CAIM E ABEL II (serie: Personagens da biblia)

Ninguém acorda um dia e diz: Vou matar o meu próximo ou vou enganar o meu conjugue ou vou roubar o meu vizinho.

A Bíblia diz que como é o pensamento do homem, assim ele é. Tudo começa com pensamentos que vão delineando uma possível conduta que um dia se consuma.

Caim manifestou o seu ódio violento contra o seu irmão Abel, porque era algo que já estava gerando-se na sua mente. A Bíblia não o descreve, mas podemos pensar, a conduta de Abel evidentemente estava direcionada a fazer aquilo que agradava a Deus, enquanto Caim, a sua inclinação era ser desobediente e querer fazer as coisas à sua maneira.

Na mente e coração de Caim deve ter-se estado gerando ressentimento, ódio, repulsa e outros sentimentos similares contra o seu irmão, porque os seus próprios pecados o faziam sentir-se mal. Caim tinha a mesma possibilidade que Abel tinha, estabelecer uma relação com o Criador, mas Caim não queria e na medida que mantinha esta posição, o sentimento negativo contra o seu irmão crescia a cada dia; não pode haver surgido espontaneamente, era algo que já vinha durando um tempo. Quanto? Não sei.

Após o sacrifício, do qual Deus se agradou daquele apresentado por Abel e não se agradou do de Caim, foi como a última gota que rebalsou o copo de Caim e então decidiu acabar com o seu irmão.

A execução do seu irmão foi algo premeditado, por isso penso que não foi um impulso espontâneo, era algo que já durava um tempo, agora havia chegado o momento de acabar com ele e assim aconteceu. Deus vê tudo, nada escapa ao seu olhar. Deus apercebeu-se do semblante de Caim, quando a sua oferta não foi aceite, mas Deus deu-lhe uma oportunidade de arrepender-se, mas ele não quis.

Depois de executado o primeiro assassinato da humanidade, Deus abordou novamente a Caim, dando-lhe novamente oportunidade de reconhecer o seu pecado, mas ele manteve-se orgulhoso e tornou-se num fugitivo, num errante com a marca da consciência que o acompanharia toda sua vida, acusando-lhe daquilo que havia cometido.

Enquanto não confessemos o nosso pecado a Deus, essa consciência nos cobrará, podemos tentar apagá-la, até cauterizá-la, mas isso não nos isenta da culpabilidade.

Não sigas o caminho de Caim, porque será um caminho de fuga, de escape, de algo que não conseguirás fugir, a consciência de culpabilidade perseguir-te-á por sempre e não importa em que lugar do mundo mores, os teus pecados te alcançarão.

Hoje, Deus dá-te uma oportunidade para arrepender-te e reconciliar-te com Ele.

PORQUE AS PESSOAS FRUSTRAM-SE?

Segundo o dicionário de língua portuguesa a frustração define-se como a deceção causada pela não satisfação das expectativas; desapontamento; malogro.

Segundo a Psicologia é o estado resultante da impossibilidade de satisfazer uma necessidade ou um desejo.

Estar frustrado por causa de alguma situação que não resultou como queríamos não é pecado. Digo isto, porque às vezes alguns cristãos associam o não resultado como consequência de algo mau que fizeram e que Deus não quer abençoá-los concedendo o seu desejo ou desejos.

Se pensarmos bem, podemos chegar à conclusão que há situações na nossa vida que nunca vão acontecer, por mais empenho e dedicação que façamos e até oramos, mas no fim acabamos frustrados porque não deu o resultado que esperávamos.

Às vezes criamos expectativas exageradas sobre um determinado assunto e saímos um pouco ou muito da realidade e estamos expectantes de coisas tão fantásticas e como metemos a Deus no assunto partimos do princípio que Deus vai conceder tudo o que pedimos e depois na hora da verdade não resulta e alguns até ficam tristes com Deus por não responder-lhes à altura das suas expectativas.

Existem fatores externos que podem levar-nos à frustração, como por exemplo: outras pessoas que não cooperam para a realização do almejado propósito, uma crise financeira nacional, fatores da natureza, etc.

O facto de ter boas intenções e desejos para concretizar um projeto pessoal, familiar, negócio ou a nível de igreja, não é garantia da sua concretização e nem o facto de Jesus Cristo ser o nosso Senhor nos isenta de ficar frustrados. Há coisas que não vamos conseguir ver realizadas, apesar de nós querermos; há coisas que escapam ao nosso controlo.

O problema de criar uma expectativa muito grande em relação a um determinado assunto que desejaríamos ver realizado e que no fim de contas não resulta é que a frustração pode tornar-se em ressentimento, amargura, raiva e outros sentimentos parecidos, se não sabemos como lidar com ela.

Nada é perfeito nesta vida, mas a vantagem que temos como cristãos é que Deus está connosco e Ele promete fazer a nossa caminhada leve no meio de tanta adversidade.

A melhor maneira de agir será entregando a Ele todo o assunto que queiramos empreender, é Ele que sabe o futuro, porque tem um plano para cada um de seus filhos, ajudar-nos-á na concretização de alguns projetos. Deus quer ser parte da nossa vida e quer evitar que sejamos filhos ou filhas frustrados, porque as coisas não saíram como nós queríamos.

NÃO PRECISO IR À IGREJA!

Biblicamente a igreja não é um prédio ou edifício ou templo, são aqueles que se arrependeram e aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e nasceram de novo.

A maioria das pessoas, inclusive os próprios incrédulos chamam ao local de reunião de igreja, não está mal e é uma maneira fácil de identificar um lugar apartado para o culto ao Senhor, onde se reúnem os cristãos para adorá-lo publicamente.

Existe uma ideia que para adorar a Deus não é preciso ir à igreja, basta crer Nele e ler a Bíblia em casa. Quem pensa assim, não conhece a Bíblia que tem nas mãos, porque ela através de muitas passagens, tanto no Antigo Testamento como no Novo falam da importância de frequentar a Casa do Senhor.

O problema que surge com pessoas que pensam assim, partindo do princípio que se converteram de verdade, é que elas acabam por ser suas próprias mestres e chegam às suas próprias conclusões por elas mesmas, não aprendem de ninguém nem consultam a ninguém, acabando sujeitas aos seus próprios sentimentos e pensamentos. A própria Bíblia nos adverte que o coração do ser humano é enganoso.

Existem algumas situações especiais, como por exemplo: viver num país cujo regime é anti cristão e onde existe perseguição contra os crentes. O interessante é que os cristãos nesses países procuram formas e maneiras de encontrar-se, receber materiais bíblicos, ouvem mensagens através da rádio, satélite ou internet conforme as suas possibilidades e sabem que se são apanhados serão presos, torturados e inclusive mortos, mas eles não desistem.

Esta situação que acontece no dia de hoje deveria provocar vergonha naqueles que tem tudo a seu favor para reunir-se com os seus irmãos na Casa do Senhor e não o querem fazer, inventando mil e uma escusas.

Pode haver fatores válidos que impeçam ir à reunião? Sim. Mas Deus sempre tem uma saída, só se a pessoa estiver doente e acamada. Ainda que o trabalho seja na mesma hora do culto, sempre haverá outros cultos noutros dias, senão no templo, haverá grupos familiares realizados em casa dos irmãos.

Já ouvi gente dizer que a Comunidade Cristã de Murtosa fica longe, então, isso é muito fácil, procura uma comunidade cristã bem pertinho de casa. Hoje em Portugal como em muitos países onde há liberdade de culto, tem muitos locais para reunir-se, só na cidade onde moro tem oito a dez congregações, a Murtosa tem dois e assim por diante.

Há duas razões do porque uma pessoa não frequenta a Casa do Senhor: 1) Não nasceu de novo e não vai entender a razão de ir e 2) Nasceu de novo, mas na verdade não passa dum desobediente à ordem dada por Deus de congregar-nos com regularidade.

PORQUE NÃO DÃO MAIS?

Porque alguns crentes não dão mais além de assistir de vez em quando a uma reunião cristã? Porque alguns crentes não usam os talentos naturais juntamente com o dom ou dons que receberam quando aceitaram a Cristo?

Faz-me lembrar a parábola dos talentos, uma das personagens descritas nela simplesmente não fez nada, o enterrou e o seu argumento não teve uma justificativa diante de seu senhor, o qual o recriminou e o mandou embora.

Todos os que servem ao Senhor usando os seus talentos naturais e dons espirituais têm as suas batalhas contra a sua própria carne, que resiste submeter-se ao Espírito e o cristão tem que esforçar-se para realizar o labor confiado.

Podem haver muitos argumentos que alguns crentes apresentam para não dar mais, como por exemplo: não estou preparado, ainda me falta muito, não sei pregar, não sei cantar (como se fossem as únicas coisas a fazer na obra de Deus), tenho medo, posso falhar, tenho vergonha, etc.

Sejamos bíblicos, a nossa capacitação não provém de nós mesmos, é Deus quem nos capacita, é Deus quem pôs em nós talentos naturais quando nascemos biologicamente e através dos anos os fomos descobrindo. Quando nascemos de novo, Deus pelo Seu Espírito derrama sobre nós um dom ou dons conforme a Sua Vontade e conforme o propósito que tenha para a nossa vida.

Não existe biblicamente a ideia do crente inútil, como a personagem da parábola dos talentos. Creio que o galardão que receberemos no Tribunal de Cristo será consoante o nosso serviço prestado na Obra de Deus aqui na Terra. Não fazemos coisas para ganhar a salvação, porque já somos salvos por meio da obra de Cristo Jesus. Também pode ser que algumas pessoas que frequentam a Casa do Senhor nunca nasceram de novo, mas gostam de frequentar a reunião, porque nos acham pessoas simpáticas (e somos) gente boa, gente fina, gostam do ambiente, mas não têm o Espírito dentro delas, não têm dom nenhum, espiritualmente falando, por isso não lhes nasce fazer nada.

Não estou a dizer que não sejam produtivas laboralmente, nem talentosas para fazer algo bom a favor da sociedade; estou a falar que se uma pessoa verdadeiramente nasceu de novo e não faz nada nem coopera em nada como membro do Corpo de Cristo, isso não é normal.

Se alguém que é verdadeiro crente em Cristo e não quer dar mais, é porque realmente não quer fazê-lo.

A ALEGRIA DE IR À CASA DO SENHOR

Já fui religioso e o único que me lembro é que era uma seca, era algo imposto, não havia alegria nenhuma em ir à celebração religiosa e só estava a espera que terminasse para ir a fazer outra coisa.

Isto que acabo de escrever é a realidade de muitas pessoas que cresceram dentro duma sociedade onde está implantada uma religião oficial, que faz parte da cultura do povo e que é herdada. Muitos na medida que crescem e vão-se libertando da pressão familiar em relação à religião, deixam de frequentar, porque na verdade não lhe diz nada nem se identificam com aquilo que ensinam.

A maioria limita-se só a ir para os batizados e casamentos, porque depois vem a festa. Outros de vez enquanto vão a uma celebração religiosa especial uma vez por ano e também inclui os funerais.

Na verdade não há prazer de ir a reunião e isto também acontece com os filhos dos crentes nascidos de novo, que já nasceram em lares cristãos, onde os seus pais estão comprometidos com o Senhor, mas os filhos são totalmente alheios, porque nunca nasceram de novo.

A alegria do salmista e da maioria dos cristãos nascidos de novo ao redor do mundo é que têm uma relação e conhecimento do Senhor. O gozo, a presença de Deus em suas vidas é aquilo que faz com que sinta prazer com tudo aquilo que se relacione com a sua fé.

Ir ao culto a celebrar com os seus irmãos e irmãs na fé é uma alegria, um gozo, um prazer. Não importa se o culto é de manhã, tarde ou noite, ele vai feliz da vida; só um motivo de força maior pode impedir o não ir.

O cristão nascido de novo não precisa que o empurrem, que lhe façam lembrar que é dia de reunião, por que ele sozinho toma a iniciativa para se preparar para ir, não quer perder nada do que acontece ali, até chega cedo para ser parte da celebração que se faz ao Senhor.

Há três razões pela qual um cristão vai a Casa do Senhor:

1. Para adorá-lo juntamente com o povo de Deus.

2. Para levar a sua oferta e apoiar no sustento da obra do Senhor.

3. Para ouvir o ensino da Palavra de Deus.

O cristão que se alegra em ir à Casa do Senhor, não se limita só à reunião dominical, senão que aproveita toda a reunião que exista e que possa ir conforme as suas possibilidades.

Seja qual for o propósito pelo qual se reúnam, poucos ou muitos, o cristão cheio de Deus alegra-se, porque para ele ou ela é uma alegria ir a Casa do Senhor.

“Alegrei-me com aqueles que diziam: Vamos à Casa do Senhor!”

O SEU PRÓPRIO CORPO, AO TERCEIRO DIA DE SEPULTADO

Mas, na madrugada de Domingo, ao levarem os produtos para o túmulo verificaram, que a enorme pedra que tapava a entrada tinha sido removida. Entraram, mas o corpo do Senhor Jesus tinha desaparecido!

Ficaram perplexas. De súbito apareceram dois homens vestidos de roupas reluzentes. As mulheres ficaram cheias de medo, com os olhos postos no chão.

E aqueles homens perguntaram. “Porque procuram no túmulo de quem afinal está vivo? Ele não está aqui, ressuscitou! Não se lembram do que Ele vos disse na Galileia, que o filho do Homem seria traído, entregue a gente má e crucificado, e que tornaria a viver ao terceiro dia?”

Então elas lembraram-se, e voltaram a correr para Jerusalém, para contar aos onze apóstolos, e aos outros o que tinha acontecido. Lucas 24:1-8

Jesus reuniu os doze em redor Dele e disse-lhes que iam para Jerusalém e que seria entregue aos pagãos, que zombariam Dele, que o envergonhariam, lhe cuspiriam, lhe açoitariam e acabariam por matá-lo. Jesus avisou o que aconteceria, mas também disse-lhes: Que ao terceiro dia ressuscitaria.

A obra de Cristo é inigualável, só Ele podia fazer aquilo que fez em nosso favor e sobretudo obedeceu incondicionalmente ao Pai Celestial ao realizar a Sua Perfeita Vontade.

Essa atitude de obediência incondicional, apesar de toda a humilhação pela que passou, fez com que Deus no seu infinito poder o levantasse dentre os mortos e o tornar-se o primogénito da ressurreição.

O corpo de Jesus não ficou condicionado à corrupção como qualquer corpo humano ou animal que morre. A promessa da ressurreição dentre os mortos também está disponível para nós. A Bíblia disse que ressuscitaremos com um corpo novo, um corpo glorificado e seremos à semelhança de Cristo e viveremos eternamente com Ele.

Este novo corpo glorificado servirá para a nova dimensão espiritual onde seremos introduzidos. Com o corpo atual não temos condições para viver no céu, mas depois da ressurreição será possível.

Se Deus deu ao Seu Filho todas as coisas, como não nos dará a nós também todas a as coisas? Nós, como filhos e filhas de Deus somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo e Deus na Sua Soberania é poderoso para ressuscitar nesta vida presente qualquer situação que a olho nu está morta, mas que pelo poder da Sua Palavra volta a viver. Crê somente!

O Deus que ressuscitou a Jesus dentre os mortos está habitando dentro de ti!

PORQUE ALGUNS CRISTÃOS CONTINUAM PECANDO DEPOIS DE SER SALVOS?

É importante fazer a seguinte aclaração: Há dois tipos de pessoas no mundo, espiritualmente falando, os crentes e os incrédulos. Os crentes são aqueles que nasceram de novo em Cristo tornando-se o Senhor e Salvador das suas vidas; o incrédulo tenha religião ou não, permanece na sua independência de Deus vivendo à sua maneira, segundo as suas próprias ideias.

O incrédulo peca e não se sente mal por isso, porque a sua natureza está corrompida e a sua inclinação natural é pecar, pratica o pecado como parte da sua vida.

Os crentes nascidos de novo já não praticam o pecado, pelo contrário, agora ele ou ela tem a natureza divina dentro dele/a e isto leva-os a entender que quando pecam estão ofendendo a Deus e arrependem-se e continuam o seu caminhar diário com Deus.

O incrédulo pratica o pecado, o crente já não pratica o pecado, mas pode pecar, se não vigiar. Agora em Cristo a sua nova inclinação com a ajuda do Espírito Santo é querer agradar a Deus e viver uma vida que o honre e lhe dê a devida glória.

Então, porque alguns cristãos continuam pecando depois de ser salvos? Não existe uma reposta comum para todos os cristãos que se acham nesta situação, de estar mantendo um ou vários pecados ativos como crentes, cada caso é um caso.

A Bíblia revela-nos que Deus é Santo e que essa é a maneira que o cristão deve viver cada dia, em santidade. Isto significa que deve haver um desejo e vontade de querer viver dentro do padrão estabelecido por Deus para os seus filhos e filhas.

Existe a santificação imediata que acontece quando nos convertemos a Cristo, todos os nossos pecados cometidos desde que nascemos biologicamente e inclusive o pecado que nos separava de Deus é perdoado, limpo e apagado. A partir do novo nascimento começa a obra de santificação que será progressiva e esta dependerá da nossa cooperação com o Espírito de Deus.

O fato de haver crentes que continuam pecando depois de serem salvos, falando de uma maneira geral e não tratando caso por caso, tem que ver com a visão e temor que tenham de Deus e da Sua Santidade.

Se existem cristãos que persistem em manter estilos de vida pecaminosos é porque assim o querem, acabando por tornar-se uma atitude e comportamento desobediente.

Fomos chamados à santificação, a viver separados da contaminação do mundo. E se Deus salvou-nos, não será poderoso para dar-nos a força e a graça para vencer a tentação depois de ser salvos?

VERDADEIRA LIBERDADE

A ideia que a maioria das pessoas tem acerca da palavra liberdade e o seu significado é a de não estar preso a nada nem ninguém que impeça o desenvolver livre da pessoa para fazer as suas próprias escolhas conscientemente e voluntariamente.

Existem pessoas que por causa do lugar em que vivem são favorecidas com uma ampla liberdade de viver como bem acharem; mas também encontramos outras pessoas que vivem sob sistemas de governo que não dão espaço para que elas tomem livremente decisões, ficando condicionadas a determinadas regras e proibições.

Através da história, a humanidade tem conseguido libertar-se de muitas situações escravizantes, impostas pelo próprio ser humano aos seus próximos a fim de controlá-los e impedir que tenham uma verdadeira liberdade.

Mas a verdadeira liberdade não é viver num regime que permita fazer tudo e mais alguma coisa como me apetecer, porque muita gente usa essa liberdade e a transforma em libertinagem, acabando por fazer muitas coisas que atentam contra os valores morais e decência e tudo isso feito em nome da liberdade.

Fazer tudo o que me apetece sem restrições morais e éticas, não é necessariamente verdadeira liberdade, porque no fim de contas a pessoa acabará escravo das suas paixões e desejos desordenados.

Deus criou o ser humano com liberdade de pensamento, com a capacidade de fazer escolhas, mas colocou limites, que estão bem definidos na Sua Palavra e pôs dentro de nós a consciência, a qual aprova o que está certo, como desaprova o que está errado, é uma voz interior que nos ajuda a separar um do outro para nosso próprio bem; infelizmente muitos apagam essa voz e dão prioridade aos seus caprichos.

Quem pensa e age assim, acha que é verdadeiramente livre para fazer o que lhe apetecer, mas engana-se a si mesmo. Essa não é a verdadeira liberdade, ela manifestar-se-á quando na minha liberdade de escolha decido fazer o certo e não o errado.

Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara”. Essa verdade é uma pessoa: Jesus Cristo, que sabe muito bem que o ser humano precisa primeiramente dum Libertador que o possa libertar do descontrolo ao que estamos sujeitos como raça caída. Qualquer pessoa pode acabar usando a sua liberdade política, social ou económica para só satisfazer os seus desejos egoístas, onde a libertinagem e o abuso tomará o controlo.

Verdadeira liberdade é viver uma vida com Deus, sem estar mais sob o domínio do pecado que nos inclina ao mal. Verdadeira liberdade é dizer não ao mal e dizer sim ao bem, àquilo que procede de Deus.

O desejo de Deus para a tua vida é que vivas uma verdadeira liberdade em Cristo, porque Ele é o único que faz verdadeiramente livre o ser humano.

APARÊNCIA

Uma definição pode ser o aspeto exterior de uma coisa considerado diferente do que essa coisa realmente é; ilusão; disfarce. Um ditado muito popular em muitos lugares do mundo disse: Nem tudo o que brilha é ouro.

Existe também a expressão: Manter as aparências. Isto significa comportar-se de modo a não revelar uma situação embaraçosa ou sujeita a preconceito social.

A Bíblia que é a nossa guia para uma vida espiritual do agrado de Deus, ela nos adverte que nos últimos tempos haverá homens e mulheres com aparência de piedade, mas na verdade negarão com as suas ações toda a eficácia do evangelho.

Noutras palavras haverá e creio que sempre houve pessoas dentro da vida cristã comunitária que aparentam ser algo que não são. Ante os olhos de Deus não conseguem ocultar ou fingir, porque Ele sabe como são realmente, mas conseguem enganar ou iludir aos santos e só com discernimento e observação dá para reparar que algo não está certo na sua vida.

Quando nos encontramos no ambiente da congregação e existem áreas da nossa vida que não estão em sintonia com Deus, podemos cair na tentação de aparentar que tudo está bem, mas no fim de contas estamos a enganar-nos a nós mesmos.

Não adianta nada guardar uma aparência de santo, quando na verdade não vamos enganar a Deus. Pelo contrário devemos combater a hipocrisia de querer manter uma aparência de algo que na realidade não somos.

Uma das coisas que agrada a Deus é quando temos uma atitude humilde diante Dele e mantemos essa atitude ante os nossos irmãos e irmãs na fé. Não esqueçamos que o mundo que nos rodeia também nos observa e os olhos deles são muitas vezes mais aguçados e espertos que a análise dum crente. A gente do mundo sabe quando um dito crente está só a aparentar, a fingir algo que não é. Quando apanhado fica numa situação embaraçosa e desacreditada.

Não precisamos impressionar aos nossos semelhantes, como não precisamos construir uma vida baseada numa mentira, numa ilusão, numa casca bonita por fora, mas com um conteúdo pobre e podre por dentro.

Seja genuíno, seja genuína em toda a sua maneira de viver! Deus não está a exigir que você seja perfeito e que tenha que aparentar o que não é. O que Deus deseja de cada um de nós como seus filhos é que vivam uma vida verdadeira e transparente, não de aparência.

PORQUE ÀS VEZES O CARGO OU TÍTULO ENTORPECE?

Jesus quando desenvolvia o seu ministério terreno deixou bem claro que apesar de ser o Filho de Deus, Deus mesmo no nosso meio, Ele não tinha vindo para ser servido, senão mas bem para servir e dar a sua vida em nosso favor.

Esta maneira de ver é muitas vezes contrária à ideia que o mundo tem, qualquer que seja o cargo ou título, muitos o usam para exercer poder e domínio sobre os seus próximos. Muitos acham que a posição que obtiveram é para dar ordens aos subordinados.

Na igreja de Cristo, infelizmente às vezes encontramos esta situação, que acho uma situação caricata, porque nós os cristãos temos O Livro, que nos revela as atitudes e condutas corretas que nos devem caracterizar como filhos e filhas de Deus.

Você irmão, irmã, juntamente comigo fomos chamados para servir a Deus primeiramente e depois ao nosso próximo. Servir significa que a prioridade é o outro, não nós.

Se em nosso serviço a Deus, Ele no seu propósito permite que algum cargo ou título surja na nossa vida, será para realizar um melhor serviço, porque este vai-nos definir quanto ao papel que deseja especificamente que realizemos.

O cargo ou título outorgado não é para sentir-nos superiores ou uma raça especial de cristãos, porque se agimos dessa maneira se tornará em algo torpe, que nos fará cair e àqueles que nos rodeiam, causando dor, tristeza e confusão.

Deus não é Deus de confusão e você e eu não fomos chamados para confundir, senão para facilitar o avanço do povo de Deus.

Se o cargo ou título é usado para promover os teus interesses pessoais, mais vale deter-te um momento e refletir seriamente como está o teu serviço para com Deus e para com o teu próximo.

O cargo ou título não deve fazer de nós pessoas torpes, que fazemos tropeçar aos outros. O cargo ou título é uma posição de privilégio e responsabilidade que deve levar-nos a revisar constantemente nossas motivações e intenções do nosso coração, para ver se está presente o motivo real e que nunca deve desaparecer: Servir aos outros.

O cargo ou título é uma posição que nos coloca estrategicamente dentro do Corpo de Cristo para ajudar no seu desenvolvimento, não é para obter uma posição de destaque ante os outros.

Há pessoas que funcionam melhor sem cargo ou título dentro da igreja, por isso observemos sempre o desenvolver de cada membro do Corpo de Cristo e reparemos se o cargo ou título está certo para ele ou ela, porque não venha a acontecer que o cargo ou título entorpeça o seu serviço e entorpeça o caminhar dos outros.

CAIM E ABEL I (série: Personagens da bíblia)

Adão e Eva compreenderam a sua desobediência, mas a partir dali a sua natureza por causa do pecado ficou corrompida. A sua descendência, os seus primeiros filhos, Caim e Abel nasceram em pecado e separados de Deus.

Creio que os seus pais lhes ensinaram aquilo pelo qual passaram, mas também mostraram para eles que havia uma maneira de estar ligado a Deus e como deveriam cultuar-lho corretamente a fim de achar graça diante Dele.

Caim e Abel como irmãos que cresceram juntos devem ter tido os seus momentos de diversão e brincadeira como qualquer criança, enquanto ajudavam os seus pais nas fainas do dia, até tornarem-se cada um profissional na sua área.

Caim tornou-se agricultor e Abel criador de ovelhas e cada um desenvolvia-se eficientemente no seu ofício.

Havia tempo para tudo, tempo de trabalhar, tempo para descansar, mas também tempo para cultuar a Deus e levar-lhe um sacrifício de louvor para glória Dele.

Que foi aquilo que Deus reparou? O coração de cada um e a sua atitude em relação a instrução dada por Deus a Adão e Eva e que eles transmitiram a seus dois filhos.

Caim trouxe como oferta o fruto da terra e Abel trouxe o melhor do seu rebanho. Porque Deus agradou-se da oferta de Abel e não se agradou da oferta de Caim?

Porque Deus ensinou aos seus pais e eles ensinaram aos seus filhos que para acercar-se a Deus e obter o perdão pelos pecados e falhas cometidas tinha que haver derramamento de sangue. O fruto do campo não era a forma como Deus havia instruído ser a forma de aproximar-se a Ele; aqui vemos a Caim estabelecer a sua própria maneira, forma e até diríamos que Caim foi o primeiro religioso que criou a sua própria religião, como dizem alguns: eu adoro a Deus à minha maneira.

Abel tinha entendido como aproximar-se do Seu Criador, com sacrifício de louvor e com derramamento de sangue e até preocupou-se de levar o melhor do rebanho, animais perfeitos. Essa atitude de obediência agradou a Deus e a sua oferta foi aprovada por Ele.

Como nos aproximamos a Deus? Baseados nas nossas próprias obras? Com as nossas ideias pessoais? A nossa maneira?

Nós, no dia de hoje não precisamos sacrificar animais, mas devemos apresentar-nos a Deus por meio do único mediador entre Ele e nós, Jesus Cristo e que o sangue de Cristo nos limpe de todo pecado.

LEGADO

Segundo o dicionário significa: Aquilo que se deixa por disposição testamentária a quem não é herdeiro legítimo; sucessão a título particular.

Aquilo que as gerações passadas transmitem às atuais. Dádiva.

Quando se é jovem não se pensa em legado. Nos anos de maior produtividade só se procura prosperar e engrandecer e muitas vezes não se tem presente a ideia de que somos passageiros e que existe uma geração mais nova que precisa da nossa experiência e orientação.

Quem tem uma visão mais alargada e pensa nos outros tomará a iniciativa de transmitir aos mais novos o seu leque de conhecimento e fará tudo o que esteja ao seu alcance para que eles façam melhor que ele ou ela.

No plano espiritual, nós fomos instruídos pelo mesmo Senhor Jesus Cristo a fazer discípulos. Nunca esteve na ideia Dele que a nossa vida deve estar só centrada em nós mesmos e descuidar daqueles que põe ao nosso redor. E isto não tem que ver com a idade, senão mas bem com a maturidade espiritual.

O tempo que Jesus passou na Terra foi curto e especialmente quando iniciou o seu ministério, três anos e meio. Durante esse período aproveitou ao máximo para transmitir as verdades do Reino aos seus discípulos mais próximos e apesar das tremendas falhas que cometeram, no fim entenderam o seu papel e fizeram o mesmo, transmitir a mensagem e missão àqueles que se convertiam ao Senhor.

O seu legado através das gerações tem chegado até nós e não pode parar, toca-nos a nós continuar a transmitir o legado espiritual.

Quando vejo alguns membros do Corpo de Cristo empenhados em ser grandes e famosos, só procurando o seu engrandecimento pessoal e transmitindo essa imagem aos outros, levará a muitos cristãos a pensar que trata-se disso, de fazer a sua carreira, de conseguir os seus logros, alcançar os seus sonhos, como se o cristianismo acabasse num mesmo.

Aquilo que Deus estabeleceu em relação ao Seu Reino vai muito além de nós mesmos. Aquilo que devemos empenhar-nos com toda dedicação é investir no Reino, isto é: vidas.

Se a tua posição atualmente é a de um cristão ou cristã maduro, que serves ao Senhor com os teus dons e serviço, então, não penses só em ti, pensa naqueles que te rodeiam, naqueles que são mais novos que tu na fé, que estão com sede e fome de aprender, de querer fazer a Vontade de Deus.

A esses transmite-lhes o teu legado espiritual.

INVESTIMENTO ESPIRITUAL

Há pessoas que têm um talento para saber investir no momento certo e ver um ganho por causa da sua inversão. Isto não só abrange unicamente investir dinheiro na bolsa ou outras aplicações, às vezes tem que ver com oportunidades que surgem na vida e elas decidem investir toda a sua força, bens e vigor para um dia colher um abundante fruto.

As pessoas sem Deus fazem isso, porque usam a inteligência que Deus proveu para elas, mas não reconhecem que procede de Deus e pensam que é por causa deles serem inteligentes e espertos. Normalmente os seus investimentos são só no plano material e terreno, procurando só um bem-estar temporal e não se preocupando com o eterno.

A maioria esquece uma grande verdade, nada trouxemos a este mundo, nada levamos, nascemos nus e morremos nus, a casa, o negócio, o título académico, dinheiro, fama, etc; tudo isso fica.

Precisamos fazer um investimento espiritual. Para aqueles que não conhecem a Deus, o primeiro que devem fazer é procurá-lo e se o vosso coração é sincero nessa busca, o acharão. Ele mesmo disse: “Buscar-me-eis e me achareis, se me procurardes de todo o vosso coração”

Se iniciamos uma relação com Deus por meio do Senhor Jesus Cristo, este é o princípio duma linda oportunidade na vida para realizar o melhor investimento espiritual da nossa vida.

Investir toda a nossa vida no projeto que Deus tenha para cada um de nós. Creio firmemente que cada um que se torne filho ou filha de Deus, Ele tem um propósito para que realizemos aqui na Terra, enquanto Ele permita que vivamos. Creio que cada cristão nascido de novo deve investir todos os seus recursos, muitos ou poucos para ajudar no estabelecimento do Reino de Deus nos corações dos seus semelhantes.

Viver a nossa vida só procurando uma satisfação material como cristãos é ser maus investidores, estamos a deixar passar uma grandíssima oportunidade.

Jesus disse que façamos tesouros lá no Céu e não aqui na Terra, porque tudo aqui perece e pode ser roubado; mas quando fazemos tesouros lá no Céu permanece e um dia desfrutaremos de todo nosso investimento por toda a eternidade.

Podes investir em coisas materiais se desejas, mas tem presente que só servirá para tua permanência na Terra. O verdadeiro investimento está em investir espiritualmente, porque esse investimento será eterno e nunca perecerá.

DEUS SIM! EU NÃO!

Cada cristão nascido de novo tem uma batalha interior que desenvolverá ao longo da sua vida cristã. Esta batalha nasce desde o seu interior à diferença dos outros inimigos que tem, que são o diabo e o mundo, que são mais fáceis de detetar pelo ataque frontal que exercem contra nós.

Somos seres com emoções e sentimentos que muitas vezes nos pregam partidas. A própria Bíblia ensina que o nosso coração engana-nos, fazendo-nos pensar e sentir coisas que não são verdade e nos deixamos levar.

Nascemos de novo em Cristo, mas continuamos aqui na Terra. Biblicamente entendemos que a hora em que aceitamos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador o nosso velho eu, o nosso velho ou velha mulher é morto e sepultado e agora Cristo vive pelo Espírito de Deus dentro de nós, governando e senhoreando a nossa vida.

Na prática deve ser assim e podemos consegui-lo. Dependerá da nossa submissão e entrega a Deus. Esse velho homem tentará cada dia ressuscitar para querer tomar controlo novamente; esse velho homem é teimoso e persistente, mas toca-nos a nós fazer morrer toda carnalidade da nossa vida.

O apóstolo Paulo dizia inspirado pelo Espírito Santo que seu eu já não prevalecia, quem prevalecia era Cristo, porque cada dia dava lugar a Ele.

Isto não é mágico nem acontece só porque vou ao Domingo ou qualquer outro dia a uma reunião cristã. Esta batalha desenvolve-se diariamente, seja na casa, escola ou trabalho, não importa onde estejamos, porque esse velho homem ou velha mulher está ali connosco, mas o seu lugar é o túmulo (espiritualmente falando) onde foi morto e sepultado e onde ressuscitou o novo homem ou nova mulher em Cristo.

Deus sim! É Ele quem deve ter a Primazia e o Senhorio da nossa vida, é Ele que deve reinar em nós cada dia, que aquilo que determinou para cada um de nós prevaleça. Qualquer pensamento ou ideia que surja contrária a esta realidade deve ser levada cativa à obediência a Jesus Cristo para que nos fortaleça e nos dê a vitória ante qualquer tentação carnal, que só procura a sua própria satisfação e não honrar a Deus.

Eu não! O velho Carlos não tem parte nem sorte nesta novidade de vida que tenho agora em Cristo. Já vivi muitos anos debaixo do jugo do eu e me pagou mal. Não vale a pena dar lugar ao eu, porque só te oferecerá um prazer momentâneo e depois sentimos-nos mal com nós mesmos por haver ofendido a Deus.

Que cada dia em nossas vidas seja: DEUS SIM! eu não!

NÃO ACEITO ORDENS!

Uma afirmação como esta parece como que liberta, como se a pessoa ficasse livre de todo jugo, mas na verdade só levará a ela a uma atitude rebelde para com toda autoridade delegada por Deus.

As autoridades delegadas por Deus abrangem todo o ser humano, seja cristão ou não. Desde que nascemos vamos encontrar pessoas acima de nós, que tomarão conta de nós desde pequenos, os pais, os professores, os patronos, as autoridades e a lista é bem comprida.

Porque sempre haverá alguém que terá autoridade sobre nós; aliás, é a única maneira para que se possa governar uma sociedade, porque não existindo esta ordem, acabaria terminando numa anarquia. O livro de Juízes narra que em determinadas épocas da história de Israel, não havia uma hierarquia de autoridade e cada um fazia o que queria e acabavam por ser dominados por muitos inimigos.

Deus é um Deus de ordem! Isso significa que Ele quer que aprendamos a ser respeitadores daquilo que Ele estabeleceu para um melhor funcionamento de todo o criado.

Deus também sabe que por causa do pecado que nos separa Dele, existe dentro de nós uma inclinação a rebelar-nos a toda autoridade. Isso vê-se nas próprias criancinhas que desde tenra idade rebelam-se contra os pais, com gritos, gestos, birras e todo tipo de cenas esquisitas e os pais vêm-se obrigados a exercer uma disciplina para restabelecer a ordem das coisas.

Nalguns casos infelizmente esta atitude rebelde vai-se desenvolvendo da pior maneira ao longo da vida e muitos acabam destruindo a suas vidas e daqueles que os rodeiam e gostam deles.

Os cristãos nascidos de novo e isto algo que sempre enfatizo, devem ser submissos às autoridades que estão por cima dele ou dela e não limito-me só à esfera eclesiástica, senão em todas áreas da vida em que se movem.

Já encontrei cristãos que tomam uma atitude de não aceitar nenhum tipo de ordens, alguns de forma frontal e descarada e outros de maneira subtil e fingida, e são os piores, porque simulam que obedecem e enganam a outros e a si mesmos, mas a Deus não.

Deus honra a obediência e a submissão, aliás, sem estas atitudes é difícil ser promovido por Ele, porque a relação com Deus baseia-se em confiança e fidelidade.

Ser fiel no pouco servirá para que na medida que cresçamos espiritualmente sejamos fiéis no muito. Se não queremos acatar ordens de ninguém, pelo motivo que seja, então, nunca conseguiremos desenvolver uma vida cristã saudável e respeitosa por aqueles que Deus pôs sobre nós para nos ajudar.

No fim das contas, se não aceitamos ordens, já construímos a nossa fama de rebeldes sem causa.

A FARINHA E O AZEITE DA VIÚVA SE MULTIPLICAM

Foi para Zarefate e quando ia entrando na cidade viu uma mulher, viúva, apanhando lenha; e pediu-lhe de beber. Quando ela ia a buscar a água, ele pediu-lhe mais: “Traz-me também um pedaço de pão.”

Mas ela disse: “Garanto-te pelo Senhor teu Deus que não tenho um só pedaço de pão em casa. Tenho apenas uma mão cheia de farinha e uma pequena porção de azeite no fundo de um jarro. Estava justamente a juntar alguns pedaços de lenha para cozinhar a minha última refeição, e depois deixar-me morrer de fome, com o meu filho.”

“Não estejas com medo! Vai e cozinha aquilo que consideras a tua última refeição, mas faz primeiro para mim um pequeno pão; depois verás que haverá suficiente alimento para ti e para teu filho. Porque o Senhor Deus de Israel diz que haverá sempre bastante farinha e azeite nas botijas até que o Senhor mande a chuva e as searas tornem a crescer!”

Ela fez como Elias lhe mandou; e os três, Elias, ela e o filho, continuaram a poder comer tanto quanto lhes foi necessário. Fosse qual fosse a quantidade necessária de que precisavam, as botijas estavam sempre cheias, tal como o Senhor prometera a Elias. 1 Reis 17:10-16

Sem fé é impossível agradar a Deus! A Bíblia disse que Deus ampara as viúvas, está no Seu Coração fazer isso; quando enviou a Elias seu profeta foi com dupla intenção: alimentar a seu servo e abençoar com provisão a casa da viúva, juntamente com o seu filho.

A viúva não ocultou o que tinha, aquilo último que lhe restava, um pouco de farinha e um pouco de azeite no fundo do jarro, mas ela confiou na palavra do profeta, reconheceu que era servo do Senhor e preparou para ele o pão.

O projeto da viúva era sem esperança futura antes de aparecer o profeta, comer e deixar-se morrer juntamente com o filho. A palavra do profeta desafiou-a a crer que a situação podia mudar para melhor e assim aconteceu!

Crer em Deus envolve dar um passo de fé e muitas vezes é preciso dar o que temos. Deus prova a nossa fé como foi provada a fé da viúva. Deus é provedor, Ele disse que é o Nosso Pastor e nada nos faltará.

Há pessoas que querem ver supridas as suas necessidades mas vivem assegurando o pouco que têm e não querem compartilhar nem dar para a obra de Deus, porque não têm fé para crer que Deus suprirá, que Deus honrará a sua ação de dar.

Há milagres que só vão a acontecer se damos o primeiro passo como fez a viúva depois de ouvir a palavra do profeta e por causa disso ela e o seu filho viram a multiplicação.

CONTA COMIGO!

Relaciono esta frase com as experiências relatadas na Bíblia, tanto no Antigo Testamento como no Novo. A primeira foi a de Isaías, alguém que frequentava o Templo de Jerusalém, mas que não tinha uma vida consagrada e um dia ao assistir como qualquer outro, teve uma visão celestial onde viu a glória de Deus e apercebeu-se da grandiosa Santidade do Senhor.

A partir dali a sua vida tomou um novo rumo, porque se apercebeu sua condição de homem pecador e quando ouviu Deus fazer um apelo para ver quem queria levar esta mensagem, ele prontificou-se e disse ao Senhor para que contasse com ele. Hoje podemos aprender mais de Deus através do livro do profeta Isaías.

Outro episodio relatado no Novo Testamento é a de Saulo, um fariseu perseguidor de cristãos, porque não aceitava que nada nem ninguém contrariasse a sua religião. Um dia indo a Damasco, empenhado na sua teimosa missão, teve um encontro com Jesus, ao qual perseguia e atacava. A partir dali a sua vida mudou de rumo, o primeiro que disse a Jesus é que podia contar com ele para fazer o que Ele quisesse.

Hoje desfrutamos das epístolas de Paulo, que antes era Saulo, tornando-se no apóstolo Paulo, um apóstolo de Jesus Cristo.

Será necessário ter visões celestiais para que possamos dizer a Deus: Conta comigo! Penso que não. Particularmente não tive nenhuma visão, não vi a Deus, nem a Jesus, nem anjos, nem luz nenhuma, mas o meu coração creu a pregação do evangelho e nasci de novo.

O nascer de novo é a porta da entrada para a salvação, a partir dali inicia-se uma relação com Deus através de Jesus Cristo e com a ajuda do Espírito Santo dentro de nós, Ele vai guiando-nos as verdades espirituais. Deus revela-se a cada um de seus filhos e não pretende que cada um deles se torne um profeta ou um apóstolo como o foram Isaías e Paulo, porque eles foram parte dos escritores da Sagradas Escrituras e foi a parte que lhes tocou realizar.

Essas Escrituras já estão nas nossas mãos e Deus fala por meio delas aos nossos corações e muitas vezes, seja na leitura pessoal ou ouvindo a exposição da Palavra na congregação, Ele continua fazendo o mesmo apelo: A quem enviarei, e quem há-de ir por nós? E como ouvirão, se não há quem pregue?

Será que Deus já ouviu da tua parte: Conta comigo! Só quando respondemos afirmativamente ao apelo do Senhor é que somos introduzidos a uma dimensão onde tornamo-nos seus instrumentos.

É difícil ser usado por Deus de maneira eficaz se não há uma reposta de compromisso da nossa parte, podemos terminar sendo como Isaías ou como Paulo antes de responder ao apelo do Senhor, ter somente uma mera religião de obras mortas.

LEALDADE

Quem é uma pessoa leal? Alguém que não falta às suas promessas, que é franco, honesto, fiel, dedicado e que vive conforme a lei. Lealdade tem que ver com fidelidade e sinceridade.

O cristão nascido de novo deve ser uma pessoa leal primeiramente ao seu Senhor e deve guardar uma lealdade através da sua fidelidade e sinceridade. Deus conhece o coração de cada um de nós e Ele sabe se estamos a ser leais e honestos para com Ele.

Não somente devemos ser leais para com Deus, senão também para com todos aqueles que coloca ao nosso redor em todas as áreas da vida, seja família, trabalho, amizades, igreja, etc.

Paulo disse que uma característica dos últimos tempos é que os homens seriam amadores do seu próprio ventre e essa filosofia de vida introduz-se muitas vezes na mente e coração dalguns cristãos, tornando-se leais somente àquilo que lhes convém e que podem tirar proveito para si mesmos.

A ideia bíblica é que devemos viver considerando aos nossos irmãos e irmãs como superiores a nós mesmos, noutras palavras devemos estar prontos para servir, ainda que não nos beneficie diretamente.

Também devemos estar prontos a manter-nos leais àqueles que Deus coloca em posição de autoridade por cima de nós. Todo o líder espiritual que realiza um trabalho leal, sincero e honesto diante de Deus e os homens espera lealdade de aqueles que estão sob seu cuidado.

Não falo duma lealdade cega e tonta como alguns têm, que permanecem leais a líderes que não passam de pequenos tiranos e abusivos com a obra do Senhor e que conseguem manipular a mente incauta dos seus seguidores, a esses Deus os tratará no momento certo.

Já falei anteriormente que cada ser humano é livre para pensar e chegar às suas próprias conclusões, mas no assunto da autoridade delegada e à lealdade para com a mesma, Deus não brinca e não passa por alto e o maior exemplo foi a rebelião de Lúcifer, ao qual Deus o despromoveu e expulsou do Seu Reino.

Um princípio que é importante no Reino de Deus é entender a posição que nos toca a cada um e entender quem são aqueles que estão por cima de nós, cuidando-nos, ensinando-nos, discipulando-nos, ajudando-nos no nosso crescimento. A eles ou elas devemos-lhe lealdade, apesar de que uma ou outra vez não concordemos nem entendamos aquilo que decidem fazer na obra de Deus e isto se estende aos pais, aos patrões, às autoridades governativas, etc.

Se o teu líder não é perfeito, mas é sincero, franco, honesto, fiel, dedicado, que não falta às suas promessas e vive conforme as Leis de Deus e dos homens, então, a tua lealdade seja para com ele ou ela.

UNIDADE ESPIRITUAL NA IGREJA LOCAL

Vou continuar com a linha de pensamento que compartilhei convosco noutro dia acerca da unidade da igreja. Relembrando, falei que a unidade que Jesus orou e ensinou é espiritual e não física, administrativamente falando, onde todas as congregações do mundo fiquem unidas organizativamente, como alguns querem que seja.

Quando lemos acerca das congregações locais na Bíblia, que é o nosso Manual de Instruções, encontramos o conceito claro de que eram independentes e autónomas na sua subsistência, não existia nem existe a ideia dum líder supremo humano que comande a igreja de Cristo, já que a Bíblia fala que Ele (Cristo) é a cabeça da igreja universal através dos tempos.

Onde deve manifestar-se a unidade espiritual? Na igreja local ou congregação local. Porque é ai onde se reúnem os crentes nascidos de novo para adorar e aprender a Palavra e para ser discipulados para servir ao Senhor, tanto na igreja local como fora dela.

O desafio dum cristão nascido de novo é aprender a viver em unidade espiritual com seu irmão e irmãos que congregam juntos num determinado local.

Manter a unidade espiritual com irmãos e pastores doutras igrejas locais, alheias à nossa é fácil, porque eventualmente encontramo-nos nalguns eventos ou circunstancialmente, onde cumprimentamos-nos e mantemos normalmente uma conversa amigável e depois cada um segue seu caminho.

Mas é na igreja local, com os teus irmãos e irmãs onde está o verdadeiro desafio, onde vai ser necessário um investimento em paciência, amor, compreensão, perdão, misericórdia, etc. Ninguém é perfeito e muitas vezes ofendemos sem querer e as pessoas ficam ofendidas ou sentidas, mas a Bíblia manda-nos amar-nos, perdoar-nos, suportar-nos uns aos outros para que haja uma unidade espiritual.

Devemos evitar quebrar esse vínculo espiritual, não deixando que a carne prevaleça, porque muitas vezes é o famoso eu, que estraga amizades e a unidade entre um e outro. Na igreja local encontramos todo tipo de pessoas, alguns são espirituais, outros não, alguns santificam-se, outros não, alguns são obedientes, outros não, alguns esforçam-se por manter a unidade, outros não, há de tudo na Vinha do Senhor.

Se Deus após a tua salvação encaminhou-te por obra do Espírito Santo a congregar-te na congregação onde estás é para que participes, contribuas, enriqueças, fortaleças, cooperes com a unidade espiritual, porque é ali na tua congregação local onde terás a oportunidade de aprender a viver em comunhão com a tua família espiritual e ser uma expressão verdadeira e visível da unidade espiritual da igreja de Cristo.

O PORQUE DAS PROVAS?

As provas, as aflições, os sofrimentos tanto atingem incrédulos como crentes. Neste mundo em que vivemos todos os seres humanos estamos sujeitos a passar por provas, sejam infligidas por nós mesmos ou provocadas por outras pessoas ou fatores externos que escapam ao nosso controlo, como por exemplo: guerras, terremotos, pragas, etc.

Já li testemunhos de pessoas totalmente alheias a Deus, que enfrentaram provas dificílimas, mas por causa da sua tenacidade, persistência, inclusive fé em si mesmas, conseguiram ultrapassar, mas isso não lhes deu direito à salvação. Suas histórias são inspiradoras, até escreveram um livro ou fizeram um filme e ninguém desmerece ou diminui por aquilo que passaram, mas em momento nenhum os seus olhos levantaram-se em direção a Deus, nem o reconheceram em momento nenhum, eles ou elas conseguiram vencer as provas na sua força humana.

Essas pessoas que lograram tamanha façanha, um dia mais cedo ou mais tarde morreram ou morrerão, mas a prova pela que passaram não lhes garantirá a entrada a viver eternamente com Deus.

Agora, o cristão nascido de novo, conhece ao seu Deus e mantém uma relação com Ele e entende que por estar ainda neste mundo está sujeito a passar por provas.

Um cristão maduro espiritual e que conhece as Escrituras, também entende que às vezes Deus pode permitir que algumas circunstâncias difíceis o atinjam, porque há um propósito maior por parte Dele para realizar nele ou nela.

A Bíblia disse que todas as coisas que um cristão atravessa é para o seu bem, para o seu crescimento espiritual, para o seu aperfeiçoamento. Algumas coisas incluem as provas e o crente verdadeiro deve entender que se está a passar por isso, Deus estará sempre presente para fortalecê-lo, ajudá-lo, mas haverá sempre uma lição por trás de tudo que o levará a tornar-se cada vez mais parecido com o Seu Senhor.

As provas são agradáveis? Não. E nenhum de nós agrada-se de passar por elas, mas são necessárias a fim de que cresçamos na graça e no conhecimento de Deus.

Uma prova superada corretamente, isto é sem atalhos, enfrentada com valor, com fé, com confiança em Deus e não nas nossas próprias forças humanas, levar-nos-á a um nível de maior espiritualidade como filhos e filhas de Deus.

O cristão nascido de novo diferencia-se do incrédulo, em que eles enfrentam provas e às vezes as vencem, mas não tem esperança eterna, as suas provas morrem com eles. O cristão sabe que tudo o que atravessa nesta vida, inclusive as provas o levará a um aperfeiçoamento conforme o propósito de Deus e que um dia quando estiver na Casa do Pai, nunca mais haverá prova nenhuma.

Bendita esperança!

ADÃO E EVA (personagens da bíblia)

Adão e Eva foram as primeiras criaturas criadas por Deus, feitas a imagem e semelhança Dele. A raça humana descende deles, por mais que venham com teorias humanistas e evolucionistas.

Deus é o Criador de tudo o que existe no universo, incluindo a sua máxima criação: o ser humano.

Adão e Eva tiveram tudo a seu favor, eram perfeitos, tinham vida eterna, uma capacidade intelectual e capacidade criativa, habilidades para saber administrar e cuidar aquilo que lhes foi confiado.

Quando eles foram criados, Deus pôs uma característica neles, a possibilidade de fazer escolhas; mas Deus não os deixou na ignorância, fez-lhes advertência acerca dos limites e daquilo que não deveriam fazer, de resto tinham toda a liberdade de viver uma vida plena, na verdade estavam a ser testados por Deus.

Muitos culpam ao diabo como o causante de todo o mal que sucedeu com Adão e Eva e por consequência ficamos abrangidos até ao dia de hoje. Mas, na verdade os causantes de todo este mal foram Adão e Eva que não obedeceram à instrução do Senhor.

Adão e Eva quiseram mais, não se conformaram com tudo aquilo que o Senhor lhes estava a dar, creram na proposta que a serpente, figura do diabo lhes vendeu e eles acederam livre e voluntariamente, acarreando consequências terríveis para eles e para os seus descendentes.

A partir daí o ser humano volta uma e outra vez a fazer o mesmo, ignorando a advertência do Senhor e fazendo o que ele ou ela acha melhor, apesar dos avisos de perigo que encontram no seu caminhar.

O evangelho, a sua proclamação tem duas vertentes: uma de alegria, porque os homens em Cristo podem ser salvos e outra que acaba em tristeza, porque os homens decidem ignorar e rejeitar a salvação em Cristo.

Hoje, o ser humano à semelhança de Adão e Eva continuam fazendo as escolhas erradas, não escolhendo obedecer a Deus, senão, pelo contrário desobedecendo-o consciente e voluntariamente.

Um problema grave é quando quem desobedece é um crente nascido de novo, que já aceitou a Cristo como Salvador e apesar de ter a Deus no seu coração e de ter obedecido muitas vezes na sua vida, ante uma tentação, decide desobedecer conscientemente, ignorando as advertências do Espírito Santo e à semelhança de Adão e Eva que pensaram que nada aconteceria, sofrerá consequências e isto afetará sua vida espiritual e daqueles que lhe rodeiam.

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.