cunhado que deveriam agradar.

Só que Deus não fica indiferente ante a mentira e interveio para evitar que o pecado acontecesse, quando os próprios reis quiseram tomar a Sara como sua mulher, Deus advertiu a eles que Sara era mulher de Abraão e indignados o chamaram para repreender-lho por tamanha mentira e burla. Abraão foi poupado pela misericórdia de Deus, mas não foi poupado da vergonha, a humilhação e expulsão da terra e assim mesmo obteve riquezas, mas que não foram ganhas corretamente, aproveitou-se dos seus próximos para seu benefício pessoal.

Abraão é chamado pela Bíblia: “Amigo de Deus” e o favor do Senhor estava sobre ele e os seus, não precisava planear aldrabices ou esquemas para ser poupado, não precisava criar uma história fictícia para impressionar e salvaguardar sua vida, porque Deus estava com ele, mas Abraão não viu isso, só reparou nas circunstâncias e deixou que o medo ocupasse seu coração, faltou-lhe fé e confiança no seu Senhor.

Todos nós vamos a enfrentar momentos na nossa vida onde surgirá a tentação de querer usar nossas ideias humanas e pessoais, onde seremos tentados a querer buscar uma proteção e salvaguarda meramente humana, arquitetada por nós mesmos, deixando a Deus de fora, pensando que nossas ideias e esquemas são mais seguros e o fim justifica os meios e não importa se mentimos, exageramos ou inventamos; o problema que vai gerar é que Deus não vai-te honrar, ficarás sozinho pela tua conta.

Deus não honra a mentira, a aldrabice, o engano, a hipocrisia e coisas como essas. Aprendamos com o erro duplicado de Abraão, confiemos sempre em Deus, não importa quais sejam as circunstâncias, Ele sempre tem uma saída.

CC | MURTOSA - OLÁ EU SOU...

Olá eu sou...Uma rubrica semanal (publicada aos sábados) onde são abordados diversos temas, ou partilhados testemunhos de vida. Esta semana temos uma mensagem do Diogo Pinho.

OS DIAS DA NOSSA VIDA

Quem pode afirmar que vai viver X anos? Não existe uma ciência exata para isso, talvez alguém acertou, mas são casos muito pontuais. Posso estar escrevendo estas linhas e pensar que ainda tenho muitas coisas a fazer para Deus e para o meu próximo, mas na verdade estamos nas mãos de Deus.

Quando assistimos as notícias do dia-a-dia, onde a maioria delas são más notícias, só ouvimos ou lemos de mortes, como no caso de violência domestica, guerras, terrorismo, homicídios, acidentes e também por morte natural. Creio que a maioria das pessoas gostaria de morrer de velho e especialmente enquanto dorme e sem nenhuma doença terrível, mas nada disso é garantido, só são desejos e só alguns o obtém.

Seja que viva 40, 50 ou 80 anos, a pergunta é: Como está a viver os dias da sua vida? Só está a passar pela Terra, sem pensar o que vem depois da morte? Vive só o momento sem pensar nas consequências da sua maneira de viver?

A recomendação bíblica é que acrescentemos sabedoria aos anos da nossa vida e isto pode acontecer se damos o lugar a Deus na nossa vida, que na realidade é curta se a comparamos com a eternidade. Como falava noutro dia, o temor de Deus é o princípio da sabedoria. Se Deus está presente na nossa vida Ele fará com que descubramos o sentido e a razão pela qual estamos aqui na Terra; todos os filhos de Deus tem um propósito para realizar e não é só passar os dias pelo mero fato de passar, há uma obra que procede de Deus e que Ele deseja que nós a realizemos.

Se os dias da nossa vida são efémeros e curtos, então devemos investir nosso tempo em conhecer a Deus, em entender seus propósitos para com nossa vida. Como disse a Bíblia: “aproveitando bem o tempo, porque os dias são maus”. Realmente se estão a viver dias maus e não devemos contribuir fazendo o que não agrada a Deus.

Uma pessoa que sabe aproveitar os dias da sua vida, não será aquela que se rege pela filosofia que muitos praticam: “comamos e bebamos porque a amanhã morreremos”. Essa é uma maneira pobre e miserável de pensar e viver; numa época da minha juventude pensava assim e foram anos escuros e cinzentos; mas graças a Deus que desde minha juventude até os dias de hoje, conheci a Deus e prossigo conhecendo-o cada vez mais, até o dia que esteja na Sua Presença.

Só os dias da nossa vida terão valor se consideramos a Deus durante eles. Passar a vida fazendo muitas coisas, inclusive coisas muitas boas têm um certo valor, mas se ignorar a Deus porque acha que não precisa Dele, você desperdiçou os anos da sua vida aqui na Terra.

EDIFICO OU DERRUBO?

A nossa atitude e comportamento definirão se estamos a edificar ou derrubar. Refiro-me aos nossos relacionamentos, seja a nível familiar, laboral, educativo e também a nível da comunhão com outros crentes.

A Bíblia fala de que as palavras têm poder, podem ser usadas para edificar, animar, ensinar, encorajar, etc. Elas podem ser usadas para levar ao nosso próximo a querer conhecer ao Deus que servimos, podem levá-lo a querer vencer obstáculos que se levantam na sua vida porque entende que há algo melhor para ele ou ela.

Com as nossas palavras podemos construir, que é um sinonimo de edificar, podemos ser um contributo para trazer bênção aos nossos próximos, essas palavras podem ser verbalizadas ou escritas e se estão acompanhadas duma atitude e ação que condiga, então terá um verdadeiro fundamento. Jesus criticou as palavras ociosas e contraditórias que os religiosos da sua época diziam, porque falavam de coisas que eles não praticavam, por isso ensinou que a árvore conhece-se pelo seu fruto e uma árvore má nunca dará bons frutos.

Deus chamou o seu povo para edificar, para que as suas boas obras sejam vistas pelos homens e estes glorifiquem a Deus pelas maravilhas que Ele faz. Tudo o que realizemos debaixo da instrução e guia do Espírito Santo será para glória de Deus e para abençoar o nosso próximo, crente ou não.

Uma maneira de viver a vida e que não glorifica a Deus, porque não procede Dele, se não dum coração afastado é aquela que derruba e não edifica. Quando digo derrubar refiro-me a atitude de estar a ser tropeço ao nosso semelhante com as nossas palavras negativas e maliciosas e com atitudes mesquinhas que não procuram o bem-estar do meu semelhante, se não mas bem o mal. O ser humano sem Deus age muitas vezes dessa maneira, por isso assistimos a tanta maldade neste mundo, seja na casa através de violência domestica, às vezes na escola através do bulling, às vezes no trabalho através dum espírito competitivo sem escrúpulos e às vezes no âmbito da igreja, quando é a carne a prevalecer e não se dá lugar ao Espírito.

No fim de contas está em cada um de nós tomar uma atitude e ação. Porque infelizmente já assisti a cristãos tomar atitudes de derrubar mais que edificar. Do ser humano que não tem Deus enquanto está sujeito à sua natureza corrompida haverá sempre uma inclinação para derrubar, a natureza do pecado leva a isso; mas, também sou consciente que existem pessoas que não conhecem a Deus pessoalmente e fazem muito bem ao seu próximo e à sociedade, mas isso não é garantia da salvação, continuam a ser homens e mulheres pecadores sem Deus. Mas aqueles que nasceram de novo e que se movem debaixo da presença do Espírito Santo nas suas vidas, podem e devem tornar-se instrumentos de Deus para que todo o seu ser seja usado para edificar e abençoar ao seu próximo e engrandecer o Reino de Deus para a Sua Glória.

SÁBIO E NÉSCIO

São duas pessoas diametralmente opostas na sua maneira de agir e ser na vida. Não pretendo ir ao dicionário da língua portuguesa, se não mas bem basear-me naquilo que a Bíblia define como sábio e néscio.

A Palavra de Deus disse que o princípio da sabedoria é o temor de Deus. Esta palavra temor no sentido do contexto refere-se a respeito, consideração, zelo pela pessoa de Deus, não está relacionado com medo ou susto Dele ou quando se menciona o seu nome, como se estivesse pronto a castigar-nos pela mínima falha que cometamos, a religião incutiu e incute esta ideia distorcida acerca de Deus.

O sábio ama e respeita a Deus e aceita a suas repreensões quando for necessário, seu deleite está em estar em sua presença e meditar dia e noite na sua Palavra, porque sabe que é a fonte da sua sabedoria.

O sábio não só o será para si mesmo, se não que a sua sabedoria será compartilhada com os seus semelhantes e muitos beberão dessa sabedoria. Procurará viver uma vida que agrada a Deus, não pela sua força humana, senão pela graça de Deus depositada nele ou nela. Salomão foi e é considerado o homem mais sábio que viveu na Terra, mas não precisamos ser o rei Salomão para ser sábios, até um homem ou mulher analfabeto, iletrado pode ser sábio segundo a Bíblia, se considerar a Deus como o Senhor das suas vidas.

O mundo oferece prémios e galardões aos homens e mulheres considerados sábios pelo seu conhecimento e desenvolvimento nalguma ciência ou arte, não lhe interessa se tem valores morais e inclusive se é ateu e nega a existência de Deus, são os heróis do mundo, mas como disse a Palavra toda essa ciência e vaidade passarão; o sábio que teme a Deus esse prevalecerá e permanecerá para sempre.

O néscio na Bíblia é comparado a um louco, que anda gritando pela vida que não há Deus, que tudo isso é pura invenção. Ele não aceita repreensão nenhuma, porque ante sua própria opinião ele está muito bem e nunca terá que dar satisfação a ninguém. Só que o néscio não entende ou não quer entender é que um dia todos compareceremos diante de Deus e responderemos pela nossa maneira de viver e se Deus foi considerado ou não.

O sábio e o néscio andam por caminhos diferentes à luz da Bíblia; enquanto o sábio caminha em direção a eternidade onde viverá eternamente com o seu Criador, o néscio caminha em direção à eternidade, mas onde Deus não estará presente e só haverá choro e lamento pela sua necedade.

O ESSENCIAL E O SECUNDÁRIO

Muitas separações que têm atingido a algumas congregações ou entre crentes deveu-se a diferenças sobre assuntos secundários e não essenciais.

Quando falo de essencial em relação ao evangelho refiro-me às doutrinas fundamentais reveladas nas Sagradas Escrituras, onde a maioria dos cristãos coincidem. Quando digo cristãos, falo de pessoas que experimentaram o novo nascimento e o Espírito Santo veio habitar nos seus corações.

Doutrinas essenciais como a salvação por meio da obra de Cristo na cruz e através da fé a obtemos, não por obras ou méritos humanos. Reconhecemos a Deus como Criador de todas as coisas e que criou o ser humano à imagem e semelhança Dele. O pecado como a condição moral e espiritual em que se encontra o ser humano e que o leva a viver separado de Deus e a necessidade duma salvação divina, a Bíblia como livro de revelação que expressa o desejo de Deus, seus propósitos, cremos na sua infalibilidade e que tudo aquilo que está escrito nela procede de Deus para nosso crescimento espiritual e poderia mencionar outras doutrinas essenciais da vida cristã, mas só menciono algumas.

É difícil encontrar cristãos que se separem por causa das doutrinas essenciais do evangelho. Quando acontece uma rutura a maioria das vezes é por coisas secundárias.

Quando digo coisas secundárias refiro-me a práticas que não têm transcendência em relação à nossa salvação. Vou dar um exemplo: Deve-se celebrar natal? Sim ou Não. Já alguma vez participei em discussões acerca deste assunto e também já assisti a separações entre irmãos, uns porque dizem que deve celebrar-se e outros que dizem que não deve celebrar-se. Quem tem razão? Segundo o ponto de vista de cada um, ele ou ela tem razão e estão dispostos a romper relações por causa da sua razão.

Quão bom e agradável é que os irmãos vivam em harmonia, ai Deus envia bênção.

Mas onde há espírito facioso, Deus não está presente.

As coisas essenciais devem unir-nos e manter a unidade através dos tempos, o desejo de Deus é que sejamos maduros, adultos, que saibamos viver harmoniosamente uns com os outros.

Se alguém se aproxima de mim e afirma que a Bíblia é um livro qualquer e que não procede de Deus, então discordarei dele, porque este é um princípio essencial da vida cristã. Se alguém se aproxima de mim e afirma que celebra o natal ou ao contrário, que não o celebra, respeitarei a sua decisão, porque em relação a esse assunto é algo secundário.

A COLUNA DE NUVENS DE DIA E DE FOGO À NOITE

Ao deixar Sucote acamparam em Etá à entrada do deserto. O Senhor conduzia-os de dia por meio de uma nuvem em forma de coluna a qual de noite se tornava em fogo.

Desta forma podiam deslocar-se tanto de dia como de noite. Nunca aquela coluna de nuvem e de fogo os deixou, fosse de noite, fosse de dia. Êxodo 13:20-22

Particularmente já atravessei o deserto pela estrada pavimentada, que não é igual a atravessá-lo em camelo ou a pé. Os israelitas precisavam duma orientação, porque sem ela pereceriam no deserto.

Esta coluna de nuvens de dia e de fogo pela noite tinha como propósito principal de indicar o caminho a seguir segundo o propósito de Deus. Quando parava era para acampar e quando se movia, seja em direção ao norte ou ao sul, o povo de Israel movia-se.

A coluna de nuvens de dia servia para proteger o povo de Israel do inclemente sol do deserto e a coluna de fogo na noite servia para aquecer o povo, devido ao inclemente frio e baixa temperatura que se sente no deserto. Esta manifestação milagrosa de Deus tinha como propósito preservar o seu povo das inclemências das temperaturas altas durante o dia e as temperaturas baixas durante a noite, além de afastar os animais próprios do deserto.

Preservar conforme os seus propósitos é a vontade de Deus para com seu povo. Hoje a maioria de nós vivemos em cidades, em casas, usamos carros particulares ou transportes públicos. Se é verão temos ventiladores e se é inverno temos aquecedores e quem não tem usa cobertores; vivemos noutra época onde existem muitos meios que tornam a vida mais cómoda.

Mas nenhuma das comodidades que tenhamos será um orientador e protetor para a nossa vida. Duma maneira figurada também atravessamos os nossos desertos na vida, momentos em que a confusão, a crise, a oposição e tantas outras coisas contrárias se instalam e nós como filhos de Deus precisamos duma indicação, uma orientação e proteção contra o mal que se levanta.

Hoje Deus não usa mais a coluna de nuvens de dia ou de fogo à noite. Hoje Deus enviou o Seu Santo Espírito que nos guia e guiará pelo caminho que devemos percorrer, Ele estará todos os dias connosco e nunca se afastará, a não ser que o contristemos ou nos afastemos nos nossos próprios caminhos e caprichos.

Mas se somos da geração dos obedientes o Espírito Santo nos guiará dia e noite na nossa caminhada e nos indicará a atitude e ação certa para que sempre estejamos no centro da Vontade de Deus.

Assim como Deus guiou a Israel pelo deserto com uma coluna de nuvens de dia e de fogo de noite, assim Deus guia-nos hoje, dia e noite através do Seu Espírito.

CC | MURTOSA - OLÁ EU SOU...

Olá eu sou...Uma rubrica semanal (publicada aos sábados) onde são abordados diversos temas, ou partilhados testemunhos de vida. Esta semana temos uma música do André Bonfim.

A IGREJA É COMO UMA FAMÍLIA

Uma família normal é composta por um pai, uma mãe e um ou mais filhos dentro do desenho de Deus. Hoje, o homem tem criado outras alternativas as quais chama de família, mas estão distantes do conceito divino.

A Bíblia disse que todos os cristãos nascidos de novo fazemos parte da Família de Deus. Deus é o nosso Pai Celestial e Jesus Cristo nosso irmão mais velho, o primogênito. Por isso entre os crentes chamamo-nos de irmãos e irmãs em Cristo.

Quando digo que a igreja é como uma família, refiro-me aos vínculos que se criam dentro da irmandade cristã. Assim como numa família normal há pai, mãe, filhos e falando duma maneira mais alargada encontramos tios, avós, primos, genros, sobrinhos, etc. Na igreja de Cristo estabelecem-se vínculos de amizade e companheirismo que muitas vezes ultrapassam os vínculos de sangue, porque aquilo que nos une é o Espírito de Deus e isso faz com que os relacionamentos se tornem mais profundos.

Não nego que pode haver casos em que hajam cristãos que mantenham uma melhor relação com seu circulo familiar que com os irmãos da congregação, por causa das atitudes carnais, diria, de ambas partes, mas são casos pontuais, fora do normal. A maioria das congregações mantém a harmonia fundamentada no amor e o respeito, pelo menos na Comunidade Cristã de Murtosa fazemos questão que assim seja.

Ofender-nos? Ferir-nos? Pode acontecer, somos falhos, erramos, dizemos coisas sem pensar às vezes e isso pode ofender o nosso irmão. Mas a ordem já foi dada pelo Senhor, “amai-vos uns aos outros e perdoai-vos uns aos outros”. Se alguém não o faz é alguém que está numa atitude de desobediência.

Há irmãos e irmãs na congregação que se tornam como um pai ou uma mãe e outros que se tornam como um filho ou uma filha e muitas vezes é tão profunda a relação que vai muito além daquela relação que alguma vez se teve no nível sanguíneo. Uma coisa não contraria a outra, nem estou a incentivar a descuidar a família de sangue para dar mais primazia a família espiritual, se bem é certo que acontece casos de pessoas cristãs que negligenciam a sua família de sangue por passar muito tempo fazendo coisas para Deus ou passando todo o dia dentro do templo, como dizem em Portugal, nem oito nem oitenta.

A diferença da família natural com a família espiritual é que com a segunda estaremos eternamente juntos, por isso a importância de desenvolver vínculos fraternais uns com os outros em amor e companheirismo, porque querer que a família natural entenda nossa perspetiva espiritual é difícil porque os homens naturais, não entendem os espirituais.

A igreja é como uma família.

A IGREJA É COMO UM EXÉRCITO

O próprio apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo chamou aos cristãos de soldados de Cristo. A Bíblia fala de ser atalaia que é uma função exercida por um soldado para avistar quem vem; o próprio Antigo testamento está cheio de descrições de batalhas e guerras. No livro de Êxodo, Deus é revelado como Varão de Guerra.

A ideia da igreja ser como um exército não é estranha na Bíblia. É certo que o nosso combate como cristãos não é com armas, nem munições; é bastante possível, se bem certo que não posso responder por todos os cristãos do mundo, mas penso que a maioria não empunha, nem nunca empunhou uma arma e menos matar a alguém, porque o mandamento bíblico de amar ao nosso próximo, inclusive nosso inimigo é um princípio aplicado pelo cristão comum.

O mandamento de Não Matar leva a muitos a não ingressar ao exército, pelo simples facto de haver um dia a possibilidade de poder matar a outro ser humano, por isso muitos cristãos tornam-se objetores de consciência, mas não é pecado ir a guerra e defender a tua pátria ou um dia defender a tua própria família ou vida dalgum mal violento que se levanta contra ti ou os teus.

Quando assistimos a um filme sobre a vida militar ou um documentário descobrimos as exigências que leva, especialmente na área disciplinar, o treinamento rigoroso, o esforço demandado que muitas vezes exige ultrapassar limites físicos, mentais, emocionais, não é pêra doce ser soldado. Aquele que não exige mais de si para atingir um aperfeiçoamento como soldado, será prontamente eliminado, seja na própria formação e se vai combater não estará devidamente preparado.

O facto de a Bíblia usar a figura do soldado que faz parte do exército e falando especificamente do soldado em Cristo, também haverá exigências. O próprio Comandante e Chefe deste exército espiritual exige um tipo de vida e disciplina digno de alguém que se chama cristão. A Bíblia disse que o nosso inimigo, o diabo, anda procurando a aqueles que estão distraídos, desleixados ou pecando e apesar de ser filhos de Deus e de engrossar o exército Dele, quando o diabo os descobre, abate-os por não estarem preparados para enfrentar a batalha.

A nossa batalha nesta guerra espiritual durará toda a vida, todos os dias devemos estar vigilantes como atalaias cuidando da nossa vida espiritual e daqueles que fazem parte da nossa vida, familiares e irmãos na fé. O apóstolo Paulo menciona no livro de Efésios as armas espirituais, tanto defensivas como ofensiva que o cristão, o soldado de Cristo deve usar para guardar sua vida e se for necessário atacar ao inimigo que nos assediar ou agredir.

Nós como cristãos somos pessoas de paz, mas em relação ao combate espiritual somos soldados de Cristo, prontos para a batalha e não dá para desertar.

A IGREJA É COMO UMA ESCOLA

Quando digo escola, também pode ser universidade, instituto tecnológico, curso de formação, tudo aquilo que pode contribuir para a nossa formação académica.

Ter oportunidade de ir à escola é uma bênção porque o conhecimento aprendido ajudar-nos-á na nossa formação como pessoas, se bem certo que quando somos crianças ou jovens queremos fugir dessa responsabilidade porque achamos que é uma seca ou não vale a pena, mas hoje como adultos damos graças a Deus porque tivemos essa maravilhosa oportunidade e a incentivamos também aos nossos filhos, porque sabemos que também os ajudará na vida.

Jesus era conhecido como o Mestre ou Rabi por causa dos seus ensinamentos; as pessoas ficavam admiradas com a sua doutrina, porque era totalmente diferente daquela que os escribas ensinavam, já que eles se haviam afastado dos ensinos da Lei e dos Profetas e ensinavam mandamentos inventados por eles, por isso não tinham vida, mas as palavras de Jesus eram e são Espírito e Vida. Jesus é o Mestre dos mestres e continua a ensinar a sua igreja nos dias de hoje.

Jesus já não está presente fisicamente para ensinar, mas Ele deixou claro que era importante voltar para o Pai para que fosse enviado o Espírito de verdade que guiaria a igreja a toda a verdade, o Espírito Santo que habita em todo o crente nascido de novo. Jesus através da história tem levantado ministérios como o do apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre e cada um deles cumpre o papel de ensinar e ministrar a verdade do evangelho a toda a criatura. Um pastor local é possível que não tenha o ministério de mestre, mas deve ser apto para ensinar ao rebanho que se lhe confiou.

Qualquer crente que anda com Deus e que através dos tempos foi amadurecendo e servindo está apto para ajudar a todo o novo crente, tomando a atitude dum irmão mais velho que cuida do seu irmão ou irmã mais novo, ensinando-lhe os fundamentos da vida cristã e não precisa estar numa sala de aulas, porque o exemplo e qualquer lugar é suficiente para transmitir as verdades do evangelho.

A igreja não é somente como uma escola que serve para ensinar-nos as verdades doutrinais, senão também é um lugar onde recebemos educação e onde aprendemos a conduzir-nos como pessoas, a amar as pessoas, a ajudar as pessoas, a saber lidar com todo tipo de pessoas, a desenvolver uma ética de vida. Muitas pessoas que chegam à igreja vêm de contextos difíceis e muitos passaram por experiências traumáticas e precisam ser ensinadas e amadas para que elas também possam ensinar a outras.

A igreja ser como uma escola, tem como objetivo ajudar na formação das pessoas que se convertem a Cristo em tornar-se crentes que conhecem a Sua Doutrina e aplicá-la no dia-a-dia nas suas próprias vidas.

A igreja é como uma escola.

A IGREJA É COMO UM HOSPITAL

Vou iniciar uma série de comparações em relação à igreja com instituições que fazem parte de qualquer nação da Terra. Não digo que a igreja seja um hospital literalmente ou qualquer outra ilustração que utilizar, senão mas bem como uma figura que ilustra a sua operação neste mundo.

O mundo está cheio de gente doente, talvez você esteja a ler estas linhas e encontrar-se doente, enfermo ou talvez convalescente depois duma enfermidade ou operação realizada no seu corpo. Também existem pessoas que têm doenças do foro mental, emocional e estão a ser atendidas por especialistas na área da psicologia ou psiquiatria e também podemos encontrar pessoas que estejam a atravessar tratamentos agressivos, seja quimioterapia ou outros por causa de cancros.

Quando Jesus ministrava era abordado por multidões de pessoas doentes, inclusive pessoas que eram atormentadas por espíritos malignos que provocavam todo o tipo de doenças e males nos seus corpos e mentes. Jesus na sua ação misericordiosa estendia a Sua Mão para curar e sarar os doentes, hoje continua a agir da mesma maneira através da sua igreja.

Por isso digo que a igreja é como um hospital. Quando digo igreja refiro-me neste contexto à congregação local onde se reúne a igreja, o conjunto de homens e mulheres que aceitaram a Cristo e nasceram de novo. Deus usa o seu povo como um instrumento do Seu Poder e através das nossas vidas cura, sara, liberta e trata todos os doentes que se aproximam a Ele.

Quando decidimos aproximar-nos a Deus buscando uma cura para o nosso corpo ou alma, o Espírito Santo levar-nos-á a vincular-nos com os crentes em Cristo.

Deus é Poderoso para sarar-te lá em casa sem necessidade de vincular-te com crentes ou ir a uma igreja local? Sim. Mas, ficarás curado e sozinho e por vezes os teus familiares ou amigos próximos não entenderão a tua experiência espiritual e a tua cura divina e acharam que estás a disparatar, porque o homem natural não discerne o espiritual, mas os crentes em Cristo sim.

O problema básico do ser humano é o pecado, que pode ser ilustrado como uma doença espiritual que só o Médico dos médicos pode curar, Cristo. Cristo tem os seus doutores, enfermeiros, assistentes que são parte da sua igreja, os filhos de Deus e a congregação local é como um hospital, onde você pode acudir doente ou talvez à porta da morte, mas na igreja local encontrará o Médico e todos os seus assistentes que te apoiarão e ajudarão a superar a situação que atravessas.

A igreja é como um hospital.

ABRAÃO II

Abraão é um exemplo de obediência. Quando recebeu o chamado por parte de Deus de sair da sua terra e sua parentela, deixando a casa do seu pai, obedeceu.

Outra coisa que Deus lhe disse e prometeu-lhe é que o abençoaria grandemente e que da sua descendência faria uma grande nação. Da descendência de Abraão viria o Messias, nós em Cristo fazemos parte espiritualmente dessa nação.

Deus prometeu abençoá-lo e que Abraão seria uma bênção para outros e que todos os que o abençoassem seriam abençoados e que todos os que o amaldiçoassem seriam amaldiçoados. Através da narração da história de Abraão vemos que estas promessas que Deus lhe fez se cumpriram. Abraão tornou-se num homem rico e próspero, teve muitos servos e servas e muito gado e outros bens materiais.

O que acho interessante é que Abraão com toda essa riqueza que teve nunca construiu um castelo ou uma mansão, sempre habitou em tendas e manteve uma vida simples. A riqueza nunca lhe subiu à cabeça, e aceitou-a duma maneira normal como parte da promessa que Deus lhe fizera. A Bíblia fala que o problema de muitas pessoas e inclusive alguns cristãos é o amor ao dinheiro e não o dinheiro em si.

Nas últimas décadas a igreja tem sido bombardeada com a teologia da prosperidade e um dos personagens que é usado para fundamentar a ideia de que o cristão deve ser rico (textualmente falando) é porque somos descendentes de Abraão e como tal devemos ser como ele. Que a bênção que Deus prometeu para Abraão é nossa e, portanto, somos merecedores de tal riqueza material. Na verdade, Deus prometeu a Abraão que o abençoaria e ele ocupou-se a desenvolver o negócio da criação de gado, fora daquelas riquezas que recebeu da parte dos reis. Diríamos que Abraão foi um homem de negócios e foi muito hábil porque a sua riqueza multiplicou-se e demorou anos a atesourá-la.

Esta teologia da prosperidade parte do princípio que pelo facto de só crer nesta teoria, porque não passa disso, automaticamente passa a ser próspero, como por arte de magia. Mas na verdade os únicos prósperos são os pregadores que ensinam isto, porque levam o povo a crer que dando ofertas especiais, estão semeando para o seu futuro e um dia verão cair dinheiro do céu como o maná caia diariamente no deserto, isso não funciona.

Quando Deus disse que seriamos abençoados como descendência de Abraão falava espiritualmente, porque em Cristo somo ricos por causa da salvação, Ele se fez pobre para que nós fossemos enriquecidos com a bendita salvação, a vida eterna que se obtém através da fé em Cristo Jesus.

Abraão foi um homem rico, mas ele almejava uma melhor pátria, a celestial, onde está o verdadeiro tesouro.

CC | MURTOSA - OLÁ EU SOU...

Olá eu sou...Uma rubrica semanal (publicada aos sábados) onde são abordados diversos temas, ou partilhados testemunhos de vida. Esta semana temos uma mensagem do Fernando e da Júlia.

INSATISFEITO

Para entender esta palavra é melhor conhecer o significado de satisfeito, que é alguém que se satisfez; saciado; repleto; farto; realizado; cumprido; contente; alegre.

Alguém disse que esta vida é um vale de lágrimas e de certa maneira é verdade, há muitas coisas que nos deixam insatisfeitos, descontentes e às vezes infelizes. O facto de ter Deus na nossa vida não faz com que algumas situações não nos causem tristezas e dissabores.

Às vezes criamos grandes expetativas sobre um determinado aspeto da vida e as coisas não correm como tínhamos pensado e tudo isso leva-nos a ficar frustrados, insatisfeitos, nada contentes. Mas por outro lado a vida não é todo um vale de lágrimas, muitas vezes experimentamos satisfação e sentimo-nos saciados, completos nas nossas vidas, porque conseguimos realizar um sonho, um projeto que almejávamos. Como por exemplo trabalhar na área em que somos bons e podermos desenvolver-nos, contando com todo o apoio dos nossos colegas. Outra situação que leva a experimentar uma grande satisfação é encontrar a pessoa idónea com a qual pode-se construir uma vida a dois e posteriormente tornar-se numa família.

Estas coisas que fazem parte da vida, família, trabalho, estudo, negócio, ministério vão produzir em nós satisfação, realização, mas também haverá dor, sofrimento. Uma ideia errada que alguns têm que procuram a felicidade é que pensam que ela é obtida sem passar por alguma dificuldade ou conflito.

O facto de sentir-nos satisfeitos, não significa que não haja insatisfação nalguns momentos, porque esta vida não é perfeita, só quando estivermos no céu, no paraíso e todo este sistema passar, então ali tudo será perfeito, porque o Senhor o encherá todo com a sua presença.

A Bíblia disse que em Cristo estamos completos, isto significa que Nele podemos encontrar satisfação e Ele fará com que a nossa vida não fique insatisfeita. Deus sabe o que realmente precisamos, Ele sabe o que verdadeiramente nos faz felizes e realizados, a fim de que vivamos vidas satisfeitas, contentes, felizes.

Existem cristãos insatisfeitos? Sim. Porque não deixam Deus ser o Senhor Absoluto das suas vidas e continuam, à procura de encontrar só satisfação nas coisas terrenas.

Uma verdade que precisamos entender acerca desta vida é que nada é eterno nesta Terra, tudo é efémero, passageiro e colocar grandes expetativas em coisas terrenas deixar-nos-á insatisfeitos, só em Deus estamos completos, satisfeitos, porque quando aceitamos viver de acordo com Ele, faremos o que Ele quer e Ele sabe que ao obedecer à Sua Perfeita Vontade na nossa vida não nos fará pessoas insatisfeitas.

VAI-SE ANDANDO

Esta é uma expressão muito usada aqui em Portugal. Quando encontramos alguém e perguntamos como está, alguns respondem com um “vai-se andando”.

Esta expressão denota às vezes o estado do espírito da pessoa que vai aceitando a sua situação, seja a nível familiar, pessoal, financeira ou de qualquer outra índole. Não digo que está mal expressar-se dessa maneira, nem impor a ideia que a pessoa tem que sentir ou agir sempre com um espírito positivo, porque cada pessoa é única e original.

O senão desta atitude expressa nesta frase ante as situações da vida é que uma pessoa pode entrar num estado de conformismo ou pessimismo frente àquilo que enfrenta e isto pode roubar-lhe forças e vontade para enfrentar com fé as adversidades que surgem.

Como filhos e filhas de Deus devemos crer no Senhor, que a sua presença nos acompanha sempre em toda a situação. A Bíblia ensina que Deus tem uma saída ante qualquer situação que enfrentemos, para que possamos suportar e descobrir como sair dela vitoriosamente. Já encontrei cristãos nascidos de novo que entram nesse estado de espírito e se entregam ao vai-se andando, deixando de lutar ou enfrentar uma determinada situação menos boa e o desanimo, o desalento tomam contam da sua vida, alma, espírito e corpo, caíndo num estado depressivo ou negativo.

Há situações que surgem na nossa vida que nós não a procuramos, refiro-me a situações menos boas e ficamos perplexos e impotentes e não reagimos e deixamo-nos estar e então quando alguém pergunta como estamos, respondemos que vai-se andando, mas na verdade o entusiasmo que deve ser parte da nossa vida cristã está ausente.

Jesus frisou sobre a importância de ter bom ânimo sempre e de nos animar uns aos outros, por isso somos uma comunidade, onde o nosso elo comum é Cristo e o mesmo Espírito habita em cada um de nós e devemos encorajar-nos e animar-nos a procurar a ajuda do Senhor para vencer todo o obstáculo e para que um espírito pessimista ou triste não seja senhor da nossa vida.

Enquanto estejamos nesta vida estamos sujeitos às aflições e às dores que ela produz. Mas no meio de tudo isto como cristãos temos a presença de Deus connosco, que nos acompanha, nos fortalece, nos renova, nos ajuda para que o nosso espírito cobre vida a cada manhã e aquelas coisas que sabemos que podem mudar para melhor, as procuremos, crendo que o Senhor é Poderoso para fazer coisas novas e iremos andando sim, mas agarrados na mão d’Ele.

ACEITANDO O PERDÃO

Não basta saber que Deus perdoa, precisamos aceitar o seu perdão. Creio que a maioria de nós já passámos por uma crise de cobrar-nos a mais por alguma coisa que fizemos, que sabíamos que não era a vontade de Deus, foi uma clara desobediência consciente ou involuntariamente e sentimo-nos péssimos connosco e até achámos que não éramos merecedores do perdão divino.

Como ensinava o outro dia, o cristão não se move por emoções ou sentimentos, porque eles podem pregar-nos partidas e enganar-nos. Precisamos basear a nossa vida naquilo que está escrito na Bíblia, que se confessarmos os nossos pecados com um sincero arrependimento, Deus que é misericordioso e perdoador, nos perdoará.

A religião, que talvez a maioria praticávamos no passado, às vezes continua presente e ela ensina erradamente que se pecarmos ou ofendermos a Deus será necessário actos de penitência para alcançar o favor divino, mas isso procede duma ideia errónea acerca de Deus, que o mostra como um Deus castigador, a Bíblia e uma relação próxima a Ele nos mostra todo o contrário.

Um dia Deus castigará e dará justa retribuição a todos aqueles que o rejeitaram em vida e que não quiseram saber Dele, o seu destino eterno será uma eterna separação e essa consequência é de inteira responsabilidade de cada indivíduo.

Mas àqueles que aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador a Misericórdia de Deus está sobre eles. Deus tornou-se o nosso Pai Celestial que nos acolhe como seus filhos e filhas e está pronto a perdoar-nos quando falhamos, porque Ele sabe que somos carne, que somos devíeis, fracos, sujeitos às tentações e fraquezas da nossa natureza humana. Graças a Deus que o seu Espírito habita dentro de nós e nos leva de trunfo em trunfo por meio de Jesus Cristo.

Lembro-me de Pedro o discípulo de Jesus, que se tornou no apóstolo Pedro e hoje podemos aprender dos seus escritos inspirados pelo Espírito Santo e da sua experiência quando andava com Jesus. Pedro falhou terrivelmente, ao ponto de negar a Jesus três vezes, apesar do aviso que o Senhor Jesus lhe fizera, mas ele achava-se tão forte ante seus os próprios olhos e pensou que nunca faria tal coisa.

Pecou traindo ao Seu Senhor e apesar de sentir-se péssimo, aceitou o perdão divino e foi restaurado. Foi-lhe confiado o pastoreio do rebanho do Senhor.

Aquilo que se passou com Pedro e muitos outros cristãos ao longo da história é um testemunho vivo que Deus está mais pronto para perdoar que punir. Falhaste? Pecaste? Arrepende-te com um coração sincero diante do Senhor que nos conhece de maneira profunda e sabe quando estamos quebrantados e humilhados ante Ele e reconheçamos as nossas falhas e pecados e peçamos perdão e Ele perdoar-te-á.

Aceita somente o seu perdão com gratidão e não voltes a pecar.

COBIÇA

Cobiça significa o desejo veemente de conseguir alguma coisa; ambição; avidez. Na Bíblia quando fala dos Dez Mandamentos está incluído o seguinte: Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

O ser humano sem Deus é tão ambicioso e egoísta que só pensa em si mesmo e às vezes acontece com alguns cristãos também, que não mantém uma comunhão saudável com Deus e com o seu próximo. Deus pôs-nos a cada um de nós como seres humanos debaixo do mesmo sol, isto significa um mundo de possibilidades, mas dependerá de cada um o que fará com a sua vida.

Devemos lutar pelas nossas próprias coisas e se somos cristãos entender o que Deus quer que desenvolvamos durante os anos da nossa vida e Deus proverá o que for necessário. Já falámos acerca da importância de ser gratos a Deus para com tudo aquilo que põe nas nossas mãos, não precisamos olhar para o vizinho e querer o que ele ou ela tem para nós, porque cairemos no pecado da cobiça.

Já vi crentes cair nesse pecado, querer cobiçar o trabalho do seu próximo que com tanta dedicação e luta o obteve, porque acham que são merecedores ou acham-se que são melhores e usam esses argumentos para cobiçar e roubar o que não lhes pertence.

Se a cobiça está incluída nos Dez Mandamentos é porque Deus sabe que será uma tentação presente na vida do ser humano, querer o fruto do próximo. Ser tentado não é pecado, mas também creio que não deveria ser um pensamento que permaneça na mente de ninguém e menos num cristão, deve ser expulsa toda ideia de cobiça o desejo de algo que pertence ao teu próximo.

Trabalhemos pelo que é nosso e cuidemos aquilo que o Senhor nos confia. Poderá haver pessoas que cobicem coisas que nós temos? Haverá. Mas esse não é problema nosso é deles. O que interessa a Deus em relação ao seu povo que se chama pelo Seu Nome é que não deve nem considerar essa possibilidade.

A Bíblia e a vida estão cheias de testemunhos de pessoas que nasceram com limitações ou sem nada e dali construíram uma vida próspera. Esse é o desejo de Deus, que cada um se realize nesta vida e trabalhe para conseguir os seus objetivos espirituais primeiramente, familiares, profissionais, em tudo aquilo que lhe tocar fazer nesta vida, não precisa desejar veemente o que o seu próximo tem, senão que trabalhe pelo que lhe diz respeito.

Deixe o seu próximo com o que é dele e respeite-o, o que é dele não faz parte do teu território. Não cobiçarás!