PERÍCIA

A perícia é adquirida quando alguém se torna perito numa determinada habilidade, torna-se também uma pessoa conhecedora e versada nesse assunto. Com o passar do tempo adquire habilidade, destreza e experiência, podendo assim favorecer o seu próximo.

Claro que nesta vida vamos encontrar todo o tipo de peritos, seja no sentido positivo, como por exemplo um médico que cuidará da saúde dos seus pacientes, provendo uma melhor qualidade de vida. Mas, por outro lado podemos encontrar por exemplo um perito ladrão, habilidosíssimo para saber como introduzir-se na casa do próximo e roubar aquilo que lhe interessa; este tipo de perito só trará prejuízo aos seus semelhantes.

Em relação àquilo que nos interessa, o crente que tem como alvo crescer e amadurecer na vida cristã, com o passar do tempo deve tornar-se um hábil perito do dom ou dons que o Senhor lhe concedeu. Os dons são ferramentas que o Senhor põe nas nossas mãos com o propósito de edificar a Sua igreja e ainda torná-los extensivos além das quatro paredes das congregações.

A ideia não é tornar-nos profissionais pagos pelo uso de nosso dom ou dons; normalmente a igreja é composta por pessoas que trabalham nalgum ofício e ganham o sustento com dito trabalho e a maioria dos irmãos e irmãs fazem um serviço voluntário e gratuito na igreja como uma expressão de gratidão e porque entendem que agora que são salvos estão para servir.

Deus chamará alguns para dedicarem-se ao ministério e viverão disso, como diz a Escritura: quem prega o evangelho, que viva do evangelho. Seja o ministro de culto ou crente, ambos são chamados a aperfeiçoar-se, a crescer, a superar os obstáculos que defrontem durante sua vida.

Aquela habilidade espiritual posta nas suas mãos deve desenvolver-se através dos anos. O crente deve tornar-se perito, hábil, destro e experiente para que o seu dom ou dons sejam eficazes e melhorados com o tempo.

Nos primeiros tempos em que começamos a servir a Deus, as coisas que fazemos, talvez não saiam muito bem, mas isso não deve ser motivo para nos acomodar-nos a uma mediocridade ou um serviço fraco, pelo contrário cada vez mais devemos exigir a nós mesmos sermos melhores na obra que realizamos.

Aquilo que fazemos é para Deus e beneficiará àqueles que nos rodeiam e àqueles aos quais o Senhor nos envie.

Ponhamos como alvo tornar-nos peritos, desenvolvendo perícia naquilo que o Senhor quer que realizemos para a Sua Glória e Honra.

INTEGRIDADE

Uma pessoa íntegra caracteriza-se por ser horada, imparcial e reta. Pessoas assim encontram-se de vez em quando, mas, como vai o mundo cada vez mais são escassas.

A Bíblia fala da integridade como uma virtude a ser procurada pelos filhos de Deus. É do agrado Dele achar pessoas íntegras, aliás a Bíblia mostra-nos alguns homens de Deus que se caracterizaram por serem íntegros nas suas vidas e ministérios.

Uma tentação que se apresenta diante de nós como cristãos é envolver-nos numa vida caracterizada pela hipocrisia, que faz com que o nosso cristianismo se torne falso, mentiroso e interesseiro segundo nossa conveniência.

Jesus atacou esta atitude hipócrita quando enfrentava os religiosos da sua época, mas também confrontou os seus discípulos quando via neles esta atitude.

Uma pessoa íntegra será honesta e sincera em todas as suas ações e momentos da sua vida, não somente no domingo na igreja, senão, todos os dias, na casa, no trabalho, na escola, etc.

Os íntegros são procurados pelo Senhor, porque Deus sabe que eles ou elas sempre falarão a verdade e não venderão a sua alma por qualquer interesse mesquinho ou egoísta.

A igreja de Cristo deve ser íntegra na sua mensagem e maneira de viver, deve fugir de toda hipocrisia e falsidade. Não existem cristãos perfeitos, mas devem existir cristãos honrados, imparciais e retos em todos os seus negócios, sejam no âmbito eclesiástico ou secular. Não somos cristãos somente em alguns momentos da semana, somos cristãos 24 horas, 7 dias por semana.

Uma característica duma vida íntegra é a imparcialidade, noutras palavras não limita a sua ajuda, serviço ou opinião só a um determinado grupo. Todas as decisões e posições que toma procura o bem de todos e não satisfazer só o capricho de alguns.

O íntegro fala a verdade, pensa a verdade e expressa a verdade, gostem ou não gostem da sua atitude. O íntegro sabe que Deus conhece as intenções e motivações do seu coração. Deus está presente nas 24 horas, não importa onde se encontre, sozinho ou acompanhado. A sua integridade começa primeiramente com Deus, porque há uma relação diária, permanente, onde o seu coração é escrutinado pelo Espírito Santo e não dá para tentar enganá-lo, nunca o conseguirá.

O engano daquele que não é íntegro, e falo de crentes, é que pensa que como engana os seus semelhantes, a Deus também lhe dá a volta. Não erreis, Deus não se deixa enganar.

VALIDADE

A definição da palavra validade é o estado daquilo que está dentro do prazo. Normalmente a associamos ao tempo de validade de um determinado produto, como quando vamos ao mercado e a verificamos na data impressa.

Seguramente já aconteceu alguma vez comprar algum produto e não verificar a validade e quando chega a casa descobre que já expirou, a mim já me aconteceu.

Não quero comparar a você ou a mim como sendo um produto ou objeto, somos seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus e aqueles que já nasceram de novo têm a possibilidade de serem transformados para tornarem-se como Cristo, se cooperarem com Ele.

Nós, crentes ou não, temos um tempo de validade, um tempo de duração, não vamos viver nesta Terra tal como a conhecemos eternamente. A Bíblia disse que há um tempo de nascer e um tempo de morrer, isso significa que temos um tempo de validade, só Deus sabe quando expira.

Aquilo que me interessa é saber como está a nossa vida espiritual. Continuando com a ideia dum produto dentro da validade, significa que quem o consome desfrutará algo de boa qualidade, esse é o propósito de comprar coisas dentro do prazo; porque consumir algo fora da validade é daninha para a saúde, perdendo o sabor e nem serve para nada.

Às vezes descubro crentes que estão dentro do prazo de validade, dentro do período certo para se tornarem um fruto apetecível, bom, agradável, que pode trazer benefício ao Corpo de Cristo e ao mundo caído, mas preferem viver como se estivessem fora de prazo, alguns tornam-se insípidos, algo desagradável. Porque acontece isto? Porque querem dar lugar à sua carne, a que prevaleça o que eles querem, fazer as coisas à sua maneira. A maneira de ver a vida cristã é só através da sua óptica, não deixam que Deus ponha colírio nos seus olhos para que possam ver do ponto de vista de Deus.

Quando lemos as instruções contidas nas embalagens dos produtos que compramos, elas indicam-nos qual o lugar conveniente para preservar o produto, por exemplo não ficar exposto ao sol e outros detalhes que são importantes considerar. Quando desobedecemos às ditas instruções o produto perde a sua qualidade, por fora parece bom, mas a sua essência já foi estragada.

Assim acontece com alguns crentes, por fora continuam com o mesmo aspeto, mas por causa da sua forma de agir, não submetendo-se inteiramente a Deus e à Sua Guia, acabam por azedar e estragar o conteúdo, que para Deus é o mais importante.

PROPÓSITO

Eis algumas palavras que o definem: deliberação, resolução, decisão, intento, projeto.

Escolho a última por estar mais próxima daquilo que é a vida cristã. Entendemos que Deus é quem está a realizar um propósito nas nossas vidas através dela.

A Bíblia revela que desde antes da fundação do mundo Deus planeou um propósito para com a sua criação, especialmente para com aqueles que se tornariam seus filhos, seu povo escolhido através da Sua Graça.

Se Deus estabeleceu propósitos para com o seu povo, quer dizer que Ele tem propósitos específicos para cada um que faz parte da sua família. Esse propósito torna-se a perfeita, boa e agradável vontade de Deus.

Cabe a cada um entender o seu propósito e concretizá-lo. Isso não está necessariamente ligado a ser famoso e que todo o mundo te conheça; a maioria dos cristãos não serão conhecidos mais além do lugar e círculo de amizades que estabeleçam no tempo de vida que lhes toque viver.

Nesse período de vida, curto ou longo deve empenhar-se em ver concretizado o propósito de Deus na sua vida e este propósito será parte dum propósito maior que a nossa limitada capacidade de entender não compreenderá em toda a sua magnitude.

Deus é o único capaz de ter uma visão completa e detalhada de Seu Propósito através da história, a nós nos toca só uma brevíssima participação. Portanto, saibamos aproveitar este período de vida que estamos a viver e trabalhemos afincadamente em cumprir o propósito de Deus em nós e através de nós.

Não esqueçamos a parábola dos talentos, houve dois servos que souberam aproveitar e deram fruto, mas houve um que foi negligente e torpe com aquilo que havia recebido, escondeu-o.

Esconder é sinonimo de desobediência, negligência, irresponsabilidade, incompetência, etc. Não podemos pensar que passaremos a vida como se nunca fossemos responder a Deus por aquele propósito que nos foi revelado e que conscientemente decidimos não executá-lo por qualquer razão, nenhum argumento ou justificação será válido.

Deus espera que cumpramos o nosso propósito de vida, o projeto desenhado para cada um. E à semelhança da parábola dos talentos, no dia em que Deus pedir conta da nossa vida cristã, que possamos chegar com as mãos cheias, porque decidimos cumprir o propósito Dele em nós e através de nós.

ABERTURA DO MAR VERMELHO

Então o anjo de Deus que estava a conduzir o povo de Israel retirou a nuvem e veio por detrás deles, ficando assim entre o povo e os egípcios.

Nessa noite, quando se tornou uma coluna de fogo, alumiava o campo dos israelitas, mas do lado dos egípcios havia escuridão. Dessa forma estes últimos nunca conseguiram alcançá-los durante essa noite.

Moisés estendeu a sua vara sobre o mar e o Senhor abriu um caminho através das águas, as quais formaram uma parede de um lado e doutro da passagem. Um forte vento oriental soprou durante toda a noite, fazendo reter as águas do mar. Como tal, o povo de Israel pôde passar por ali como se fosse terra enxuta. E os egípcios meteram-se também por aquele caminho aberto no fundo do mar; meteram-se todos: cavalos, carros e condutores.

Ao amanhecer, Jeová, a partir da nuvem de fogo, deu atenção ao campo dos egípcios e começou a desordená-los e a embaraçá-los. Saltavam-se-lhes as rodas dos carros e não podiam avançar.

“Fujam daqui”, gritavam os egípcios. “Jeová está a lutar por eles contra nós”.

O Senhor disse a Moisés: “Estende de novo a tua mão sobre o mar de forma que as águas se fechem sobre os egípcios, sobre os seus carros e cavaleiros”. Moisés obedeceu e o mar voltou à normalidade pela manhã. Os egípcios ainda tentaram fugir mas o Senhor desembaraçou-se deles ali mesmo no meio do mar. As águas sepultaram-nos a todos, carros e condutores.

De todo aquele grande exército de Faraó que pretendia alcançar Israel através do mar nem um só sobreviveu. Mas o povo de Israel pôde atravessar o mar como por terra seca porque as águas formaram uma parede de ambos os lados da passagem.

Dessa maneira o Senhor salvou naquele dia Israel dos egípcios, que o povo via ali mortos na praia. Israel constatou assim o grande milagre que o Senhor fez por eles contra os egípcios, encheu-se de um profundo e reverente respeito pelo Senhor e creu Nele e no que lhes dizia Moisés, o servo de Deus. ÊXODO 14:19-31

Israel viveu uma época de glória no Egito por causa de José, mas passados muitos anos a condição deles tornou-se terrível e infernal. Os egípcios fizeram dos israelitas seus escravos e eles clamaram a Deus em seu desespero.

Cristo nos libertou da escravidão do pecado, mas às vezes o passado como que quer continuar a perseguir-nos para que voltemos àquela situação terrível onde estávamos. Às vezes no nosso andar como filhos e filhas de Deus encontramos um muro intransponível diante de nós, humanamente impossível de ultrapassar.

Mas Deus segue sendo Deus, Ele é quem acaba com os teus inimigos do passado e Deus é quem abre as portas no meio dos obstáculos para que prossigas o teu caminhar cristão juntamente com Ele.

Esta semana crê que Deus é Poderoso para abrir caminho por onde não há. Esta semana crê que esse inimigo que te persegue desaparecerá da tua vida em Nome de Jesus!

UM AVIVAMENTO OU UMA VIDA AVIVADA

Já estou perto de fazer quatro décadas como cristão nascido de novo e desde os primeiros tempos sempre ouvi o tão almejado avivamento, às vezes nacional, outras vezes continental e por suposto o avivamento mundial. Normalmente se baseia no livro de Atos, no capítulo 2 que fala que nos últimos tempos Deus derramará de Seu Espírito sobre toda carne, mas na verdade isso começou desde que nasceu a igreja e através da história, homens, mulheres, congregações tem experimentado uma avivar tremendo nas suas vidas. Aquilo que observo é que o avivamento sempre está associado a uma reivindicação, por exemplo, aqui em Portugal já estive em reuniões com pastores, que afirmam que o avivamento vai começar pela sua congregação e se espalhará por tudo o país e posteriormente em Europa. Já estive em Espanha e também ouvi dizer o mesmo e se formos para outros países ouviremos o mesmo. Também o avivamento está associado a fórmulas, inspiradas pelo Espírito de Deus segundo quem o diga. Por exemplo um dia enviaram um convite que afirmava que si se conseguia reunir X pastores, representando X denominações e todos orassem em concordância haveria um avivamento que começaria aqui pelo Norte, isto tem que ver muito com essa rivalidade entre o Norte e o Sul, parece Porto e Benfica, só que no âmbito espiritual. Não estou em contra de quem afirme haver recebido revelação divina, por profecia ou sonhos que um grande avivamento começará por ele ou ela ou em sua congregação, cada um responde por si. Creio que uma visitação especial numa determinada vida ou congregação, numa determinada região do mundo é prerrogativa de Deus fazê-lo ou não. Pode-se orar por um avivamento local, nacional, continental ou mundial? Claro que sim! Se achas que foste chamado para isso, continua a fazê-lo. Já também orei assim, mas um dia, desde os primeiros tempos entendi que o que Deus mais deseja é uma vida cristã viva, fervorosa, dedicada, consagrada inteiramente a Ele. Que se possa dizer e ver que nossa vida é um verdadeiro avivamento pessoal, porque isto fará que te tornes numa pessoa que influenciará a sua geração e a aquelas que hão-de seguir-te, porque a obra de Deus não acaba connosco, nem se centra unicamente em nós, ela continua muito mais além de nós. Se acontecerá um avivamento em Portugal, como muitos desejam e querem, não sei e não tem nada que ver com falta de fé, porque continuo na carreira até chegar a meta, Cristo. Mas, creio que é Soberania de Deus decidir-lho. Entretanto se acontece ou não, dedico-me a viver uma vida avivada. E você?

DISTRAÇÕES

Esta palavra pode ter dois sentidos, dependendo do contexto, pode ser diversão ou entretinimento e outro e é aquele que me interessa falar um pouco é a falta de atenção; alheamento ou abstração.

Quando entramos a ser parte do Reino de Deus através do novo nascimento, descobrimos uma nova maneira de ver a vida, entendemos que apesar de estar no mundo, já não fazemos parte do sistema que o governa e orienta, onde Deus não é considerado e vive-se debaixo duma influência maligna que engana e distrai as pessoas para que não pensem no eterno.

O mundo tem muitas distrações ao nosso dispor, quem enveredar neste sistema de valores sem Deus encontrará um sem fim de oportunidades para se abstrair, distanciar ou ignorar o eterno, ignorar a salvação que nos é oferecida por meio de Cristo.

Os cristãos têm direito a distrações? Por suposto que sim! Entendemos que haverá momentos de esparzimento e divertimento, realizando atividades sadias e edificantes que farão muito bem ao corpo, alma e espírito. Nunca foi e será a ideia de Deus de estar metido no templo durante os sete dias da semana. Normalmente quem tem uma vida assim acaba sendo legalista na sua maneira de ver as coisas. A Bíblia fala que tudo tem seu tempo debaixo do sol, tempo de trabalhar e tempo de descansar.

Agora, a Bíblia fala de remir ou aproveitar bem o tempo, de estabelecer prioridades e Deus deve ser o primeiro na nossa vida e a realização dos seus propósitos como consequência da relação com Ele.

Quando o inimigo vê que estamos entregues a realização de dito propósito, proporá algumas distrações, sejam tentações, ocupações em atividades que não edificam e podem até roubar o tempo que deveríamos ocupar em fazer a vontade de Deus.

Também vai usar pessoas que serão pura distração, porque elas não acompanharão o propósito e só querem divertir-se, passar o tempo. Intentará desviar a atenção do objetivo divino com tentações e propostas atrativas e agradáveis a carne, que oferecem uma satisfação imediata de prazer, mas que distrairá completamente do propósito de Deus.

Podemos e devemos ter nossos momentos de distração para descontrair, descansar, quebrar a rotina, mas não devem ocupar a maior parte do nosso tempo, nem fazer da vida uma distração.

Deus permite que estejamos ainda nesta Terra para que cumpramos Sua perfeita Vontade e não quer que andemos distraídos com coisas que não interessam e que atrapalham a concretização do Seu Plano em nós e através de nós.

TOU SENTINDO A UNÇÃO!

Noutro dia assistia a um programa evangélico onde estava sendo entrevistado um famoso pregador, muito conhecido e falava das suas experiências ao longo da sua vida e num momento começou a falar uma profecia e começou a dizer que a unção de Deus estava ali, que havia uma fortíssima unção nesse momento e que estava sentindo o poder de Deus sobre ele, tudo isto para confirmar que a palavra profética que declarava estava acompanhada duma forte unção.

Na verdade o único que sentiu uma forte unção foi só ele e aqueles que se movem mais por sentimentos e emoções e que são facilmente manipuláveis com afirmações como essas e outras parecidas.

Não entendo porque os pregadores usam esta linguagem. Porque a necessidade de demonstrar ante o público que os ouve que a unção está sobre ele ou ela? Não é suficiente com o respaldo que Deus dá quando se prega Sua Palavra?

Não imagino a Jesus no monte rodeado de seus discípulos e a multidão, ensinando as bem-aventuranças e num determinado momento para o ensino e disse: “que unção que estou a sentir, que fogo, que poder” e para enfatizar fala em língua estranha. Não se vê nada disso na Bíblia e dito isto não nego que a unção estive presente em Jesus e seus apóstolos e através da história em todos seus ministros.

Vivemos uma época em que se enfatiza muito o sentir, basta ouvir a letra de muitas canções evangélicas, que reclamam sentir e experimentar a presença de Deus. Dá a impressão que se não sentimos arrepios, calor, frio, calenturas e coisas do género, Deus não está presente. Inclusive há crentes que se não vem as pessoas cair ao chão, afirmam que não há poder nesse culto, nem no pregador.

O espetáculo hoje é parte do culto em muitos lugares, acompanhado de fumo e luzes e outros efeitos. Uma pessoa que enfatiza no meio da pregação que a unção está sobre ele ou ela, que Deus está presente e que o sente, acho desnecessário e não passa de pura manipulação.

A unção está presente na vida de todo crente que mantém viva sua relação com Deus, a Palavra viva que habita nele e compartida com amor e autoridade, será respaldada pela unção de Deus sobre ele.

Deus sempre está presente e Ele honra a aqueles que lhe honram, se agimos dessa maneira, a unção, a presença de Deus sempre estará ativa e manifestada. Aqueles que assistem e que são crentes nascidos de novo sabem e conhecem quando a unção de Deus está fluindo através do vaso que Ele está a usar. O próprio Espírito Santo testifica dentro de nós quando algo procede de Deus.

PSEUDO

Pseudo é uma palavra que exprime a ideia de falso, por isso podemos encontrar referências a pseudos médicos, pseudos policias, pseudos professores, etc.

O assunto que nos diz respeito é acerca dos pseudos cristãos ou os falsos cristãos. Podemos afirmar com toda certeza que toda congregação o tem.

O facto de haver pessoas que frequentam comunidades cristãs e não haverem nascido de novo e quererem comportar-se como cristãos, tratando de imitar, acaba sendo uma falsificação.

A Bíblia fala de falsos pastores, falsos profetas, falsos apóstolos e também de falsos irmãos e mais ainda, de falsos cristos. Porque acontece isto? Por que o joio cresce juntamente com o trigo e Jesus ensinou que não deveriam intentar cortar-lho porque estragariam o verdadeiro trigo. Deus no Dia Final separará o verdadeiro do falso.

Agora, muitos que são falsos ou pseudos não necessariamente são gente má, diria mais bem que são pessoas que tem boas intenções e querem ser cristãos sem nascer de novo, não funciona.

Quando me refiro a pseudos cristãos, refiro-me a pessoas que se introduzem dentro das comunidades cristãs para infiltrar-se e fazer um trabalho sujo, causando divisões, contendas, ensinando falsas doutrinas e desviando da fé aos incautos, que não sabem discernir entre o verdadeiro e o falso, ignorando o que disse as Escrituras acerca desta situação.

Uma maneira de combater o falso é ensinando o que é verdadeiro. A Bíblia fala que o Espírito Santo nos guiará a toda verdade, e o dever de todo líder é ensinar as verdades bíblicas, porque elas confrontaram a todos aqueles que as ouvem e quem anda em trevas normalmente foge da luz.

Por isso não concordo com esses ensinamentos só de bênçãos e prosperidade e que Deus só quer o melhor para ti (entenda-se materialmente) porque as congregações ficam cheias de interesseiros, que não querem que nada os confronte e é fácil então a introdução de falsos em todos os níveis.

O apóstolo Paulo preocupava-se com as igrejas que havia fundado, porque ficava a saber da introdução de todo tipo de falso nas congregações e exortava aos líderes a cuidar da doutrina e do rebanho verdadeiro do Senhor contra o ataque subtil dos pseudos cristãos.

Como distinguir-lhos? Pelos seus frutos os conhecereis. Nunca um pseudo cristão dará frutos dignos de arrependimento.

PROSPERIDADE

Uma pessoa próspera segundo o dicionário é alguém feliz; venturoso; favorável e propício. Prosperidade significa boa fortuna; felicidade; riquezas e florescimento.

Estas definições apresentam a alguém que está bem da vida, especialmente folgado em relação ao dinheiro. Quando ouvimos esta palavra a associamos imediatamente a riqueza financeira.

Este conceito generalizado, também é considerado e interpretado dessa forma em muitos ministérios cristãos e especialmente pelos pregadores da prosperidade, que ensinam que todo crente deve ser próspero, rico e farto de bens porque isto demonstrará que Deus está com ele ou ela e a falta destes bens materiais é uma demonstração de falta de fé ou algo está mal em sua vida.

Não todos os crentes vão a ser ricos e prósperos financeiramente. Vou falar da nossa realidade portuguesa, como dizer-lhe a um crente que ganha €505 por mês (salário mínimo), que Deus quer que seja rico e milionário, se mal consegue pagar a suas despesas e não falo de crente tacanho, senão de crentes que são fiéis com as suas contribuições na sua igreja local. Com um salário como esse é impossível tornar-te rico e poso atrever-me a dizer que a maioria dos irmãos no mundo vivem com um rendimento básico ou um pouco mais.

Para ser rico, seja crente ou não precisa ser um investidor, aplicar o muito ou pouco dinheiro que tem, seja em produtos, a bolsa ou um negócio e não pode haver gastos supérfluos, por que é necessário guardar dinheiro para seguir investindo.

Se lemos as histórias dos homens e mulheres ricos crentes ou não, são histórias de sacrifício, negação e muita dificuldade e a maioria quebra o princípio recomendado pela Bíblia de não amar o dinheiro, porque só acarretará dor e sofrimento.

A Bíblia recomenda que sejamos felizes com o que temos e se conseguimos prosperar financeiramente, sejamos generosos e compartamos com quem não tem.

Prosperidade na Bíblia está associada a estar fazendo exatamente o que Deus quer que façamos, onde sua perfeita, boa e agradável vontade está no primeiro lugar. Noutras palavras o crente próspero terá como prioridade na sua vida realizar o propósito de Deus para com ele ou ela. Se nesse propósito surgir bens e riquezas como resultado da atividade realizada, tudo bem; e se não surgir, tudo bem.

Se nossa prioridade é agradar e obedecer a Deus em tudo o que nos instruir fazer, então seremos pessoas prósperas desde a perspetiva divina.

Naamã, ou a história de um homem que dominou a carne

Esta passagem, fala-nos de um homem, Naamã, o número dois do reino da Síria, o comandante do exército sírio, quando reinava em Israel o rei Jorão, filho de Acabe e de Jezabel, de má memória.

Este homem poderoso e de muito respeito, herói valoroso, porém leproso, conforme 2Reis 5:1, tinha em sua casa uma menina judia que o seu exército tinha trazido de Israel.

Recordemos que os leprosos eram afastados e marginalizados pela sociedade, porém Naamã, fruto das suas qualidades conseguia estar integrado, não sem um grande sofrimento contudo.

Era esta menina dedicada a seus senhores, porventura lavaria e trataria das ricas porém manchadas vestes, e trocadas a cada dia face à doença terrível de que padecia Naamã, e comentou com a sua senhora, que se Naamã estivesse diante do profeta que estava em Samaria, seu senhor seria curado, conforme 2Reis 5:3.

O rei da Síria, tratou de enviar o seu precioso servo a Israel, carregado de bens preciosos e de carta de recomendação para o rei de Israel, seu homólogo, preocupado como estava com o estado de saúde do seu fiel servo, tal como o nosso Pai do Céu se preocupa connosco, só que numa dimensão inigualável.

Ora quando Jorão recebeu a comitiva e leu a carta que os acompanhava, temeu, conforme lemos no verso 7 deste mesmo capítulo 5, pois a Síria era adversário temível e tinha já levado a melhor em confrontos bélicos com Israel, no tempo de seu pai Acabe.

Mas o profeta do Espírito dobrado de Elias fez anunciar a Jorão que não temesse, e lhe enviasse Naamã para que este soubesse que havia profeta em Israel.

Assim veio Naamã, à porta de Eliseu com a sua comitiva imponente, esperando com certeza uma receção digna de um alto representante governamental, mas ficou dececionado pelo facto de Eliseu lhe ter mandado recado por seu servo, dizendo para mergulhar sete vezes nas águas do Jordão, versículo 10 deste capítulo, e que com isso ficaria curado.

A deceção de Naamã, deu lugar à indignação e ao acto de voltar para trás, murmurando: “Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso.

Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação.” 2Reis 5:11-12

Apesar de todas as qualidades que Naamã tinha, e não seriam poucas, pois um homem desta posição, teria que ser valoroso, inteligente, estratega, educado, honesto, dedicado e fiel, tinha também os seus defeitos: Orgulho e Murmuração.

E nós? Não temos também os nossos defeitos? Podemos olhar para Naamã com recriminação? Não, pois também somos e devemos sempre reconhecer que somos pecadores.

Diz a Palavra, que se chegaram a ele os seus servos e o aconselharam a reconsiderar na sua posição: “Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado.

Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado.” 2Reis 5:13-14

Porque é que Naamã reconsiderou e mergulhou desta vez nas águas barrentas e escuras do Jordão? Naamã lembrou-se que tinha alguém acima dele, ao qual já teria algumas vezes aconselhado, proposto soluções, e certamente teria sido ouvido. Ora o apelo dos seus servos fizeram-no repensar a sua actuação, e que assim como foi atendido pelo seu rei, também deveria atender a seus servos. Naamã teve uma luta, mas pôs aqui os seus preconceitos de lado, venceu o seu orgulho e a sua murmuração foi calada.

Naamã mostrou-nos aqui outra qualidade: humildade, a qual também deve ser nossa. Mergulhou não uma, mas sete vezes no Jordão.

Nós queremos tomar banho em Abana e Farpar, não nas águas barrentas do Jordão. Queremos o conforto, a comodidade, a manutenção do nosso ego e da nossa vida mundana. Nada de rebaixar, de curvar perante Deus e os homens. Nada de reconhecer que somos barro e que ao barro voltaremos. Mas é justamente quando descemos ao Jordão e mergulhamos nas suas águas que nos tornamos valorosos para Deus, é quando nos curamos por dentro e por fora.

Fernando Pinho

ANTICRISTO

Anticristo significa contra Cristo. A Bíblia fala do Anticristo, não como um força ou uma ideia, senão como uma pessoa, que num determinado momento da história surgira e ocupará um lugar de preeminência.

Com seu reinado, podemos chamar-lho assim, dominará na área económica, política e filosófica, estabelecendo uma nova ordem mundial.

Muitos especulam quem é esta personagem, se já está no nosso meio ou se ainda não nasceu? Cada vez que surge alguém com destaque no mundo politico ou religioso, imediatamente o chamam de Anticristo, como no caso de Hitler, e de alguns papas, etc.

O que se está em operação nos dias de hoje é o espírito do anticristo, que segundo a Bíblia manifesta-se no meio da apostasia que vivemos, que é a negação das verdades divinas reveladas por Deus.

Tudo aquilo que se levante contra Cristo e o evangelho é o espírito do anticristo, por exemplo as infinitas religiões, as diversas filosofias como o humanismo, o ateísmo que negam a Deus e a dependência Dele. As religiões com seus sistemas litúrgicos que intentam tomar o lugar de Cristo, ensinando que as obras são necessárias para a salvação ou apresentando outro salvador menos Cristo.

Este espírito do anticristo está expressado em todas as práticas liberais, imorais e degradantes na qual está mergulhada a maioria da sociedade; onde os valores e mandamentos eternos de Deus são desvalorizados ou ignorados e são estabelecidos os valores humanos mas inspirados por Satanás quem é o príncipe deste mundo e onde as pessoas sem Cristo estão debaixo da sua influência.

Quem será o Anticristo? Na verdade não interessa, é perder tempo estar especulando quem será ou se já está vivo e avançando para essa posição; quando surgir saberemos quem é.

Nestes tempos o que devemos fazer é cuidar que o espírito do anticristo que já está em ação nos apanhe, porque sua introdução é subtil e manhosa e muitos cristãos são apanhados por descuidados e negligentes por não aprofundar nas verdades encerradas nas Sagradas Escrituras.

A maneira de enfrentar a apostasia e o espírito do anticristo é com a própria Palavra de Deus, devemos tornar-nos estudantes sérios da Bíblia e não falo de ir ao Instituto Bíblico, que frequente quem puder e desejar, falo mas bem de aprofundar no conhecimento das Escrituras, aquele Livro que está em casa, que não deve ser lido só o Domingo, senão todos os dias.

AMADORISMO

A palavra amador significa alguém que exerce qualquer arte, desporto ou ofício por gosto e não por profissão. Amadorismo é a falta de profissionalismo.

Quando criança e jovem jogava a bola com os amigos do bairro e a maioria era só para divertir-nos e ocupar as manhãs do Sábado, não saiu nenhum profissional, se bem certo havia alguns que jogavam bem e integravam algum clube, mas na verdade era puro amadorismo, ninguém fez carreira.

Agora, quando falamos do serviço para Deus, deparamo-nos muitas vezes com amadorismo na igreja, não falo de crentes novos que estão numa fase de descoberta, senão daqueles que já caminham anos com Deus, mas não exigem mais de si, conformando-se com fazer o mínimo dos mínimos e se é possível até fugir das responsabilidades ou compromissos.

Também encontramos pessoas que com tantos anos poderiam render uma melhor e excelente qualidade de ministração em relação ao dom ou dons que lhe foram concedidos, mas às vezes optam por enterrar-lho, como fez o servo da parábola dos talentos.

A Bíblia fala de crescer, amadurecer, desenvolver, aperfeiçoar, etc. Por tanto não estimula a fazer as coisas que são de Deus de maneira medíocre ou de qualquer jeito, senão tudo o contrário deve haver um desenvolvimento que torne cada vez mas eficaz nosso serviço.

Vou usar uma palavra, profissionalismo, que vem de profissional, que é alguém que desempenha seu trabalho de modo sério, rigoroso e competente.

Nas comunidades cristãs duma maneira geral pensa-se que com tal que o façamos com amor e sinceridade é suficiente e muitas vezes esta maneira de pensar limita o crente de exigir mais dele ou dela para profissionalizar-se no dom ou dons dados.

Profissionalismo é tudo o contrário do amadorismo onde muitos crentes ficam, porque acham que não foram chamados ao ministério, como um pastor, apóstolo, etc. O facto de não ser chamado para o ministério de maneira integral, não isenta ao cristão de se aperfeiçoar. Se pensamos desta forma, deixaremos de lado o amadorismo e faremos um trabalho muito mais excelente seja qual for o teu serviço, crianças, jovens, assistentes, músicos, cantores, evangelização, etc.

Tornar-te um profissional (entenda-se eficiente) fará que teu serviço a Deus e a teu próximo produza um maior enriquecimento no Reino de Deus.

O amadorismo não produz isso!

COMO VAI A TUA VIDA ESPIRITUAL?

Esta pergunta devemos fazer-lha primeiramente a nós mesmos, porque não podemos exigir a outros o que nós não fazemos.

A vida cristã pode tornar-se facilmente uma vida cheia de atividades, aquelas que já existem dentro do programa da igreja local e aquelas que se inventam para estar ocupados servindo ao Senhor. Alguns crentes com muitas atividades acabam por descuidar sua vida espiritual.

Não somente aqueles que têm uma agenda cheia correm este perigo, senão também aqueles que se vão desleixando, descuidando e negligenciando uma comunhão profunda com Deus e as coisas da vida o vão absorvendo e acabam fazendo muitas coisas, mas já não oram, nem leem a Bíblia e até alguns chegam a distanciar-se do culto dominical ou dos grupos familiares.

Como vai a tua vida espiritual?

De qualquer jeito não pode ser. A vida espiritual envolve dedicação e entrega, primeiramente a Deus, já que o primeiro e grande mandamento é amar a Deus por sobre todas as coisas, com toda a nossa mente, força e coração. Não esqueçamos que Deus nos salvou para ter comunhão com Ele, assim como vemos a Jesus chamando a seus discípulos para que estivessem com Ele e depois os enviou a pregar.

Um verdadeiro cristão quer servir a Deus e a seu próximo e vá procurar fazer alguma ou algumas coisas para realizar-lho. Mas a vida espiritual, refiro-me a uma boa qualidade de vida espiritual, que só consegue-se quando o cristão passa tempo de qualidade com Seu Pai Celestial.

Pode haver muitas coisas importantes dentro do cristianismo, mas a prioridade é como estamos? Que tipo de vida espiritual tem? O fruto do Espírito é real? Existe uma boa sintonia e sincronização com Deus? Conseguimos ouvir Sua Voz e entender o que quer comunicar-nos? Todas estas considerações são importantes manter-lhas vivas.

No cristianismo não é tratar de fazer tudo e mais alguma coisa, isso como crentes nos encanta, estar ocupados, sentir que estamos a fazer grandes coisas para Deus, mas não paramos um momento para perguntar a Deus se é exatamente o que Ele quer que façamos.

Ontem falamos de ficar quietos, às vezes será necessário parar, ficar quieto para revisar nosso coração diante de Deus e nossos pensamentos, revisar nossa qualidade de vida espiritual, ver se estamos a viver um real vida espiritual que agrada a Deus ou se só estamos andar por andar.

Como vai a tua vida espiritual?

FICA QUIETO!

Penso que todos nós alguma vez já demos uma ordem aos filhos para que fiquem quietos, por causa da agitação que fazem com suas brincadeiras ou travessuras; também acontece com os professores nalgumas aulas, onde os alunos estão irrequietos e é necessário impor a ordem.

Às vezes Deus manda a seus filhos a ficar quietos, não necessariamente porque estejam a fazer algo errado, senão porque é a melhor atitude para o momento que estão a passar ou enfrentar.

O ser humano tem a tendência a querer fazer tudo e mais alguma coisa para solucionar as situações que surgem. Muitas vezes a nossa intervenção trará a solução, porque Deus nos tem dado sabedoria e inteligência e capacidades para exercer-lhas no momento adequado.

Mas há momentos em que Deus vá querer que fiquemos quietos, porque a nossa intervenção não solucionará nada, pelo contrário complicará mas a situação. Deus conhece-nos e sabe como somos, como pensamos e como agimos e às vezes Ele sabe que o melhor a fazer é ficar quietos.

Quando Deus nos manda ficar quieto é porque Ele quer ter toda a liberdade para intervir nessa situação específica. Sua sabedoria e capacidade são superiores as nossas muitíssimo mais e há coisas que nos não conseguimos solucionar, não somos Deus.

Lembro-me do rei Josafá que ficou rodeado de inimigos, uma situação impossível de enfrentar, dado que sua capacidade militar era muitíssimo inferior e foi atacado de surpresa, não estava preparado e Deus através de seu profeta falou para ele para ficar quieto e ver a vitória do Senhor. Nessa situação específica, ele não deveria fazer absolutamente nada, senão louvar e crer na palavra profética enviada por Deus.

Graças a Deus que o rei Josafá obedeceu e viu a seus inimigos ser derrotados ante seus olhos. Há vitórias que acontecerão nas nossas vidas por causa duma atitude de quietude ante o Senhor.

Tudo tem o seu tempo disse a Bíblia, há tempo para intervir e há tempo para ficar quieto, Assim como os pais ou os professores mandam calmar-se e ficar quietos aos que estão debaixo da sua alçada para que possa haver ordem e entendimento, assim Deus também muitas vezes manda que fiquemos quietos, para que a nosso espírito, alma e corpo se sossegue, se acalme para ver o poder de Deus.

DEUS CHAMA, O POVO CONFIRMA

Jesus quando começou seu ministério público chamou a doze homens para que estivessem com Ele e para enviar-lhos a fazer o mesmo que Ele fazia, anunciar o Reino de Deus.

Durante os três anos e meio seguintes andou com eles dia e noite, ensinando-lhes, instruindo-lhes e muitas vezes repreendendo-os por causa da sua incredulidade e dureza de coração; o mesmo acontece connosco como seguidores e discípulos de Jesus nos dias de hoje.

Neste tempo Deus continua chamando homens e mulheres para que desenvolvam o ministério. Deus quando chama não se equivoca, Ele sabe quem são as pessoas certas para cada área do ministério e se encarrega de guiar-lhos para que estejam no lugar certo e no tempo certo.

Quando alguém exerce um determinado ministério, quem vá confirmar esse chamado vá a ser o próprio povo que está a ser ministrado. Se o povo está devidamente instruído biblicamente e mantém um nível espiritual, saberá reconhecer os dons e ministérios entre eles.

A responsabilidade maior recairá sobre o líder ou líderes que em comunhão íntima com o Senhor ouviram sua voz e entenderam suas diretrizes. É responsabilidade deles entender de Deus a quem está chamando e separando para o ministério e acompanhar-lho em seu desenvolvimento, como Jesus o fez com seus apóstolos e um dia subiu a Glória e eles continuaram o trabalho.

Depois de Jesus ascender aos Céus, o povo que era ministrado pelos apóstolos e seguidores do Mestre, confirmaram que tinham estado com Cristo, porque a sua ministração, acompanhada de fruto certificavam que eram chamados pelo Senhor.

O povo tem uma voz e voto na aprovação e certificação do chamado duma determinada pessoa. O povo confirma o chamado porque em primeira instância é o beneficiário do ministério.

Não se trata de agradar a todo o povo, o que todo o povo gostem da pessoa chamada, até pode dar-se o caso dalguns não simpatizarem com ela, mas não podem negar que Deus o chamou para exercer o ministério.

Também quando alguém deseja servir a Deus e tem a melhor das intenções para fazer-lho, mas não tem o chamado, a graça, a capacidade dada por Deus para fazer uma determinada labor, haverá uma rejeição natural própria do povo, não contra a pessoa em si, senão em relação com aquilo que está a fazer, porque entenderam que não foi chamado para fazer aquilo e é melhor que procure entender seu lugar exato no Corpo de Cristo.

NEM TODOS SÃO COMO TU!

Deus nos criou a cada um de nós com características únicas e diferentes, pode-se dizer que não há duas pessoas iguais na Terra e não falo de aparência ou aspeto físico, porque sempre encontraremos alguém parecido connosco e até nos podem confundir, isso em relação a parte que se vê.

Se todas as pessoas são diferentes, isto também vá abranger a comunidade cristã, que está composta por todo tipo de pessoas e que desenvolverão um serviço na Obra do Senhor.

Uma coisa que temos que aprender é a conviver com todo tipo de pessoas que frequentam regularmente a congregação; devemos aprender a respeitar as diferenças, a própria Bíblia fala de cristãos fortes e cristãos menos fortes, não no sentido de força física, senão em relação das suas atitudes ante determinadas situações que se apresentam na vida, seja dentro da igreja ou fora dela.

Não devemos cair na tentação de querer que os outros sejam como nós. O facto de ser-nos fortes ou frutíferos numa determinada área e observar que alguém que conhecemos não o é, seja qual for o motivo, não devemos exigir nem pressionar para que ele ou ela seja como nós.

Se tu és muito bom numa área ou várias e teu irmão não o é, aí está a diferença com a qual deves aprender a conviver e respeitar, porque esse irmão ou irmãos não tem que ser necessariamente como tu.

Vou ilustrar duma maneira simple para entender, por exemplo há pessoas que gostam de trabalhar e estar ocupadas desde cedo até ao anoitecer e todo aquele ou aquela que não trabalha nesse ritmo de velocidade lhe parecerá que está a fazer pouco e pode tomar uma atitude de superioridade, achando-se que é melhor que o outro e querer que o outro trabalhe com a mesma intensidade que ele.

Há pessoas que fazem um trabalho físico e outros que fazem um trabalho intelectual. A primeira impressão parece que o primeiro grupo faz mais que o segundo, mas ambos são necessários e nenhum é melhor que o outro.

Deus em Sua Soberania nos rodeia de pessoas com características diferentes as nossas para nos complementar, não para ser iguais, haverá algumas atividades que faremos juntos, mas cada um de nós terá sua maneira de ser e cada um terá sua velocidade e ritmo e não podemos pedir ou exigir a ninguém seja como nós.

Não é de interesse de Deus que todos sejam como tu, porque Ele é um Deus de diversidade e nos fez a cada um de maneira diferente e devemos dar graças a Deus por isso.